Pastor Cleber: dezembro 2019
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Aborto: a maior causa de mortes no mundo

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Aborto: a maior causa de mortes no mundo


Cleber Montes Moreira


Um dado preocupante veiculado em vários sites e jornais no início deste ano aponta que a maior causa de mortes em 2018 foi o aborto. O Portal Aleteia publicou matéria em que afirma que até 31 de dezembro de 2018 “41,9 milhões de crianças foram mortas antes de nascer: mais que a soma de todas as mortes por câncer, aids, malária, álcool, cigarro e acidentes de trânsito.”1 Naquele ano o câncer matou 8,2 milhões de pessoas, o cigarro 5 milhões e a aids 1,7 milhão. Estima-se que para cada 33 bebês nascidos, 10 foram abortados.

Segundo a OMS, todos os anos ocorrem cerca de 40 a 50 milhões de abortos, o que corresponde a aproximadamente uma média de 125 mil abortos por dia. Estima-se que nos Estados, em 2005, quatro em cada dez gestações tenham sido interrompidas. O “abortrômetro”2 indica que devemos fechar 2019 com cerca de 43 milhões de abortos em todo o mundo.

Os militantes abortistas justificam seus esforços pela descriminalização do aborto dizendo que isso levaria à redução do próprio número de abortos, o que é uma falácia. Marlon Derosa, editor do site “Estudos Nacionais”, publicou matéria em que comprova que após a descriminalização o número de abortos aumentou em 19 países:3

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O mesmo autor, no livro “Precisamos falar sobre aborto: mitos e verdades”, no capítulo intitulado “Um panorama internacional sobre a questão do aborto”, apresenta diversos engodos da indústria do aborto para manipular estatísticas e produzir números que favoreçam seus argumentos. Segundo ele, por opção metodológica, para que o estudo não fosse passível de críticas de ferrenhos defensores da ideologia do aborto, optou-se por comparar dados do primeiro ano de aborto legal com o último valor registrado. Além disso, verificam-se muitos casos de subnotificação de abortos legais. Essas características fazem com que o aumento verificado na tabela acima esteja subdimensionado. Se usada outra metodologia, veríamos que a legalização provoca aumentos na incidência de abortos ainda maiores do que os valores demonstrados na tabela acima.”

Na Argentina um projeto de lei autorizando o aborto legal e gratuito foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2018, mas não passou no Senado. Porém, atual governo sinaliza com medidas que possam facilitar o aborto “não punível”. “Fernández anunciou que promoverá um novo debate sobre o aborto no Congresso, onde o bloco oficial é a primeira minoria na Câmara e o presidente tem maioria no Senado.”4

No Brasil a legislação permite que o aborto seja realizado apenas em casos de estupro, risco à vida da mãe ou anencefalia, entretanto a militância pró-aborto, a pretexto da liberdade da mulher e de seus direitos sobre seu corpo, bem como de defesa pela vida, tem defendido a descriminalização do aborto pelo menos até a 12ª semana de gestação. É o que diz matéria publicada no site Huffpost Brasil: “Pela vida de todas: Ação do PSOL pede legalização do aborto no Brasil: Partido, com assessoria da Anis, quer que a interrupção da gestação realizada por vontade da mulher até 12 semanas não seja mais crime.”5 Já o Movimento Brasil sem Aborto informa em sei site que foi lançada, no dia 5 de dezembro de 2011, a Frente Parlamentar Mista Contra o Aborto e em Defesa da Vida. A iniciativa reúne deputados e senadores e tem o objetivo de valorizar a vida desde a concepção, além de atuar contra propostas que busquem a legalização do aborto no Brasil.6

O aborto, mesmo que venha a ser desciminalizado continuará sendo o que é: assassinato, uma violação da vida como direito fundamental e inalienável. Como bem disse a Madre Teresa de Calcutá, “Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos colocamos mais alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer.” Já o poeta Mário Quintana escreveu: “O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.” Concordo com Reinaldo Ribeiro quando diz que “o aborto é a soma de dois crimes, pois não se limita à atrocidade de negar luz a uma existência, como também tenta legitimar a mais bárbara dentre as covardias, chegando ao ponto de bestializar a surda e cega consciência daqueles que o aprovam!”. Não há violação maior que permitir o assassinato de indefesos ao mesmo tempo em que se coloca como vítima o matador. Pense nisso!

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1 https://pt.aleteia.org/2019/01/07/aborto-foi-a-principal-causa-de-morte-no-mundo-inteiro-em-2018/
2 https://www.worldometers.info/abortions/
3 https://www.estudosnacionais.com/7231/numeros-de-abortos-aumentam-com-a-legalizacao-confirma-levantamento-com-19-paises/
4 https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/governo-argentino-d%C3%A1-garantias-para-aborto-por-estupro-ou-risco-de-vida-1.386829
5 https://www.huffpostbrasil.com/2017/03/07/pela-vida-de-todas-acao-do-psol-pede-legalizacao-do-aborto-no-b_a_21875491/
6 https://brasilsemaborto.org/

“SANTO, SANTO, SANTO…”

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“SANTO, SANTO, SANTO…”



Pr. Cleber Montes Moreira

E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6:3)


Na literatura hebraica, o uso de uma repetição é para enfatizar o que está sendo dito. A santidade de Deus é o único atributo posto desta forma, tanto em Isaías 6:3 quanto em Apocalipse 4:8. Nestas narrativas, seres celestiais cantavam “Santo, Santo, Santo, enfatizando, por meio do louvor, que Deus é Santo.

Há um hino muito conhecido, antigo, mas ainda muito entoado, cuja letra se inicia assim: “Santo! Santo! Santo!”

Embora haja, ainda, alguma menção à santidade de Deus nos cultos hodiernos, temos nós consciência de seu significado e de qual deve ser nossa postura diante deste Deus santo? Muitos louvores atuais exaltam um “deus de promessas”, um “deus de milagres”, um “deus dos impossíveis”, um “deus de cura”, um “deus de prosperidade”, ou seja, um deus formado na mente humana com base nos anseios do próprio homem: fictício, impotente, desprovido de glória e santidade, sendo sua imagem oposta ao Deus da Bíblia.

A pessoa divina tem sido tratada como um de nós, chamada, dentre outras coisas, de “o cara lá de cima” ou “velhinho”. Isso é resultado da falta da visão da glória do Deus Santo! Um povo que não conhece o Eterno não pode reverenciá-lo, nem adorá-lo em “espírito e em verdade”. É fato que Ele tem se tornado, cada vez mais, um ilustre desconhecido. Ele está presente em nossas frases, mensagens, pensamentos, orações, canções etc., todavia, como um estranho. Este é um tempo em que as pessoas têm pensamentos rasos sobre Deus: tempo de ignorância espiritual e analfabetismo bíblico, que resulta em comportamentos irreverentes e sem temor do Altíssimo.

Imagine se todos os dias pensássemos na santidade de Deus com a devida seriedade, ao ponto de sermos convencidos da busca de nossa própria santidade, movidos por um desejo ardente de resgatarmos em nós a Sua glória, ofuscada pelo pecado, como viveríamos tendo tal conhecimento? Pois bem, Deus é assim e devemos ter isso em mente constantemente. Certamente que esta consciência mudará não somente nossa forma de viver, mas, principalmente, o modo de nos relacionarmos com o Santo. Pense nisso!

O MAIOR RISCO

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Pr. Cleber Montes Moreira

“…prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.” (Amós 4:12)


O mundo do jornalismo é cheio de clichês, e um deles era muito utilizado para se referir a alguém em franca recuperação após um acidente ou evento envolvendo a saúde: “Fulano não corre risco de vida”. Esta afirmação me causava certa indignação, pois a vida, embora envolva riscos, em si não é um risco, mas uma dádiva da qual ninguém, em sã consciência, quer abdicar. Com o tempo aquela frase foi substituída por “Fulano não corre risco de morte”. Um jornalista assim se expressou sobre um sobrevivente de um acidente aéreo: “Fulano não corre risco de morrer”. Ao contrário disso, todos corremos risco de morrer, seja nos aviões, no trânsito terrestre ou náutico, nos hospitais, no exercício de nossas profissões, no lazer, dentro ou fora de casa, dormindo ou acordado… Por isso, uma outra frase é bem lembrada: “Para morrer, basta estar vivo”. A vida não é um risco, mas a morte está sempre diante de nós; dela ninguém escapará, não importa o como, o onde, nem o quando, ela não faz acepção de pessoas e, às vezes, vem da maneira mais improvável.

É correto dizer que “nada é mais certo que a morte”, porém, a morte física não é de todos o maior risco. A Bíblia nos adverte sobre um risco grave e que pode ser evitado, o da morte eterna, ou seja, o da separação definitiva entre o homem e Deus. Para evitar este risco é preciso estar vigilante, fazer a confissão por Cristo como Senhor e Salvador como fruto de um arrependimento sincero, não por medo, mas pelo entendimento claro de nossa condição e da oferta do evangelho. A palavra dita à Israel, por intermédio do profeta Amós, tem um princípio que deve ser aplicado às nossas vidas: “prepara-te, ó _______________________ (seu nome), para te encontrares com o teu Deus” (Amós 4:12), pois o Deus amoroso é também justo juiz e, naquele dia, separará os bodes das ovelhas: “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mateus 25:32). Quem nesta vida vive sem Deus, sem Ele permanecerá na eternidade, mas quem, convencido pelo Espírito Santo, livremente se submete ainda em vida ao Seu Senhorio, entra para o Seu Reino desde agora e para sempre: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).

A vida abundante é a grande oportunidade oferecida, porém a morte eterna não é um mero risco, mas uma realidade para quem ainda não se reconciliou com o Salvador.

Reflita em seu coração: Se a morte chegasse para você agora, onde você passaria a eternidade? No Céu com Cristo, ou separado dele e em tormento eterno? A sua condição futura depende de sua escolha agora.

A oportunidade está lançada. Jesus disse: “o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37). Isso significa que você não precisa correr o risco de morrer eternamente. Pense nisso! Tome, em tempo, sua decisão!

“TAPA NA FEIURA”


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Pr. Cleber Montes Moreira

Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.” (Salmos 45:2)

Certo homem, tendo vivido e trabalhado na roça por muitos anos, veio a mudar-se para a cidade. Era um sujeito sofrido, de aparência maltratada, vestia-se mal, faltavam-lhe alguns dentes, sua pele era castigada pelo sol. Lutava, com muita dificuldade, para sustentar sua família e proporcionar oportunidade de estudo para seus quatro filhos. Com muito sacrifício pôde vê-los formados e no mercado de trabalho. Finalmente veio a converter-se e tornou-se membro de uma igreja em seu bairro, onde era querido por todos. Com fama de honesto, logo foi procurado por um crente generoso, da mesma igreja, que não somente lhe deu uma oportunidade de emprego em sua empresa, na vigilância, bem como lhe ofereceu tratamento dentário. Os filhos, motivados pelo ocorrido, resolveram também ajudar os pais. Assim, aquele homem de aparência rude mudou seu sorriso — agora tinha dentes —, passou a vestir-se melhor e a cuidar mais do “templo do Espírito Santo” (modo como referia-se a seu corpo). Depois de algum tempo, encontrou-se com um antigo conhecido, que quase não o reconheceu. Perguntado sobre a mudança em seu aspecto, o crente, bem-humorado, respondeu ao velho amigo: “Dei um tapa na feiura.”

Muitos há que procuram os salões de beleza, cuidam das unhas, cabelos, pele, fazem tratamentos, vão aos esteticistas e até aos cirurgiões plásticos para darem um “tapa na feiura”. Mesmo aqueles que, digamos, não são feios! Nos dias atuais, cuidar da beleza é algo cada vez mais comum. Tanto homens quanto mulheres se preocupam em como melhorar a aparência.
Se buscamos uma solução para a “feiura” do corpo, por que não nos preocuparmos também com a beleza espiritual?

O ser humano ao ser criado era lindo, pois foi feito à imagem e semelhança do Pai (Gênesis 1:27). Não é sem motivo que, contemplando Sua Obra, viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom (Gênesis 1:31). Entretanto, por causa do pecado, aquilo que era bonito perdeu sua beleza, e a criatura ficou destituída da gloriosa semelhança com seu Criador: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3:23).

E agora, o que fazer? Como restaurar a beleza humana? A resposta é Cristo! O Plano de Deus para restaurar o homem é Cristo! Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8:29 – grifo do autor). Ser igual a Cristo é ser belo, pois sobre ele escreveu o salmista: Tu és mais formoso do que os filhos dos homens (Salmos 45:2).

Que tal dar um “tapa na feiura”? Digo, na “feiura” espiritual. Que seu desejo seja como a letra daquele velho cântico:

Que a beleza de Cristo se veja em mim,Toda sua admirável pureza e amor.
Ó Tu, Chama Divina,
Todo meu ser refina
Té que a beleza de Cristo se veja em mim.

FILHOS OU CRIATURAS?

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FILHOS OU CRIATURAS?


Pr. Cleber Montes Moreira

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” (João 1:12)


Por tradição, a maioria pensa que “todos são filhos de Deus”. Porém, a Bíblia nos ensina algo diferente: há uma distinção entre criaturas e filhos. O Eterno criou todas as coisas, conforme nos ensina em Sua Palavra: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis (Colossenses 1:16), o que, obviamente, inclui os seres humanos. João, no evangelho que leva seu nome, nos esclarece que alguém se torna filho de Deus somente pela fé em Cristo como Senhor e Salvador de sua vida: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”. Estes não “nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12,13), ou seja, não se trata de um nascimento natural, mas espiritual.

Nicodemos era um homem bom, religioso e, imagino, sincero, honesto, praticante de boas obras etc. Certa noite ele foi até Jesus. Seu coração estava, provavelmente, ansioso por encontrar algo especial, algum sentido para a vida, que não estava nas práticas religiosas, nem em suas boas obras. Ele era criatura, e não filho. Com todas as suas virtudes, ainda era um perdido. Por isso, Jesus, olhando em seus olhos, disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). Ele ainda não havia entendido, e então perguntou ao Mestre: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” (João 3:4). O Senhor, cheio de amor, respondeu: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:5,6). Aqui está a diferença! A criatura é nascida da carne, concebida em pecado, e por isso está perdida (Salmos 51:5). Já os filhos, porque nasceram do Espírito, estão salvos e pertencem ao reino eterno. E mais: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo (Romanos 8:17). Note: Somente os filhos são herdeiros do Pai!

Os filhos possuem o DNA do pai, e por isso se pode comprovar a paternidade (João 842 e 44). No âmbito espiritual é assim: Porque somos filhos de Deus, recriados pelo poder do Espírito, mediante o milagre do novo nascimento, fomos feitos à Sua imagem e semelhança. Isso quer dizer que, espiritualmente, possuímos o “DNA” do Criador. Temos com Ele uma relação direta, de parentesco. Nossa natureza foi feita segundo a Sua natureza; como Pedro nos ensina, somos “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Sim, Deus nos projetou para sermos “conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29). Por isso, não andamos mais conforme o curso deste mundo, mas guiados pelo Espírito Santo (Leia Efésios 2:1-3), crescendo a cada dia, até que atinjamos nosso alvo: a “medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13).

Reflita em seu íntimo: Você é filho ou criatura? O que indica sua natureza? Você já experimentou o novo nascimento? Se pudesse ser feito um teste de “DNA espiritual”, quem seria declarado seu pai?

“EU ESTOU CONVOSCO…”

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“EU ESTOU CONVOSCO…”

Pr. Cleber Montes Moreira

Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” (João 7:3-5)

Aqueles que são chamados por Deus para uma Obra especial nem sempre são devidamente compreendidos. Certa ocasião, recebemos em nossa igreja um casal que se preparava para deixar o Brasil para atuar como missionários na Ucrânia. O esposo, que é engenheiro e trabalhava para uma multinacional, afirmou ter sido questionado por várias pessoas sobre como alguém poderia deixar uma carreira tão promissora, um emprego tão rentável, o conforto de seu lar, familiares, amigos e tantas outras coisas para ganhar pouco, ter que aprender um novo idioma, se adaptar a uma nova cultura e ainda correr riscos.

Tenho recebido notícias de jovens que deixaram tudo, foram para a África, para a Ásia, para o Oriente, para trabalhar em lugares tão distantes, em meio a povos tão diferentes e, muitas vezes, em meio ao perigo, enquanto, normalmente, a maioria sonha com o sucesso profissional e a estabilidade financeira. Como conquistar a compreensão dos pais, de irmãos, de amigos e, quando casado, do cônjuge? Os pais sempre sonham com o sucesso dos filhos e, para eles, sucesso não é exatamente atender ao Chamado divino. Este é também o modo de pensar de muitas esposas, esposos, irmãos, amigos… Os irmãos de Jesus, por exemplo, não compreendiam sua missão nem a natureza de seu ministério. Eles sugeriram ao Senhor que se “manifestasse ao mundo”, segundo R. N. Champlin “porque qualquer grande profeta, especialmente o Messias, deveria ter um ministério em Jerusalém” — talvez quisessem se beneficiar de sua fama, penso eu. Pedro também, por sugestão maligna, intentou dissuadi-lo a deixar o caminho da cruz (Mateus 16:22).

Se você tem um chamado especial para servir a Cristo, não espere compreensão nem apoio do mundo. Às vezes o apoio não virá nem mesmo dos seus, das pessoas mais próximas. Por vezes se sentirá incompreendido, e até solitário. Digo, profundamente solitário! Mas, lembre-se: nem mesmo os irmãos de Jesus creram nele. Entenda que cumprir o “IDE” do Senhor não é algo que nos coloca numa zona de conforto. Contudo, Ele não te abandonará, e a recompensa pelo engajamento na Obra será eterna. Não desanime! Procure revigorar suas energias e encontrar forças naquele que te chamou. Siga adiante! Há muito o que fazer! Quando sentir-se solitário, lembre-se que Ele prometeu: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20).

Você não está sozinho. Pense nisso!

OBSTÁCULOS AJUDAM A CRESCER

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OBSTÁCULOS AJUDAM A CRESCER


Pr. Cleber Montes Moreira

“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.” (Romanos 5:3-5 – NVI)


O escritor Mark Victor Hansen disse: “Não espere até que tudo esteja perfeito. Nunca estará tudo bem. Sempre haverá desafios e obstáculos. E daí? Comece agora. A cada passo dado, você estará mais forte, mais habilidoso, mais confiante e mais bem-sucedido”.

C. H. Spurgeon afirmou com razão: “Muitos homens devem a grandeza da sua vida aos obstáculos que tiveram que vencer”. São justamente os obstáculos que nos ajudam a crescer. Ao se deparar com adversidades, tenha em mente que nada é fruto do acaso, mas que Deus tem nisso um propósito: você está sendo fortalecido, e seu caráter está sendo forjado. As árvores não reclamam do vento, mas se fortalecem com ele. Os peixes não murmuram contra as correntezas, mas as seguem utilizando de sua força, ou nadam contra elas para lugares próprios para desovas no período da reprodução. Desafios fazem parte da vida; quem foge deles não se supera nem alcança o sucesso. Pense nisso, tenha bom ânimo, e siga em frente. Há sempre uma obra a realizar!

A SOBERBA OU A ALEGRIA?

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A SOBERBA OU A ALEGRIA?


Pr. Cleber Montes Moreira

E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.” (Lucas 15:29 – grifo do autor)


Observem a alegação do filho mais velho: ele reclama que era obediente, que jamais transgredira um só mandamento de seu pai e, mesmo assim, este dava mais atenção e despendia mais cuidados para com o filho desobediente. Este comportamento ilustra a conduta dos escribas e fariseus, relatada no verso 2: “E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles”. Segundo o Dicionário Bíblico Moody, pecadores refere-se “ao povo das ruas para o qual os fariseus olhavam com desdém por que não conhecia a Lei”. Eles reclamavam que Jesus dava atenção aos “pecadores”, inclusive aos publicanos, os ensinava e comia com eles. Eles não admitiam que a missão do Cristo é “buscar e salvar o que está perdido” (Lucas 19:10), que veio para os doentes e não para os que se acham sãos, conforme o Senhor mesmo explica: “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento” (Marcos 2:17).

É lamentável quando alguém se vê no pódio da espiritualidade, no auge da santificação, acima de todos e em condições de desprezar os demais pecadores. Esta soberba religiosa indica justamente o contrário do que aparenta ser: em vez de elevada espiritualidade, profundidade no pecado!

O escritor e pensador Helgir Girodo disse: “Toda pessoa arrogante, soberba e altiva não aceita ser corrigida, visto que não deseja ser mudada por um comportamento superior, porque já possui um espírito de conduta inferior que a satisfaz”. Assim eram e agiam os escribas e fariseus! Diferentemente, o “humilde de espírito” está sempre apto para ser corrigido, arrepender-se e entrar para o Reino de Deus. Enquanto o soberbo diz “nunca transgredi um mandamento teu”, o humilde ora: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13). O primeiro é repreendido, o segundo encontra perdão. O primeiro se afoga nas águas do orgulho, o segundo imerge na graça e emerge da morte para a vida.

Ao invés da soberba dos religiosos, alegremo-nos com os céus pelos pecadores que se arrependem (v. 7), considerando que somos participantes da mesma graça e que fomos alcançados pelo amor do Pai quando éramos “ainda pecadores” (Romanos 5:8).

O MAIOR TESOURO

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O MAIOR TESOURO



Pr. Cleber Montes Moreira

Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?” (Mateus 19:27)


Muitas pessoas compreendem o evangelho como uma fórmula mágica para enriquecimento material e satisfação da vontade e anseios humanos. Há até quem ouse tentar barganhar com o Senhor: “Se Deus me curar…”, “Se Deus ouvir minha oração…”, “Se Deus me der um emprego…”, “Se Deus me der um carro novo…”, “Se Deus me ajudar nos estudos…”, “Se Deus restaurar minha família…”, Se Deus fizer isso ou aquilo “prometo passar a crente”, “prometo ser um dizimista fiel” etc. Mas o Poderoso não abriu um balcão de negócios no qual se pode trocar bênçãos temporais por promessas humanas. O ser humano, em seu estado de miséria, não está em condições de negociar com Deus, bastando-lhe somente a abundante graça, sem a qual está perdido.

O contexto do texto lido nos fala de um jovem rico que estava tão apegado às riquezas temporais que não podia servir a Cristo. Assim também estão todos os que colocam seu coração neste mundo, esperando no Senhor apenas para esta vida, esquecendo-se de que é necessário buscar o reino de Deus em primeiro lugar (Mateus 6:36). Para aqueles que assim se comportam, eis o que Paulo diz: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Coríntios 15:19).

Ao contrário daquele jovem, rico, mas, do ponto de vista espiritual, miserável, os discípulos deixaram tudo para seguir o Mestre. Literalmente, tudo! E, que recompensa tem os que assim fazem? E nós que “deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?”, perguntou Pedro. A resposta do Senhor foi: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mateus 19:29). Que riqueza pode ser maior que a vida eterna? A saúde, o emprego, a família, bens materiais? Nada é maior e mais precioso que a salvação, oferecida graciosamente.

O evangelho não é barganha. Para entrar para o reino de Deus é preciso deixar de amar o mundo e de se preocupar deliberadamente com as coisas seculares. Quem quer ganhar o mundo acaba perdendo a própria vida: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16:26). Por isso Jesus disse que “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus 19:24). Quem tem seu coração no mundo está perdido, mas quem, por amor a Cristo, renuncia ao mundo “receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. E este é o maior tesouro que alguém pode encontrar. Pense nisso!

AMAR O MUNDO OU AMAR A DEUS?

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AMAR O MUNDO OU AMAR A DEUS?



Pr. Cleber Montes Moreira

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)


A exortação bíblica é clara — “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” —, entretanto, para interpretarmos bem o texto, precisamos definir o que é o mundo. O mundo, citado por João, é o sistema secular, organizado, que age contra Deus e se opõe à Sua Obra e propósitos. É neste sentido que “todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19), isto é, debaixo da influência daquele que é chamado de “príncipe deste mundo” (João 16:11) e que “opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2), ou seja, nos que estão no mundo. Portanto, o mundo é inimigo do bem e aqueles que se conformam com ele estão nas trevas e sob o domínio de Satanás. É a este mundo, ou sistema, governado pelo diabo que não devemos amar. Quem ama o mundo e o que ele oferece ainda não conhece o Pai.

O amor ao mundo se manifesta, na prática, de diversas formas: apego ao dinheiro, consumismo desenfreado, materialismo, imoralidades, paixões pecaminosas, prazeres ilícitos, má administração do tempo, falta de amor pelas pessoas, valores e prioridades invertidas, corrupção e tantas outras coisas. É claro que todos nós precisamos de trabalho, dinheiro, estabilidade e temos tantas outras necessidades enquanto no mundo, porém, quando estimamos demasiadamente tais coisas, elas deixam de ser bênção e se transformam em maldição. É o mesmo princípio descrito por Paulo quando escreveu a Timóteo: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6:10). O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo de onde estiver o coração do homem. O amor ao mundo e ao que ele oferece causa males e sofrimentos.

Quem ama o mundo um dia não terá o que amar, pois “o mundo e a sua cobiça passam” (1 João 2:17 – NVI), e aí tudo terá sido em vão. Porém, aquele que ama a Deus e permanece nele ama o Eterno, e as riquezas que Ele dá, ao contrário das riquezas temporais, não perecem.

Amar o mundo ou amar a Deus? Pense nisso e faça sua escolha.
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