Pastor Cleber: maio 2017
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APENAS POR ALGUM TEMPO

tentação


Pr. Cleber Montes Moreira

“E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.” (Lucas 4:13)


O verso acima está no final da narrativa de Lucas sobre a tentação de Jesus, no deserto. Destaco a parte final, que diz: “ausentou-se dele por algum tempo”.  Sim, apenas “por algum tempo”, não mais que isso. Na Bíblia NVI, o mesmo texto está assim: “O diabo o deixou até ocasião oportuna” (Lucas 4:13). Na Bíblia King James Atualizada, lemos: “O Diabo afastou-se dele até o tempo oportuno.” Significa que o inimigo não desistiu, apenas ficou no aguardo de um novo momento, à espreita. Como diz Pedro: ao redor como leão, rugindo e procurando alguma oportunidade para atacar (1 Pedro 5:8).

Mateus narra o episódio em que “começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia”. Pedro, por sugestão do maligno, chamando o Mestre à parte, “começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso”. Jesus, reconhecendo a artimanha satânica, o repreendeu dizendo: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mateus 16:21-23). 

No momento da crucificação, mais uma vez o diabo o tenta, por meio de um zombador na cruz ao lado, que o desafiou: “Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz” (Mateus 27:40). Da mesma forma, os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus disseram: “Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele” (Mateus 27:41 e 42). 
Em nenhum momento o Senhor cedeu às provocações.  Em todo tempo, consciente e determinado em sua missão, permaneceu fiel ao propósito de sua vinda.  Não desistiu da cruz, mas consumou nossa salvação!

Da mesma forma que agiu com Jesus, age conosco: Satanás nunca se dá por satisfeito, e por mais que resistamos, sempre fica à espera de uma segunda oportunidade para nos tentar e fazer cair.  Ele não desiste, não vai embora, apenas aguarda o “tempo oportuno”, nos observando, estudando nossos hábitos, procurando descobrir nossas fraquezas para prevalecer contra nós. Um descuido, e ele dá o golpe!  Por isso Jesus nos ensina: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41). Pedro nos exorta: “Sede sóbrios; vigiai” (1 Pedro 5:8). Charles Haddon Spurgeon nos adverte: “A verdadeira conversão dá segurança à pessoa, mas não lhe confere o direito de parar de vigiar.”

SANTA, PERFEITA E AGRADÁVEL VONTADE


O PROPÓSITO DAS PROVAÇÕES

biblia


Pr. Cleber Montes Moreira

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações.” (Tiago 1:2)


Muitas lições que aprendemos ao longo da vida, aprendemos em meio às adversidades, seja na dor, na angústia, durante as crises, tribulações, lidando com opositores etc. Na escola secular, primeiro aprendemos as lições, para só então sermos submetidos à prova.  Na vida, entretanto, é durante as provas que aprendemos as mais valiosas lições. Não é sem motivo que Tiago escreveu: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma” (Tiago 1:2-4 – NVI). Sim, a provação nos faz amadurecer!

 Infelizmente, o ensino do apóstolo encontra grande oposição em nossa sociedade, inclusive no meio evangélico. A maioria das pessoas se recusa e enfrentar desafios que requerem esforços, que possam gerar dor, perdas, sofrimentos.  A maioria tem medo de encarar de frente certos problemas, porque falta fé e determinação.  É mais fácil buscar um escape que lidar com certas situações.  Há quem, diante de ameaças e perigos, seja capaz de negar até a fé. Quem age assim deixa de aprender, de contemplar novos horizontes, de sair do lugar comum, de experimentar crescimento e aperfeiçoamento em Cristo. Deixa também de contemplar milagres, livramentos, de colecionar experiências maravilhosas com Deus. Não alcança sabedoria, pois sabedoria é a soma de tudo o que aprendemos na vida, principalmente durante as adversidades. É este aprendizado que nos prepara para outros desafios adiante.

Conta-se que há muito tempo, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada. Ele se escondeu e ficou observando se alguém tiraria o obstáculo do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e, simplesmente, deram a volta pela pedra. Alguns até esbravejaram contra o rei, dizendo que ele não mantinha as estradas limpas, mas nenhum deles tentou, se quer, remover a pedra dali. De repente, passou um camponês que transportava produtos para vender na cidade. Ao se aproximar da grande rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou removê-la dali. Após muita força e suor, finalmente, com muito jeito, conseguiu arrastá-la para a margem da estrada. Ao retornar para levar a sua carga, notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra. Aproximou-se e viu que nela continha várias moedas de ouro e um bilhete escrito pelo rei que dizia: "Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição". É exatamente o que a Bíblia nos ensina: a provação tem por objetivo aperfeiçoar e fortalecer o crente.  Por isso, Paulo escreveu: “Mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:3-5).

Tanto nas coisas seculares quanto nas espirituais, haverá sempre impedimentos em nosso caminho. É sua reação diante de cada um deles que determinará o seu progresso ou fracasso. Você pode tentar desviar-se deles, ou então esforçar-se para removê-los; tentar fugir, ou encarar cada situação com fé, sabendo que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28), mesmo os mais terríveis obstáculos, pois em tudo há um propósito pedagógico e, para o vencedor está reservada a coroa da vida: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam” (Tiago 1:12 – NVI).

VOCÊ TEM FÉ?

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Pr. Cleber Montes Moreira

“E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.” (Marcos 5:34.  Leia em sua Bíblia os versos 24 a 34)

O texto fala de uma mulher que estava enferma havia doze anos. Tinha gasto todos os seus bens com médicos, buscando a cura, sem sucesso. Certamente esta mulher não tinha vida social, religiosa e familiar saudável. Havia um preconceito enorme da sociedade em se aproximar de uma pessoa com tal enfermidade. Todo aquele que tocasse uma mulher com hemorragia, seria tido como impuro: "Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será imundo até à tarde" (Levítico 15:19 – Leia em sua Bíblia até o verso 33).

Considerando o tempo de sua enfermidade, penso que estava muito debilitada. Entretanto, a dor maior não era, certamente, aquela causada pela doença física, mas a impingida pela doença social. Não poderia se confraternizar, tinha que viver privada dos amigos, se solteira não poderia se casar, se casada não poderia ter uma relação normal com o marido. Provavelmente, até mesmo alguns familiares, por causa da cultura e do legalismo religioso, mantiveram certa distância dela. 

Esta mulher, doente e marginalizada, cujo nome não conhecemos, deixou-nos uma verdadeira lição de fé: ela foi corajosa, buscou com determinação realizar seu intento, mesmo diante da dificuldade de caminhar em meio à multidão, crendo que, se pelo menos tocasse nas vestes do Senhor, seria curada de sua enfermidade. O resultado de sua fé foi extraordinário: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal” (Marcos 5:34). Sim, a fé verdadeira é fé de resultados.  Não me refiro a fé num copo de água, em sal grosso, em superstições, ou qualquer outro tipo de fé sem base bíblica, mas a fé na pessoa de Cristo, como ser divino, Todo Poderoso, Salvador e Senhor. A fé que a mulher do texto exerceu não foi a fé numa crendice, numa religião, mas na pessoa de JESUS! Por isso recebeu a cura física, social e, acredito, também espiritual. 

Fé é acreditar no incrível, ver o invisível e esperar o impossível crendo, exclusivamente, em quem tudo pode, ainda que o mundo inteiro duvide (Leia Hebreus 11:1). Esta é a fé que produz resultados! Você tem fé? Pense nisso!

DESANIMAR OU PERSISTIR?

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Fortalecei as mãos fracas, e firmai os joelhos trementes.” (Isaías 35:3)

“Prometeu emagrecer este ano?” Esta é a pergunta que li num anúncio de um site de dietas para emagrecer, postado num famoso portal de internet.  Fiquei pensando sobre quantas pessoas teriam feito tal propósito para este ano.  Com certeza, muita gente!

Emagrecer, deixar de fumar, praticar exercícios físicos, mudar a rotina, ser mais organizado… Todo ano a mesma coisa: pessoas fazem propósitos e estabelecem metas que nem sempre são cumpridas. Por quê? Creio que as respostas sejam as mais variadas, mas uma coisa é certa: a falta de determinação, ou força de vontade, é um dos principais fatores. Em muitos casos, a distância entre o querer e o realizar pode ser medida pelo tamanho da força de vontade que se tem.  A pessoa quer, mas quando considera as dificuldades, as privações que terá que suportar, o esforço que terá que exercer, logo vem o desânimo e o alvo não é atingido. Superação dá trabalho, e nem todos estão dispostos. Entretanto, só com força de vontade é possível manter o foco e prosseguir no objetivo de conquistar o que se quer. Se você quer, de verdade, você se esforça e progride.  Se não quer, não prossegue. Esta regra vale para tudo, em qualquer setor da vida: saúde, estudos, relacionamentos, espiritualidade... Desanimar ou persistir? Nosso sincero interesse é determinante para o sucesso. Começar e parar não é um hábito salutar.

Você fez, para este ano, algum propósito que está sendo deixado de lado? Há algum alvo do qual você está se distanciando? Ainda há tempo! Reconsidere e volte ao rumo, para que no final não haja fracassos e decepções, para que você não deixe de acreditar em si mesmo. Tenha em mente que, se seu propósito é segundo o Coração de Deus, o Senhor não te abandonará, mas te dará forças o suficiente e te susterá na sua jornada. Se o desânimo bater à porta, ore mais, lute mais, busque orientação na Palavra Santa, renove seu ânimo naquele que tudo pode e está ao seu lado e, no final, tudo terá valido a pena!

AGENDA E PESSOAS

prioridade

UMA ADVERTÊNCIA PARA HOJE


Pr. Cleber Montes Moreira

1- Nesse meio tempo, tendo-se juntado uma multidão de milhares de pessoas, a ponto de se atropelarem umas às outras, Jesus começou a falar primeiramente aos seus discípulos, dizendo: "Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
2- Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.
3- O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados.
(Lucas 12:1-3 - NVI)


Assim como os discípulos, que por causa de Jesus viviam cercados de multidões cujo principal objetivo não era o Senhor e sua doutrina, mas sim as benesses de sua presença, nós também estamos rodeados de pessoas interesseiras e oportunistas que pensam no evangelho como um meio de saciar seus desejos egoístas. Assim como os fariseus, os saduceus e outros grupos da época interpretavam e aplicavam a Lei em benefício próprio, muitos hoje fazem o mesmo em relação a Palavra de Deus.  Eles se revestem da “aparência de piedade”, mas em seu íntimo são “amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” e perseverantes na prática do mal (Leia 2 Timóteo 3). 

Os fariseus, principalmente, eram populares e exerciam grande influência sobre o povo. Da mesma forma muitos pregadores da atualidade, bem como outras celebridades do mundo gospel, formam opinião, ditam comportamentos, influenciam vocabulário etc. Alguns atraem multidões que cegamente colaboram para a manutenção de seus “ministérios” e formação de verdadeiros “impérios”. Muitos, na busca da fama, poder e dinheiro, são tentados a seguirem o mesmo caminho. A característica principal destes falsários é proclamar um evangelho adequado a seus interesses e sob medida para atender aos seus anseios egoístas. Eles  evocam autoridade espiritual, ostentam santidade, alegam uma interpretação correta das Escrituras, demonstram piedade mas, na verdade, são hipócritas, ou seja, apenas representam um papel que não condiz com o que realmente são.

Certamente que a advertência do Mestre serve também para os discípulos de hoje. A Bíblia é viva, dinâmica, e sua mensagem é sempre atual. Cabe a nós acatar e aplicar seus princípios.


O FERMENTO DA HIPOCRISIA

“Fermento”, segundo, Godet, “é o emblema de cada princípio ativo, bom ou ruim, que possui o poder de assimilação”. Paulo usa o mesmo termo (ζύμης) ao escrever aos Gálatas que estavam se deixando enredar por um “outro evangelho”: “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9 - NVI). Conforme Beacon [1] os fariseus, com o seu “fermento” – ensinos e práticas – influenciavam as pessoas e direcionavam falsamente toda religiosidade israelita. 

O “fermento”, mencionado no verso primeiro, refere-se à presença da corrupção daqueles que agem com “hipocrisia”, no caso os fariseus. Eles foram denunciados severamente por Jesus em outros momentos, com igual rigor. Sua hipocrisia consistia em ostentar uma vida de elevada espiritualidade para ocultar sua corrupção. À vista do povo eram zelosos da Lei, dedicados à oração, santos…, mas interiormente eram como “sepulcros caiados”, conforme palavras do próprio Senhor: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia” (Mateus 23:27 - NVI) – limpos por fora, podres por dentro!

A exortação que o Senhor nos deixa é: “Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” Em outras palavras: “não se contaminem”, “não se amoldem”, “não imitem a sua conduta”, “não se deixem levar” etc. Não nos assemelhemos àqueles que “posando de bons mocinhos” encobrem o mal que praticam para que no dia da vergonha não tenhamos o que temer.


O PODER DA INFLUÊNCIA

Geralmente os influenciadores são pessoas carismáticas. Eles se caracterizam por “uma presença marcante” e uma “liderança contagiante”. Entretanto, o que distingue o hipócrita do cristão autêntico não é o carisma, mas o caráter.  O cristão não é o que ele faz, mas quem ele é na essência. Jejuar, orar para ser visto, dar esmolas, o aparente zelo pelas Escrituras, ostentação de santidade, demonstração de “poder” e “autoridade” etc. podem impressionar pessoas, porém a vida do discípulo é aferida pelo Fruto do Espírito.

O site “Sempre Família” [2],  em publicação do dia 31 de outubro de 2016, elencou os dez líderes evangélicos mais influentes nas redes sociais, dentre os quais estão: Ana Paula Valadão, que tinha, até então, mais de 3 milhões de curtidas em sua página oficial no Facebook; Thalles Roberto com mais de 1 milhão de seguidores no Facebook e mais de 9 milhões de curtidas; Claudio Duarte, “o pastor cheio de graça”, como ele mesmo se intitula, com cerca de 3 milhões de curtidas no faebook e 79 mil seguidores no Twitter; Aline Barros com mais de 15 milhões de curtidas em sua página no Facebook e cerca de 4,46 milhões seguidores no Twitter; e ainda Ed René Kivitz, Silas Malafaia, o jogador Kaká e outros famosos. O que despertou-me atenção na matéria foi o comentário em destaque, logo após o título: “Suas opiniões são levadas em consideração por milhares ou até milhões de brasileiros.”

É lamentável ver um povo que não lê a Bíblia, em cegueira espiritual, sendo influenciado por homens, mesmo que muitos deles exerçam um ministério destoante da Palavra de Deus. Basta ouvir alguns sermões, canções e declarações para se ter a clareza sobre seu verdadeiro caráter.  Falo sem generalizar, mas é certo que muitos deles não podem, como Paulo, dizer: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1 Coríntios 11:1). 

A influência maléfica de certos líderes religiosos tem levado o povo para longe de Deus. Práticas insanas e vergonhosas, ambições escusas, superstições, idolatria, liberalismo, legalismo, humanismo, universalismo e tantas outras coisas são ingredientes da massa levedada com o fermento dos perversos. Para quem tem discernimento espiritual, o “bolo” é indigesto!

Algo que agrava ainda mais a situação é que muitos desses líderes representam a ideia secular de “sucesso” e “prosperidade”, constituindo-se assim em “modelo” e “inspiração” para  novos pregadores e líderes que aspiram por ascensão na carreira. Daí vemos muitos jovens oradores, pastores, cantores e outros imitando seus ídolos nos púlpitos e palcos, sempre em busca de holofotes.

A VERGONHA DOS HIPÓCRITAS

Os hipócritas são obstinados em seu erro, e incapazes de sentir vergonha: “Ficarão eles envergonhados da sua conduta detestável? Não, eles não sentem vergonha alguma, nem mesmo sabem corar. Portanto, cairão entre os que caem; serão humilhados quando eu os castigar", declara o Senhor” (Jeremias 6:15 - NVI). Mesmo conhecendo a Palavra da Verdade preferem simular e enganar o povo.

Abraham Lincoln disse: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.” Eu acrescento: Você pode enganar as pessoas, mas jamais a Deus.  Haverá um tempo, o dia da vergonha, em que toda obrá má será descoberta e toda a hipocrisia revelada.  

Um exemplo disso são os últimos acontecimentos que ocupam os noticiários, fruto das investigações da Operação Lava Jato, que surgiram como uma bomba revelando imagens e áudios que causaram desconforto ao presidente Temer, provocaram o afastamento do senador Aécio Neves, as prisões de sua irmã Andrea Neves e de seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, dentre outros desdobramentos. As coisas feitas em oculto estão sendo expostas para vergonha de muita gente. Com os falsos profetas não será diferente.

Não há coisa pior que uma justiça injusta, uma fidelidade infiel, uma moral imoral, uma retidão dissimulada… Aqueles que usam a camuflagem de uma vida ilibada para ocultar sua corrupção agem com hipocrisia e um dia estarão desnudos à luz do Sol da Justiça, pois “não há nada encoberto que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”. 

O escritor de Eclesiastes, provavelmente Salomão, depois de considerar a vaidade que há debaixo do sol, encerra assim seu livro: “Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal” (Eclesiastes 12:14). As máscaras cairão!

PARA REFLETIR

A exortação do Senhor aos discípulos é também para hoje. Estejam atentos e não se contaminem com o fermento dos perversos. Cuidado com os falsos mestres que enganam e afastam os incautos da Verdade.  Cuidado com os avarentos. Cuidado com o fermento dos políticos que desavergonhadamente oferecem ao povo um discurso destoado de suas intenções e práticas. Não imitem os maus. Submetam tudo ao crivo da Palavra Sagrada. Sigam a Cristo, não aos homens. Considerem que toda obra má e toda corrupção virá à tona e a justiça prevalecerá.

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[1] Beacon, Comentário, Mateus a Lucas, página 424
[2] http://www.semprefamilia.com.br/10-dos-lideres-evangelicos-mais-influentes-nas-redes-sociais/ (acessado em 20 de maio de 2017)

BANDEIRAS VERMELHAS?


PERTO OU LONGE



Pr. Cleber Montes Moreira

“Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.” (Salmos 145:18)

Algumas pessoas, diante de certas situações, pensam que Deus está tão longe de nós que já não se importa. Outros há que, diante de certos acontecimentos, perguntam: “Onde Deus estava?” Eu, porém, pergunto: Poderia Deus se afastar de nós, criados à Sua imagem e semelhança?  Poderia Ele nos abandonar, entregando-nos à própria sorte?  Poderia deixar de nos amar com aquele amor que o levou a entregar seu próprio Filho para morrer na cruz, em nosso lugar? Poderia, ainda que por um momento, perder seu interesse, deixando de exercer seu amor, bondade e misericórdia para conosco? É o que muita gente pensa quando se encontra desanimado, sem fé, e até decepcionado. Mas, afinal, quem é que se afasta, o homem ou Deus? É o Criador quem nos abandona, ou é o ser humano que o ignora e evita a sua presença?

Pela boca do profeta Jeremias, Deus disse: “Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!” (Isaías 49:15 – NVI). O que ocorre é que há pessoas que se afastam tanto de Deus que acabam pensando que é Ele quem está longe.  Entretanto, por mais que o Eterno pareça alheio e desinteressado de nós, está sempre acessível, perto, podendo ser encontrado por aqueles que, pela fé, o buscam com um coração sincero. É como disse o salmista: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Salmos 145:18). Também diz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (Salmos 34:18). Em Cristo, Deus se fez ainda mais perto: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). O Salvador não recusa aqueles que, com confiança, chegam à sua santa presença: “E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37b). Sim, Ele está perto e não nos recusa quando o buscamos com um coração sincero e humilde.  Ele deseja um relacionamento dinâmico, diário e vivo com seus filhos, mas, e você, está interessado em relacionar-se com o Pai?

Perto ou longe? Isso depende de sua resposta ao amor de Deus. Pense nisso!

PRAZER NA PALAVRA



Pr. Cleber Montes Moreira

“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmos 1:2)


Houve um tempo, quando na escola secular, que considerava o estudar somente como uma obrigação. Os livros eram chatos, enfadonhos, as aulas monótonas e a rotina estressante.  Tudo o que fazia era somente para cumprir com a obrigação.  Não tinha qualquer prazer, principalmente quando o assunto era matemática. Foi assim que perdi um ano e passei pelos outros sem motivação alguma.  Na época, concluí o curso de contabilidade apenas por falta de opção. Tudo o que queria era terminar os estudos e não precisar mais voltar às aulas.

Quando fazemos algo no qual não temos prazer, há sempre o risco do fracasso. Quem não ama o que faz, não faz bem feito. Quem não se especializa, fica para trás e perde a concorrência no mercado tão competitivo. Quem não adquire conhecimento, não se renova, mas desatualiza. O prejuízo é enorme!
Em termos espirituais ocorre o mesmo.  Se temos prazer em Deus e em sua Palavra, vamos bem, mas se não, não progredimos.  Ler, aprender e praticar deve ser algo intensamente prazeroso, motivador, fascinante! A Bíblia não é um livro que deve ser lido por obrigação, apenas quando passamos por uma crise ou necessitamos de alguma solução. Ela é para ser lida com prazer, comida e degustada como algo que alimenta e sacia. Ela é pão para a alma! Aquele que a lê e pratica torna-se como “árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmos 1:3).

Meu desejo é que se cumpra entre nós a palavra que está em Amós 8:11: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.” Que nestas palavras tenhamos prazer e, assim como o salmista, nelas meditemos dia e noite. Só assim seremos verdadeiramente alimentados e preparados para um viver santo e de prosperidade na presença do Pai celestial.

A LAVA JATO E O DIA DA VERGONHA



Pr. Cleber Montes Moreira

“Nesse meio tempo, tendo-se juntado uma multidão de milhares de pessoas, a ponto de se atropelarem umas às outras, Jesus começou a falar primeiramente aos seus discípulos, dizendo: ‘Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados.’ ” (Lucas 12:2,3 – NVI)


Os últimos acontecimentos, fruto das investigações da Operação Lava Jato, que surgiram como uma bomba nos noticiários revelando imagens e áudios que causaram desconforto ao presidente Temer, provocaram o afastamento do senador Aécio Neves, as prisões de sua irmã Andrea Neves e seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, dentre outros desdobramentos, fizeram-me recordar o texto em epígrafe. Aquilo que fizeram em oculto, para a perplexidade de todos, veio à tona – a podridão então  encoberta está sendo exposta explicitamente. Só não vê quem não quer.

O “fermento”, mencionado no verso primeiro, refere-se à presença da corrupção daqueles que agem com “hipocrisia”, no caso os fariseus. Eles foram denunciados severamente por Jesus em outros momentos, com igual rigor. Sua hipocrisia consistia em ostentar uma vida de elevada espiritualidade para ocultar sua corrupção. À vista do povo eram zelosos da Lei, dedicados à oração, santos…, mas interiormente eram como “sepulcros caiados”, conforme palavras do próprio Senhor: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia” (Mateus 23:27 - NVI) – limpos por fora, podres por dentro!

Não há coisa pior que uma justiça injusta, uma fidelidade infiel, uma moral imoral, uma retidão dissimulada… Aqueles que usam a camuflagem de uma vida ilibada para ocultar sua corrupção agem com hipocrisia e um dia estarão desnudos à luz do Sol da Justiça, pois “não há nada encoberto que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”. 

A exortação que o Senhor nos deixa é: “Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” Em outras palavras: “não se contaminem”, “não se amoldem”, “não imitem a sua conduta”, “não se deixem levar” etc. “Fermento”, segundo, Godet, “é o emblema de cada princípio ativo, bom ou ruim, que possui o poder de assimilação”. Paulo usa o mesmo raciocínio ao escrever aos Gálatas que estavam se deixando enredar por um “outro evangelho”: “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9 - NVI). Conforme Beacon (1) os fariseus, com o seu “fermento” – ensinos e práticas – influenciavam as pessoas e direcionavam falsamente toda religiosidade israelita. 

Várias crises tem solapado o Brasil nos últimos tempos. Falamos muito em crise política e nas que dela decorrem, mas há também crise moral, religiosa, espiritual… Penso que todas tem origem no afastamento do homem de Deus. Quanto mais distante dele, mais poder o pecado tem sobre o mundo. Aliás, “o mundo jaz no maligno” (1 João 5:19), nós, porém, somos de Deus, e por isso devemos viver livres de contaminação para que em meio a esta geração corrompida e degradante sejamos “irrepreensíveis” e “inculpáveis” (Filipenses 2:15).

Cuidado com o fermento – influência – dos hipócritas e perversos. Não nos assemelhemos àqueles que “posando de bons mocinhos” encobrem o mal que praticam. Que no dia da vergonha não tenhamos o que temer. (Disse temer, e não Temer)

EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO



EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO


Pr. Cleber Montes Moreira


Deus amado e bendito,
Deus de conforto e esperança,
Que ouve as preces dos aflitos
Que rogam com fé e perseverança,
Na confiança de que “aquele que pede, recebe”,
De que “o que busca, encontra”, 
De que “ao que bate se lhe abre”,
E em Ti descansa,
Responda as orações de teus filhos
E dai-lhes alívio.

Que nas tempestades conheçam a bonança,
Que nas enfermidades recebam a cura,
Que nas lutas revigorem a força
E nas agruras se deleitem com a doçura
Da bem-aventurança de confiar em Ti.

Que creiam, mesmo que não haja motivos,
Que prossigam quando tentados a desistir,
Que ao inimigo não deem ouvidos,
Mas persistam em te ouvir
Mesmo quando o silêncio for a Tua voz.

Que esperem quando não houver esperança,
Ainda que “tudo pareça perdido”,
Que a “loucura da fé” lhes traga a segurança
De quem não se engana e diz:
– Eu sei em quem tenho crido!


Itaperuna, 18 de maio de 2017


Perfeita, Eficaz e Suficiente

Pr. Cleber Montes Moreira

“Porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21 - BKJA)



É comum em alguns cultos alguém levantar dizendo ter recebido uma palavra de Deus, trazendo uma nova profecia, uma revelação, um recado… Temos profetas nos dias atuais? Se temos, esta é a forma de agir dos profetas de hoje?

Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Coríntios 14:1). Então, profetizar é um dom. Entretanto, é preciso compreender que o ministério dos profetas no Velho Testamento se dá num contexto e numa forma diferente do modo como ocorre no Novo, especialmente no contexto do cristianismo. Antes, as profecias eram dadas por inspiração, hoje, porém, por iluminação. Os profetas de antes não tinham a Bíblia, como a temos hoje, e a revelação de Deus se deu de uma forma progressiva (Hebreus 1:1). Hoje esta revelação está completa, perfeita, não tendo necessidade de nenhum acréscimo. Nós temos a Bíblia, nosso fundamento de fé, onde encontramos toda a revelação de Deus, segundo Seu propósito, para por meio dela orientarmos nossas vidas.

O profeta de hoje tem a luz do alto, dada pelo Espírito Santo, o ensinador, para que compreenda e transmita com fidelidade aquilo que outrora fora revelado, tanto no Velho quanto no Novo Testamento. O profeta que omitir, ou acrescentar algo às profecias, será tido como infiel, falso, incrédulo e digno de severa punição. É o que diz a Bíblia: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22:18-19 – grifo do autor).

Para não sermos enganados, precisamos conhecer a Bíblia. É o conhecimento da Santa Palavra que nos ajudará a discernir os falsos dos verdadeiros profetas, como disse João: “Amados, não creiais a todo o espírito [ensino], mas provai se os espíritos [ensinamentos] são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 João 4:1 – adendos explicativos). Portanto, todo aquele que proferir algo que destoe da Bíblia, proferirá uma falsa profecia e, portanto, será considerado um falso profeta. Quem se levantar com uma “nova revelação” falará pelo homem, e não em nome de Deus, pois tudo quanto Deus quis revelar está na Bíblia. Não importa o título que ostente o falso profeta: pastor, bispo, apóstolo, evangelista, irmão ou irmã de oração… As Sagradas Escrituras dizem: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele” (Lucas 16:16). Depois de João não houve nenhuma nova revelação, nem haverá, mas sim a iluminação divina para que, compreendendo as profecias, os profetas de hoje anunciem clara e fielmente o reino de Deus, chamando pecadores ao arrependimento e à salvação em Cristo.

Estou com Martinho Lutero, que disse: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir.” Portanto, não me procurem com uma outra palavra, ou outra revelação além das Escrituras, seja dada por palavras, sonhos, visões etc. Eu tenho a Bíblia; ela me basta! Ela é perfeita, eficaz e suficiente! O que for além dela é de procedência maligna; é mentira e não merece crédito!

O TESTEMUNHO QUE CONVENCE



Pr. Cleber Montes Moreira

“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (2 Coríntios 3:2,3 – ACF/SBTB)


Uma matéria num site gospel afirma que “Muçulmanos querem que a FIFA proíba ‘comemoração cristã’ de jogadores. O pedido teria sido feito em rede social pelo clérigo Islâmico Muhammad Alarefe, líder influente na Arábia Saudita. Ele quer que a FIFA crie uma lei proibindo jogadores de fazer o que ele chama de “comemoração cristã”.

É comum que jogadores cristãos comemorem seus gols apontando para o céu, balbuciando palavras de gratidão, fazendo o sinal da cruz etc. Quem não se lembra de Neymar com uma faixa na cabeça com a frase “100% Jesus”?

Se de um lado está a discussão sobre a preocupação de líderes islâmicos com a ‘propaganda cristã’ e o direito ou não dos atletas expressarem sua fé em campo, eu coloco aqui um outro ponto para reflexão: Tais manifestações consistem num testemunho verdadeiro e poderoso da fé cristã? Creio que temos aqui um problema – nem sempre tais testemunhos indicam que há um compromisso da pessoa, fruto de verdadeira conversão, com o Senhor Jesus Cristo. Exemplifico: Se alguém usa uma fita com o nome de Jesus, se ajoelha no gramado, faz o sinal da cruz ou qualquer outro gesto que o identifique como seguidor de Cristo, mas no dia a dia não age conforme um cristão deve agir o seu testemunho é mentiroso. Muitos jogadores são lembrados por seu bom comportamento fora de campo, por sua vida de integridade e compromisso com os valores do evangelho, outros acabam se tornando “pedra de tropeço” para os que se escandalizam com a vida dúbia que levam. Assim entendemos que nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” serve a Cristo, mas sim os que fazem a sua vontade, conforme nos ensina o próprio Senhor em Mateus 7:21. Portanto, não adiantam bons gestos e boas palavras se elas não condizem com quem realmente somos. O cristianismo não é uma “indumentária”, não é uma cultura, ele não consiste na aparência mas na essência do que somos: Ser cristão é ser transformado pelo novo nascimento, recriado à imagem e semelhança de Cristo.

Mais que pelo nosso “evangeliquês”, que pelos nossos gestos às vezes impensados e/ou “robotizados”, que pelo nosso modo de vestir etc., que as pessoas percebam Cristo em nós pelo que somos. Afinal somos a carta viva de Cristo, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo (2 Coríntios 3:3), para que seja lida por todos e comunique com poder e clareza a graça salvadora e a vida que há em nosso Senhor e Salvador. Este é o testemunho que convence! Pense nisso.

PESQUISA REVELA DADOS PREOCUPANTES SOBRE PASTORES E EX-PASTORES


Pr. Cleber Montes Moreira

Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver… Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente.” (Hebreus 13:7,17-18 – AFC/SBTB)


Uma pesquisa online realizada entre pastores e ex-pastores, entre setembro de 2016 e março de 2017 pelo Ministério ExPastos, que atende pastores, ex-pastores e outros líderes cristãos revelou dados preocupantes:
86% não se sentem capazes de cumprir com todas as exigências do ministério pastoral.
77% dizem que sua igreja tem expectativas irrealistas sobre eles.
85% disseram que já pensaram em encerrar a carreira ministerial.
64% afirmaram que já tiveram dúvidas sobre o seu chamado.
58% se sentiram feridos e/ou rejeitados pela igreja quando convidados a deixar o pastorado ou saíram por iniciativa própria.
62% confessaram lidar com sentimento de solidão.
65% sofrem com ansiedade.
39% sofrem com a depressão.
29% já lidaram com pensamentos suicidas.
44% disseram que assumiram o pastorado sem um mentor.


A pesquisa, que não consiste num estudo científico, foi feita por amostra e respondida por 577 pessoas.
De acordo com Karl Vaters, pastor da igreja Cornerstone Christian Fellowship, uma forma de combater o excesso de trabalho e aliviar os pastores é treinar e equipar membros das igrejas. Ele incentiva os pastores a “equipar e não apenas informar ou encorajar” as pessoas, treinar equipes em vez de nomear comissões e partilhar tomadas de decisões.
Thom Rainer, presidente da LifeWay Christian Resources, recomenda que os pastores invistam mais tempo em oração e no estudo da Bíblia. Ele também aconselhou os líderes a orarem pela comunidade que está fora da igreja, o que os ajudaria a parar de olhar para dentro demais.
Dados de uma outra pesquisa, publicada no site “Ultimato Online”, revela dados ainda mais alarmantes: (1)
De acordo com o Instituto Schaeffer, “70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 71% se dizem esgotados, 80% acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo”.
A causa mais comum noticiada para o suicídio de pastores e líderes é a depressão, associada a esgotamento físico e emocional, traições ministeriais, baixos salários e isolamento por falta de amigos.”
O mesmo site ainda apresenta algumas alternativas que podem ajudar a amenizar o problema:
Pastores:
Encontrar um amigo que o aceite como é, com suas bobagens e defeitos, com quem se possa “jogar conversa fora” e não se saiba explicar o porquê da amizade.
Encontrar um conselheiro ou terapeuta de confiança para abrir a alma.
Ter tempo para o SHABATT – fora do padrão compulsivo
Descobrir a importância do “descanso relacional”
Estar atento às relações de escalonamento sacrificial – especialmente com a instituição (representada por dirigentes/membros obsessivos)

Instituições:
Promover encontros de pastores que possuam caráter terapêutico/curador. Com facilitadores habilitados na condução de compartilhamento de emoções que afetam a vida pastoral;
Diminuir as pressões de resultados numéricos sobre a função pastoral.
Estar atenta a um padrão mínimo de orçamento-salário pastoral, para que ele e sua família não sofram privações.
Desmitificar pseudo-hierarquizações: papéis x poder, realçando a humanidade de todos e o pertencimento mútuo.

Cada vez mais se faz necessário que os crentes orem e cooperem com seus pastores. Há muitos motivos pelos quais orar:

1- Ore pela saúde física, emocional e espiritual de seu pastor.
2- Ore pela família do pastor. Muitas vezes esposas e filhos de pastores são cobrados além do que podem suportar. Eles são pessoas comuns que necessitam de oração, e não pessoas com super poderes.
3- Ore pela estabilidade financeira de seu pastor, para que ele saiba administrar suas finanças e não venha a padecer necessidades.
4- Ore para que em Deus ele se fortaleça e, na dependência do Espírito Santo, possa resistir às tentações.
5- Ore para que ele seja fiel à Sã Doutrina.
6- Ore para que ele se conserve íntegro.
7- Ore para que Deus lhe dê sabedoria.
8- Ore para que ele viva na dependência de Deus e tenha iluminação do alto para que, como instrumento divino, possa sempre trazer uma palavra fiel às escrituras e que supra as necessidades da igreja bem como comunique de forma clara e poderosa as Boas Novas aos não crentes.
9- Ore para que ele manifeste em seu viver o Fruto do Espírito Santo.
10- Ore para que ele encontre conforto e alívio sempre que necessitar.

Ore e coopere com seu pastor. Não deixe que ela faça parte das estatísticas aqui apresentadas.

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COMO AFERIR A AUTENTICIDADE DO PROFETA?

Pr. Cleber Montes Moreira


“Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.” (2 João 1:9)



Segundo os dicionários, ‘prevaricar’ é, dentre outras coisas, “deixar de cumprir uma obrigação, um dever”. No texto significa desviar-se da doutrina de Cristo, “ir antes, preceder, ir além”, provavelmente uma referência aos falsos profetas que se orgulhavam de oferecer ao povo um ensino “avançado”, conforme nos diz Fritz Rieneeker e Cleon Rogen. (1)

João afirma que quem se desvia do evangelho de Cristo não tem parte com Deus. Assim entendemos que o aferidor da vida cristã autêntica é o compromisso com a verdade – crer, obedecer, viver e ensinar as Escrituras fielmente – palavra esta importante e oportuna neste tempo de tanta confusão e heresias que se espalham em meio às igrejas. Há muita gente com uma “nova visão”, uma nova “interpretação” e aplicação “contextualizada” da Palavra Sagrada segundo seu próprio entendimento ou interesse, há novas “teologias” e ensinos que divergem diametralmente das Escrituras.

Como lidar com os falsos mestres? João responde logo a seguir: “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras” (10, 11). Em sua época os pregadores itinerantes em viagem procuravam a hospitalidade oficial das igrejas ou as casas dos crentes para se hospedarem, uma vez que normalmente as pensões eram infestadas de pulgas e as estalagens eram caras. Muitos abusavam desta hospitalidade. Willian Barclay (2) cita Luciano, um escritor grego, que em seu livro intitulado ‘O Peregrinus’ relata sobre um homem que tinha encontrado uma maneira cômoda de viver sem trabalhar. Era um enganador itinerante que abusava da hospitalidade das igrejas e cristãos por onde passava, levando uma vida de luxo e a seu gosto.

Entre tais viajantes haviam muitos “enganadores”. Matthew Henry (3) nos exorta: “Quanto mais abundem os enganadores e os enganos, mais alertas devem estar os discípulos.” Vários escritores neotestamentários, bem como o próprio Senhor, trataram de advertir os discípulos acerca dos falsos profetas. Eles não são uma novidade, desde há muito que espalham suas heresias contaminando as mentes dos desacautelados.

O ensino joanino é que os crentes não deveriam dar hospedagem aos mestres hereges, porque isso comprometeria a São Dourina. A saudação indicava a “entrada na comunhão com a pessoa saudada”, por isso João diz: “nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.” Assim, sua mensagem é que não devemos ser receptivos aos enganadores, que não estabeleçamos nenhum vínculo de comprometimento com eles para que não sejamos contaminados com suas mentiras e nem sejamos feitos seus cúmplices. É triste perceber que muitos crentes (e mesmo muitas igrejas) estão abertos para qualquer “novidade”, não tendo senso crítico nem critérios para avaliar se tais ‘ensinos’ procedem ou não de Deus, como nos adverte João em sua Primeira Carta: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 João 4:1).

O que difere um falso mestre daquele que realmente transmite os ensinos de Cristo é sua fidelidade à São Doutrina. Quem “não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.” E como podemos aferir a autenticidade do profeta? Examinando as Escrituras, conservando um espírito bereano, cultivando o senso crítico. Quem conhece a Palavra de Deus não se engana, mas quem despreza o seu conhecimento é enredado facilmente pelos falsários. Lembre-se sempre do que Deus disse pela boca do profeta Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Que o mesmo não ocorra conosco.

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1- Rieneekcr, Fritz, Chave linguística do Novo Testamento grego, página 593, Vida Nova, 1995.
2- Barclay, William, Comentário Bíblico, 2 João.
3- Henry, Matthew, Comentário Bíblico, 2 João.

VIVER E MORRER PARA CRISTO


MÃE E FILHA SE REENCONTRAM APÓS 52 ANOS


Com informações da CBN NEWS e Portal Guia-me.

Por ocasião deste Dia das Mães uma história comovente viraliza pelas redes sociais, blogs e sites de informações: “MÃE E FILHA SE REENCONTRAM APÓS 52 ANOS.”

Donna Pavey, quando ainda era bem jovem, foi forçada a entregar sua filha Sharon para adoção e nunca mais a viu até que um milagre aconteceu.

Pavey declarou à agência de notícias ‘KVUE’: “Orei por ela todos dias… seu aniversário chegava todos os anos… Eu a queria comigo, e orei para que ela estivesse com bons pais [adotivos]”.

Algum tempo depois de ter sido separada de sua filha, Pavey se casou e teve mais duas filhas. Nem mesmo sua família a fez desistir ou esquecer de Sharon. Sua busca continuou. Ela manteve seu nome de solteira na esperança de que algum dia pudesse ser encontrada.

O milagre aconteceu: Na semana passada, Sharon Glidden encontrou sua mãe no Facebook e manifestou seu interesse por conhecê-la. Seus pais adotivos haviam falecido há pouco tempo e Sharon descobrira que era adotada. Sua descoberta a fez buscar por sua família sobre a qual, até então. Após contato concordaram em se encontrar em casa de Burnet, outra filha de Pavey, no Texas.
O tempo parecia não passar enquanto as duas esperavam pelo momento tão sonhado. Quando chegou ao local, Sharon  Glidden, ao ver sua mãe, não conteve as lágrimas. Ela a olhou e disse: “Eu te amo”. E o encontro foi selado com um longo abraço que demorou mais de cinquenta para acontecer.

Vendo seus próprios traços biológicos em sua mãe, Sharon disse: “Meus olhos, minha boca”. Mesmo mãe e filha não tendo convivido suas semelhanças são inconfundíveis. O parentesco não precisaria ser confirmado por um teste de DNA, pois estava patente.

Com ar de felicidade e brilho no olhar Sharon disse: “Eu sinto como se estivesse flutuando, é surreal para mim.” E ainda relatou: “Eu me sentia como o patinho feio. Ninguém tinha os pés como os meus, ninguém tinha o polegar como o meu.” Pavey desabafou: “Oh sim, eu estou finalmente respirando mais aliviada.”

Durante o restante do dia a família passou tentando recuperar o tempo perdido e tratando de reconstruir sua história.

Pavey disse que tinha esperanças de encontrar sua filha na eternidade, porém Deus lhe surpreendeu ainda em vida: “Eu sabia que iria vê-la no céu, mas eu nunca sonhei que esse dia viria a acontecer aqui na terra”, disse  emocionada.


Agora elas não querem mais distância uma da outra, e planejam morar próximas em Oklahoma.
Agradecida, Pavey disse: “Quando Deus tem a Sua mão sobre algo, nada pode removê-la”. De fato, quando o Senhor age nada nem ninguém pode impedi-lo; o que Ele se propõe a fazer, o faz independente de qualquer força contrária.

MESMO QUE NOSSO CHÃO DESABE...


A MAIOR OBRA NA TERRA


QUEM CUIDA DA AGENDA DE DEUS?

Pr. Cleber Montes Moreira


“E numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos.” (Mateus 24:11 – NVI)
  
“Grande noite de avivamento, milagres e libertação”, era o convite para um evento religioso estampado num cartaz, que contaria com a participação de 7 bispos e 70 pastores.  Outro anunciava uma corrente promovida por um grupo neopentecostal: “Deus fará o seu milagre.”  Ambos com data, horário e endereço em que seriam realizados, como se alguns ‘profissionais da fé’ tivessem o poder de controlar a agenda de Deus, fazendo dele um mero serviçal.  Anúncios como estes vemos quase que diariamente, por todos os cantos. Uma busca no Google confirma isso.
    
Certa ocasião, uma igreja próxima ao bairro onde moro anunciava uma grande campanha de cura e libertação com promessas de emagrecimento instantâneo, cura de vícios, cura de enfermidades etc. Foram três dias de programação, mas eu não soube de ninguém que tenha emagrecido, deixado de fumar, voltado a andar ou enxergar, vencido um câncer ou outra enfermidade em virtude de ter participado das reuniões. Mas, é verdade que quando o milagre não acontece, há sempre uma explicação óbvia: a falta de fé da pessoa. Assim os ‘curandeiros’ ficam isentos de responsabilidade. Quem mandou não ter fé?! “Se não acredita, o milagre não acontece”, como se a fé em si mesma pudesse desencadear qualquer virtude independente da vontade e ação divina, transferindo para a pessoa humana o crédito do resultado. Há quem creia no “poder da fé”, eu prefiro crer no poder de Deus; há quem tenha “fé na fé”, mas o cristão tem fé em Deus.
    
Se você receber algum convite para uma noite de milagres, cura, libertação, avivamento etc., lembre-se de uma coisa: da agenda de Deus cuida Ele mesmo! Ninguém está autorizado a determinar dia, hora e local para Ele agir.  Não se iluda com esses oportunistas de plantão, o que eles querem é a sua “semente” (oferta), e não o seu bem. Além do mais, se você tem alguma necessidade, há quem de fato te ajude, e um lugar onde possa buscar socorro: “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hebreus 4:15,16 – NVI).

“NENHUMA MENTIRA PROCEDE DA VERDADE”



Pr. Cleber Montes Moreira


“Não lhes escrevo porque não conhecem a verdade, mas porque vocês a conhecem e porque NENHUMA MENTIRA PROCEDE DA VERDADE (…). Escrevo-lhes estas coisas a respeito daqueles que os querem enganar.” (1 João 2:21,26 – NVI  – grifo do autor)


Morei numa cidade em que há uma fonte de água mineral. Certa ocasião, durante uma seca muito intensa, percebi um caminhão de uma marca de água bem conhecida, de outra cidade, que lá estava para, no dizer de alguns, abastecer com a água da concorrente.  Faz algum tempo que vi, numa matéria de TV, o flagrante de pessoas que enchiam vasilhames d’água com água comum, e depois embalavam com rótulos falsos de uma marca conhecida. Os falsificadores estão cada vez mais ousados, fazendo coisas que “até o diabo duvida”.  É assim que muitas mensagens chagam aos ouvintes: rotuladas como “Palavra de Deus”, porém provenientes de outras fontes. Assim como clientes que compram produtos falsificados,  incautos são enganados quando dão ouvidos às palavras suaves, de ‘profeteiros’ que pregam com sutileza dizendo falar em nome de Deus.
   
Para aqueles que não querem ser enganados, existe um princípio que devem observar: a fonte!  Em minha cidade natal há uma água mineral que é praticamente impossível de ser falsificada: ela é carbogasosa e seu ‘paladar’ é inconfundível. Se me derem outra dizendo ser a tal, certamente não me enganarão. Estou acostumado com seu ‘sabor’.  Embora se afirme que a água é inodora, incolor e insípida, sabemos que a água mineral tem certas propriedades distintivas conforme a fonte. É assim que no distrito de Raposo, em Itaperuna, há várias fontes de água, mas cada qual com suas características próprias. Da mesma forma reconhecemos a Palavra pela fonte.  Deus nos deixou uma fonte: ela é inconfundível, infalível, perfeita, eterna e confiável. Se me derem de outra, logo perceberei a fraude. Se algo que é dito em nome de Deus não estiver na Bíblia é mentira, e “nenhuma mentira procede da verdade” (1 João 2:21) – simples assim!
   
A Bíblia é a revelação autêntica, essencial e insubstituível do Criador. Qualquer palavra dita em nome de Deus que não se constitua em exposição correta da Bíblia é produto de falsificação e, portanto, deve ser rejeitada – tanto a palavra quanto o falsário!

MAQUIAGEM OU DEMAQUILANTE?

Pr. Cleber Montes Moreira

“Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.” (Lucas 15:19 – NVI – Leia todo capítulo)

    
Certa pessoa, antes desenganada pelos médicos e “entre a vida e a morte”, após se recuperar, por milagre, afirmou: “Eu senti o cheiro da morte, por isso aprendi a valorizar a vida.” Creio que isso explique as mudanças em seus hábitos. É fato que valorizamos muito mais certas coisas quando estamos por perdê-las, compreendemos muito melhor certos valores quando passamos por experiências extremas e adversas.  Foi assim que o filho pródigo, em sua miséria, caindo em si,  lembrou-se de todo bem e fartura da casa de seu pai e, compreendendo sua condição indigna, disse: “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados” (Lucas 15:18,19 – NVI). Observe que ele compreendeu não somente sua miséria, mas sua condição indigna: ele sabia que não merecia mais ser tratado como filho e herdeiro, que era totalmente indigno do amor e atenção do pai, e se contentaria em ser tão somente seu empregado para desfrutar das “migalhas que caem de sua mesa”. Mas, o pai ao ver o filho ainda de longe, cheio de compaixão, correu e o abraçou e beijou, mandou que lhe vestissem a melhor roupa e preparou uma grande festa para celebrar seu retorno. Ele não merecia, era totalmente indigno, mas a graça do pai o alcançou com seu perdão, e ele foi recebido não como um empregado, mas como filho. Eu duvido que aquele jovem não tenha aprendido a valorizar sua vida!
    
Sabe qual o problema de muitos pregadores de hoje? É que eles dizem que Deus é amor, mas se esquecem de dizer que Deus é juiz e que pecamos contra Ele. Pregam um “meio evangelho”, proferem mensagens “positivas” que realçam o amor mas não denunciam o pecado. Assim os pecadores não se dão conta de sua miséria e indignidade diante do Todo Poderoso, não tendo motivos para o arrependimento. Tais ouvintes acabam crendo que poderão adentrar diante do Pai com trajes imundos.  Eles não sabem o que é o pecado nem a dimensão de sua gravidade. Aliás, as mensagens desses falsos profetas até fazem com que seus ouvintes se considerem muito dignos diante do Senhor: dignos de seu amor, de seu perdão, de sua presença, de suas bênçãos… (até de alguma restituição). Gente assim não está em condições de dizer: “Não sou mais digno de ser chamado teu filho”; nem “Miserável homem eu que sou!” (Lucas 15:19; Romanos 7:24).
    
Se ao invés de declararmos que “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador”, proclamássemos com mais clareza, constância e firmeza sobre o pecado, o pavor e rigor do juízo divino, talvez mais pecadores se arrependessem. Atenuar a verdade é o mesmo que pregar um falso evangelho, e condenar, pelo engano, pecadores à perdição eterna. Isso é cooperar com a obra o diabo.
    
Se desejamos que o mundo conheça a graça de Deus, precisamos fazê-lo sentir a sua miséria. Se desejamos que a salvação tenha algum sentido para o perdido, precisamos demonstrar qual é a sua condição diante do Justo Juiz. Se desejamos que o céu seja precioso para alguém, devemos mostrar-lhe a realidade do inferno. A graça faz todo sentido para aquele que percebe sua desgraça. Não é pregando um “meio evangelho” que levaremos pecadores à Cristo.
    
O evangelho não é maquiagem, é demaquilante!

ATÉ OS DEMÔNIOS PROFETIZAM

Pr. Cleber Montes Moreira
 
“Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação". (Atos 16:16,17 – NVI)

    
Matthew Henri, em seu comentário bíblico, afirmou: “Ainda que Satanás seja o pai da mentira, declara as verdades mais importantes quando por elas pode servir os seus propósitos.” William Shakespeare disse: “O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém.” Concordo com ambos. Costumo dizer que o diabo profere algumas verdades para no final enganar pessoas. Quando tentou a Jesus, citou as Escrituras (Mateus 4). Conforme narrativa em Atos, declarou, por meio de uma jovem escrava, que Paulo e seus companheiros eram servos do Deus altíssimo, e que anunciavam o caminho da salvação (Atos 16:16,17). O problema não está na declaração feita (pois de fato Paulo e seus amigos eram servos de Deus e ali estavam para anunciar o evangelho), mas na origem de tal revelação: o diabo.  Sim, foi o diabo quem ‘profetizou’ sobre quem eram aqueles homens. A verdade foi declarada pelo pai da mentira.  Mas, como pode o pai da mentira proferir alguma verdade? Para servir a algum propósito seu.  Ele pode, inicialmente, citar alguma verdade, mas seu objetivo será sempre enganar e afastar pessoas de Deus. Por exemplo: ele pode declarar que Jesus é Deus, Senhor e Salvador, que só Ele salva, e ao mesmo tempo providenciar um “outro evangelho”, de fácil aceitação, para satisfazer o desejo humano, e assim desviar pessoas da Verdade. Se alguém crê intelectualmente em Cristo, mas pratica um “outro evangelho”, não usufrui de vida com Deus, muito menos de Salvação. Por isso Satanás tem semeado algumas verdades em canteiros de engano. É à este objetivo que se prestam muitas denominações, inclusive evangélicas: apresentam alguma verdade, mas não a Verdade, cumprindo assim o intento maligno de levar pessoas à perdição.
    
Por estar cheio do Espírito Santo, Paulo teve o que, infelizmente, falta a muitos crentes de hoje – discernimento! – para compreender  que aquele espírito não era da parte de Deus, mas do diabo. Daí ele exerceu sua autoridade de servo de Cristo para, em nome e pelo poder de seu Senhor, expulsar aquele demônio, como relatado no texto: “Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: ‘Em nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela!’ No mesmo instante o espírito a deixou” (Atos 16:18). Após o exorcismo daquele ‘espírito adivinhador’, fica explícito o propósito dos senhores daquela escrava: “Percebendo que a sua ESPERANÇA DE LUCRO tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades” (Atos 16:19 – grifo do autor). Depois de acusados publicamente, foram severamente açoitados e lançados na prisão (vs. 21,22,23). O grifo no texto tem motivo óbvio: “esperança de lucro” é o que geralmente move os falsos profetas. Não importa se uma jovem pitonisa, ou um falsário que se intitule pastor, bispo, apóstolo, patriarca etc., o objetivo maior é o lucro. Desde a cigana às espreitas nas ruas, ao que fez ressurgir o “ministério patriarcal” no Brasil, o motivo é o vil metal.
    
É verdade que o ‘tinhoso’ pode citar a Bíblia, porém não pode vivê-la. Não se engane com as verdades ditas pelo pai da mentira, pois ele tem sempre uma segunda intenção.  Da mesma forma não se iluda com ‘profecias’ e adivinhações’ de ‘profeteiros’ de plantão: elas podem até se cumprir ocasionalmente, por coincidência ou não, entretanto, aquele que fala por meio deles é o mesmo que enganou Eva e que tem enganado a muitos.

O ATEÍSMO PRÁTICO E O JUÍZO DIVINO



Pr. Cleber Montes Moreira

    
“O Senhor diz: "Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens.” (Isaías 29:13 - NVI)
    

O pastor Aurecino Coelho da Silva publicou, em sua página no facebook, o seguinte:

Muitos dizem ser cristãos
Na verdade não o são
Sua boca diz que sim
Sua vida diz que não

   
Há hoje um tipo de ateísmo quase imperceptível, não declarado, camuflado com um falso manto de fé, e que precisa ser reconhecido com urgência. Entendo ser uma das formas mais nefastas de incredulidade, pois que é dissimulada. Quando alguém se declara ateu, logo percebemos qual é sua convicção: a de que não existe um Deus criador, sustentador e que dirige a história para o fim que Ele mesmo planejou. Este tipo de ateísmo é explícito, portanto, identificável. Porém, há um ateísmo oculto sendo praticado por pessoas que se declaram cristãs, dentre as quais estão, além dos falsos crentes, muitos ‘líderes espirituais’ que ostentam títulos que encobrem sua incredulidade: pastores, bispos, apóstolos, evangelistas, irmãos ou irmãs de oração, patriarcas e tantos outros. É gente que fala de Deus, que cita a Bíblia, que frequenta ou dirige igrejas, celebra campanhas, profetiza, exorciza, decreta , amarra demônios etc., a pretexto de algum interesse pessoal e, tal como sua incredulidade, oculto. Há muitos que assim agem, por todo o mundo, sendo que alguns atraem para si grandes multidões.
    
Ateu é alguém que não crê na existência de Deus, portanto, vive como se Ele não existisse, sem convicção de pecado, sem temor, sem receio do juízo, sem tremor diante do Santo. Ateu é alguém que se declara como tal, mas também aquele que em oculto conserva sua incredulidade.  Estou convencido que há mais ateus nas igrejas que fora delas. Esta certeza provoca-me tristeza, causa-me preocupações, mas não posso simplesmente negá-la. É realidade patente, e angustiante.
    
Algumas pessoas se assustam com minhas posições. Quando digo que certos pastores, bispos, apóstolos etc., se não se converterem queimarão no inferno, há quem arregale os olhos e me repreenda: “Você não pode dizer isso!”.  Posso sim. Todo incrédulo, todo não convertido, não importando o título que ostente, se religioso ou não, se boa praça ou não, se não se arrepender e não nascer de novo não poderá entrar no Reino (João 3:3). É o que a Bíblia diz, portanto, não é palavra minha. Assim, quando digo que todos os falsos profetas queimarão no inferno se não se arrependerem, não falo outra coisa além daquilo que a Palavra de Deus já diz.  A eternidade com Deus é para os salvos, e não para os que conservam aparência religiosa.  Portanto, se considerarmos que “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!” (Mateus 7:21-23) é de fato crente e salvo, que todos os enganadores e ‘profeteiros’, como todos os demais pecadores não regenerados, estão debaixo do juízo divino, não há erro algum em afirmar que todos, igualmente, se não se arrependerem queimarão no inferno.

Leia o texto abaixo com atenção:

“E entre os profetas de Jerusalém vi algo horrível: Eles cometem adultério e vivem uma mentira. Encorajam os que praticam o mal, para que nenhum deles se converta de sua impiedade. Para mim são todos como Sodoma; o povo de Jerusalém é como Gomorra.” Por isso assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: “Eu os farei comer comida amarga e beber água envenenada, porque dos profetas de Jerusalém a impiedade se espalhou por toda esta terra...” Vejam, a tempestade do Senhor! A sua fúria está à solta! Um vendaval vem sobre a cabeça dos ímpios. (Jeremias 23:14,15,19 - NVI) 

Não seria leviano afirmar que a ira de Deus está contra todos os que hipocritamente confessam o seu santo nome, principalmente os que profetizam falsamente levando o povo ao engano, e que com rigor os julgará e proferirá contra eles a sua sentença: “Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”; “Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mateus 7:23; 25:41 - NVI).
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