Pastor Cleber: julho 2019
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NO FINAL, É A VERDADE QUE PREVALECE

Imagem: Pixabay




Pr. Cleber Montes Moreira


Há muita gente hipócrita criticando a “hipocrisia” dos outros. É notório que há hipocrisia no meio evangélico, assim como havia entre os religiosos judeus denunciados por Jesus (Mateus 15:7; 22:18 etc.), bem como sempre houve, há e haverá em todos os setores da sociedade. Porém, os hipócritas de hoje, longe do exemplo e da autoridade de Jesus, chamam hipócritas todos os que destoam de suas convicções, principalmente no campo político-ideológico. O seu modus operandi consiste em inverter a realidade: distorcem fatos, e utilizam aquela velha tática de acusarem os outros daquilo que eles fazem, e chamá-los do que são. É usando esta antiga estratégia que os hipócritas modernos rotulam de hipócritas, intolerantes, preconceituosos, racistas, fascistas, misóginos etc., seus discordantes, enquanto encenam defender minorias, lutar por justiça, liberdade, igualdade e militar pelo respeito a diversidade. Desavergonhadamente, atribuem aos outros características de seu próprio caráter, e comportamentos que lhes são peculiares, enquanto afirmam militar por aquilo que na prática contraria sua própria ideologia. Dizem defender a vida, mas querem a descriminalização do aborto, e negam o direito do cidadão de defender sua vida, sua família e propriedade, dentre outras coisas. Discursam em defesa da mulher enquanto exaltam feministas de sovacos peludos que exibem seus seios, defecam e urinam em público reivindicando “liberdade” e “direitos”. Dizem defender o pobre, o trabalhador, enquanto militam na política ao lado dos que dilapidam o erário causando o caos nos serviços públicos por falta de dinheiro; matando pessoas de fome, sucateando a saúde, a segurança, a educação e a economia. Proferem discursos eloquentes em favor das crianças, enquanto lutam para implantar nas escolas a ideologia de gênero, defendem exposições de “arte” em que os pequeninos são expostos à nudez ou mesmo incentivados a tocarem em corpos de “artistas” nus, dentre outras coisas. Falam sobre família, mas produzem textos, Projetos de Leis, fazem propagandas e apoiam campanhas contrárias aos valores basilares da sociedade. Falam contra a intolerância religiosa, mas exaltam um transexual “pregado” numa cruz em plena parada LGBT, ofendendo milhares de cristãos. Defendem o “Estado Democrático de Direito”, mas são insurgentes, advogam em favor de invasores de terras rurais e propriedades urbanas, e quando vão para as ruas se manifestarem por sua “causa” vandalizam patrimônios privados e públicos. Defendem o meio ambiente, falam contra o uso de agrotóxicos, mas queimam pneus em suas manifestações, derrubam plantações nas fazendas que invadem, lutam pela descriminalização da maconha e se calam diante do uso escancarado de drogas dentro das universidades. Adoram falar de democracia e direitos humanos, mas exaltam governos totalitários. Reclamam liberdade de imprensa, mas lutam pelo controle e cerceamento da mídia sob pretexto de “marco regulatório” — um nome pomposo para um projeto maquiavélico. Falam de paz, mas são truculentos. Para eles, alguns criminosos, inclusive homicidas, são “perseguidos políticos”. São eles os que apregoam a “descolonização” política, cultural e religiosa, mas procuram aliciar novos “colonos” de sua ideologia. Na verdade, eles que necessitam ser descolonizados (João 8:32,36).

Eles são os que “chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo […]. São sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” (Isaías 5:20,21 — NVI); têm aparência de gente piedosa, mas, na prática, são impiedosos (2 Timóteo 3:5).

Eles defendem o amor — todas as formas de amor, mesmo aquelas que de amor nada tem —, pregam a tolerância e o respeito a diversidade, gritam alto que “o amor vence o ódio”, mas agridem todos os que ousam crer, pensar, falar e ser diferente; querem impor aos outros o seu próprio padrão. Estão entre eles aqueles que recente, nas redes sociais, picharam o logo da Convenção Batista Brasileira com a palavra “racista”, tentando colar na CBB a sua própria imagem. Foram infelizes, não grudou. É sempre assim: a mentira pode até usar as roupas da Verdade, mas no final é a Verdade que prevalece.

RÁPIDAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O “DESCONVITE” DE DOIS PRELETORES DO DESPERTAR 2019




Pr. Cleber Montes Moreira


Estes foram dias tumultuados e de troca de ofensas nas redes sociais em virtude do desconvite, pela direção da CBB, de dois preletores do Congresso Despertar 2019. De modo irresponsável, leviano e maldoso, a Convenção Batista Brasileira foi atacada, rotulada de racista, e crentes conservadores afrontados. Sobre o ocorrido faço alguns destaques:

1) A Convenção Batista Brasileira não é racista: não pratica, nem incita o racismo. A prova disso é que vários negros ocuparam ao longo da história, e ocupam ainda hoje, cargos na denominação. Inclusive o atual Secretário Geral da CBB é negro. Portanto, esta acusação nada mais é que discurso vitimista de discordantes que querem denegrir a imagem da denominação.

2) O erro cometido pela CBB foi o de não acompanhar de perto o planejamento do Despertar 2019, principalmente no que diz respeito aos convidados, o que teria evitado este transtorno. O desconvite foi um mal necessário.

3) A Convenção Batista Brasileira defende a liberdade religiosa, bem como todas as liberdades, mas ela é confessional e não pode se curvar perante discursos que contrariam suas convicções firmadas na Palavra de Deus. Se outros grupos e/ou pessoas têm outros entendimentos sobre certos temas, que tratem deles em ambiente próprio, e não no seio da denominação.

4) O tema “racismo” é pertinente e deve ser tratado, porém a denominação não deverá fazê-lo motivada por forças alinhadas a movimentos políticos, liberais e heréticos, mas à luz das Sagradas Escrituras.

5) A Convenção Batista Brasileira não pode se render a grupos liberais e nem ceder aos discursos que tentam impor “novos diálogos” sobre assuntos para os quais os batistas já têm posição formada, tais como feminismo, aborto, ideologia de gênero etc.

6) Os eventos da denominação não podem ser palco de discursos políticos/ideológicos. Eles são criados para edificar o povo batista, e não para que se constituam em palanques.

7) Os desconvidados, ainda que pese a deselegância do convite (coisa que poderia ser evitada, como já dito acima), declaram posições que ferem as convicções dos batistas da CBB e, por isso, a decisão foi, ainda que deselegante, acertada.

8) O protesto que desencadeou o desconvite partiu de muitos batistas brasileiros inconformados, cujas vozes foram ouvidas pela direção da denominação. Entre os que se manifestaram publicamente estão o Pr. Eduardo Baldaci, cujo nome foi bombardeado nas redes sociais, o pastor João Marcos Mury Aquino, e tantos outros que receberam críticas impiedosas por manifestarem sua opinião. As acusações contra eles pesam sobre todos os que zelam pela Sã Doutrina. Estes protestos foram um movimento natural e em defesa da fé, não um movimento político.

9) É ainda importante notar que muitos que criticaram a postura da denominação já se posicionaram contra a CBB no passado, por causa do desligamento da Igreja Batista do Pinheiro que, em sua legítima liberdade, resolveu seguir seu curso doutrinário distinto da CBB.

10) Muitos dentre os críticos da CBB proclamam discursos que defendem uma nova hermenêutica, a partir das pessoas e não da Bíblia, a ressignificação da Palavra de Deus (por causa de textos que dizem ser “interditivos”), a reimaginação da igreja e uma “descolonização” que nada tem a ver com liberdade, dentre outras heresias. Em sua liberdade já escolheram seu “evangelho” e seu caminho. Que façam uso de sua liberdade, e que respeitem a liberdade dos que pensam diferente. A CBB não caminha na onda do liberalismo teológico, mas tem a Palavra de Deus como seu norte.

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