Pastor Cleber: março 2019
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A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL COMO INSTRUMENTO PARA ALCANÇAR AS FUTURAS GERAÇÕES

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Pr. Cleber Montes Moreira


E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Deuteronômio 6:6 – grifo do autor)


A maior demonstração de amor e fidelidade a Deus é acolher a Sua Palavra, praticá-la e transmiti-la às futuras gerações. Por isso ela deve estar guardada no coração (Salmos 119:11), inundar nossos pensamentos, transbordar em nossas ações, ser declarada por nossos lábios (Lucas 6:45), ensinada aos filhos em casa, andando pelo caminho, antes de dormir e ao acordar (v. 7). Ela deve estar sempre diante de nossos olhos, para que seja memorizada, compreendida, aplicada, e opere eficazmente em nós e nossas famílias (vs. 7,8). Para Israel ser bem-aventurado em sua terra, deveria observar isso. Também nós, se quisermos agradar a Deus, alcançar os nossos e transmitirmos valores eternos aos filhos, e por meio deles alcançarmos nossos netos, bisnetos e assim por diante. Se cada geração entender a importância do discipulado, e alcançar e capacitar a nova geração para que faça o mesmo, a Palavra de Deus seguirá salvando, santificando, edificando, e aperfeiçoando os salvos de hoje e de amanhã para a Boa Obra. Porém, aquela geração que romper com este clico colherá resultados nefastos.

Um dos recursos que temos à disposição, que nos ajuda a cumprir o que nos pede o texto bíblico, é a Escola Bíblica Dominical. Ela não é apenas uma atividade, ou departamento da igreja, mas um instrumento poderoso de ensino e transformação de vidas. Muitos que hoje servem a Cristo, aprenderam os princípios fundamentais da fé cristã desde pequenos, na EBD. A Bíblia diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Eu creio nisso. E você?

DESCANSO OU TORMENTO?

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Pr. Cleber Montes Moreira

E ouvi uma voz do céu, me dizendo: Escreve; Bem-aventurados os mortos, que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; e suas obras sigam com eles.” (Apocalipse 14:13 – Novo Testamento Almeida de 1819, revisado para o português corrente e cotejado com o Textus Receptus publicado por Scrivener1)

Dona Anita faleceu aos 98 anos, depois de passar vários dias em coma no hospital. No velório, uma conhecida desabafou: “Dona Anita descansou”. O mesmo foi dito sobre Jorge, 39 anos, usuário de drogas que perambulava pelas ruas do Centro de São Paulo. Por diversas vezes estivera internado, e a família, por mais que se esforçasse, não conseguiu resgatá-lo do vício. Joana, uma crente fiel, aos 28 anos perdeu a batalha para o câncer. Durante o sermão fúnebre seu pastor afirmou: “Irmã Joana descansou e já está com o Senhor.”

Frases como “Fulano descansou”, ou “Fulano passou dessa para melhor”, embora possam indicar o descanso de lutas e aflições desta vida, nem sempre revelam uma condição melhor na eternidade, constituindo-se, muitas vezes, em meros eufemismos. Isso porque somente o cristão pode descansar no Senhor. Para aqueles que não se renderam a Cristo pela fé, para os que não passaram pela experiência do novo nascimento, o futuro não é de descanso, e sobre eles não se pode dizer que “passaram dessa para melhor”. A Bíblia é clara ao declarar sobre a eternidade dos perdidos e a eternidade dos salvos: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25:46). Ainda, sobre o lugar dos mortos sem Cristo é dito que “ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 13:50), portanto, nenhum descanso, mas sofrimento eterno.

Não é o que será dito sobre você no seu funeral que determinará sua condição na eternidade, mas sua escolha ou rejeição por Cristo: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (João 3:36). O descanso e a vida eterna são para os que creem, e crer é confessar a Jesus como Senhor e Salvador, é entregar-se a Ele e sujeitar-se ao seu senhorio; é acatar o evangelho, “o poder de Deus para a salvação de todo o que crê” (Romanos 1:16), como regra de fé e prática. Se você pertence a Cristo seu futuro eterno será com Ele, porém, se não, a profecia de Apocalipse 14:13 não é sobre você. Pense nisso!

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1 http://aprendiz.witnesstoday.org (acessado em 24 de janeiro de 2019)

JESUS COACH

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Pr. Cleber Montes Moreira

Texto: Mateus 4:18-22 – Bíblia de Estudo Coach1

E Jesus, bem cedinho, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais passaram toda a noite no mar lançando suas redes, porém, sem nada apanhar. Ele lhes disse: “Cansados de tanto trabalho sem resultado satisfatório? Desejosos de experimentar o verdadeiro sucesso? Venham, aprendam comigo, e vocês serão pescadores de homens.” E eles, deixando as redes, seguiram o Senhor. Mais adiante, Ele viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que estavam com o pai num barco consertando suas redes. Ele os chamou, e eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, acompanharam o Mestre, que lhes explicou:

Vocês serão capacitados…
✅ Para atuarem como Líderes Mentores e Coach em suas futuras igrejas, elevando a sua Performance de Gestão e liderança.
✅ Para orientar e ajudar outras pessoas ampliarem sua visão, e capacitá-las nas diversas áreas da vida, tanto secular quanto espiritual, para que atinjam suas metas, conquistem seus sonhos e sintam-se realizadas.
✅ Para criarem novas Estruturas Eclesiásticas, contextualizadas, flexíveis às mudanças de valores e comportamentos.

Vocês ainda aprenderão sobre:
✅ Estilos de liderança.
✅ Técnicas de Programação Neurolinguística (PNL).
✅ Como eliminar ANCORAS e a auto sabotagem que impedem a realização de seus sonhos e objetivos.
✅ Desenvolvimento de liderança auto-responsável e controle da situação.
✅ Produtividade e Multiplicação.
✅ Relacionamentos Multiplicadores.
✅ Como criar um ambiente de “comunhão” para maior produtividade.
✅ Técnicas de Engajamento.
✅ Resolução de Conflitos.
✅ Liderança emocional.
✅ Técnicas de Gestão de pessoas.

Objetivos: Sair da vida comum, liderar pessoas, formar novos líderes e expandir o empreendimento por todo o mundo por meio do coaching.

É natural que mercenários da fé, obcecados pelo sucesso, troquem o Jesus da Bíblia e seu Evangelho pelo Jesus Coach.
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1 Versão bíblica fictícia.

PROFETAS AO POÇO


“Pecado é não amar” – É isso mesmo que a Bíblia ensina?

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Pr. Cleber Montes Moreira


Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
(Efésios 5:6)


O título desta reflexão é a frase, tomada de outro contexto, com que um líder religioso finaliza uma postagem em que afirma que Jesus não condenou a homossexualidade porque “preferiu não julgar ou condenar, pois estava mais interessado em amar e acolher”. No post, o autor admite a existência de textos bíblicos contrários à prática, mas insiste que se forem considerados, o leitor poderá “promover e justificar atrocidades”, bem como afirma que a Bíblia precisa ser “contextualizada” e “lida a partir da consciência do Evangelho e da centralidade do amor”. Ele enfatiza que “a letra mata, mas o compromisso com o Amor salva e promove vida”, e conclui: “Pecado é não amar.”

É certo que a Bíblia não é um livro de ódio, que não autoriza nenhum tipo de violência e que revela o amor de Deus “que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Igualmente, o cristianismo verdadeiro não é uma religião de intolerância e ódio, mas defensora das liberdades, incluindo a liberdade de expressão e liberdade religiosa. Os cristãos não são contra os homossexuais, contra seguidores de outras religiões, nem segregadores, entretanto, a liberdade que defendem para os demais defendem também para si. Assim, se alguém tem o direito de seguir princípios religiosos destoantes do cristianismo, conservar práticas e valores segundo sua consciência, também os cristãos têm direito de preservarem seus valores, viver e expressarem sua fé sem medo ou constrangimentos. Se, por exemplo, alguém crê que comer carne é pecado, os cristãos têm o direito de pensar o contrário e agir conforme sua consciência e firmados na Palavra Sagrada, sem, todavia, que sua liberdade signifique ódio ou incentivo à violência, uma vez que o Cristo nos ensina um modo mais excelente. Como cristãos, defendemos a liberdade de pensar e de se expressar como direito inalienável.

Em sua Declaração Doutrinária, os batistas da Convenção Batista Brasileira tratam assim sobre o tema “Liberdade Religiosa”:
Deus e somente Deus é o Senhor da consciência. A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual. Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano. Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie. A igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções. É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo. O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus.1

O fato de os cristãos conservadores considerarem o aborto como prática pecaminosa não significa, de forma alguma, que estejam ‘destilando’ ódio contra alguém, mas sim emitindo opinião com base em seu entendimento das Escrituras, o que lhes é garantido pela Constituição Federal, que considera “inviolável a liberdade de consciência e de crença”2. Da mesma maneira, quando o tema é Ideologia de Gênero, homossexualidade, ou mesmo o ingresso de LGBTs nas igrejas, a posição tradicional cristã contrária a tais práticas não indica homofobia, ódio, nem incentivo à violência, mas posições e conceitos formados a partir da leitura da Palavra de Deus. Igualmente, quando tratando de outros temas afirmam que um ou outro ato, ou comportamento, é pecaminoso, isso não implica intolerância, discriminação, preconceito etc., mas em opinião religiosa, respeitosa e embasada.

Por defenderem as liberdades e direitos, como já dito aqui, é que os cristãos não aceitam que qualquer código de valores, regras, dogmas, ideologias etc., que violem direitos e/ou liberdades sejam impostos arbitrariamente como padrão a ser seguido. É por isso que não querem Ideologia de Gênero ensinada nas escolas, nem distribuição de “kits” ou materiais que promovam a homossexualidade no ambiente escolar. Até porque, se o comportamento homossexual é algo natural, como alguns defendem, ele não precisa, como a heterossexualidade, ser imposto e/ou incentivado. Estamos num país livre, onde cada qual pode viver e agir conforme sua consciência, sem, entretanto, ferir o direito alheio, impondo aos demais o que considera ser para si natural e bom. Laborar para que o comportamento de alguma minoria seja imposto como padrão comum e normativo para a sociedade é tolher direitos e cercear a liberdade de quem pensa e quer viver de outra maneira.

Os cristãos têm o direito de chamar de “pecado” qualquer prática que assim considerem, à luz de seu entendimento bíblico. Isso vale para o aborto, para o homossexualismo, bem como para qualquer outra prática, sem, no entanto, consistir sua opinião em preconceito, homofobia ou qualquer outro tipo de discriminação ou violência. Opinião não é coisa a ser criminalizada num país livre. Graças ao bom Deus, o Brasil é uma nação democrática, e temos nossas liberdades e direitos garantidos.

Quanto a afirmação de que “Pecado é não amar”, é preciso, com lucidez, colocar a coisa como se deve. A frase, como estruturada, é reducionista e serve, propositalmente, para lançar uma cortina de fumaça a fim de encobrir a verdade, e isso é artimanha maligna para enredar pessoas e levá-las à perdição. Tal sutileza cumpre perfeitamente seu objetivo de criar uma atmosfera favorável para que pessoas justifiquem suas práticas e, mesmo assim, se considerem na comunhão com Deus. Se as palavras forem devidamente ordenadas, temos “Não amar é pecado”, e nisso há sentido. Dizer que “pecado é não amar” é o mesmo que afirmar que o único pecado é não amar, enquanto dizer que “não amar é pecado” não nega a existência de outras práticas condenadas nas Escrituras. A ideia de pecado deve ser concebida na inteireza e abrangência do ensino bíblico, sem reducionismo ou relativismo, para que ninguém fique desavisado sobre a severidade do juízo divino sobre os pecadores não arrependidos. Qualquer outro discurso consistirá em “palavras vãs”, cujo propósito já sabemos (Efésios 5:6).

Tenha em mente que as afirmações cristãs feitas com base bíblica, quando da abordagem de temas tão polêmicos e relevantes, não devem ser consideradas preconceituosas, odiosas, homofóbicas ou incentivadoras de qualquer violência, e sim como declarações de verdade, desnudas, graves, porém cheias de amor verdadeiro, como o amor de um pai que avisa seu filho com gravidade sobre algum perigo a ser evitado. Tais declarações são de cunho religioso e não intencionam desencadear guerra contra pessoas ou classes, uma vez que os cristãos sabem que não têm “que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).

Jesus sempre marcou posição firme sobre o pecado e a necessidade de arrependimento. Certa feita, ele disse: “Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (João 8:24). Seu discurso jamais anulou seu amor, tanto que morreu pelos pecadores; bem como seu amor nunca cooperou para atenuar suas falas severas e cheias de Verdade (João 6:60,66). À mulher adúltera amou e perdoou, porém a advertiu dizendo “vai-te e não peques mais”, mostrando-lhe o caminho do arrependimento como condição para uma nova vida (João 8:11). A mesma Bíblia que diz que “Deus é amor” (1 João 4:8) é a mesma que diz que “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31), e que o Poderoso “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo” por meio do Cristo ressurreto (Atos 17:31). Falar de amor e ocultar o juízo divino é desonestidade. Dizer que Jesus “preferiu não julgar ou condenar, pois estava mais interessado em amar e acolher” é politicamente correto, mas faz parte de um discurso mentiroso e diabólico. Afirmar que textos bíblicos que tratam sobre pecados, se levados em conta pelo leitor, poderão “promover e justificar atrocidades”, é desqualificar a Palavra de Deus, atribuir-lhe ódio e violência, e esvaziá-la da Verdade. O evangelho, quando reduzido à mensagem moderna de “amor”, deixa de ser “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16), e torna-se uma doutrina do diabo para arrebanhar almas incautas. Este falso amor que exclui a realidade do juízo é porta larga que conduz à perdição e, portanto, deve ser evitada. Pense nisso!

1 Declaração Doutrinária da CBB, “XV- Liberdade Religiosa”: http://www.batistas.com/portal-antigo/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=15&showall=1 (acessado em 21 de abril de 2018).
2 Constituição Federal, Art. 5º, inciso VI, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm (acessado em 24 de abril de 2018)

NÃO CREIO...



Pr. Cleber Montes Moreira


Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o Senhor é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há. (Deuteronômio 4:39)

Não creio no deus dos que dizendo pregar o evangelho, porém, servindo ao próprio ventre, com suas sutilezas enganam os incautos.

Não creio no deus daqueles que se dizendo fiéis ao evangelho, mas descrentes de seu poder, usam de subterfúgios para convencerem os infiéis.

Não creio no deus dos que pregam o amor, mas fazem acepção de pessoas.

Não creio no deus dos que, subindo aos montes para ver a sua glória, desejam construir lá cabanas para si.

Não creio no deus dos soberbos “espiritualizados”, cheios de “poder” e desprovidos da humildade característica do Salvador.

Não creio no deus dos mestres, sábios aos próprios olhos, que instruem aos outros sem, todavia, praticarem o que ensinam.

Não creio no deus dos que ocultam o verdadeiro Cristo enquanto exaltam a si mesmos.

Não creio no deus dos que servem a Mamon; dos que priorizam as riquezas em detrimento do reino eterno.

Não creio no deus dos que pregam um amor que sujuga a verdade.

Não creio no deus daqueles que, iludidos por um “evangelho social”, pregam uma justiça temporal e deixam de ensinar sobre a justiça divina, da qual devemos ter fome e sede.

Não creio no deus dos que apresentam uma verdade mentirosa, destoante dos princípios ensinados nas Escrituras; “verdade” que engana, aprisiona e mata.

Não creio no deus dos malabaristas da palavra, encantadores de (in)fiéis, que atraem para si aqueles que, não suportando a sã doutrina, se desviam da Verdade em busca de quem lhes afague o ego.

Não creio no deus daqueles que tendo aparência de piedade, na prática negam sua eficácia.

Não creio no deus daqueles que, declarando falar em nome do Eterno, proclamam aos homens a sua própria palavra.

Não creio no deus dos mercadores da fé.

Não creio no deus daqueles que, ostentando espiritualidade, encobrem seu ateísmo.

Não creio no deus presente nos louvores antropocêntricos.

Não creio no deus das “igrejas” mundanizadas.

Não creio no deus das “igrejas” que dialogam com o mundo, sempre dispostas a negociarem princípios basilares da fé cristã.

Não creio no deus da religião sem Deus.

Não creio no deus da fé institucionalizada.

Não creio no deus daqueles que ressignificam as Escrituras.

Não creio no deus dos que pregam um outro evangelho.

Não creio num deus mutável (nem mutante).

Não creio num deus criado pelos homens, à sua imagem e semelhança, falho, impotente, sujeito às paixões, subserviente, pronto a atender aos comandos de seu criador.

Não creio num deus que não ama.

Não creio num deus que não se relaciona seu povo.

Não creio num deus que não disciplina seus filhos.

Não creio num deus que não julga.

Não creio no deus da Teologia Universalista.

Não creio num deus que dispensa a reverência e o temor dos fiéis.

Não creio num deus que não exija dos salvos a santificação.

Não creio em nenhum deus além do Deus eterno, Soberano, diante do qual todos os deuses serão aniquilados, e todos os homens dobrarão seus joelhos naquele grande e terrível dia.

A FÉ NÃO EMPODERA

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Pr. Cleber Montes Moreira


E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mateus 14:29-31)


Há quem ostente uma fé num deus servil, subserviente ao homem, fé capaz de “mover montanhas”, de dar a quem crê o poder de “mover no sobrenatural”, de decretar curas, milagres e outras realizações; fé que diminui o Criador e empodera a criatura. Porém, esta fé que exalta nosso ego nada mais é que um ‘recurso de autoajuda’, capaz de gerar uma sensação agradável de poder e segurança que obscurece o entendimento de nossa dependência de Deus, e por isso nos leva ao naufrágio.

É certo que Pedro foi ousado ao fazer tal pedido. É certo que ele caminhou, ainda que por pouco tempo, sobre o mar, desafiando leis naturais. É certo que sua atitude pode merecer alguma admiração, mesmo tendo origem numa dúvida: “se és tu” – ele desafiou Jesus para que provasse ser Ele mesmo, e não um fantasma ou outro ser (v. 26). Mas, é também certo que ele teve que suplicar por socorro para não se afogar, motivo pelo qual concluo que nossa fé não é aferida quando andamos sobre as águas, mas quando clamamos por Cristo e seguramos em sua mão salvadora, sempre estendida para nos ajudar.

A tendência de quem anda sobre as águas é confiar em si mesmo, por isso Jesus não permitiu que Pedro fosse longe, e logo o fez perceber a sua impotência diante de forças tão ameaçadoras. E nisso há um ensino contra a soberba: Ninguém pode ir encontrar com Cristo caminhando sobre as águas, para que não se glorie em si mesmo; é o Senhor que vem a nós, com sua graça e misericórdia, trazendo Salvação. Assim, a fé salvadora não é aquela que nos faz sentir acima das circunstâncias, que nos empodera, mas a que nos leva a buscar e confiar somente em Jesus, nossa única esperança. Pense nisso!

ORGULHO E OUTROS PECADOS

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Tanto o orgulho do ‘fariseu’ quanto o orgulho do liberal mata: ambos estão ‘ensimesmados’ e afastados da verdade.



Pr. Cleber Montes Moreira


Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” (Isaías 14:12-15)


Há um texto que viralizou nas redes sociais, replicado até por líderes religiosos, que posto abaixo na íntegra, tal como recebi, e comento a seguir:

Lúcifer não foi expulso do céu porque se embriagou, adulterou, fornicou, se prostituiu, porque usou drogas, porque ouvia e cantava música não religiosa, ou era gay. Mas ele caiu pelo seu próprio orgulho, caiu pela soberba em se achar melhor que Deus.
Essa geração está equivocada. Condenam as pessoas que fraquejam.
Se acham maiores espiritualmente que todos porque frequentam igrejas, se acham mais santos que o Espírito Santo. Acreditam que pecado é só se embriagar, se prostituir, usar drogas, entre outros.
Mas, se esquecem que o orgulho transformou anjo em demônio e homem em bicho. Pior do que cair e ser exposto como alguém que fraquejou é viver caído pela própria soberba e orgulho de se achar único e sem pecado no mundo.

É verdade que o pecado de Satanás foi o orgulho, conforme nos ensinam as Escrituras. Entretanto, este texto é tendencioso e contribui com a estratégia do próprio diabo em amenizar as consequências de certas práticas pecaminosas, e de colar nos discordantes rótulos de “orgulhosos”, “legalistas”, “intolerantes” etc., bem como serve de pretexto para aqueles que acham que outras práticas além do orgulho não são pecaminosas e, portanto, não condenáveis. Não é isso que a Bíblia diz. Jesus, por exemplo, nos apresenta esta pequena lista: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mateus 15:19). Já pensou nos pecados mencionados na Bíblia, e que todos eles são condenáveis? Podemos citar a mentira, inveja, ciúmes, porfias, homicídios, ingratidão, rebelião, amargura, ira, raiva, ódio, gritarias, blasfêmias, malícia, glutonaria, bebedeiras, ganância, pecados sexuais etc. Todavia, sabemos ser impossível relacionarmos numa lista tudo aquilo que pode ser chamado de pecado.

Pecado é “errar o alvo” proposto por Deus para nós, é desobediência, é contrariar o padrão divino, é tudo que consiste em rebelião contra o Criador e em violência contra a obra criada, o que inclui o ser humano. Costumo dizer que o pecado é como um muro que nos separa de Deus. É o que Isaías diz, mas com outras palavras: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Isaías 59:2). E ele não falou especificamente sobre orgulho, palavra que também não está em Apocalipse, onde lemos sobre os que não entrarão na cidade celestial: “Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Apocalipse 22:15); “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:27). Portanto, não é apenas o orgulho que impede a entrada no reino. Além do mais, o pecado que lá no Éden entrou na vida humana e trouxe consequências para todos (todos pecaram, Romanos 3:23), contribuiu para desencadear uma série de atos que chamamos de pecados (no plural). Assim, porque a natureza humana está corrompida por causa da queda, o que se manifesta nos sentimentos, pensamentos, atitudes etc., é que o ser humano está sempre propenso a praticar coisas que Deus abomina.

Quero ainda salientar que nem todos os que condenam o pecado são orgulhosos. Na verdade, o profeta tem esta tarefa, o que não significa sentenciar pessoas – o juiz é Deus! Por isso, o discurso proferido no texto é falto de verdade, e corrobora o falso evangelho proclamado por progressistas e liberais, dentre os quais estão também padres, pastores e outros líderes religiosos. E, considerando que orgulho é, dentre outras coisas “excesso de admiração que o indivíduo tem em relação a si próprio, baseado em suas próprias características, qualidades e/ou ações; arrogância”; é pensar de si mais do que convém (Romanos 12:3), saliento que essa gente é orgulhosa, pois que em seu liberalismo está convencida de que sua posição é a correta, ainda que as Escrituras mostrem claramente o contrário. Assim é que, tanto o orgulho do ‘fariseu’ quanto o orgulho do liberal mata: ambos estão ‘ensimesmados’ e afastados da verdade.

Lembre-se: um dos objetivos do diabo, que é ardiloso e sutil, é justamente aplacar as consciências quanto ao pecado, oferecendo um “evangelho” adequado para que o homem se sinta no relacionamento com Deus e, ao mesmo tempo, conserve suas práticas pecaminosas. Temos de ter cuidado para não replicarmos este tipo de mensagem; ainda que seja estética e “politicamente correta”, não é a palavra que Deus nos confiou para anunciar ao mundo. Pense nisso!

O FUNDAMENTO DA IGREJA





Pr. Cleber Montes Moreira


Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.”
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
(Efésios 2:20; Mateus 16:16)


Um dia Pedro fez uma bela confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). Tal afirmação sobre Jesus destoava do entendimento das pessoas de fora, que diziam ser ele João o Batista, Elias, Jeremias, ou um dos profetas. Esta verdade revelada a Pedro pelo próprio Deus é a base da construção da igreja, por isso Jesus, a partir dela, diz: “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra (que é o próprio Cristo, e não Pedro) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18 – adendo explicativo). No texto é usado o grego ‘Petros’ para se referir a Pedro, palavra cujo significado é “pedrinha” ou “fragmento de rocha”. Porém, para Cristo é usado ‘Petra’, que significa “rocha”, usualmente uma rocha utilizada no mundo antigo para fazer fundações. Por isso o melhor entendimento do texto é que Pedro é uma pedrinha, e que Jesus é a verdadeira Rocha, ou pedra angular, sobre a qual o Senhor edificaria a sua igreja. É esta pedra que os judeus rejeitaram: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (Atos 4:11).

Ainda hoje muitos rejeitam a Cristo, a pedra angular, na tentativa vã de construir a fé sobre outros fundamentos. A questão é que as edificações erguidas sobre outros alicerces têm prazo de validade, pois não podem suportar por muito tempo as intempéries. A sentença para este tipo de construção é esta: “E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mateus 7:27). Por isso, tenhamos em mente que: A sabedoria humana não pode constituir a base da construção da igreja, porque o conhecimento sobre quem é Cristo não pode ser elaborado a partir da mente do homem natural, uma vez que para compreender esta verdade é imprescindível a iluminação do Espírito de Deus, que habita somente nos salvos. Por isso Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirmou que sua mensagem não consistia em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; que não falava segundo sua própria sabedoria, mas segundo o ensino do Espírito Santo (1 Coríntios 2:4,13). É assim que a revelação sobre quem é Cristo não veio do próprio Pedro, mas do Eterno: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16:17). A importância desta verdade que o próprio Deus revelou a Pedro consiste em que nossas convicções determinam o modo como vivemos. Só podemos ser edificados na verdade se, de fato, conhecermos a verdade. Assim, a verdadeira igreja é firmada na verdade que é Cristo, ou então, não será uma igreja.

Toda construção que se chama “igreja”, edificada a partir do conhecimento, do pensamento e capacidade humana ruirá. Pregadores que se utilizam da sabedoria humana, como por exemplo da filosofia, podem proferir mensagens agradáveis, atrair pessoas, promover adesões e encher os templos, mas não podem cooperar para a edificação da igreja. Portanto, a declaração de Pedro nos revela o único fundamento sobre o qual a verdadeira igreja, como edifício santo, se ergue: Cristo! “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3:11). João Calvino tem razão ao afirmar: “Aqueles que desejam construir a Igreja pela rejeição da Bíblia, constroem um chiqueiro e não a Igreja de Deus.”

Quando lemos sobre os primeiros cristãos, que “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42), logo identificamos que o ensino apostólico era Cristo, assim como deve ser o ensino da igreja hoje. Os escritos paulinos dizem que o fundamento dos apóstolos e dos profetas é o ensino de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Os apóstolos anunciavam a Cristo, e não uma religião, ou uma ciência, ou uma cultura, e foi este ensino que chegou também a nós.

Entendamos que cada igreja local só será expressão fiel da igreja de Cristo, só continuará sendo verdadeiramente edificada, e permanecerá, se tudo o que fizer for a partir de Cristo e para Cristo: Se seu púlpito proclamar a Cristo, se seu ensino for Cristo, se sua música exaltar exclusivamente a Cristo, se sua evangelização proclamar a Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor dos que creem, e se toda a sua obra glorificar a Cristo, porque sem Cristo não há igreja verdadeira, e toda igreja que não tiver Cristo por fundamento um dia cairá, e será grande a sua queda.

ESTÁ CONDENADO!


UM PROFESSOR DE EBD QUE EU NÃO QUERIA TER

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Pr. Cleber Montes Moreira

Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino." (Romanos 17:17)

Todos sabemos da importância da EBD para o crescimento cristão, e até para a evangelização. Desde as crianças aos mais experimentados, todos são abençoados pelas lições dominicais. É pelo seu valor que a Escola Bíblica Dominical precisa ter professores zelosos e dedicados, como nos ensina a Bíblia: “se é ensinar, haja dedicação ao ensino”! Dentre vários dons, o dom do ensino (doutores/mestres) é mencionado por Paulo como estratégia divina para preparar os santos para a obra do ministério cristão, para a edificação da igreja, para crescimento na unidade da fé e do conhecimento de Cristo, para que os salvos não sejam como crianças inconstantes, mas alcancem a maturidade espiritual e, resistindo ao engano, sigam a verdade em amor (Leia Efésios 4:11-15).

Eu tive bons professores de EBD. Na igreja onde sou membro há excelentes professores, que ensinam com alegria e dedicação. Entretanto, isso não é regra: há lugares onde há deficit de gente para ensinar, e em outros há até gente que ensina mas não deveria, não por falta de capacidade intelectual, mas porque – não tendo firmeza na fé – disseminam heresias. Embora o conhecimento secular seja importante, a verdadeira sabedoria vem do alto, e não dos bancos das universidades. É por isso que sempre ouço histórias de pessoas simples, sem formação secular, que foram excelentes professores de EBD e que hoje são lembradas com carinho. Uma dessas histórias que me contaram é sobre o saudoso Diácono Manoel Ribeiro da Silva: homem simples, carroceiro, que foi vice-presidente e ótimo pregador em sua igreja; um mestre sem diplomas – um homem que não negociava valores!

O site Gospel Prime, em matéria publicada em 2 Agosto de 2017, alardeia: “Aos 92 anos, ex-presidente dos EUA ainda dá aulas na escola dominical de sua igreja.”1 Porém eu digo: Este é um professor de EBD que eu não queria ter. Por quê? Porque negocia valores, porque relativiza e ressignifica as Escrituras, porque é declaradamente favorável ao ingresso de LGBTs na membresia das igrejas. Em entrevista ao canal de Internet HuffPost Live2, sobre seu livro “A Full Life: Reflections at Ninety”, Jimmy Carter afirma:
Acredito que Jesus aprovaria o casamento entre pessoas homossexuais, mas isso é a minha crença pessoal (…). Creio que Jesus encorajaria qualquer amor que fosse honesto, sincero, e não magoasse ninguém, e não percebo em que é que o casamento homossexual magoa alguém.

Perguntado sobre o uso da Bíblia para justificar a não recepção de homossexuais na membresia das igrejas, respondeu:
A homossexualidade era bem conhecida no mundo antigo, bem antes de Cristo ter nascido, e Jesus nunca disse uma palavra contra a homossexualidade. Em todos os seus ensinamentos acerca de múltiplas coisas, Ele nunca disse que as pessoas gays seriam condenadas. Pessoalmente acredito que é muito bom pessoas gays se casarem em cerimônias civis.
Eu “desenho” a linha, talvez arbitrariamente, requerendo pela lei que as igrejas devem casar pessoas. Sou um Batista e acredito que cada congregação é autônoma e pode governar seus próprios assuntos. Assim, se uma igreja batista local deseja aceitar membros gays em uma base igualitária (o que a minha igreja já faz), então está bem. Se uma igreja decide não aceitar, então as leis governamentais não deveriam obriga-las a procederem assim.3

Sobre pessoas como Jimmy Carter, a Bíblia é clara quanto ao modo como devemos tratá-las: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples” (Romanos 16:17,18 – grifo do autor). Consideremos ainda esta advertência: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2:8).



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