Se praticarmos uma adoração correta, o nosso prazer estará em Deus e sua vontade; nosso objetivo será servir, honrar e glorificar o seu nome, mesmo fora dos ajuntamentos cúlticos… Quando adoramos em espírito e em verdade, tudo o que fazemos tem sentido e propósito de natureza espiritual.
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“Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:20-24)
Pr. Cleber Montes Moreira
Quem é glorificado nos cultos hodiernos, Deus ou o homem? O que determina a liturgia, a escolha dos cânticos, bem como os sermões (quando há) que são ministrados, o Espírito Santo ou os “adoradores”? O que interfere na escolha do ‘lugar de adoração’?
Há uma discussão constante sobre ritmos, letras, coreografias, danças, ministrações e outras coisas, sobre o que pode e o que não pode, sobre o que é certo e o que é errado. A questão deveria ser outra: O que fazemos glorifica a Deus? Quando o objetivo é a honra e a glória do Pai eterno essa conversa perde o sentido, pois a intenção deixa de ser agradar ao homem, mas ao único que é digno de ser adorado.
Os cultos carnais se caracterizam por manifestações carnais; eles são pensados e projetados para atender às pessoas. Por isso alguns templos se transformaram em casas de shows, plataformas em palcos, louvores passaram a ser acompanhados de expressões corporais e as celebrações viraram espetáculos, e tudo ao sabor do “cliente” — sim, o adorador agora é “consumidor”! Fala-se muito hoje em “adoração extravagante”, para muitos ex-tra-va-san-te!
Há no ser humano uma forte tendência em configurar sua “espiritualidade” segundo crenças pessoais, cultura, anseios e vontade. Isso é carnalidade, e reflete no modo da “adoração”. Pessoas carnais oferecem uma “adoração” carnal (como se isso fosse possível). Não é sem motivo que muitas igrejas — nada mais que empreendimentos humanos — procuram adequar sua oferta de “culto” de forma a suprir a demanda do mercado. O que o povo gosta e o que o povo quer é que determinará o serviço a ser oferecido.
A grande questão não é se adoramos neste ou naquele monte, num templo, em casas, ou em outro lugar (há cristãos perseguidos que se reúnem em lugares incomuns), mas sim quem é o centro de nossa adoração: Se for o homem, então será uma adoração carnal e intencionalmente voltada para o prazer das pessoas. Neste caso, o carnaval cumpre melhor seu objetivo que certos cultos. Mas, se for Deus, então o nosso prazer estará em tudo o que lhe agrada, e nosso objetivo será servir, honrar e glorificar o seu nome, mesmo fora dos ajuntamentos cúlticos, com nosso caráter, nosso trabalho e nossas vidas dispostas integralmente diante dele e para Ele. Quando adoramos em espírito e em verdade, tudo o que fazemos tem sentido e propósito de natureza espiritual.
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