Pastor Cleber: julho 2017
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OBEDIÊNCIA E EXCLUSIVIDADE

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Ouve, pois, ó Israel, e atenta em que os guardes...”; “Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”  (Deuteronômio 6:3 e 4.  Leia os versos de 1 a 15)


“Ouve, ó Israel” pode ser entendido hoje como “Ouve, ó Igreja”, “Ouve, ó família de Deus”, “Ouve, ó crente”. A Bíblia é para hoje, a mensagem é para nós. 

Há uma grande diferença entre os verbos “ouvir” e “escutar”. Segundo o Dicionário Online da Língua Portuguesa, “ouvir” significa “Entender, perceber os sons pelo sentido do ouvido, da audição”, enquanto “escutar” é “Ouvir com atenção; dar atenção a”. Desta maneira, ouvir está relacionado ao sentido da audição, enquanto que escutar é prestar atenção ao que se está ouvindo.

Quando tão somente ouvimos algo, sem dar a devida atenção, logo esquecemos e, indiretamente, estamos dizendo que o que foi dito não é importante para nós. Em contrapartida, quando escutamos algo, prestando atenção e meditando no que foi dito, gravamos na memória a mensagem. O sentido de “ouvir” no texto é, portanto, de “escutar”, de dar atenção, de compreender a mensagem, de guardar na mente e no coração, de entesourar, como algo precioso para influenciar nossa vida. Tem o mesmo valor que “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Salmos 119:11). Israel deveria escutar, guardar, reter os mandamentos na mente e no coração para que pudesse viver de forma agradável a Deus.  Nós precisamos fazer o mesmo.

As nações têm seus deuses, suas crenças, seus rituais, seus valores, mas “o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Compreender e acatar esta verdade é importante “para que te vá bem, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te prometeu o Senhor Deus de teus pais” (Deuteronômio 6:3 BKJA). Nenhum povo, nenhuma família, nem a igreja pode prosperar se não aceitar o fato de que Deus é o único Senhor, a quem devemos servir e adorar exclusivamente. A boa relação com o Pai começa com a aceitação desta verdade, do contrário não haverá relacionamento, mas inimizade. Por isso, é importante que tudo o que desagrada a Deus, tudo que possa ocupar o Seu lugar em nossas vidas, seja aniquilado. Sejam amuletos, objetos de cultos, crendices, afazeres, prazeres, pessoas etc.  Deus não divide sua glória com ninguém: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42:8).

Então, este é o princípio de fé e conduta do povo de Deus: Obedecer aos Seus mandamentos, pois Ele é o único Deus, digno de nossa adoração! Ele exige obediência e exclusividade! Pense nisso!

DAR AS MÃOS PARA SALVAR

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Porque nós somos cooperadores de Deus...” (1 Coríntios 3:9)


No dia 08 de julho de 2017, o que seria uma tragédia de terríveis proporções na  praia de Panama City, na Flórida, transformou-se numa demonstração do que a união de força entre as pessoas pode realizar. Nove banhistas, sendo seis da mesma família, que estavam por se afogar, foram salvos por uma corrente humana de 80 pessoas.

Aconteceu quando uma mãe, ao ouvir os gritos de socorro de seus dois filhos, entrou correndo na água, junto com o pai das crianças, um primo, a avó e outras três pessoas que foram ajudar. Ao chegarem ao lugar onde as crianças estavam, com 5 metros de profundidade, perceberam que não conseguiriam sair dali e começaram a gritar.

Rapidamente a corrente humana que se formou para salvar aquelas vidas conseguiu avançar cerca de 100 metros mar a dentro. A avó sofreu um enfarto e foi hospitalizada, mas o restante da família e as outras três pessoas foram salvas graças a união dos que deram as mãos para salvar.

Este episódio serve como exemplo do que ocorre quando pessoas se unem em torno de um objetivo. O mesmo acontece quando cristãos dão as mãos, somando esforços, para salvar os perdidos. As mãos que se unem, os pés dos que vão, os joelhos que se dobram, os lábios que proclamam, os corações que pulsam por missões, a liberalidade dos irmãos… tudo isso são ações necessárias e eficazes para salvar pessoas sem Cristo, que se afogam no mar da perdição. Que tal darmos as mãos e, como instrumentos de Deus, formarmos uma corrente para resgatarmos os que perecem? Nós somos aqueles que Deus quer usar!

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SEGUIR O AMOR?



Pr. Cleber Montes Moreira

“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4:15)

Há um falso evangelho sendo alardeado, fundamentado e pautado no “amor” – ou pelo menos no seu entendimento hodierno. Um pastor, expoente deste “evangelho”, publicou em seu perfil no facebook: “Onde estiver o amor, ali estou eu”. A teologia deste “evangelho” é chamada de “teologia inclusiva”, e seus seguidores enfatizam o “amor” em detrimento da verdade. Este é um “cristianismo” que descamba para o universalismo. Na prática se alinha a certas ideologias políticas, milita em defesa de certas minorias e pela inclusão de pessoas sem o arrependimento na membresia das igrejas, desconsiderando que a mensagem cristã, proclamada pelo próprio Cristo, consiste em “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 4:17). É como se dissessem aos pecadores: “Venham, possuam o reino, e continuem como estão.” Uma pastora, também expoente deste pensamento, disse num encontro que os valores da sociedade não caem prontos do céu, mas são produzidos a partir das perspectivas de diferentes grupos, incluindo os valores sexuais. A proposta do movimento que ela representa é uma “releitura”, uma “reinterpretação”, uma “reimaginação” da igreja, da fé, e mesmo das Escrituras. Uma igreja que aderiu a este pensamento, e que decidiu em sua assembleia receber homossexuais em sua membresia – o que implica em batizá-los, realizar casamentos homoafetivos, conferir-lhes direitos e deveres – justificou-se, por intermédio de seu pastor, com estas palavras: “O que a Igreja ______________________ fez revela que, mesmo não tendo todas as respostas para a questão da homossexualidade na Bíblia ou na doutrina histórica, decidimos seguir o caminho do amor.”  Observem que o “amor” e não a verdade é o referencial para tomada de decisões, embasamento doutrinário e “reimaginação” de toda estrutura que se considera injusta e oposta ao “amor”.  

Seguir o “amor” é um discurso politicamente correto, bonito, bem aceito, que soa como acolhedor, inclusivo… mas é, antes de tudo, DI-A-BÓ-LI-CO! É uma perversão da Palavra de Deus, e o que o diabo mais sabe fazer é dar um novo sentido ao que Deus disse. Foi com este artifício que enganou Eva e Adão, tentou enganar a Jesus e tem enganado a muitos.

Percebam que Paulo exorta a seus leitores para que sigam a verdade em amor, e não para que sigam o “amor”. A verdade a que se refere é o senhorio de Cristo, sua doutrina, elemento que propicia crescimento e firmeza, inclusive contra as heresias. Seguir o “amor” é seguir o engano, é falhar, é se afastar de Deus, é ser “meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Efésios 4:14). Seguir a verdade em amor é seguir o Mestre.

Quem segue o “amor” está no mundo, quem segue a verdade em amor está em Cristo. Pense nisso!

A QUEM SUA FAMÍLIA SERVIRÁ?

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Escolhei hoje a quem sirvais.” (Josué 24:15)

Embora detentor das promessas do pacto feito com Abraão, e apesar das mais relevantes experiências com Deus, o povo de Israel estava vivendo o que se pode chamar de uma verdadeira “prostituição espiritual”: havia se corrompido espiritual e moralmente, seguindo outros deuses, conforme costumes de outros povos.

Podemos ver em nossos dias, por parte de muitas famílias, um comportamento semelhante ao do tempo de Josué. O pacto feito com Abraão era com a finalidade de “abençoar todas as famílias da terra”, de formar um povo zeloso, santo, que se relacionasse com Deus, e, portanto, chega também até nós. Mas, da mesma forma que no passado, muitas famílias estão deixando de lado as bênçãos de uma relação com o Criador para servirem a outros deuses. Certamente que nem todos os casos se caracterizam por uma idolatria literal a um objeto de culto, mas por uma corrupção espiritual que gera os mais desastrosos resultados, dos quais somos testemunhas: lares desfeitos, filhos perdidos, falta de amor, diálogo, compreensão, respeito, materialidade etc. Tudo isso é consequência do distanciamento do Senhor. A busca e a adoração ao dinheiro, aos bens, ao trabalho, ao prazer, ao sexo, ao “eu” e tantos outros deuses é que produz tudo isso. Depois do caos, ainda reclamamos da situação, como se a culpa não fosse nossa, por causa de nossas escolhas e prioridades erradas.

Penso que hoje deveríamos nos colocar na mesma situação em que estava Israel, diante de uma inevitável escolha, da qual dependia seu futuro: A Deus ou aos deuses? A quem serviremos? Jesus já disse que não há como agradar, ou servir, a dois senhores (Mateus 6:24). Assim, nossa escolha é inevitável e, ao mesmo tempo, urgente. As famílias estão se decompondo, mas há solução se seguirmos o exemplo da família de Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Somente Deus é quem pode salvar a família, mas isso depende de uma decisão urgente de nossa parte: a Deus ou aos deuses, a quem sua família servirá? O desafio está lançado.

INTEGRALMENTE SUBMISSOS À CRISTO

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Pr. Cleber Montes Moreira


“Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho.” (Gênesis 22:12)


Integral quer dizer “inteiro, total, completo”. Integralidade significa “característica, particularidade ou condição do que é integral (completo). O conjunto de tudo aquilo utilizado para formar ou completar um todo; completude.”  Portanto, ser Integralmente Submisso a Cristo quer dizer ser por completo, em tudo, em todas as áreas da vida, em toda e qualquer circunstância, obedecendo todas as ordens e acatando todos os ensinos deixados pelo Senhor.  É viver plenamente com e para o Salvador, estando entregue ao Seu senhorio. Isso implica num viver aos “pés da cruz”. Quem é submisso é obediente, é leal e fiel ao Mestre.

Um belo exemplo de submissão integral foi o de Abraão, quando Deus pediu que ele sacrificasse seu filho Isaque. Imagino a dor daquele pai, mas também percebo a sua fé e disposição em obedecer, integralmente, entregando a Deus seu único filho.  Não é sem motivo que o patriarca foi chamado “Pai da Fé” (Gênesis 22:1-19).

O próprio Jesus nos deu exemplo de submissão, dedicando-se integralmente à sua missão: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8). Ele foi até às últimas consequências, no caso até à morte, e morte de Cruz.  Ele se entregou por inteiro: Seu sacrifício foi completo e suficiente; seu amor é integral; sua graça é plena; seu perdão é total; sua salvação é eterna. 

Há muitos que parecem ter experimentado uma “conversão parcial”.  Passam a cumprir rituais religiosos, praticam boas obras, confessam publicamente o nome de Jesus, mas não obedecem em tudo; não praticam a submissão plena ao Senhor. Há quem não separe tempo para Deus, há quem não entregue os dízimos, há quem não se dedique às obras, há quem não evangelize, há quem não manifeste qualquer compaixão pelos pedidos, há quem não demonstre amor aos irmãos etc. Crentes pela metade?  Não!  Pois não existe meio crente ou meio convertido.  

Lembro também que não há meio perdão, meia salvação, nem graça pela metade.  Se Jesus faz sua obra em nossas vidas por completo, também precisamos experimentar uma entrega integral de nosso ser, para que sejamos capazes de obedecer e amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e com todas as nossas forças (Deuteronômio 6:5). Deus não quer nada menos que todo o nosso ser. Se a Ele oferecermos nossas vidas parcialmente, seremos com o adúltero ou adúltera que divide seu amor com outra pessoa; isso não é entrega, é traição!

Seu compromisso com Cristo é total e irrestrito? Você já experimentou a submissão integral? Até onde você seria capaz de caminhar com o Mestre? Ou tudo ou nada; para Deus não há meio termo!  Pense nisso!

INTEIRAMENTE DE CRISTO

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9)

Conta-se que há muito tempo atrás, um homem colocou sua fazenda à venda por um bom preço. Certo interessado resolveu comprá-la, quando foi informado sobre uma exigência do proprietário: Ele venderia suas terras desde que pudesse preservar, em seu nome, uma casa, no meio da fazenda. O comprador concordou sem hesitar, uma vez que o preço era realmente atraente. Não demorou muito, o antigo proprietário, amparado pela lei vigente, resolveu abrir uma estrada até o interior da fazenda, para ter acesso à casa de sua propriedade. Desde então passou a transitar livremente, indo e vindo, recebendo pessoas, oferecendo festas, incomodando com som alto etc. O novo dono nada pôde fazer, mas sentiu-se profundamente incomodado. Desde então, a relação entre os dois ficou estremecida.

Assim também acontece com aqueles que atendem ao apelo do evangelho, se entregam a Cristo, mas guardam um “pedacinho” de seus corações para o antigo dono; seja um prazer ilícito, um hábito, um vício, uma ambição, um pensamento pecaminoso… Desde que reservado algum espaço para o diabo, ele estará sempre em trânsito, livremente, nos corações. Esta é a condição daquele que apresenta uma conversão aparente. Mas, o Espírito Santo jamais aceitará ter o diabo por vizinho. O verdadeiro crente não abre concessões para o maligno, não negocia com o inimigo, não guarda em seu coração um cantinho para o tinhoso. Não!  Seu coração, sua mente, sua vida é inteiramente de Cristo. E, Cristo não se contenta com algo menos que todo o nosso ser. Pense nisso! 

“POR QUE ESTÁS ABATIDA, Ó MINHA ALMA?”

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.” (Salmos 42:11)


Os Salmos 42 e 43 constituem dois poemas que, segundo Moody, são “tão intimamente ligados em conteúdo e estilo que desafiam a separação”. Eles foram escritos durante a revolta de Absalão, quando Davi estava refugiado ao norte da Palestina, perto da nascente do Jordão, e retratam o estado de espírito do Rei que pede a Deus por socorro. Sua aflição é decorrente não apenas do seu afastamento do trono mas, principalmente, por não poder entrar na “casa de Deus” e experimentar Sua confortante presença.  Por isso, diz que sua alma tem sede do Deus vivo, e anseio por se apresentar diante de Sua Face (2). Com lágrimas se lembra de quando podia, com a multidão, festejar a Deus com voz de alegria e louvor (4).

A neve derretida aumentava o volume do Jordão e produzia fortes correntezas. O salmista sente como se tais ondas passassem por cima dele, gerando a mesma aflição de quem se afoga e se debate em vão (6, 7). Todavia, não perdia sua esperança de que o Senhor mandaria sua misericórdia, e que novamente cantaria, alegremente, uma canção em oração a Deus (8).

Como disse Matthew Henry, “As almas jamais poderão descansar em outra parte que não seja no Deus vivo”. O justo tem sede de Deus, e nada mais além de Deus pode saciar esta sede. Assim como a corça sedenta anseia por águas correntes, nossa alma suspira, ansiosamente, por Aquele que tem o poder exclusivo de saciá-la. O justo pode estar num templo, no alto de uma montanha, na cidade ou no deserto, ou em qualquer outro lugar, pode desfrutar de riquezas e benesses, mas sua alma não se satisfará se estiver longe de Deus. Nós fomos criados para Deus, e percebemos isso mais claramente quando atravessamos os desertos. Onde não há água é que reconhecemos melhor sua utilidade.  É durante as aflições que percebemos, mais nitidamente, nossa dependência do Pai celeste. É como diz a letra daquela linda canção do Grupo Hágios:

“Me falte água ou alimento ou suprimento para o amanhã que vem. 
Se nos olhos me faltarem toda luz, só não me falte a presença de Jesus…
Me falte o vento, o mar e o sol, onde estiver sei que não vou me abalar.
Se na seara o meu trigo não produz, só não me falte a presença de Jesus.
Sua presença é a razão da minha fé, sua presença me conduz onde estiver...”

Me falte tudo, só não me falte Jesus! E, certamente, Ele não faltará, nem falhará.

Sua alma está aflita, abatida? Algo perturba seu coração?  Espere em Deus e busque por Sua presença! Faça isso na certeza de que Nele terá plena satisfação. Depois não se esqueça de louvá-Lo por sua salvação.

TRANSITORIEDADE

tempo


Pr. Cleber Montes Moreira


“...passamos os nossos anos como um conto que se conta.” (Salmos 90:9).


Vejo em teus olhos a saudade:
A vivacidade das lembranças,
Confundindo-se à realidade;
O ontem, o hoje – a transitoriedade.

Tempos que não voltam,
Segundos que não se repetem,
Águas que não retornam,
Vidas que não se revivem.

Infância, adolescência, juventude...
Dos sonhos a abundância,
Das mudanças a evidência;
Ontem ilusão, hoje recordação.

O vento, o tempo,
O findo, o passageiro;
A vida que se esvai...
Tudo um conto ligeiro!

Da semente à erva,
Da flor ao fruto, à colheita...
A vida: simples serva passageira
Que à morte sempre sujeita.
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