Os “amantes de si mesmos” estão dispostos a qualquer coisa para fazerem prosperar os seus intentos; adoradores do próprio ventre, são pecadores inveterados travestidos de piedosos.
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“Porque haverá homens amantes de si mesmos…Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” (2 Timóteo 3:2,5)
Pr. Cleber Montes Moreira
Não podemos cultivar a esperança ilusória de que este mundo melhorará, embora seja natural que assim desejemos e para isso nos esforcemos, pois “todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19) e reservado para o juízo. Tanto o que está fora dos templos quanto o que está dentro deles tem experimentado a corrupção. Aliás, entre o mundo e as denominações religiosas, incluindo as evangélicas, de modo quase generalizado, já não há mais fronteiras. A globalização não está apenas na economia, na política, mas também nas religiões. O ecumenismo tornou os divergentes em parceiros de “fé comum”, gerou “comunidades”, e com discursos de amor, tolerância e justiça contribuiu para o surgimento de uma “onda inclusiva” abarcada por uma nova teologia firmada numa “hermenêutica popular”. Daí, para justificarem tais transformações, textos bíblicos foram ressignificados, passaram a fazer a “leitura popular da Bíblia”, e mesmo versões de “bíblias inclusivas” (prefiro com minúsculas!) foram lançadas no mercado, bem como literaturas de apoio. Hoje cantor gospel se apresenta e colabora com terreiro de candomblé, líderes espirituais pregam o universalismo, desprezam o casamento e o modelo bíblico de família, discursam em favor do aborto e outras “causas”, igrejas evangélicas colocam bloco no carnaval, aceitam membros LGBTs, e os pilares da fé cristã são substituídos por apenas uma doutrina: a do “amor”. “Amor” sem compromisso com a Verdade, que se presta para encher templos de pessoas que não suportam a sã doutrina, mas têm prazer nos afagos dos falsos mestres. Porém, o “amor” que alarga o caminho para o Céu é heresia; é estratégia do diabo para encher o inferno. Este falso amor tem se consolidado como o principal tema religioso destes “tempos trabalhosos”. Mas, o que este “amor” esconde, a sua verdadeira motivação, é denunciado aqui pelo apóstolo: “Porque haverá homens amantes de si mesmos…” O que sucede é uma lista de atitudes pecaminosas que derivam deste sentimento egoísta, e que culmina no que alguns chamam de “eulatria”. Quando o ego toma o lugar da divindade, todas as motivações e ações tornam-se adequadas para elevar o “homem mau” ao status de deus e satisfazer todos os seus interesses.
Você já pensou que o caos que enfrentamos na sociedade tem origem no amor-próprio? Pessoas sem o temor de Deus, que cultuam a si mesmas, estão dispostas a qualquer coisa para fazerem prosperar os seus intentos. Tudo o que fazem é em função do seu prazer, da sua vaidade, da sua avareza, do seu orgulho…. Quanto aos falsos mestres, até o “evangelho” que pregam, ainda que regado de “amor”, é para a sua própria glória: “amantes de si mesmos” não podem amar e honrar a Deus; adoradores do próprio ventre, são pecadores inveterados travestidos de piedosos. Pense nisso!
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