Os falsificadores da Palavra estão por todos os cantos, proferindo discursos eloquentes e com perspicácia enganando incautos. Eles procuram satisfazer seus intentos egoístas e, quase sempre, intencionam o lucro que advém da fé dos inadvertidos.
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“Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.” (2 Coríntios 2:17)
Pr. Cleber Montes Moreira
Certa ocasião, ao passar em frente a um desses templos da prosperidade, observei com atenção uma foto em tamanho real do bispo, líder máximo daquela denominação, colocada antes da porta principal de entrada. Ele estava de terno escuro, com as mãos nos bolsos, ar sereno e sorridente. O detalhe que me despertou a atenção é que alguém havia colado em seus bolsos algumas réplicas de notas de real, simulando que estavam transbordando de dinheiro. Sem julgar aqui a intenção de quem fez aquilo, a cena poderia valer como uma advertência aos mais ingênuos sobre a verdadeira intenção daquele profeta — o dinheiro, e não a pregação do evangelho.
Na época de Paulo também havia, como há hoje, os “revendedores ambulantes”, ou seja, aqueles que faziam da Palavra de Deus um “artigo de comércio” (NVT), os “falsificadores da palavra” (ARCF), “negociadores” (NVI), cujo interesse não era expandir o Reino de Deus, e sim lucrar com o comércio da fé. Eles não levam em conta a Palavra, não acreditam nela, são ateus inconfessos, dissimulados, enganadores, usurpadores e, como qualquer ateu, não temem o juízo divino.
A diferença entre os verdadeiros e os falsos profetas é simples: os verdadeiros, ao contrário dos falsos, não negociam a Palavra da Verdade visando lucro ou qualquer outra vantagem, mas falam com sinceridade e verdade, tendo a consciência de que, como enviados de Deus, estão à vista Dele, diante do qual comparecerão para prestar contas de sua mordomia.
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