Pastor Cleber: 2012
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MEU CORAÇÃO DÓI PELA AMÉRICA – BILLY GRAHAM

“Alguns anos atrás, a minha esposa Ruth estava lendo um esboço de um livro que eu estava a escrever. Ao terminar uma secção que descrevia a terrível espiral descendente dos padrões morais e da idolatria da adoração de falsos deuses como a tecnologia e o sexo, ela impressionou-me quando exclamou: ‘Se Deus não punir a América, Ele vai ter de pedir desculpa a Sodoma e Gomorra.’

Ela pensava certamente numa passagem de Ezequiel onde Deus diz porque é que levou essas cidades à ruína. ‘Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade…mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali’ (Ezequiel 16.49-50).

Não sei o que a Ruth pensaria da América se estivesse viva hoje. Nos anos que se passaram depois que ela fez esse comentário, milhões de bebés foram abortados e a nossa nação parece geralmente despreocupada. A complacência egocêntrica, a arrogância, e uma falta de vergonha pelo pecado são agora distintivos do estilo de vida americano.

Há poucas semanas, numa proeminente cidade no sul, os capelães Cristãos que trabalham no departamento policial receberam ordens para não mais mencionarem o Nome de Jesus nas orações. Foi relatado que durante um recente evento organizado pela polícia, a única pessoa com permissão para orar foi alguém que se dirigiu “ao Ser presente na sala.”

Cenários semelhantes são agora lugar comum em cidades por toda a América. A nossa sociedade esforça-se por evitar qualquer possibilidade de ofender alguém – exceto Deus.

Contudo, quanto mais nos distanciamos de Deus, mais o mundo gira fora de controle.

O meu coração dói pela América e pelo seu povo enganado. As notícias maravilhosas é que o nosso Senhor é um Deus de misericórdia, e ele responde ao arrependimento. Nos dias de Jonas, Ninive era a única potência mundial – rica, indiferente e egocêntrica. Quando o profeta Jonas finalmente viajou até Nínive e proclamou os avisos de Deus, o povo ouviu e arrependeu-se.

Eu acredito que a mesma coisa pode acontecer uma vez mais, desta vez na nossa nação. É algo que anseio, e o meu filho Franklin partilhou recentemente uma visão do provável maior desafio na história da Associação Evangelística Billy Graham: lançar uma campanha denominada Minha Esperança com Billy Graham, que levaria o Evangelho aos bairros e lares de todos os cantos da América no próximo ano.”

Enquanto escrevo, estou no meio de um verão ocupado desfrutando das visitas dos muitos netos da minha família e de outros membros, mas também trabalhando arduamente num novo livro que aborda algumas ilusões perigosas acerca da salvação eterna que se estão a tornar cada vez aceites em muitos lugares. Quero chamar a atenção do mundo para o que a Bíblia diz.

Embora a idade e a saúde restrinjam a minha mobilidade e a minha resistência, para não mencionar a minha visão e audição, eu estou grato pelos dias que Deus me deu.

Billy Graham
28/07/2012

Fonte: http://prvitorhugo.com/2012/08/04/meu-coracao-doi-pela-america-billy-graham/

“Deus tarda?”

Jéssica da Silva Ferreira

Todos nós, ao orarmos, pedimos a Deus algo que esperamos realizar-se em breve, em especial, quando estamos passando por grandes sofrimentos e ansiamos por uma solução. Porém, o tempo de Deus, por vezes, é diferente do nosso. O que nos leva a concluir que nem sempre o que pedimos acontecerá bem no tempo que almejamos. Devido a isso, é comum que, erroneamente, entreguemo-nos a sentimentos involuntários como a ansiedade e a impaciência, agindo assim, de forma imprudente diante de Deus, questionando-o ou até mesmo duvidando de seu poder.

Também é incontestável que, até mesmo os grandes homens da Bíblia, em algumas situações de suas vidas, encontravam dificuldades para descansar no Senhor e esperar o tempo certo para o agir dele. Davi nos dá um exemplo disso em Salmos 13, quando diz no versículo 1: “Ó Senhor Deus, até quando te esquecerás de mim?”,ele se referia à agonia por qual passava ao estar prestes a ser pego por seus inimigos. Mas a resposta de Deus junto ao seu livramento, parecia-lhe muito remota e demorada. Porém, a verdade era que Deus esperava o momento certo para livrá-lo daquele impasse e dar-lhe a vitória, pois nós seres humanos, muitas vezes, quando conseguimos o que queremos de forma fácil, não sabemos dar o devido valor e até esquecemo-nos de agradecer a Deus.

O que o Senhor quer é que confiemos nele e esperemos, com paciência, o seu tempo, dando a ele nossa adoração e nosso louvor, independente das circunstâncias, abominando totalmente esta famosa frase que diz: “Deus tarda, mas não falha” e assumindo uma nova posição diante de todas as situações, dizendo: “Deus faz tudo no tempo certo e nunca falha”.

Jéssica é membro da Primeira Igreja Batista de Itaperuna

ONDE O CÉU COMEÇA



casa
Imagem: Pixabay

Pr. Cleber Montes Moreira


“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Deuteronômio 6:6-7)


Li, no adesivo de um carro, uma frase muito interessante: “O céu começa em casa”. Logo pensei: se para alguns “O Céu começa em casa”, para outros é lá que o inferno tem início. Penso que um lar com Jesus é Céu, mas uma casa sem Ele é inferno.

A Bíblia diz que “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” (Salmos 127.1). Muitos querem edificar seus lares nas areias movediças da autossuficiência, de tradições familiares ou religiosas, do velho ou novo moralismo etc. Se esquecem de que todo esforço neste sentido é vão, e que somente é possível ter uma família equilibrada, sadia e firme diante das intempéries se ela estiver firmada na base sólida da Palavra de Deus.

A Bíblia é o manual para a formação de famílias saudáveis. Ela tem orientações para o esposo, a esposa, pais, filhos etc. Ela transmite valores eternos, e quem fizer caso deles será bem sucedido. Podemos parafrasear assim o Salmo primeiro, versos 1, 2 e 3: “Bem-aventurada é a família que não vive segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.”

Sabemos que Satanás tem se esforçado para desfazer a Obra de Deus, e sua maior estratégia é destruir a família. Ele tenta afastar seus membros da presença de Deus, usando todos os meios possíveis, inclusive a mídia, para propagar valores invertidos. Traição, desobediência, rebeldia, desrespeito, inveja, ódio, violência, pornografia, ridicularização dos valores bíblicos, heterofobia, são apenas alguns ingredientes dos enredos de filmes, novelas e programas de auditórios da TV que entram nos lares e minam as colunas que dão firmeza às famílias. Às vezes de forma imperceptível, devagar, o pecado vai entrando e, quando se percebe, o estrago está feito.

Muitas lutas podem ser travadas nos lares, podendo ser motivadas por desvio dos cônjuges, brigas, consumo de álcool e drogas, consumismo, má administração do tempo, escassez de saúde, desemprego, falta de dinheiro etc. A família sem Jesus estará vulnerável a todas estas coisas, bem como propícia ao esfacelamento.

Se você quer que “O Céu comece em sua casa”, precisa viver e ensinar os valores bíblicos em seu lar. Seus ensinos e seu exemplo terá papel poderoso e determinante na influência positiva da sua vida sobre os demais membros de sua família.

PROCURA-SE UMA IGREJA


Pr. Wagner Antonio de Araújo

Procura-se uma igreja que use a Bíblia Sagrada do jeito que era usada no passado não muito distante. Que use a Bíblia como revelação de Deus. Aliás, uma boa bíblia tradicional e FIEL, e não as publicações "à la carte" (bíblia para idosos, para jovens, para gays, para empresários, etc.). Não importa que tenha capa preta e letras de tipos antigos. Não importa que uma ou outra palavra precise ser consultada no dicionário.

Afinal, a Bíblia deve servir também para aprimorar os conhecimentos de seus leitores. Que use a Bíblia acreditando nela. Confiando em seus escritos, linha por linha, letra por letra. Que creia em sua inerrância e em sua total confiabilidade. Que a use no púlpito, não por pretexto para eventos sociais, políticos ou comerciais, mas como a Palavra de Deus, revelação divina para todos os povos.

Procura-se uma igreja que tenha púlpito. Sim, porque o tablado das igrejas tem abrigado toda sorte de coisas, menos um púlpito. Lá encontram-se baterias, guitarras, pandeiros, atabaques, porta-microfones, câmeras, luzes, castiçais de Israel, óleos de Jerusalém, cartazes comerciais, "links" ao vivo para a TV e Internet, mas dificilmente se encontra um púlpito. Para aqueles que não estão familiarizados, púlpito é aquele móvel que os pastores antigamente usavam para colocar as suas bíblias e pregar a Palavra de Deus.

Usualmente era colocado no centro da plataforma, numa disposição que alcançasse todos os presentes, ou mesmo em um dos lados, no alto. O lugar era mais ou menos aquele onde estão os "levitas" ou os animadores do "auditório gospel". Encontram-se muitos desses móveis antigos nos "museus eclesiásticos".

Procura-se uma igreja com templo. Não precisa ser um grande templo, nem um pequenino templo. Não precisa ter torre, relógio e cruz, nem tampouco ter um órgão de tubo e um vestíbulo. Apenas um templo, um lugar

reservado para adoração a Deus, um lugar onde as pessoas se consagrem para a oração, a meditação, o respeito e a dedicação a Deus. Geralmente encontram-se ex-templos onde hoje estão casas lotéricas, açougues, mercados ou agências bancárias, porque as igrejas que os usavam acabaram por alugar grandes auditórios, cinemas, fábricas, pizzarias ou ginásios esportivos. O templo tornou-se tão obsoleto quanto a adoração tradicional bíblica. O templo não era adequado para a atual "aeróbica cristã", que faz com que os participantes suem tanto quanto uma boa aula de ginástica. Procura-se uma igreja que tenha um templo, seja de tijolos, de barro ou de bambus, mas que seja "Casa de Oração", lugar de adoração, de reverência, de alegria espiritual, de encontro com Deus. Se for grande, muito bom. Se for pequeno, bom também. Se tiver ar condicionado, ótimo. Caso contrário, não haverá problema, desde que o povo tenha consciência de que "a minha casa será chamada CASA DE ORAÇÃO". (citação das palavras de Jesus em Mateus 21.13).

Procura-se uma igreja que cante hinos. Uma igreja que ainda ouse usar um "Cantor Cristão", um ""Hinário para o Culto Cristão", um "Hinário Evangélico," um "Melodias de Vitória", um "Salmos e Hinos" ou outro hinário que contenha as preciosidades da hinódia evangélica. Uma igreja que ouse cantar coisas que vão de encontro à música chamada "do momento", e ao encontro do coração de Deus, em adoração firmada em verdades da Palavra do Senhor, e não em palhas e restolhos de emoção fútil. Uma igreja que ainda use os hinos publicados em forma de livrinho, não apenas um retro-projetor com transparências, que priva as pessoas de levarem a letra para casa e estudá-la, decorá-la, entoá-la em sua devocional particular. Uma igreja que cante "Rocha Eterna", "Fala, Deus", "Bendita a Hora de Oração", "Vamos à Igreja", "Já Refulge a Glória Eterna", "A Doce Voz do Senhor", "Tu és Fiel", "O Rei Está Voltando", "Grande é Jeová", etc. Uma igreja que embase o que canta na Palavra de Deus, rejeitando cânticos que não têm razão de ser, como os que dizem que Deus está "passeando" (estaria Ele de férias?) "Agarre as penas das asas dos anjos" (seriam eles galinhas despenando?), "Dá-me a mão e meu irmão serás" (é tão simples assim? Nem de Cristo se precisa?). Uma igreja que não tenha um "hit parade", ou um índice das "10 mais de hoje", mas cante coisas de ontem, de hoje e de sempre, concretas, profundas e permanentes.

Procura-se uma igreja de gente renascida. Não reencarnada, pois reencarnação não existe (cf Hebreus 9.27). Mas uma igreja de gente que foi regenerada pelo novo nascimento, através de sua conversão a Cristo (Cf. João cap. 3 e II Co 5.17). Uma igreja que abre as portas para o povo do mundo, mas coloca um aviso: "o pecador é bem-vindo; o pecado não!". Uma igreja que tenha gente que leve a sério o que aprende, que pratique o que ouve ser pregado, que procure ser "luz do mundo" e "sal da terra", que manifeste as "virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Uma igreja de gente que não fume. Gente que não beba álcool. Gente que não use drogas. Gente que não fale palavrões. Gente que não seja escravizada pelo entretenimento, que não toma a forma do mundo, mas que renova dia a dia o seu entendimento pela Palavra da Verdade. Uma igreja que não tenha receio de firmar posturas indigestas à maioria das outras igrejas, como exigir de seus membros uma vestimenta decente, um namoro moralmente aceitável, um casamento que possua "leito sem mácula", uma fraternidade construtiva, cidadãos cumpridores de seus compromissos, crentes honestos em suas transações. Uma igreja que pregue o que é certo e viva o que pregue.

Procura-se uma igreja que tenha amor não fingido. Uma igreja que não faça acepção de pessoas. Que não faça uma entrada "só para automóveis", para evitar que crentes pobres ou sem condução congreguem ali. Uma igreja que não coloque os crentes bem sucedidos nos bancos da frente, e reserve os últimos assentos para os pobres e os inexpressivos socialmente. Uma igreja que não dê assistência apenas para os que têm polpudos salários, desprezando os que contribuem apenas com três míseras moedas de centavos. Uma igreja que não trate seus membros pelo grau de instrução, dignificando o douto e desprezando o inculto, uma igreja que use de amor, misericórdia e atenção para com todos. Uma igreja que não tenha duas leis, dois pesos e duas medidas, disciplinando severamente os que não fazem diferença no orçamento mensal, e encobrindo os adultérios, as desonestidades, as falcatruas, as maledicências e os muitos pecados dos mais ricos. Uma igreja que não coloque um político no púlpito e uma pobre velhinha malcheirosa no canto, junto à porta de saída.

Procura-se uma igreja que tenha pastor. Mas não um pastor do tipo "profissional da área religiosa", mas "profissional da área celestial".

De preferência um pastor que não tenha especialização em vendas, "tele-marketing", venda de consórcios ou carnês do baú. Também não precisa ser especialista em análise de mercados e doutor em planos mirabolantes de crescimento de igreja. Procura-se uma igreja cujo pastor esteja mais interessado em pastorear cada um como um filho, do que contar cada um como um número. Esse pastor poderia ser até de origem humilde, sem o grau de "latus census" ou "restritus census". Que tenha apenas "bom census" de levar a sério o seu chamado de "ganhador de almas, amigo do rebanho, pregador da Palavra, intercessor em oração pela sua comunidade, porta-voz da sã doutrina, líder respeitado, manso e cordato", porém, peremptório em suas afirmações. Um pastor que tenha cara de pastor, coração de pastor, postura de pastor, vida de pastor.

Que use a Bíblia, não o "manual de igrejas do sucesso" ou "plano de restauração do propósito do discipulado dos grupos da unção" , ou quaisquer outras inovações evangélicas que estejam em alta BMIF - Bolsa de Mercadorias de Igrejas com Futuro. Procura-se um pastor que esteja de joelhos diante do Pai, pois é a única forma de não cair; um pastor que sorria com os que sorriem, chore com os que choram, que visite o pobre, e também o rico; que ame o bonito, e acolha também o feio; que se importe com a dor de um idoso e com a alegria de um jovem. Um pastor que diga a verdade, pela bíblia, doa a quem doer, sem, contudo, jamais perder a ternura. Um pastor que não busque a glória dos homens, mas a glória de Deus; que não esteja de olho nas recompensas terrenas, mas nas celestiais. Um pastor que saiba ser homenageado, rendendo glórias a Deus, e saiba também resignar-se quando for esquecido. Um pastor segundo o coração de Deus.

Procura-se essa igreja.

Aos que souberem do seu paradeiro, favor ligarem para os crentes de bom senso, notificando o achado. Talvez não restem muitas dessas por aí. E me avisem também, para que eu saiba para onde ir, se acaso precisar".

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NO FUNDO DO POÇO... HÁ UMA ALTERNATIVA.


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Pr. Cleber Montes Moreira

Texto: Lucas 15.11-32

INTRODUÇÃO:
Por certo você já ouviu inúmeras vezes a expressão “no fundo do poço”. Ela serve para dizer de uma condição de extremo sofrimento, caótica, catastrófica, que “pior não pode ficar”, um “beco sem saída”... Talvez você já tenha se sentido por algum motivo “no fundo do poço”. Pode ser uma condição emocional, física, social, financeira ou espiritual.
No início da tarde de 23 de julho de 2011, a cantora Amy Winehouse foi encontrada morta na casa em que morava localizada no bairro de Camden, ao norte de Londres. Amy tinha um longo histórico envolvendo uso de drogas, bebidas e tentativas de reabilitação. Na época a mídia informou o falecimento de muitas outras pessoas famosas que também morreram aos 27 anos, tendo histórico de envolvimento com drogas e bebidas.
Faleceu, em 11 de fevereiro de 2012, aos 48 anos de idade, a cantora Whitney Elizabeth Houston. Morreu por afogamento, mas o laudo apontou uso de cocaína. Ela também se envolveu com bebidas e drogas, e teve uma série de relacionamentos fracassados.
Podemos dizer que estes chegaram ao “fundo do poço” e não tiveram forças para sair de lá. A razão? Várias podem ser apresentadas: (1) descobriram que dinheiro e fama não trazem felicidade; (2) o uso de drogas e bebidas socialmente, para serem aceitos em determinados grupos, principalmente no meio artístico, culminando no vício; (3) aventuras e decepções amorosas; (4) descobriram que realização profissional não é sinônima de realização pessoal; (5) falta de estrutura familiar; (6) nova moralidade, que exclui valores que produzem bem-estar (...).
Pessoas anônimas também podem chegar ao “fundo do poço”. Elas não são notícias na TV e jornais, mas estão nos hospitais, nos presídios, nas casas de recuperação ou de repouso, no seu próprio isolamento, ou por aí sem serem notadas. Gente infeliz, por uma causa e outra, mas acima de tudo gente sem relação com Deus.
O filho mais moço, da parábola contada por Jesus também chegou ao “fundo do poço”. Ele tinha tudo em casa, mas quis experimentar a vida, seus prazeres, e foi viver numa terra longínqua. Lá experimentou de tudo o que podia, até ficar sem dinheiro, sem amigos e na pior.
Desta parábola aprenderemos hoje algumas lições:

  1. HÁ SITUAÇÕES QUE NÓS MESMOS PROVOCAMOS:
Whitney Elizabeth Houston, a mais premiada cantora norte americana de todos os tempos, segundo o Guinness World Records, começou a cantar no coral gospel júnior de uma igreja Batista em Nova igreja de Jersey, aos 11 anos de idade. Após ter seu talento descoberto, ela experimentou a fama e tudo o que o mundo dos famosos tem a oferecer. Mas, seus valores, aprendidos na igreja, foram esquecidos. Ela se afastou de Deus e trilhou um caminho profissional brilhante, porém seu espírito mergulhou nas trevas. Ela escolheu a carreira e abandonou a Deus. Enfatizo: foi sua escolha. Aliás, escolha que muitos outros fizeram!
O filho pródigo também fez sua escolha pelas “paixões da juventude”, e se deu mal.
Muitos ainda escolhem abandonar a Deus, seja pela carreira profissional ou outro motivo. Deixam de ter tempo para Ele, para adorá-lo, para aprender dele, para aprofundar na intimidade com Ele. Há muitos que “nascidos em berço cristão”, estão hoje longe da presença do Salvador.
Quando escolhemos mal, pagamos o preço de nossa escolha. Seja no casamento, na profissão, ou até nos pequenos detalhes da vida, nossas escolhas provocam bem ou mal, alegria ou tristezas, contentamento ou desilusão. Mas, deixar de escolher a Deus, de colocá-lo em primeiro lugar, é escolher o fundo do poço mais profundo que se possa imaginar. Se escolher mal, depois não reclame! Você é o único responsável!

  1. O SOFRIMENTO PODE SER CONDIÇÃO PROPÍCIA À REFLEXÃO:
Foi no “fundo do poço”, em meio ao sofrimento, que aquele jovem aproveitou para refletir sobre a sua vida.
  1. Agora ele percebeu sua dura realidade: Caindo, porém, em si...” (17). Ele caiu em si, ou seja, percebeu com clareza a sua condição. Ele estava abandonado de seus falsos amigos, sem provisão, longe da família, numa condição deplorável de miséria... e isso por sua própria culpa, pelas escolhas erradas que fizera.
    Cair em si é a primeira condição para que mudanças ocorram em nossa vida. É quando reconhecemos o nosso pecado, o quanto temos entristecido a Deus e feito mal a nós mesmos, a nossa condição de perdido, é que estamos prontos para dar o passo do arrependimento. Sem arrependimento não há salvação!
    Em seu momento de reflexão, aquele jovem ainda...
  2. Se lembrou que os empregados de seu pai tinham comida, e ele passava fome naquela terra estranha (17);
  3. Ele se lembrou que havia pecado contra Deus e contra seu pai (18). A culpa era sua, somente sua!
  4. Que já não era mais digno de ser chamado filho por aquele a quem tanto entristeceu (19);

Infelizmente muitos só se lembram de Deus na hora da dor, quando as coisas vão mal, quando parece não haver solução. Não deveria ser assim, mas acontece na maioria dos casos.
É no “fundo do poço” que vemos o valor das pessoas que nos amam, que valorizamos mais a vida, que reconhecemos nossa impotência, falta de merecimento e o quanto somos indignos diante de Deus.
Não espere o dia mal chegar para se ajustar com Deus. Mas, se isso ocorrer considere sua culpa, arrependa-se e peça perdão! E lembre-se, Deus nunca é o culpado. Disse um poeta italiano: “Tolo é aquele que afundou seu navio duas vezes e ainda culpa o mar” (Publilus Syrus). “Errar é humano, mas persistir no erro...” é optar pelo fracasso.

  1. MESMO QUANDO TUDO PARECE ESTAR PERDIDO, HÁ SEMPRE UMA ALTERNATIVA.
“O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos” (Oliver W. Holmes).
Aquele jovem já havia errado muito, agora precisava acertar. Após refletir sobre sua condição, do “fundo do poço” ele tomou uma atitude: “Levantar-me-ei, irei ter com meu pai...” (18). Ele reconheceu que havia algo que precisava consertar, o relacionamento com seu pai. E ele se pôs a caminho, para fazê-lo, mesmo considerando que não era mais digno de ser chamado filho.
Há sempre muitas lições que encontramos nesta parábola, principalmente nesta parte do arrependimento do jovem:
  1. Que tanto para o sucesso, quanto para o fracasso, nossas decisões podem mudar nosso rumo. Por isso sempre reflita e tome a atitude correta. Evite assim dissabores;
  2. Que “a humildade cabe em qualquer lugar”. Ele estava perdido, não tinha como resolver o problema que ele mesmo criou, portanto se lembrou da casa de seu pai. Precisava de amor e carinho paterno, mas agora se contentaria em ser apenas um emprego e em ter o que comer. O caminho a trilhar era o da humildade. Assim ele fez: voltou para o pai, reconheceu diante dele o seu erro, a sua indignidade, pediu perdão e expôs sua necessidade.
  3. Que a humildade sempre traz doces recompensas, no caso da parábola, o perdão do pai.
  4. Que quem ama está sempre pronto a perdoar. Esta é a lição que nos ensina aquele pai. Ele não somente reatou o relacionamento com o filho, mas demonstrou o quanto o amava. Esteve tanto tempo à sua espera, e agora o trata não como empregado, mas como filho, festejando o seu retorno: “porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se” (24). Agora ouça o que Jesus nos diz: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lucas 15.10).


CONCLUSÃO:
Agora pense: Aquele jovem poderia ter desejado a morte, poderia tê-la consumado. Ou poderia ter se isolado do mundo e se conformado com sua miséria. Ele poderia ter ficado ali, chorando, infeliz, murmurando, no entanto tomou a atitude que mudou sua vida: ele voltou para o pai!
Que atitudes você tem tomado diante de situações adversas na vida?
Suas escolhas te afastam ou te aproximam de Deus?
Como você está diante de Deus agora? Rebelde, desobediente, perdido? Ou salvo e em comunhão com Ele?
Qual atitude você precisa tomar para viver com Deus eternamente?

NOÉ, EXEMPLO DE FÉ


Pr. Cleber Montes Moreira

 
Textos Bíblicos: Hebreus 11.1, 7


INTRODUÇÃO:

Para melhor compreensão de nossa reflexão de hoje, é primeiramente necessário conhecermos o que significa a palavra fé.

Etimologicamente: Encontramos no Latim algumas palavras relacionadas: 'Fidelitas', “fé, adesão”; 'Fidelis', “fiel, verdadeiro”; 'Fides', “fé”. Desta veio também nossa palavra “fiel”.

A palavra hebraica 'emunáh' traz em si diversos significados: “veracidade, sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito, firmeza e verdade.” Em Habacuque 2.4b, ela é traduzida por fé: “mas o justo pela sua fé viverá.” No grego encontramos a palavra 'pistia' que em nossas traduções aparece como fé.

A melhor definição de fé é a que se encontra em Hebreus 11.1: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (ACRF) - “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (NVI). Na versão Católica, disponibilizada pela Bíblia Online, está assim: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.”

Este conceito de fé pode ser percebido na vida de Noé: “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11.7).

Vejamos, então, alguns aspectos da fé na vida de Noé.

Podemos dizer que a fé de Noé era...

  1. UMA FÉ GENUINA:
Há no mundo muitos tipos de fé, mas nem todos sugerem, de fato, uma relação profunda com Deus. Por isso, antes de vermos a fé praticada por Noé, precisamos primeiro saber o que não é fé verdadeira.

Alguns tipos de fé que não representam a fé declarada nas Escrituras:
  1. Fé em tradições religiosas. Muitas vezes alguém de “muita fé” é apenas uma pessoa que assimilou, ao longo da vida, a cultura religiosa de seus pais e até mesmo avós. Ter conhecimento religioso e guardar preceitos de uma religião não significa ter a fé bíblica. Aliás, este é o tipo de fé de muita gente que está indo para o inferno. Gente que diz crer em Deus, ter religião, guardar mandamentos, fazer o bem etc. Para ter fé não basta ser nascido em “berço religioso”, ou incorporar crenças religiosas.
  2. Fé temporal. É aquela que leva alguém a apegar-se a Deus, confiando nele apenas para a obtenção de favores temporais. Trata-se de uma fé interesseira, do tipo: “a coisa tá feia, vou procurar a Deus”; “Se Deus me abençoar, entregarei o dízimo”; é a fé de quem procura a igreja para obter uma bênção, uma cura ou resolver qualquer problema. É a fé pregada pelas igrejas do evangelho triunfalista e da prosperidade. A Bíblia condena este tipo de fé: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1ª Coríntios 15.19).
  3. Fé que duvida. Um colega uma vez contou uma estória em tom bem engraçado. Disse: “Um certo alpinista, num dia de muita neblina, escorregou de um penhasco e ficou preso a uma corda, sem visão alguma, suportando frio intenso e ventos fortes. Ele era ateu, mas diante do perigo eminente de cair e morrer, e sem qualquer esperança de escapar daquela situação, resolveu orar para ver se Deus realmente existia. Ele gritou: 'Deus, se o Senhor existe, me tire desta situação'. Então, uma voz como de trovão soou desde o céu, dizendo: 'Eu não posso te salvar, pois você não crê em mim', ao que o homem respondeu: 'Mas se o Senhor me livrar eu prometo que serei um crente'. E Deus respondeu: 'Então solte as mãos'. O homem retrucou: 'O Senhor está louco'?! No outro dia socorristas encontraram o homem morto por hipotermia e uma corda pendurada a cerca de uns dois metros do chão.”
    Muita gente diz crer em Deus, mas não ousa obedecê-lo. É gente que “confia desconfiando”, ou seja, gente incrédula!
  4. Fé sem compromisso. Este é o tipo de fé daqueles que querem os benefícios do evangelho, mas não querem um compromisso sério com Deus. Gente que quer receber, mas não quer servir.
  5. Fé fingida. O apóstolo Paulo, escrevendo à Timóteo, por duas vezes, menciona a fé fingida: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1ª Timóteo 1.5); e “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2ª Timóteo 1.5). Tem gente que cultiva uma fé fingida.
  6. Fé nominal. Nominalismo religioso se opõe à fé: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?” (Lucas 6.46).
  7. Fe do ativismo. Há nas igrejas gente ativista, que trabalha muito mas que não conhece a Deus. Gente que se envolve com a Obra, mas não com o Deus da Obra: “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?” (Mateus 7.22).

A fé ensinada na Bíblia, e praticada por Noé é uma fé genuína. No Dicionário Online da Língua Portuguesa, 'genuíno' significa “Próprio, verdadeiro, natural, puro, sem mistura ou alteração.” Então, uma fé genuína é aquela que não está corrompida em relação aos ensinos bíblicos. Não é uma fé adulterada, ou misturada com crendices, superstições ou outros elementos capazes de destituí-la de seu sentido e significado bíblico. Fé genuína é fé verdadeira. De outra forma, o que não é 'genuíno', ou original, é falso. Uma fé sem base bíblica é uma fé falsa. Pode até parecer com fé, mas não é.

    A fé genuína tem as seguintes características:
  1. Fé que crê absolutamente num acontecimento futuro, revelado pela Palavra de Deus, como algo consolidado. Ainda não ocorreu do ponto de vista histórico, mas já aconteceu no projeto daquele que dirige a história. Ex.: A segunda vinda de Jesus Cristo ainda não ocorreu, mas é algo tão certo para nós quanto os fatos que já sucederam. Ou seja, não aconteceu ainda, mas, pela confiança na Palavra de Deus, temos plena certeza de que acontecerá. Já aconteceu no coração de Deus.
    Analisemos o texto de Hebreus 11.7: “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. Vejam que Noé creu num acontecimento futuro, predito por Deus. Sem duvidar ele começou a construir a Arca. Quando Deus anunciou o dilúvio, ninguém acreditou em sua possibilidade, a não ser os que criam em Deus independentemente da lógica e razão humana. Sobre Abraão, conhecido como “Pai da Fé”, a Bíblia diz: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hebreus 11.8). Sobre José lemos: “Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos” (Hebreus 11.22). José não viu o êxodo com os olhos da carne, mas o contemplou com os olhos da fé!
    Pela fé, contrariando o que é ensinado hoje nas escolas, cremos em Deus como criador de todas as coisas: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11.3). É por isso que o evangelho parece loucura para os não convertidos. Ele contraria a falsa ciência.
    Veja agora o que a Bíblia fala sobre aqueles que aparecem na “galeria da fé”, em Hebreus: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11.13). Aprendemos, então, que nem tudo o que esperamos veremos com nossos olhos carnais, mas que tudo o que Deus nos promete, pela fé, já aconteceu!
  2. Fé que tem como base a Palavra de Deus.
    Não é a palavra de uma pessoa humana, nem revelações de uma religião, ou um conhecimento filosófico.
    As palavras “sola scriptura” são do latim: “sola” tem a ideia de “somente”, “chão”, “base”, e a palavra “scriptura” significa “escritos” – em referência às Escrituras. Sola scriptura significa que somente as Escrituras são autoridade de fé e prática do cristão. A Bíblia é completa, dotada de autoridade e verdadeira. “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2ª Timóteo 3.16). “Sola Scriptura” foi o grito do movimento conhecido como Reforma Protestante contra a Igreja Católica que atribui às tradições autoridade igual a da Bíblia. A fé verdadeiramente cristã tem como 'base', 'chão', 'fundamento' somente as Escrituras. Só as Escrituras, e nada além delas!
    Veja como Jesus censurou os escribas e fariseus: E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas” (Marcos 7.6-8). Agora veja como Paulo orienta aos crentes de Colossos: Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2.8). Toda e qualquer tradição que não tenha fundamento bíblico é sem valor para a fé do cristão. Não é a tradição, mas a Bíblia que deve ser a base de nossa fé! 
    A fé verdadeira se inicia, se desenvolve e se fortifica pelo conhecimento das Sagradas Escrituras: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10.17). Deus falava e Noé ouvia: “Então falou Deus a Noé dizendo” (Gênesis 8.15); “E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo” (Gênesis 9.8). Hoje Deus nos fala por meio de sua Palavra escrita, a Bíblia.
  1. Fé que leva ao verdadeiro temor a Deus. A Bíblia diz que Noé “temeu” a Deus. Em Provérbios podemos ler muitos texto sobre o 'temor do Senhor', dentre os quais destaco: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução” (1.7); “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria, e o conhecimento do Santo é a inteligência” (9.10); “O temor do Senhor é uma fonte de vida para escapar aos laços da morte (14.27); “No temor do Senhor {o justo} encontra apoio sólido; seus filhos nele encontrarão abrigo” (14.26); “O temor do Senhor é uma escola de sabedoria...” (15.33). Paulo orienta aos crentes para trabalharem com 'temor': “Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor, não só como quando eu estava entre vós, mas muito mais agora na minha ausência” (Filipenses 2.12).
  2. Fé que leva à obediência. Já estudamos sobre a obediência de Noé, então não precisamos descrever muito este aspecto da fé: “Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.” (Gênesis 6.22); “E fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenara” (Gênesis 7.5).
  3. Fé para agradar a Deus. A Bíblia diz que “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6.8). Qual o motivo? Creio que o escritor aos Hebreus tenha a resposta: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6). E agradar a Deus é algo importantíssimo. Veja o que a Bíblia fala sobre Enoque: “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus” (Hebreus 11.5). Sem fé ninguém pode ter acesso à presença de Deus!
  4. Fé que leva a suportar as aflições. Pela fé Paulo enfrentou perseguições, prisões, açoites e muitas outras adversidades, sempre compreendendo que para cada momento de sua vida havia um propósito divino. Pela fé Estêvão enfrentou a morte. Pela fé João enfrentou perseguições e a prisão na ilha de Patmos. Muitos ainda hoje, por causa da sua fé, estão sendo perseguidos, mas resistindo, sendo amparados, fortalecidos e consolados pelo Espírito Santo. Pela fé Noé suportou ser considerado um louco, mas sua confiança em Deus não ruiu.
  5. Fé que leva a um viver justo: “Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” (Gênesis 6.9). Observem que “veredas da justiça” no Salmo 23 significa um caminho reto, direito, justo. Trata-se de um viver correto aos olhos de Deus. Podemos dizer que Noé se deixava guiar por Deus pelas “veredas da justiça”. Já falamos noutra ocasião que ele era uma pessoa íntegra. O Salmo Primeiro nos ensina que vale a pena viver uma vida justa, Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá” (Salmos 1.6). Noutra versão está assim: “Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!”. É confortável saber que o Senhor conhece o andar do justo!
  6. Fé que colhe seus frutos: A fé de Sara rendeu-lhe precioso fruto: “Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido” (Hebreus 11:11). Em Atos lemos que o crescimento das igrejas estava relacionado à fé. Veja: “De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número” (Atos 16.5). As igrejas eram “confirmadas na fé”, ou seja, no conhecimento da Palavra de Deus, na Sã Doutrina, pois é a Palavra de Deus que nos faz crer nele e crescer na fé. Na vida de Noé a fé produziu salvação pare ele e toda a sua família. O texto diz que Noé foi justificado pela fé (Hebreus 11.7). Noé também colheu outros frutos de sua fé, dentre eles o de ser abençoando por Deus, juntamente com sua família, para novamente povoar o mundo: “E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra” (Gênesis 9.1). Podemos dizer que todos somos descendência de Noé!
  7. Fé que leva à testemunhar. Noé foi chamado de “pregoeiro da justiça” (2ª Pedro 2.5), indicando que ele testemunhou com palavras e vida perante a sua sociedade. Pela fé, João e Pedro disseram, mesmo diante das ameaças das autoridades: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4.20). Sobre Paulo, Deus disse pela voz de Ananias: “Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido” (Atos 22:15). Aos discípulos, Jesus disse: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Temos tido fé para testemunhar?
  8. Fé que vence o mundo. João escreveu: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1ª João 5.4). Fé que nos capacita a dizer “sim” e “não” na hora em que devemos. Que nos ajuda a resistir às paixões pecaminosas, que nos faz vitoriosos sobre as investidas de Satanás. É pela fé que evitamos o pecado e que nos santificamos. Noé, pela fé, venceu o mundo. Nós temos vencido o mundo?
  9. Fé que determina valores. Fé que norteia a vida e que dita nosso comportamento: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” (Efésios 4.1). É a fé do crente que vai determinar o seu andar.

  1. UMA FÉ VITORIOSA:
Não falo aqui de uma “vitória” nos moldes do triunfalismo. Não a vitória expressada em alguns cânticos sem nexo com a Bíblia. Não a vitória da carne. Não a vitória que glorifica o ser humano. Mas, a vitória que para muitos é insucesso e fracasso.
Vimos, anteriormente, que pela fé temos vitória sobre o mundo: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1ª João 5.4). Noé venceu o mundo. Esteve no mundo sem com ele se corromper. Ele não incorporou os costumes pecaminosos de sua geração. “Foi peixe que nadou contra a correnteza, e não peixe morto levado pelas águas.” Não agiu como uma “Maria vai com as outras”.

Pela fé, vencemos nossas paixões carnais.

Pela fé, após o encontro com Jesus Cristo, Paulo venceu suas convicções religiosas, herdadas de seus pais. Mas ele também venceu os judeus que queriam impor seu legalismo nas igrejas. Ele venceu seus opositores.

Pela fé vencemos o pecado. Pela fé, sentimos uma alegria vitoriosa mesmo na adversidade. Pela fé vencemos o mal com o bem. Pela fé vencemos nossos inimigos fazendo o bem, andando com eles a segunda milha, entregando a eles a nossa capa, orando pelos que nos perseguem.

Pela fé entendemos o que Jesus quis dizer com “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5.12).

  1. UMA FÉ DE RESULTADOS:
Quais os resultados da fé na vida de Noé? Destaco aqui alguns grandes resultados:
Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11.7).

  1. Salvação de Noé e sua família.
    - Houve salvação para Noé e seus familiares, eles não pereceram no dilúvio;
    - Houve salvação tanto para a espécie humana quanto para as demais espécies, pois foram preservadas na Arca;
    - Houve salvação eterna, pois Noé foi “feito herdeiro da justiça, que é segundo a fé”.
  2. Condenação do mundo. A fé é salvação para o que crê, e condenação para quem não crê.

Agora veja o que a Bíblia diz sobre a fé em Jesus: Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3.18).


CONCLUSÃO:
Que a fé de Noé seja um exemplo para nós. Que sejamos também homens e mulheres de fé, que agrademos a Deus, que o sirvamos fielmente e que o nosso testemunho ecoe entre os que nos conhecem.
Em janeiro de 2012.

A. W. TOZER

"Há mais restauradora alegria em cinco minutos de adoração do que em cinco noites de folia."

"Santos sem santidade são a tragédia do cristianismo."

"O homem cujo tesouro é o Senhor tem todas as coisas concentradas n'Ele."

"Nunca ouça um homem que não ouve a Deus."

"O primeiro sinal da decadência de uma igreja é o abandono do alto conceito de Deus."

"Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que posa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento."  

 OBS.: Em breve continuo as postagens.  Abraços a todos o leitores. 

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