Pastor Cleber: 2011
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SE A MODA É REPREENDER, AMARRAR, EXPULSAR OU EXORCIZAR...

Demorei para escrever, mas não consegui me omitir diante de tamanha insanidade.

SE A MODA É REPREENDER, AMARRAR, EXPULSAR OU EXORCIZAR...

Pr. Cleber Montes Moreira

A Igreja Batista da Lagoinha está, definitivamente, distante da Bíblia. Durante o seu I Congresso para Mulheres Diante do Trono, ocorrido nos dias 04 a 06 de agosto de 2011, surgiu mais uma invencionice de sua vasta coleção de heresias. O pessoal do Diante do Trono deu à luz um novo Espírito, o Espírito de Solteirisse! “Um clamor” foi levantado em favor das mulheres acima de 30 anos, no qual o malvado espírito foi devidamente repreendido.
Se a moda é repreender, amarrar, expulsar ou exorcizar, me sinto no dever de colaborar com algumas dicas para o pessoal da Lagoinha. Vamos lá:

Além do Espírito Mau da Encalhação, bem que vocês poderiam repreender alguns outros...

  1. Que tal começar pelo Espírito de Heresias e de Engano que age livremente na atmosfera gospel, afastando pessoas da Palavra de Deus, dividindo, causando escândalos e servindo de tropeço para os não conversos?
  2. Que tal também extirpar o Espírito de Mamon, cultuado por bispos, apóstolos, missionários, pastores, profetas avarentos etc., que tem depenado o povo mal orientado na fé e enriquecido a líderes gananciosos?
  3. E o Espírito de Charlatanismo que anda solto por aí, por que não amarrá-lo também?
  4. Por que não amarrar o Espírito de Idolatria que, possuindo mentes fracas, leva pessoas a elegerem e adorarem deuses humanos como cantores, pastores, bispos, apóstolos etc., afastando as pessoas daquele que verdadeiramente é digno de exclusiva adoração?
  5. Uma ótima sugestão também é amarrar o Espírito de Superstição, que alimenta a fé no sal grosso, nas águas ungidas por pseudos apóstolos, nas rosas, nas capas vermelhas, nos gravetos da cruz de Cristo, nas pedrinhas do Rio Jordão, nas porções de terra de lugares por onde o Salvador andou (ou jamais pisou), nas velas, nas meias e lenços “valdemirianos” e tantos outros objetos sacralizados.
  6. Vocês bem que poderiam extirpar para sempre o Espírito Triunfalista de suas canções, que apregoa falsas vitórias, falsas promessas e semeia heresias no seio das igrejas.
  7. Não se esqueçam também do Espírito de Soberba. Ele é o responsável pela morte da humildade no meio dito evangélico.
  8. Extirpem também o Espírito de Vaidade, que se incorpora nos falsos servos que buscam a glória e a honra pessoal.
  9. É preciso banir com urgência o Espírito de Visões e Revelações Extrabíblicas que engana o povo incauto.
  10. Afastem também o Espírito de Variedade de Unções, que desencadeia a falsa sensação de poder e autoridade humana no meio das igrejas.
  11. Amarrem bem o Espírito de Decretações e Declarações que usa, indevidamente, a autoridade do nome de Jesus.
  12. Aniquilem o Espírito de uso Indevido da Bíblia, que usa “textos fora do contexto para simples pretexto”.
  13. Anulem ainda o Espírito que prega o Falso Cristianismo, fácil, cômodo, desprovido da cruz e do compromisso com o Salvador.
  14. Por fim, para acabar com tudo isso, exorcizem, por favor, o Espírito de Invencionice. Assim a “criatividade” termina de vez!
Quem sabe repreendendo tais espíritos o show termine e Deus seja verdadeiramente cultuado?!

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2ª Crônicas 7.14)

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Estudei hoje na Escola Bíblica Dominical

Estudei hoje na Escola Bíblica Dominical: “Muitos, no ideal de contextualizar, acabam banalizando; quando amenizam a intensidade da Palavra, quando fazem concessões negociando a verdade, desprezando os princípios e romanceando a Palavra, dizendo o que ela não diz na essência.” (Revista Palavra e Vida – 3ºT de 2011, página 66).

RAZÃO

Cleber Montes Moreira
 
No calar da noite
quando medito ao som do silêncio,
no teu amor eu penso e repenso,
e em te querer eu me assedio.

Teu ser, peça singular, exata medida,
completa tudo o que em mim há falta,
pois és, Senhor, a razão singular da minha vida.

Eu sou a nota que escreves sobre a pauta,
formando assim teus sons melódicos,
sem os quais não teria razão a existência da flauta,
como também eu, sem os teus cuidados.

Teu amor sublime me constrange
fazendo do teu querer o meu querer,
do teu pensar o meu pensar,
do teu sentir o meu sentir,
encarnando assim a tua vontade em meus atos.

Tu me fizeste presente sem passado;
vaso velho que um dia quebrado
tornaste barro por tuas mãos modelado,
para ser agora novo em teus cuidados.

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21 PASSOS PARA DESTRUIR SUA IGREJA

Pr. Cleber Montes Moreira



  1. Não se envolva com nada. Seja um mero expectador. Deixe todo o trabalho para que outros realizem. Na igreja sempre há gente mais capacitada e com mais tempo disponível.
  2. Sempre pergunte o que a igreja pode fazer por você, e não o que você pode fazer pela igreja.
  3. Não participe das reuniões de oração. Elas são monótonas e chatas.
  4. Não participe da Escola Bíblica Dominical. Aproveite bem o seu dia de descanso.
  5. Não leia a Bíblia. Ela está ultrapassada e sua leitura consome tempo que pode ser gasto em outras coisas.
  6. Jamais convide alguém para as atividades de sua igreja. Afinal as pessoas têm muito o que fazer e não gostam de ser incomodadas.
  7. Não seja assíduo aos cultos. Você pode servir a Deus mesmo em casa.
  8. Não participe das assembleias. Os assuntos ali tratados competem à diretoria.
  9. Quando for às reuniões, não perca a oportunidade para durante o culto colocar os assuntos em dia. Converse com quem estivar ao lado. Procure tirar a atenção dos outros.
  10. Durante o culto, jamais desligue seu celular.
  11. Não entregue os dízimos! Deus não precisa do seu dinheiro. Além do mais você pode gastá-lo em outras coisas.
  12. Não contribua para Missões. Os missionários podem muito bem trabalhar para seu sustento.
  13. Não evangelize. Isso é tarefa de pastores e evangelistas.
  14. Não se preocupe com os que passam necessidades. Isso é tarefa dos diáconos.
  15. Não visite! A menos que seja para observar...
  16. Seja demasiadamente crítico. Não deixe passar em branco nenhuma oportunidade: critique o pastor, os diáconos, a diretoria...
  17. Observe mais atentamente a vida das pessoas. Quando alguém errar, leve logo o assunto ao conhecimento dos demais.
  18. Seja maledicente! Uma palavra dita é como palha que se espalha ao vento.
  19. Quando o ambiente estiver calmo e não houver algum tema importante em evidência, dê sua contribuição: promova uma discussão! Crie uma polêmica!
  20. Procure não demonstrar simpatia. Não sorria. Não seja cordial. Nunca cumprimente, nem dê boas vindas a ninguém; seja indiferente!
  21. Procure agir como descrito aqui, e influencie outros para que ajam da mesma forma. Quando você conseguir, sua igreja estará em franco declínio!

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CRIANÇA POESIA

Em teu meigo olhar de criança
retoma à sua forma a poesia,
já quase esquecida e sem lembrança
rimando amor, ternura e simpatia.

Teu sorriso, quem viu jamais esquece;
criança alegre e inocente...
Quem te olha, na beleza entretece,
com seu ar infantil saliente.

Rainha das “artes”, levada,
por suas travessuras amada.
Um dia vai ser grande, gente adulta,
mas tua imagem estará além das molduras.

O tempo não vai te apagar.
Quando for grande, inda será criança,
de coração puro, pronto para amar,
falando ao mundo em poesia e esperança.

Escrito em 07 de junho de 1994, dedicado à pequena Marcelle, irmã de Michelle e filha de Elaine, que conheci no Frande, em Angra dos Reis, e que hoje não sei por onde anda.

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NOSSOS IRMÃOS?

Pr. Cleber Montes Moreira

Recebi, recentemente, um e-mail de uma deputada federal, da bancada evangélica, prestando contas de seus primeiros meses de mandato. Nele ela falava de suas “vitórias”, dentre elas a não aprovação (por enquanto) do PL 122 e a não distribuição dos denominados kits gays nas escolas, o que promoveria o homossexualismo entre os alunos do ensino fundamental. No entanto, no texto elaborado por ela e/ou sua equipe, os homossexuais foram chamados de “nossos irmãos”. A frase diz exatamente assim: “Nada tenho contra os nossos irmãos homossexuais, mas o kit estimulava a promiscuidade e o homossexualismo dentro das escolas. ”

Irmãos homossexuais? Irmão é um tratamento usado entre pessoas nascidas do mesmo pai e da mesma mãe, ou entre pessoas que professam a mesma fé religiosa. Este tratamento era comum entre os crentes primitivos, e foi usado por vários escritores do Novo Testamento (Ex.: 1ª Coríntios 16.20).

Ainda hoje, como cristãos, chamamos um ao outro de irmão. Reconhecemos que há entre nós um parentesco espiritual; somos filhos de Deus pelo novo nascimento, e coerdeiros de Cristo: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8.16 e 17).

Este vínculo, o de irmão, envolve tanto a filiação quanto a obediência a Deus. Ou seja, ninguém é filho de Deus e irmão dos crentes se não for nascido de novo e não tiver a Cristo como Senhor. O próprio Jesus foi quem ensinou que “qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe” (Mateus 12.50). Portanto, é a Bíblia quem diz e não eu. Isto não é um “preconceito”, mas um conceito com base na Palavra de Deus. 

Conforme exposto, à luz do que ensinam as Sagradas Escrituras, não posso ser irmão de alguém que professa uma fé diferente e que não tenha a Cristo como Senhor e Salvador. Não posso ser irmão de quem vive em desacordo com o evangelho. Diz a Bíblia: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3). 

Aos homossexuais, como cristãos, devemos nosso amor, respeito, compaixão, orações e a pregação do evangelho de Cristo. À deputada, com todo respeito, fica aqui uma advertência: cuidado com o palavreado polido, politicamente correto, mas em desacordo com a Bíblia, pois é a Palavra de Deus que diz “se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens” (Mateus 5.13).

Em 12 de julho de 2011

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"SOU MAGRA E LINDA!"

Pr. Cleber Montes Moreira

Esta foi a afirmação de uma jovenzinha, quando numa roda com outros de sua idade, que ouvi sem que ela percebesse. Sua frase, talvez dita em tom de brincadeira, revela qual é o conceito social de beleza feminina: ser bela é ter corpo “sarado”, ter curvas bem definidas, ter pele bronzeada, sem manchas, sem rugas e espinhas, ter cabelos lisos e sedosos, ter olhos claros...

A mídia introduziu na sociedade o conceito de beleza que usa como parâmetro modelos e atrizes, provocando, na maioria das mulheres, uma busca obsessiva pelo que pensam ser o corpo perfeito. As que não conseguem, e são a maioria, se sentem excluídas, indesejadas, desvalorizadas...

Verdade é que as pessoas já não são mais avaliadas por suas virtudes, mas por suas medidas e aparência. Na busca pelo emprego, a beleza tornou-se quesito importante. A mídia televisiva seleciona, por estes critérios, aquelas que aparecem nas telinhas. As revistas, da mesma forma, estampam fotos de mulheres “lindas” e “desejáveis aos olhos”. Beleza e sensualidade viraram produtos para atender ao mercado cada vez mais exigente. Mulher Melancia, Mulher Samambaia, Mulher Morango, Mulher Pera, são apenas alguns “sabores” expostos nas prateleiras deste grande mercado. É a “bundanização” da sociedade!

O conceito bíblico de beleza, no entanto, é outro. Em Provérbios lemos que “A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada.” (Pv 31.30). O apóstolo Pedro diz: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1ª Pe 3.3-4).

O zelo com o corpo é importante, pois para o crente ele é o templo do Espírito Santo (1ª Co 6.19); é dádiva de Deus e deve ser bem cuidado. No entanto, como crentes, nosso conceito de beleza deve valorizar a virtude interior. Uma pessoa bonita é aquela cujo coração está limpo. Uma pessoa linda é aquela que “tira boas coisas do bom tesouro do seu coração” (Mt 12.35).

“Magra e linda”, nem todas podem ser. Porém, todas podem cultivar a beleza que não passa, que não se esvai em água e sabão, que não é ofuscada pelos anos. Mulher linda é aquela cujo “valor muito excede ao de joias preciosas” (Pv 31.10). E eu te digo, é preciso procurar bem para encontrar!


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EVANGELHO OU MERO COMÉRCIO?


Pr. Cleber Montes Moreira

Estive numa livraria evangélica onde fui comprar um DVD, de um filme, para presentear. Enquanto escolhia, achei inúmeros títulos: mensagens de cunho neopentecostal, DVDs de “louvor profético”, de “dança profética” e até de aula de dança (não era do professor Carlinhos de Jesus). A variedade é imensa e atende a todos os gostos.
Um irmão que me acompanhava estava olhando as Bíblias quando me perguntou: “Você já viu a Bíblia da Mulher?” Em tom de brincadeira disse que sim, mas que ainda não havia encontrado a Bíblia do Homem. Ele respondeu: “existe!”. Assim ele me fez aguçar a curiosidade, o que levou-me a observar as várias Bíblias à disposição na loja: Bíblia do Adolescente (essa eu já conhecia), Bíblia da Vovó (e a do vovô, não tem?), Bíblia da Garota de Fé (essa chamou-me a atenção), isso sem falar na Bíblia “Batalha Espiritual e Vitória Financeira” de Silas Malafaia e tantas outras. A variedade é grande e não posso enumerar todos os títulos aqui.
Na mesma loja, sobre o balcão, encontrei um convite impresso intitulado “7 passos para a vitória completa”, do qual transcrevo abaixo algumas partes:

Com a presença de 7 profetas de Deus que estarão vindo de outras cidades para orar por você e abençoar sua vida (…).
Um momento especial para você que busca cura para o corpo e alma, libertação das obras malignas, prosperidade espiritual e financeira, avivamento espiritual, transformação e salvação (…).
Serão 7 quintas-feiras que vão mudar a história da sua vida.”

Eu brinquei perguntando se aquela era realmente uma livraria evangélica.
Você já reparou na quantidade de livros para campanhas, no estilo quarenta dias disso ou daquilo?
Recentemente uma pessoa me ligou: “Não sei se o senhor sabe, mas nós estamos numa campanha para aumentar o conhecimento bíblico nas igrejas...”. Daí em diante ela começou a fazer propaganda de livros, comentários, dicionários, bíblias... Sem muita paciência para esperar a leitura do catálogo inteiro, a interrompi dizendo que no momento não tinha interesse. Mas fiquei pensando: “aumentar o conhecimento bíblico” ou as vendas? Qual seria seu verdadeiro motivo?
A verdade que tenho constatado é que cada vez mais o evangelho se torna oportunidade para bons negócios. E vale tudo para agradar e chamar a atenção do freguês. Desde o que ocorre nas lojas ao que acontece nas “igrejas”, tudo gira em torno do lucro ou do aumento das entradas financeiras. A “fé” nunca foi tão comercializada como hoje em dia. Quem não tem base bíblica, já não consegue mais distinguir entre o que é o evangelho e o que é mero comércio. Este é um tempo de confusão!


PASTOR CHAMADO E O CHAMADO PASTOR

O pastor chamado ama gente, o chamado pastor ama dinheiro e fama.
O pastor chamado prega com paixão, o chamado pastor prega.
O pastor chamado é feliz, o chamado pastor vive mau-humorado.
O pastor chamado tem visão, o chamado pastor imita as muitas visões.
O pastor chamado cuida das ovelhas, o chamado pastor abusa das ovelhas.
O pastor chamado tem casa, o chamado pastor tem mansão.
O pastor chamado liberta, o chamado pastor tiraniza.
O pastor chamado é acessível, o chamado pastor é inalcançável.
O pastor chamado prega de graça, o chamado pastor cobra para pregar.
O pastor chamado tem ovelhas, o chamado pastor tem fãs.
O pastor chamado chama para Cristo, o chamado pastor atrai para si.
O pastor chamado ensina, o chamado pastor exibi-se.
O pastor chamado erra, o chamado pastor é perfeito.
O pastor chamado tem medo, o chamado pastor mete medo.
O pastor chamado chora, o chamado pastor se vinga.
O pastor chamado é inconformado, o chamado pastor é alienado.

Pr. Geraldo Magela


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O VALOR DE UM PASTOR

"Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver." (Hebreus 13:7)

pastor

Pr. Cleber Montes Moreira

O valor de um pastor não é medido por sua popularidade, poder de persuasão ou quantidade de pessoas que atrai, mas sim por seu caráter e fidelidade a Deus (João 6:66 e 67);

O valor de um pastor não é medido pela aprovação de homens, mas pela aprovação de Deus. O pastor é segundo o coração de Deus e não segundo o coração dos homens (Jeremias 3:15);

O valor de um pastor não é medido pelo tamanho de sua igreja, mas por suas qualidades éticas, morais e espirituais;

O valor de um pastor não é medido pelo volume das entradas financeiras de sua igreja, mas por sua capacidade de suprir seu rebanho com a Palavra de Deus. Há pastores que se preocupam com a lã. Há pastores que se preocupam com as ovelhas;

O valor de um pastor não é medido pelo salário que ganha, mas pelo serviço que presta;

O valor de um pastor não é medido por sua capacidade política e de articulação, pois muitas vezes ele deixa de ser “politicamente correto” para permanecer justo e reto diante de Deus;

O valor de um pastor não é medido pelos cargos que ocupa na denominação, mas pelo serviço que presta à Obra de Deus;

O valor de um pastor não é medido pela satisfação de seus ouvintes, mas por sua pregação coerente aos valores do evangelho bíblico capaz de transformar vidas. A sua mensagem, ao invés de massagear o ego humano, às vezes desagrada por confrontar o ouvinte com a verdade;

O valor de um pastor não é medido pelo seu poder ou status, mas por sua submissão e obediência a Deus;

O valor de um pastor não é medido por sua autossuficiência. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza de homens que às vezes julgamos fracos e incapacitados (2 Coríntios 12:9);

O valor de um pastor não é medido por sua condição física, mas por sua condição espiritual;

O valor de um pastor não é medido pela quantidade de amigos ou pessoas que o rodeiam, mas sim por seu amor às pessoas;

O valor de um pastor não é medido pelos seus discursos, mas pela autoridade de seu viver (Mateus 7:9);

O valor de um pastor não é medido pelo crescimento quantitativo ou não da membresia de sua igreja, mas pelas transformações que suas mensagens geram em seus ouvintes. Há por aí templos cheios de pessoas perdidas, e igrejas pequenas onde pessoas experimentam a salvação em Cristo;

O valor de um pastor não é medido pelo seu poder de empolgar sua igreja ou plateia, pois seu chamado é para pastorear e não para “animar” auditório;

O valor de um pastor não é medido pelas crises que passa ou deixa de passar, mas pela maneira como se comporta em momentos difíceis;

O valor de um pastor é medido por critérios divinos e não humanos.

O pastor é dependente de Deus, e não de homens;

O pastor é homem frágil e pequeno, por meio do qual Deus realiza coisas grandes e extraordinárias;

O pastor sabe que seu chamado é para pastorear e não para gerir empresas; ele não se preocupa com números, mas com a saúde de suas ovelhas;

O verdadeiro pastor não se “contextualiza” ao mundo, mas se esforça para tirar vidas do mundo;

O pastor de valor forma valores;

Se você tem um pastor, agradeça a Deus, ore por ele e ame-o!

“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hebreus 13:17)



ESNOBISMO CRONOLÓGICO

Autoria: Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, em 13/03/2011
Usado com permissão do autor


Esta expressão é do pensador inglês C. S. Lewis. Ele foi um intelectual ateu que se converteu ao cristianismo. Além de obras filosóficas, como “A abolição do homem”, ele deixou algumas teológicas e a série “As crônicas de Nárnia”.

Ele chama de esnobismo cronológico a tendência de muitos cristãos de descartarem tudo o que é antigo e abraçarem tudo o que é novo. Eles pensam que seus problemas são originais e buscam soluções originais. Assim esnobam a cultura cristalizada há séculos. Na realidade, são ignorantes da história e do ensino bíblico.

Na história da igreja, os períodos de baixa espiritual foram resolvidos quando veio um avivamento (não gritaria; avivamento!) sobre a igreja. Quando crentes confessaram seus pecados, se quebrantaram, deixaram-se encher pelo Espírito, a igreja foi transformada. Hoje acham que um novo modelo eclesiástico, um novo tipo de louvor ou um novo guru mudará tudo. E dizem: “Novos tempos exigem novas soluções!”. Alguns têm uma nova revelação e outros até um novo Deus, como o chamado “teísmo aberto”, corrente teológica que nega a onisciência de Deus e nos oferece um Deus (deus, melhor dizendo) do nosso tamanho.

Como se inventam soluções para dinamizar a igreja ou atrair pessoas para os nossos cultos! Há marqueteiros eclesiásticos especialistas em vender a imagem da igreja ao mundo. Só que eles produzem uma igreja artificial, genérica, ao gosto do cliente. Não ao gosto do Novo Testamento (que, para eles, ficou velho…)

Os problemas do mundo e da igreja são antigos. São os mesmos de sempre. Apenas vestidos com roupa nova. Criam termos novos para pecados velhos. E buscam soluções novas para os termos novos. Mas o problema é o velho pecado.

O esnobismo cronológico leva teólogos a andarem como baratas tontas atrás das frases feitas de pensadores que se esmeram em dizer o nada de forma incompreensível. Por vezes leio alguns pensadores cristãos que dizem tanta coisa confusa como se fossem luminares celestiais. A velha Bíblia tem respostas mais simples, mais objetivas e mais profundas. Mas os esnobes cronológicos querem coisas novas.

A igreja não precisa de novidades, mas de “velhidades”. Das velhas respostas do Velho Livro de Capa Preta. Da atuação do “velho” Espírito Santo. Da velha mensagem da cruz.

Recusar o novo por ser novo é tolice. Mas recusar o cristalizado há séculos, em nome do moderno, também é. É bom aceitar as palavras de Paulo: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.3-5).

Visite o site do autor: http://www.isaltino.com.br

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TRÊS COISAS QUE DEVEMOS CULTIVAR



Pr. Cleber Montes Moreira



Texto principal: 1ª Tessalonicenses 5.16-18
16- Regozijai-vos sempre.
17- Orai sem cessar.
18- Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco

INTRODUÇÃO:
A igreja de Tessalônica foi fundada por Paulo durante sua segunda viagem missionária (Atos 17). Depois de ser perseguido e deixar Tessalônica (Atos 17.10), o apóstolo Paulo enviou Timóteo a fazer-lhes uma visita (3.1-3); mais tarde o citado discípulo leva um relatório a Paulo em Corinto. Na igreja ocorriam sérios problemas, dentre eles a perseguição que continuava e desencadeava a morte de alguns crentes. Muitos tessalonicenses sentiam-se desconsolados.
O alvo principal do apóstolo nesta carta foi proporcionar conforto e encorajamento, especialmente ao novos convertidos vindos do paganismo, a fim de que se mantivessem fiéis, mesmo em meio às mais severas provações e perseguições (3.3-5). Além disso, Paulo se preocupa em oferecer à Igreja instruções sobre como viver um estilo de vida piedoso (4.1-8).
A beleza de toda a Bíblia está no fato de que Ela é também para os nossos dias. Nesta carta de Paulo aos Tessalonicenses podemos encontrar orientações para o nosso viver como crentes, palavras de conforto e de encorajamento.
No capítulo 5, destaco três orientações para o bem viver. Vejamos:

1. CULTIVE SEMPRE A ALEGRIA - “Regozijai-vos sempre” (V.16):
A alegria deve estar sempre presente na vida do cristão. A alegria do salvo independe dar circunstâncias, pois ela é motivada por Cristo; é fruto de nossa comunhão com Ele.

  1. Jesus deseja que haja alegria em nossas vidas: “Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15.11).
  2. O povo de Deus deve alegrar-se na sua salvação: “E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12.3).
  3. Nossa postura diante de Deus deve ser de alegria. Devemos servi-lo sempre e com alegria: “Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto” (Sl 100.2).
  4. Tiago ensina que a alegria deve ser cultivada até mesmo nas aflições e provações: “Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações” (Tg 1.2). Jesus já havia dado aos discípulos a mesma orientação: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mt 5.11 e 12 – grifo meu). Isto me faz lembrar que “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria” (Sl 126.5).
Observe que a palavra “sempre” dá a ideia de uma alegria constante! Portanto, cultive a alegria em seu viver diário. Isso fará bem a você e agradará a Deus.


2.CULTIVE UMA VIDA DE ORAÇÃO - “Orai sem cessar” (v.17):

Os cristãos deveriam cultivar a alegria, mas não deviam falhar na oração constante. As perseguições eram implacáveis, muitos já haviam sido vitimados por ela, por isso a igreja deveria continuar vigilante em oração.
Desde cedo aprendemos na EBD o valor da oração. Todavia, nem sempre os crentes a valorizam devidamente. Exemplo disso são os cultos de orações da igreja, sempre com um auditório pequeno. Na verdade, nossas reuniões de oração deveriam ser as mais frequentadas, pois é por meio da oração que dialogamos com Deus e aprofundamos nossa intimidade com Ele. Infelizmente, hoje, as pessoas se preocupam mais com o louvor do que com a oração. Acolhem mais o evangelho triunfalista, que prega e canta bênçãos e vitórias sem base bíblica, que o evangelho bíblico que nos conduz ao alvo estabelecido por Deus.
Pense comigo:
  1. Você já agradeceu a Deus hoje, em oração, por sua vida?
  2. Pelo menos você já se lembrou de orar hoje?
  3. Qual foi a última vez que você foi a uma reunião de oração de sua igreja?
  4. Quantos motivos você tem para orar?
“Sem cessar” significa sem parar, constantemente, ininterruptamente... Ou seja, levar uma vida de oração constante!

Jesus disse aos discípulos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41). Há muitos motivos pelos quais precisamos exercitar a oração.

3.CULTIVE UMA VIDA DE GRATIDÃO - “Em tudo dai graças...” (v. 18):

Conforme o Dicionário Oline, gratidão significa “reconhecimento por um benefício recebido; agradecimento: dar provas de gratidão”. Esta é a ideia do salmista no Salmo 116.12: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” Orientando aos colossenses sobre a vida cristã, Paulo diz: “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl 3.15 – grifo meu).
Voltando a 1ª Tessalonicenses, o texto não fala apenas da gratidão por benefícios recebidos. Paulo vai além. “Em tudo” significa em todas as circunstâncias. A orientação não é para agradecer por tudo, mas ser grato em tudo!
A gratidão e contentamento andam juntos. Esta foi a experiência de Paulo, que ele mesmo relata aos filipenses: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fl 4.12 e 13).
Você tem cultivado a gratidão, diariamente, em sua vida?

CONCLUSÃO:
Há três ingredientes que não podem faltar em sua vida: Alegria constante, apesar das circunstâncias. Vida de oração, sinônima de intimidade com Deus. O cultivo da gratidão, como fruto de um coração transformado pelo Salvador.
O resultado disso é que “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp4.7).





Comentário de Rachel Sheherazade sobre o Carnaval

Bom saber que ainda existem pessoas sérias por aí.



Rachel Sheherazade comenta repercussão do seu vídeo



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A GRAÇA DE DEUS EM TITO 2.11

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Pr. Cleber Montes Moreira


Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2.11)



INTRODUÇÃO:

Mathew Henry, comentando a Carta a Tito, escreve: “A doutrina da graça e a salvação pelo evangelho é para todas as categorias e estados do homem . Nos ensina a deixar o pecado; a não ter mais relação com este (…). Note-se aqui nosso dever em poucas palavras: negar a impiedade e as luxúrias mundanas, viver sóbria, reta e piedosamente, apesar de todas as armadilhas, tentações, exemplos ruins, maus costumes e vestígios do pecado no coração do crente, com todos seus obstáculos. Nos ensina a buscar as glórias do outro mundo...”

De fato, Paulo fala de diversos tipos de pessoas e diversas condições: velhos (2.2), mulheres idosas (2.3), mulheres novas (2.4), moços (2.6), servos (2.9), senhores, (2.9), autoridades (3.1), menciona maridos, menciona filhos, e com a expressão “a todos os homens” (2.11) abrange todas “categorias e estados” do ser humano.

Todas as pessoas, indistintamente, pela manifestação da graça de Deus, são convidadas a viver em conformidade com os valores do reino, deixando para trás a vida conformada com o mundo.

Tito, o destinatário da carta, era um cristão grego. Paulo lhe dava apoio no desempenho de suas funções e liderança a frente das congregações cretenses. Sua tarefa não era nada fácil, pois tinha que lidar com pessoas rebeldes: “Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância” (1.10-11).

Entre os cretenses, eram comuns a mentira, a glutonaria e a preguiça, e, pelo visto, alguns dos cristãos refletiam essas características ruins. Epimênides já havia dito: “Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos” (1.12). Infelizmente, assim como na época de Tito, ainda hoje há muitos “cretenses” nas igrejas. Estes “confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra” (1.16). Por esse motivo é que Paulo exorta a Tito que os repreenda com severidade: “Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé” (1.13).

Nosso estudo visa a melhor compreensão da graça de Deus, sua manifestação, sua abrangência, e o viver daqueles que por ela foram alcançados. Vejamos:


1. A GRAÇA SE MANIFESTOU – TORNOU-SE CONHECIDA:
Tenhamos em mente que o público-alvo da carta, os que deveriam ser orientados por Tito, eram pessoas que faziam parte da igreja, e não os de fora. Embora a graça divina tenha se manifestado para trazer salvação a todos, somente os verdadeiramente convertidos é que podem compreendê-la melhor, à luz dos ensinos bíblicos e sob a orientação do Espirito Santo, o ensinador.

O que é a graça? O termo grego traduzido por “graça” é χαρις (charis) que significa “graça ou favor imerecido”. William Hendriksen afirma: “A graça de Deus é seu favor ativo em outorgar o maior dom aos que merecem o maior castigo.”

A palavra grega traduzida por “manifestou” é επεφανη (epefani). Epifania significa aparecimento ou manifestação. Segundo Fritz Rienecker e Cleon Rogers “o significado essencial da palavra é aparecer repentinamente no cenário e é usada particularmente para a intervenção divina, especialmente para ajudar, e da aurora da luz sobre as trevas”. William Hendriksen diz que “a graça de Deus fez sua aparição”, ou seja, a graça surgiu, apareceu, se manifestou “trazendo salvação”. Para os crentes ela tornou-se conhecida, experimentada, pela experiência da salvação. Ela se manifestou a nós na pessoa de Cristo.



2. TRAZENDO SALVAÇÃO – ROMPIMENTO COM O MUNDO:
Observe o que o verso 12 completa o verso 11: “Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente.”

A graça se manifestou para alcançar os perdidos e libertá-los do estado de morte. Portanto, receber a graça salvadora implica em rompimento com o mundo.

A compreensão da graça divina deve desencadear no cristão um novo comportamento, pois ela consiste em que Jesus “deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (2.14). Para nós é graça; para Cristo um alto preço; custou a sua vida! O preço era elevado, mas Ele o pagou com seu sacrifício na cruz, e o fez para “purificar para si um povo seu, especial, zeloso de boas obras”. Rejeitar a graça é rejeitar ser parte desse povo! Conhecer a graça e viver conformado com o mundo é descaso, é pecado!

Na Carta a Tito encontramos várias orientações sobre como deve ser o comportamento dos crentes:
  1. Aos idosos: “que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância” (2.2);
  2. Às mulheres idosas: “que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem” (2.3-4), para que sejam exemplo para as mulheres mais novas;
  3. Aos jovens: “que sejam moderados” (2.6), ou seja, sem exagero, comedido, prudente;
  4. Aos servos: “que sejam submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador” (2.9-10);
  5. A todos: “que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra, que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão para com todos os homens” (3.1-2);
  6. A Tito: que ensine a sã doutrina (2.1), que seja exemplo para os demais (2.7), e que tenha um linguajar saudável e irrepreensível (2.8);
    Observe que todas as orientações de Paulo estão na contra mão daquilo que o mundo tenta nos impor. Quem conheceu a graça de Cristo não deve querer voltar ao passado, quando vivia na desobediência, separado de Deus: “Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, vivendo em malícia e inveja odiosos e odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens, não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo,” (3.3-5).
Além de romper com o mundo, os fiéis também deveriam romper com aqueles queriam a judaização da fé cristã. Paulo se refere a estes como os da “circuncisão” (1.15), e a seus ensinos como “fábulas judaicas”, “mandamentos de homens que se desviam da verdade” (1.14). O Manual Bíblico Vida Nova afirma que: “Os falsos mestres estavam tentando constituir padrões humanos pelos quais se pudessem julgar questões de pureza e impureza. Paulo, porém, mostrou que aqueles padrões estavam corrompidos”. Eles se preocupavam em introduzir na igreja os costumes judaicos como a circuncisão, regras alimentares etc. Durante seu ministério Jesus já havia se referido aos líderes judaicos dizendo: “Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15.9).

Hoje está em moda a tentativa de judaizar o cristianismo. Movimentos e seitas modernas usam símbolos judaicos em suas celebrações. Há um grupo que se denomina “Ministério Trazendo a Arca”, que representa muito bem este esforço judaizante. No youtube existem vídeos de diversas denominações que, durante seus ajuntamentos, introduzem réplicas da arca da aliança. É comum durante a introdução da arca que pessoas procurem tocá-la como se pudessem receber dela alguma virtude. Esta semana ouvi de um pastor de uma igreja batista que teria ido a Israel, e diante do rio Jordão não exitou em ser “rebatizado”. A estrela de Davi, o castiçal, o shophar e outros símbolos judaicos estão cada vez mais em uso. Muitas denominações celebram festas judaicas. Há entre estas, infelizmente, algumas que ainda teimam em ser chamadas de batistas.


3. A TODOS OS HOMENS – DEUS NÃO AGE COM DISCRIMINAÇÃO, A LIBERTAÇÃO É PARA TODOS:
Da mesma forma que todos são culpados diante de Deus, todos são alvos de Seu amor e objetos de Seu cuidado. Deus quer salvar a todos! Ele não faz distinção entre pessoas.

Um belo exemplo da graça de Deus está na igreja: idosos e idosas, jovens, servos, livres... Quantas pessoas distintas na idade, na classe social etc.? A graça de Deus a todos alcança: o jovem, o adulto, o idoso, o homem, a mulher, o escravo, o livre... Por isso que todos são chamados a viver a vida cristã.

Lembremo-nos que o evangelho é inclusivo, mas ele exige mudanças. Jesus nos ensina isso ao dizer para a adúltera: “vai-te, e não peques mais” (João 8.11). Pala graça estava livre para viver uma nova vida.

“Trazendo salvação” pode ser traduzido como “trazendo libertação”. O apóstolo aponta para o viver segundo o evangelho. Os cristãos, pela graça, são libertos do velho modo de viver. Não existe salvação sem liberdade. Na carta esta liberdade é tanto em relação aos costumes do mundo, quanto aos rudimentos religiosos do judaísmo.

Pela graça todas as pessoas, sejam homens ou mulheres, velhos ou jovens, escravos ou livres, são iguais perante Cristo. Na igreja os valores são outros. Por isso os servos devem, como cristãos, obedecer aos seus senhores, não sendo infiéis nem defraudando. Os senhores, como bons cristãos, devem tratar seus servos com respeito. Na época de Paulo havia escravos. Lembremo-nos que o apóstolo escreveu a Filemom para que recebesse o escravo fugitivo, mas agora converso, Onésimo, como irmão em Cristo (Filemom 15-17). No contexto do evangelho a relação entre as pessoas se dá na base do amor cristão: “Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1ª Coríntios 12.13); “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3.28).


CONCLUSÃO:
Encerro com a citação de dois textos consonantes aos ensinos aqui apresentados:
“Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Romanos 7.6);
“Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão” (Gálatas 5.1);
Consideremos estas orientações em nosso viver diário.


Fontes de pesquisa:
Comentário Bíblico, de Mathew Henry
Lexico do Novo Testamento, de F. Wilbur Gingrich
Chave Linguística do Novo Testamento Grego, Fritz Rienecker e Cleon Rogers

IMPLICAÇÕES DA OBRA MISSIONÁRIA

Pr. Cleber Montes Moreira

Texto: Mateus 9.35-38

35- E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
36- E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.
37- Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
38- Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.


INTRODUÇÃO:
Os versos anteriores aos que lemos aqui, que compreendem os capítulos 8 e 9 de Mateus, relatam um pouco da Obra que Jesus realizava: pregações, curas, libertação dos oprimidos, demonstração de seu poder sobre a natureza e potestades, ensino, convocação e comissionamento. Podemos dizer que estes dois capítulos de Mateus tem farto material para a compreensão da obra missionária. Mais que isso, eles nos fazem compreender a natureza, a ação e o modelo da missão no ministério de Jesus.
Do capítulo 9, versos 35 a 38, extrairemos alguns ensinos sobre as implicações da Obra Missionária. Vejamos:

1. MISSÕES IMPLICA CONTATO PESSOAL: (v. 35)
(1) “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias...”
Isso difere da vida entre quatro paredes. Muitas vezes pensamos que estamos oferecendo a Deus o nosso melhor, supondo que isso é possível sem a obediência ao “Ide” de Jesus. Mas, para Deus, o nosso melhor não é o ativismo religioso, nossas festas e celebrações cúlticas, os louvores que oferecemos em nossos templos, ou mesmo nas casas dos crentes, e sim a vida de compromisso com a missão que levamos lá fora.
Jesus percorria todas as cidades e aldeias, e nós percorremos ruas, escritórios, escolas, consultórios, estabelecimentos... A grande questão é se temos feito de nossas andanças oportunidades para a pregação do evangelho. Em nossa caminhada precisamos cumprir o propósito da Missão a nós atribuída. Não importa onde você esteja indo, que seu objetivo maior seja o do cumprimento do “Ide”: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

(2) “E percorria Jesus... ensinando nas sinagogas deles...”
Não se pode realizar Missões sem o ensino da Palavra de Deus! Muitos compreendem a Obra Missionária como algo que se possa realizar apenas com espetáculos, shows e pirotecnia. Estes recursos são apenas atrativos; servem para chamar a atenção do povo, mas não transformam mentes e corações, pois não desencadeiam o conhecimento de Deus.
Devemos fazer da simplicidade de Jesus o nosso método de trabalho. Ao invés de recursos mirabolantes Ele preferia uma forma de ensino mais simples, objetiva e eficaz. E, o mais importante: seus ensinos correspondiam à sua forma de viver. Marcos relata: “E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Marcos 1.22).
Transmitir o conhecimento de Deus deve ser a finalidade da Igreja. É este conhecimento que transforma vidas! Seja no templo, na EBD, aos domingos a noite ou durante a semana; seja nas casas ou até mesmo nas ruas, precisamos ensinar o evangelho com vida e palavras, tendo como exemplo o próprio Jesus.

(3) “E percorria Jesus... pregando o evangelho do reino...”
Jesus tinha uma mensagem para pregar; sua pregação era “o evangelho do reino”. Não era uma mensagem qualquer; não era um evangelho qualquer, mas “o evangelho do reino”, as boas novas de salvação!
Hoje existem muitos evangelhos: o da prosperidade, o triunfalista, o “milagreiro”, o da autoajuda... Muitos propagam um evangelho “politicamente correto”, adaptado, atenuado, festivo, sem compromisso com o reino, com a finalidade de agradar, atrair e encher os templos. Jesus, no entanto, pregava “o evangelho do reino”, “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). A pregação deste evangelho começa com “arrependei-vos”, tocando, assim, no âmago da questão humana – o pecado –, evidenciando o estado de morte do pecador, e prossegue para o ensino da graça e da oferta da vida eterna em Cristo.

(4) “E percorria Jesus... curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.”
Embora tendo como alvo o resgate do perdido, Jesus sentiu-se profundamente tocado pelo sofrimento humano: injustiças sociais, preconceitos, fome, opressão espiritual, doenças... Ele ensinou a justiça, multiplicou pães, falou com samaritanos, tocou em leprosos, curou (até no sábado), comeu com pecadores... demonstrando que seu evangelho contempla o homem por inteiro.
A missão primordial da igreja no mundo, é anunciar o evangelho. Mas, ela deve também se preocupar com o bem-estar das pessoas. Foi assim que Jesus agiu. Não há como desassociar o evangelho da piedade.

2. MISSÕES IMPLICA VISÃO E SENTIMENTO: (v.36)
(1) Jesus teve uma visão real das multidões:
- “...andavam cansadas e desgarradas...”
O sentido de “cansadas” (σκύλλω) é o de “esfoliar, tirar o couro”, significando “afligir, molestar, preocupar, perturbar”. Assim “o povo estava sendo molestado, importunado e desnorteado por aqueles que deveriam ser seus mestres”.
O sentido de “desgarradas” (ρίπτω) é o de “lançar para baixo, prostrar com bebida ou ferimento mortal.” Dá a ideia de alguém exausto, caído, ferido... Refere-se “ao povo como ovelhas maltratadas e indefesas”. O povo estava cansado, prostrado e sem esperança.

- “...como ovelhas que não têm pastor.”
Aquela gente tinha liderança espiritual, mas seus líderes estavam falidos em sua religiosidade. O legalismo judaico era um fardo tão pesado que nem mesmo os escribas e fariseus, que esfoliavam o povo, podiam suportar. Sobre tais líderes Jesus afirma: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los” (Mateus 23.4).
Esse povo, maltratado, havia perdido a esperança. Estava cansado do “religiosismo”, perdido, sem rumo, “como ovelhas que não tem pastor”.
No relato do texto encontro semelhança com a realidade atual. Não faltam igrejas, pastores, bispos, apóstolos e toda a sorte de líderes que se dizem enviados de Deus para apascentar o povo. Mas, mesmo diante do exposto, vemos que o povo continua perdido, sem esperança de vida eterna, afligido, esfoliado, roubado, ferido por lobos gananciosos travestidos de pastores.

(2) Jesus envolveu-se emocionalmente com aquela gente:
- “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas...”
Compaixão, segundo o DICIO (Dicionário Online), significa “Sentimento de pesar que nos causam os males alheios; comiseração, piedade, dó.” Um dos ensinos mais fascinantes é o da compaixão de Cristo por aqueles que sofrem. A Bíblia registra que em vários momentos “o Senhor moveu-se de íntima compaixão”. Foi o que aconteceu quando, ao entrar na cidade de Naim, encontrou uma viúva chorando enquanto acompanhava o cortejo fúnebre de seu único filho: “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores” (Lucas 7.13).
Posso afirmar que o coração de Jesus está cheio de compaixão por nós. Ninguém melhor que Jesus sabe chorar conosco durante nossos momentos de angústias e sofrimento (vide João 11.35). O coração de Jesus “move-se de íntima compaixão” por nós!
A igreja também precisa aprender a compaixão e envolver-se na Obra com amor profundo pelos que perecem. Sem compaixão não se cumpre a Missão!

3. MISSÕES IMPLICA ORAÇÃO: (v.38)
A obra tem suas carências, e Jesus as reconhece muito bem. Ela carece de mais obreiros, e por isso devemos orar.
Entenda que Jesus não diz que precisamos de mais pastores, de mais missionários, de mais bispos, de mais profetas..., mas de mais trabalhadores. O povo não tinha falta de líderes religiosos como escribas, mestres, sacerdotes, mas sim de gente que realmente estivesse comprometida com a Obra de Deus.
Infelizmente, hoje, os títulos eclesiásticos já não retratam qualquer compromisso com o evangelho genuinamente bíblico. Ser chamado de pastor, bispo, evangelista, apóstolo (...) para muitos é uma questão de status e de poder. Não é disso que Jesus disse que a Obra carece, mas sim de fiéis trabalhadores; pessoas realmente comprometidas com os valores do reino de Deus. Pastores de verdade, que realmente apascentem o povo, que chorem pelas ovelhas, que as guie pelo caminho eterno, que cuide de suas feridas, que, se necessário, deem suas vidas por elas, ao invés de afligi-las e abatê-las.
Vejo que precisamos orar mais, no sentido de que Deus levante pessoas seriamente comprometidas com Ele. Pessoas de valor que realmente se disponham a trabalhar na obra por amor e fidelidade, sem esperar nada em troca de seu trabalho.
A Obra missionária também apresenta outras carências pelas quais devemos orar. Mas, além de orar, a igreja precisa agir. Foi justamente por isso que logo na sequencia, no capítulo 10, Jesus envia seus discípulos em missão. Primeiro Ele os convida para orar por mais trabalhadores, depois os envia para trabalhar na Sua seara. Os discípulos deveriam agir, dando continuidade à sua Obra. É isso que precisamos fazer!

CONCLUSÃO:
Concluo com as seguintes perguntas para nossa reflexão:
(1) Como você tem agido diante das portas que Deus abre nas escolas, no trabalho, na vizinhança, nas ruas (...)? Você tem aproveitado bem as suas andanças para proclamar a salvação em Cristo?
(2) Que tipo de visão você e sua igreja tem desenvolvido sobre a Obra missionária?
(3) Você está sentimentalmente envolvido com a Missão que Jesus te deu?
(4) Para você, o que implica a Obra missionária?
Reflita e reavalie suas atitudes em relação ao objetivo de Deus para a sua vida.

Em 13 de fevereiro de 2011
Fonte de pesquisas:
Chave Linguística do Novo Testamento Grego, de Fritz Reinecker e Cleon Rogers.
Léxico do Novo Testamento Grego / Português, de F. Wilbur Gingrich.
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