A vida cristã não é ativismo religioso, é, antes de tudo, um relacionamento real e prazeroso com Deus.
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“Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” (Apocalipse 2:4)
Pr. Cleber Montes Moreira
Embora a igreja em Éfeso receba elogios da parte do Senhor por causa de seu trabalho, de sua paciência em meio ao sofrimento, e de sua intolerância para com os falsos mestres, ela é repreendida por ter abandonado o seu primeiro amor. O verbo traduzido por ‘deixaste’ significa “deixar ir, mandar embora, desistir, abandonar, esquecer”1, e denota uma ação voluntária, o que agrava a situação.
Mais importante que realizar boas obras em nome do Senhor, que combater os hereges, que cultivar a resiliência em meio às turbulências e forças opositoras — embora estas coisas sejam indispensáveis —, é AMAR a Deus sobre todas as coisas, com um amor relacional, incondicional, fervoroso e prazeroso, com a consciência de que a medida deste amor deve aumentar mais e mais, e nos esforçarmos para que isso realmente aconteça.
A vida cristã não pode ser um fardo, uma obrigação, uma representação, nem ativismo religioso; servir a Deus sem amá-lo é pecado. Servir ao próximo sem amor é hipocrisia. O zelo que nos faz insensíveis torna-se em legalismo. Por isso a advertência: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te” (v. 5).
Antes de todas as coisas, decidamos amar a Deus e aos outros com um amor sincero, altruísta, que motive nossas ações, que confirme nossa fé, para que em tudo o Pai Eterno seja glorificado. Pense nisso!
1 BEACON, Comentário Bíblico, Volume 10, página 412, CPAD, 2005
Rienecker, Fritz - Rogers,Cleon, Chave linguística do Novo Testamento grego, Vida Nova, 1985
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