Pastor Cleber: outubro 2019
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SOB A ORIENTAÇÃO DO MESTRE

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SOB A ORIENTAÇÃO DO MESTRE




Pr. Cleber Montes Moreira


“Simão Pedro disse aos outros: — Vou pescar. Os outros responderam: — Nós também vamos com você. Foram e entraram no barco, mas, naquela noite, não pegaram nada […]. Então Jesus disse: — Joguem a rede à direita do barco e vocês acharão. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.” (João 21:3,6 — NAA)



Pedro decidiu pescar, e os demais discípulos que ali estavam resolveram ir com ele. Dentre eles haviam pescadores profissionais, experientes, porém passaram toda a noite e nada pegaram. Logo pela manhã Jesus apareceu na praia e lhes perguntou: “será que vocês têm aí alguma coisa para comer? Eles responderam: — Não” (v. 5). Então o Mestre lhes disse: “Joguem a rede à direita do barco e vocês acharão.” O resultado? “Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes” (v. 6). Pergunto: Por que aqueles homens, acostumados ao mar, nada apanharam durante a noite inteira? Porque estavam orientados por si mesmos, confiados em suas habilidades, certos de sua capacidade. Porém, quando se colocaram sob a orientação do Mestre o resultado foi extraordinário.

Creio que este episódio ilustra muito bem o que ocorre hoje quando o assunto é “pescar” vidas para o reino eterno. Há pessoas confiantes na sabedoria e capacidade humana, que utilizam estratégias e métodos elaborados por “especialistas” humanos, que passam muito tempo trabalhando sem produzir frutos reais agradáveis a Deus — mesmo que produzam “adesões”. Diferentemente, aqueles que se dedicam à missão sob a Palavra do Mestre dos mestres, orientados pela sabedoria divina e capacitados pelo poder que vem do alto, produzem frutos que permanecem, e que fazem o céu se alegrar para a honra e glória do Altíssimo.

Temos lançado nossas redes crendo em nossa própria capacidade, estratégias e métodos, ou temos feito sob a orientação do Senhor? E qual tem sido o resultado de nosso trabalho? A decepção? A exaltação humana? Ou o louvor daquele que realmente é digno de glória? Pense nisso!

CONFIA E ESPERA

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CONFIA E ESPERA



Pr. Cleber Montes Moreira


Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez” (Eclesiastes 3:11)


Embora a Bíblia nos ensine que há tempo para tudo, e que Deus é soberano em suas ações, muitas vezes murmuramos enquanto aguardamos por alguma resposta às nossas orações. Vivemos sob a influência de uma sociedade imediatista, que quer tudo para ontem. A facilidade do controle remoto para trocar o canal da TV, abrir o portão, acender uma lâmpada e realizar outras tarefas, bem como toda comodidade que temos neste tempo de avanços tecnológicos, nos fez mal-acostumados. Esses dias meu filho estava “judiando” (como ele mesmo disse) do controle remoto: é que as pilhas estavam fracas e ele já demorava para obedecer aos comandos. Em relação a Deus muitos querem a mesma prontidão, como se fosse possível apertar uma tecla e o Poderoso responder prontamente.

Jairo era um homem importante. Ele era o líder da sinagora. Quando sua filha única, de doze anos, estava muito doente, ele foi buscar socorro em Jesus. Não sabemos o quanto ele conhecia sobre o Senhor, mas certamente o bastante para confiar que Ele seria capaz de curá-la. O relato bíblico diz que “prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa” (Lucas 8:41).

Enquanto iam, rodeados por uma multidão, Jairo teve de esperar, pois “uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue. E disse Jesus: Quem é que me tocou?” (Lucas 8:43-45). Enquanto isso acontecia, “chegou um dos príncipes da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta, não incomodes o Mestre” (Lucas 8:49). Aquele atraso poderia ter deixado Jairo angustiado, decepcionado, com raiva… mas, ele confiou. Jesus lhe disse: “Não temas; crê somente, e será salva” (Lucas 8:50), e assim aconteceu: apesar da desconfiança dos que estavam na casa, e das risadas dos incrédulos, Jesus “pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina. E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou” (Lucas 8:54,55).

O pedido de Jairo foi atendido, não no tempo que ele imaginava, mas no tempo de Deus, para a honra e glória de Deus e alegria de todos. Ainda que não compreendamos, o tempo de Deus é o tempo certo, e Seu agir é perfeito. Quem não tem fé se desespera, mas quem nele confia espera, ainda que tudo pareça pedido.

Confia e espera, pois bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lamentações 3:25,26).

VIVO, PORÉM MORTO

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VIVO, PORÉM MORTO



Pr. Cleber Montes Moreira

Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela…” (2 Timóteo 3:5)
Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” (Apocalipse 3:1)

Mariana é dona de uma voz inconfundível. Quando louva o auditório silencia. Parece que o Céu desce à Terra. Certa noite, após o pastor pregar uma poderosa mensagem sobre “Como Deus cuida de Seus filhos”, o auditório, repleto, se emocionou ao ouvi-la entoar maviosamente: “Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti! Por ti opera a Sua mão, que cuidará de ti […].”

Ao contrário da piedade aparente, a adoradora domingueira leva uma vida dupla: aos domingos, e em datas especiais, como casamentos e aniversários, canta na igreja, porém, aos sábados e dias de festas frequenta lugares inadequados para um cristão, bebe, e ainda posta em seus perfis nas redes sociais fotos e legendas que não condizem com a fé cristã. Certa ocasião postou um convite para um evento de universitários intitulado “Festa da Pinga”. No templo, santa, no mundo, profana; ostenta vida, mas está morta.

Mariana não é exceção. Ela nos revela um comportamento cada vez mais frequente entre os crentes, principalmente entre os mais jovens: “um pé na igreja, outro no mundo”, como se pudessem ao mesmo tempo servir Cristo e satisfazer a carne, desconsiderando a exortação que diz: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).

Para aqueles que acham que “brincar de crente” é muito divertido, fica a advertência: Santidade e santarrice não combinam. O hipócrita — aquele cuja vida cristã é representativa — pode enganar a muitos, mas não a Deus. Ele conhece as obras de cada um, e sabe quem tem fama de vivo mas está morto. Pense nisso!


“MAIS AMIGOS DOS DELEITES DO QUE AMIGOS DE DEUS”

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“MAIS AMIGOS DOS DELEITES DO QUE AMIGOS DE DEUS”



Pr. Cleber Montes Moreira


Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.” (2 Timóteo 3:4 — grifos do autor)



Os homens dos tempos trabalhosos serão “philédonoi mallon he philótheoi”, “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (ACF). Algumas versões trazem “mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus”. Trata-se de um “prazer amoroso” pelas coisas carnais, um hedonismo exacerbado como característica da sociedade dos últimos tempos. Sendo o hedonismo a busca incessante e descontrolada pelo prazer como bem supremo, podemos considerá-lo como a doutrina que rege a vida dos “amantes de si mesmos”, uma vez que este amor egoísta os leva à busca inconsequente de seus desejos em detrimento do amor a Deus. Eles procuram satisfazer a carne e desprezam as virtudes da vida com Cristo; amam mais as trevas que a luz (João 3:19), colocam seus corações nos tesouros temporais (Lucas 12:34; 18:23), se deleitam na luxúria, e seu deus é o próprio ventre (Filipenses 3:19).

Infelizmente este comportamento está presente — e cada vez mais intensamente — também no meio religioso. Muitos trocam a leitura e o estudo da Palavra de Deus, a EBD, a participação nos cultos públicos e reuniões da igreja pelas novelas, futebol, festas, eventos, compromissos seculares adiáveis etc. Até o culto tem sofrido transformações para agradar aos homens, uma vez que certas igrejas adotam expedientes com o intuito de atrair pessoas e vencer a concorrência. Certa vez ouvi sobre o que um pastor disse a um colega convidado para pregar em sua igreja, logo após uma performance carnal de um grupo local e antes da mensagem: “O que a gente não faz para segurar os jovens na igreja?!” Ora, crentes carnais, “mais amigos dos prazeres que amigos de Deus”, querem uma igreja e um evangelho que lhes satisfaça a carne; não se interessam em prestar um culto bíblico, mas em servir a si mesmos. Neste contexto só há louvor ao “deus de promessas”, ao “deus de milagres”, ao deus de livramentos, ao deus que cura, ao deus que ‘faz a minha vontade’, ao que ‘me dá prazer’ e ao que ‘me faz feliz’. Eis o motivo principal porque a exposição bíblica está sendo substituída por sermões de autoajuda, a teologia tradicional pela teologia da prosperidade, pela teologia do coaching, pela confissão positiva e outras coisas — para entreter os bodes! O evangelho, o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16), deu lugar a outro evangelho que consiste em estratégia diabólica para contemplar pessoas em busca de prazer, entretenimento, empoderamento etc. Este “evangelho”, para que cumpra seu propósito, é empacotado sob medida.

Paulo, nesta mesma carta, desabafou: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica” (2 Timóteo 4:10). Amar o presente século é amar o mundo e o que nele há, o que constitui em inimizade contra Deus (Tiago 4:4). Demas não apenas abandonou Paulo, mas revelou onde estava seu coração. Nas igrejas há muitos Demas; cedo ou tarde eles revelarão seu interesse pelo mundo.

Por que Judas traiu a Jesus? Por que Ananias e Safira intentaram mentir contra o Espírito Santo? Por que Alexandre, o latoeiro, causou tantos males a Paulo? Por que Simão, que antes exercia artes mágicas, ofereceu dinheiro em troca de poder? Por que, entre os que se dizem crentes, muitos já não demonstram amor sincero pelo Senhor? Por que líderes que deveriam anunciar a Palavra corrompem a pregação? Por que “adoradores” cobram altos cachês? Por que certos crentes pulam de igreja em igreja em busca de novidades ou algo que lhes satisfaça? Porque seus corações estão colocados nas coisas terrenas, em valores temporais, em ambições e interesses egoístas, porque são mais amigos dos deleites que amigos de Deus.

Onde colocamos nosso coração revela qual é a nossa natureza e a quem pertencemos. Pense nisso!

“NOSSA RELIGIÃO É O AMOR”: A ESTRATÉGIA DO DIABO PARA ENREDAR PESSOAS

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Pr. Cleber Montes Moreira

Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Romanos 5:10)


Pastores lacradores gostam de usar frases de efeito. Esses dias um deles escreveu um texto cheio de expressões da Teologia Inclusiva e, dentre outras coisas, afirmou: “Nossa religião é o amor”. Esta mesma afirmação já foi feita por outros evangélicos, mas também por médiuns, filósofos e até ateus. Um twitteiro postou: “Minha religião é o amor, e eu não sigo regras, sigo meu coração.” Uma blogueira escreveu: “Faça do amor também sua religião!” Num texto de exaltação a Santa Sara Kali (padroeira dos ciganos), o articulista escreveu: “Sabiamente seus seguidores ensinam ‘Nossa religião é o Amor!’, pois a felicidade destas pessoas é viver sem prisões ou rótulos…” Um pastor inclusivo, já falecido, num de seus sermões declarou: “Nossa igreja é a igreja do amor”. Um outro acaba de lançar um livro em que apresenta o amor como “uma atitude política revolucionária”, onde trata da ética a partir desse “amor” e não da Palavra de Deus, pelo menos não a partir de sua interpretação tradicional. Esses pastores consideram que é preciso “romper com o tradicionalismo moralístico envernizado de fé cristã”, modo como tratam a fé daqueles que consideram “tradicionalistas”, “moralistas”, “intolerantes” etc. Tudo o que se opõe ao discurso do “amor” é considerado como expressão de ódio. Eles dizem que “o amor é libertário”, porém tal “liberdade” nada mais é que permissividade, uma vez que este “amor” tudo consente. Prova disso é o que afirma Alexandre Feitosa em seu livro “O Prêmio do Amor” (Editora Oásis), páginas 41 e 42: “Não há argumentos que tornem ilegítimas as uniões homoafetivas diante das Escrituras visto que contra o amor não há lei!” Assim a “religião do amor” é a religião do “tudo pode” — desde que feito com ou por “amor” —, daqueles que “convertem em dissolução a graça de Deus” (Judas 1:4).

Considerando a etimologia da palavra religião, afirmar que “nossa religião é o amor” significa dizer que o homem é (re)ligado a Deus pelo “amor”, ou, pelo menos, pelo que consideram ser o “amor”. Assim o “amor” é tido como elemento que viabiliza a salvação. Talvez por isso certo pregador tenha dito que se alguém é capaz de amar, não importando se religioso ou ateu, nem a sua condição moral etc., esta pessoa está salva. Em outras palavras, se alguém é capaz de amar, mesmo que não confesse Cristo como seu Senhor e Salvador, mesmo que não tenha a experiência do arrependimento e do novo nascimento, e ainda que não viva orientado pelo Espírito de Deus (Lucas 3:8; Gálatas 5:16) está salvo. Apesar de condenarem o “tradicionalismo”, os pregadores inclusivos seguem uma nova (mas antiga) tradição que como o religiosismo judaico invalida as Escrituras: “Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira para pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecer às suas tradições!” (Marcos 7:9 — NVI).

Porque no discurso e na prática os teólogos inclusivos consideram a suficiência do amor para (re)ligar a pessoa a Deus, Jesus Cristo passou a ocupar em sua teologia um lugar “estético”, de coadjuvante, muitas vezes exercendo papel de defensor dos “excluídos”. Eles não somente desprezam o Salvador e recusam o evangelho genuíno como único poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16), mas também a Bíblia como normativa para a vida cristã por considerarem certos textos “opressores” ou “interditivos”.

O verdadeiro amor é fruto da vida com Deus, e não instrumento de salvação. Jesus Cristo continua sendo, e sempre será, o único nome, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12). Apenas Ele tem o poder para reconciliar — (re)ligar — o homem com Deus (Romanos 5:10). Portanto, dizer que “nossa religião é o amor” pode até ser um discurso bonito, mas é estratégia do diabo para enredar pessoas. Pense nisso!

PASTORES NO ARMÁRIO

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Os pastores (e outros líderes) inclusivos que ainda não “saíram do armário”, por causa de sua dissimulação — muitos até travestidos de conservadores —, são um enorme perigo porque que agem de modo articulado e estratégico, quase que imperceptivelmente, para desconstruir valores e apresentar às suas igrejas, por meio de um discurso suave e “contextualizado”, um “evangelho” palatável e adequado às suas convicções e intenções sórdidas.



PASTORES NO ARMÁRIO



Pr. Cleber Montes Moreira

Tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.” (2 Timóteo 3:5 — NVI).


A expressão “sair do armário” é tradução da gíria americana “come out of the closet”, que teria surgido a partir de outras duas expressões. Nos séculos 19 e 20, “come out” (“sair”, “surgir”, “se revelar”) era usado quando os pais organizavam os famosos bailes de debutantes que serviam para apresentar as adolescentes à sociedade. Era nestas festas de quinze anos que as meninas “se revelavam” adultas. Já a expressão “skeletons in the closet” (“esqueletos no armário”) era usada como sinônimo de algum segredo vexaminoso. Foi assim que “come out of the closet” passou a ser uma metáfora para aqueles que assumiam a homossexualidade, ou, como se diz hoje em dia, a sua “orientação sexual” ou “identidade de gênero”.

Creio que “sair do armário” seja uma expressão também adequada para ser usada em relação àqueles que resolveram sair do “armário teológico”, ou seja, abandonaram a teologia conservadora e as interpretações bíblicas históricas e assumiram publicamente outras convicções. Muitos líderes e autoridades religiosas — teólogos, pastores, padres etc. — têm trocado a fé tradicional pela chamada Teologia Inclusiva. Adotaram um novo posicionamento em relação a temas como pecado, arrependimento, novo nascimento, amor, justiça etc., e passaram a sustentar um discurso complacente em relação a certos valores e comportamentos. Algumas práticas antes consideradas pecaminosas agora são aceitas como sendo normais, dentre elas comportamentos (ou “orientações”) sexuais alternativas ao padrão tradicional. Para fundamentar “biblicamente” tais padrões resolveram ignorar, revisar ou ressignificar certos textos bíblicos e estabeleceram uma nova hermenêutica em que a Bíblia passou a ser interpretada não mais a partir da perspectiva de Seu Autor, mas das experiências, anseios e conveniências humanas. Eles passaram a fazer a “leitura pública da Bíblia” que consiste em sua interpretação a partir de certos grupos sociais: LTGBTs, mulheres (feministas), negros, indígenas e outros, sempre tratando de adequar os “mandamentos” às suas demandas. Certos textos, principalmente dentre os escritos paulinos, passaram a ser considerados “interditivos” de mulheres e homossexuais. Por esta nova leitura a Palavra de Deus deixou de ser normativa, e assumiu posição de submissão à Teologia Inclusiva para servir às suas finalidades.

Estes pastores que saíram do armário teológico, porque adotaram uma postura “politicamente correta” têm encontrado espaço na mídia e atraído multidões. Para os pecadores nada melhor que este “evangelho” que ao mesmo tempo em que autoriza o viver na carne aplaca suas consciências em relação a Deus. É como se a Nicodemos não tivesse sido dito “que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3), nem à mulher adúltera “vai-te, e não peques mais”, (João 8:11), ou que João Batista e Jesus não tivessem iniciado seus ministérios com uma exortação ao arrependimento (Mateus 3:3; 4:17), ou ainda que não houvesse nas Escrituras nenhuma exigência à santidade, porque à luz desta teologia, como seus expoentes ensinam, o único pecado é “não amar”.

Muitos pastores que têm saído do armário teológico expõem suas ‘convicções inclusivas’ a partir de seus púlpitos e por meio de todas as mídias possíveis; escrevem livros, promovem congressos e festivais, criam páginas e blogs onde publicam seus textos, coordenam movimentos etc. Geralmente investem e conseguem exercer grande influência sobre os mais jovens. Por isso muitas igrejas com perfil histórico se desviaram da Sã Doutrina, se desligaram ou foram desligadas de suas denominações, e passaram a interagir com outras igrejas e movimentos inclusivos. Outras ainda estão no rol de denominações históricas, mas sem compromisso doutrinário e teológico. É o caso de algumas igrejas onde pastores inclusivos, LGBTs, teólogos feministas, defensores do aborto, dentre outros, têm trânsito livre para pregar e ensinar.

Apesar da naturalidade como alguns pastores estão “saindo do armário” — de fato perderam a vergonha —, há outros que, mesmo abraçando tais convicções, não tiveram, ainda, a mesma coragem. Eles continuam no “armário teológico”. Alguns, talvez, estejam também naquele outro “armário”. Sei de pastores que não tendo assumido publicamente a Teologia Inclusiva procuram se cercar de ministros auxiliares (indicados por eles mesmos) e líderes inclusivos. Alguns encenam uma performance conservadora, porém agem sutilmente por meio de seu corpo de líderes para perverter a doutrina e desviar suas igrejas — tudo é uma questão de tempo. Por que eles continuam no armário? Talvez não haja uma única resposta, mas, provavelmente, por alguma conveniência ainda não tenham “se revelado”: porque estão numa zona de conforto, pastoreando boas igrejas e ganhando ótimos salários; porque ocupam cargos denominacionais e fazem de sua posição instrumento de militância (ainda que velada); porque não querem se indispor com líderes conservadores na igreja ou denominação; porque “ainda não é hora”; ou por outros motivos.

Os pastores (e outros líderes) inclusivos que ainda não “saíram do armário”, por causa de sua dissimulação — muitos até travestidos de conservadores —, são um enorme perigo porque que agem de modo articulado e estratégico, quase que imperceptivelmente, para desconstruir valores e apresentar às suas igrejas, por meio de um discurso suave e “contextualizado”, um “evangelho” palatável e adequado às suas convicções e intenções sórdidas. Tenham cuidado, “pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Judas 1:4 — NVI).
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