Pastor Cleber: abril 2017
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RODRIGO CAIO X “ESPÍRITO DE GERSON”

Pr. Cleber Montes Moreira

“Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas. E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio diz o Senhor.” (Zacarias 8:16,17)



Na partida em que o São Paulo perdeu para o Corinthians de 2 x 0, no domingo 16 de abril de 2017, ocorreu um lance polêmico envolvendo Jô e o defensor tricolor Rodrigo Caio. Ainda no primeiro tempo o goleiro Renan Ribeiro saiu para dividir a bola com o corinthiano e foi atingido. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira entendeu que houve falta do atacante, que acabou sendo advertido com cartão amarelo, o que lhe tiraria da segunda partida. Entretanto, logo em seguida, o zagueiro são-paulino admitiu ao juiz que fora ele, e não Jô, quem havia atingido o próprio companheiro de equipe, o que fez com que o árbitro anulasse o cartão aplicado. Ao ser entrevistado, Rodrigo Caio afirmou: “Fiz só o que tinha que fazer.”

Considerando que a honestidade deveria ser prática comum, atitudes como estas deveriam passar desapercebidas, porém, não é assim que funciona. Tanto que o episódio gerou polêmica. Embora elogiado por alguns, o bom moço foi criticado por parte da torcida e até por um companheiro de clube: “Eu acho que é melhor a mãe deles (corinthianos) chorando do que a minha. Prefiro a mãe dos meus adversários chorando do que a minha” – afirmou Maicon. Ao que parece o “espírito de Gerson” ainda reside em muita gente.

É espantoso o que acontece quando alguém age com honestidade! Devolver uma carteira encontrada ou uma importância em dinheiro, rejeitar um suborno, falar a verdade, ter atitudes nobres, ser gentil, praticar o fair play… tudo isso está em desuso, e quando alguém quebra a regra logo é percebido.

Mas, nem tudo está perdido. Não podemos simplesmente nivelar as pessoas por baixo. Rodrigo Caio não é caso isolado. Tanto no futebol quanto em outras áreas da vida há ainda alguma demonstração de honestidade. Sim, ainda há quem fale a verdade com o próximo, que não jure falsamente, que não sustente maus pensamentos, que busque a justiça e promova a paz. Que aprendamos e façamos também o que é certo.

Abaixo um vídeo sobre o episódio:



RIR OU CRER?

Pr. Cleber montes Moreira


39 Então entrou e perguntou: “Por que todo esse tumulto e choro? A criança não morreu; está apenas dormindo”.
40 A MULTIDÃO RIU DE JESUS. Ele, porém, fez todos saírem e levou o pai e a mãe da menina e os três discípulos para o quarto onde ela estava deitada.
41 Segurando-a pela mão, disse-lhe: “Talita cumi!”, que quer dizer “Menina, levante-se!”.
42 A menina, que tinha doze anos, levantou-se de imediato e começou a andar. Todos ficaram muito admirados.
(Marcos 9:39-42 – grifo do autor)


A multidão riu de Jesus” (40), mas Jairo estava firme naquilo que Jesus havia dito: “Não tenha medo. Apenas creia” (36).

A fé em Deus é loucura para o mundo. Há pessoas, incluindo intelectuais, que riem da possibilidade de um Deus Criador, de um Deus que morreu numa cruz, que julgam está morto, ser fraco, ou nunca ter existido. A fé em Deus é motivo de zombarias, piadas, discriminação e até perseguições. Há muitos que por vergonha, em decorrência de deboches, medo de discriminação e/ou preconceito, passam a negar a fé. Jairo tinha motivos para fazer o mesmo: Ele era líder numa sinagoga e seria natural que temesse perseguição por parte de outros religiosos, como por exemplo dos fariseus que se opunham a Jesus. Ter sua imagem associada ao homem que se dizia o Cristo poderia ser motivo para chacotas, ódio e marginalização.

O mundo ri de Deus. O mundo ri dos crentes. O mundo ri quando alguém confessa crer em Cristo e vive segundo os valores do evangelho. O mundo ri quando não nos contaminamos, quando rejeitamos o mal, quando não adulteramos, quando não aceitamos suborno, quando valorizamos a moral e os bons costumes, quando deixamos de agir de forma ‘politicamente correta’ demonstrando que somos diferentes, porque não nos conformamos com o modo de ser desta sociedade morta no pecado. O mundo ri quando testemunhamos de nossa fé, quando contamos experiências e milagres… Por isso Paulo disse: “A mensagem da cruz é loucura para os que se encaminham para a destruição, mas para nós que estamos sendo salvos ela é o poder de Deus (…). Assim, quando pregamos que o Cristo foi crucificado, os judeus se ofendem, e os gentios dizem que é tolice” (1 Coríntios 1:18,23 – NVT).

Aqueles que riem da cruz não podem experimentar milagres. Por isso Jesus “fez todos saírem e levou o pai e a mãe da menina e os três discípulos para o quarto onde ela estava deitada” (40). Eles viram a menina viva pelo poder de Cristo, mas não puderam presenciar a operação do milagre. Os que zombam da cruz estão afastados do Salvador e não conhecem o valor de sua preciosa presença. Mas, nós que cremos e servimos a Deus somos obras de seu milagre, o milagre do novo nascimento. Nós reconhecemos que a vida é um milagre, bem como reconhecemos que cada dia, cada bênção, cada intervenção do alto, e tudo o que Deus faz é milagre. Nós temos visto mortos no pecado, pelo poder de cristo, ressuscitando para uma nova vida.

Há um texto em Provérbios que se identifica com a narrativa sobre a cura da filha de Jairo: “O Senhor zomba dos zombadores, mas concede graça aos humildes. Os sábios recebem honra como herança, mas os tolos são envergonhados em público (Provérbios 3:34,35 – NVT). Assim, aqueles que riram de Jesus foram envergonhados, mas Jairo, porque creu, foi honrado.

Rir ou crer? Qual atitude você entende ser a mais inteligente e correta diante de Deus?

ORAÇÃO QUE TRANSFORMA

Pr. Cleber Montes Moreira

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” (João 15:7)


Muitas pessoas pensam na oração como parte de um compromisso, de um programa ou de uma campanha da igreja, como um esforço pontual para se conquistar determinados objetivos etc. Assim, oramos por Missões durante as campanhas missionárias, oramos pelo crescimento da igreja quando da realização de eventos e esforços evangelísticos, oramos pela nação quando surgem as crises, recorremos a Deus diante de certas situações, clamamos quando em aflição, na doença, e colocamos a oração em nossa agenda como se orar fosse – apenas – mais um entre tantos outros compromissos. E pior, oramos sem cultivar uma vida de oração, ou seja, sem cultivar um relacionamento vivo e dinâmico com o Pai celestial, nos esquecendo de que a oração deve ser parte de nosso ‘jeito de ser’ e não uma tarefa a ser cumprida. Muitas vezes ‘estamos’ orando, mas não ‘em oração’. Quase sempre falamos sem ouvir o que Deus tem a nos dizer, sustentando um monólogo egoísta sobre nossos desejos e necessidades, buscando receber e esquecendo de que o Senhor é Deus e não nós. Este comportamento cresce na mesma medida em que se alastram a confissão positiva, a teologia da prosperidade, o ‘evangelho’ antropocêntrico e outras heresias, e as pessoas se afastam da Bíblia dando ouvidos àquilo que lhes agrada.

Precisamos entender que a oração não é um evento, mas um modo de vida, que consiste num relacionamento saudável e íntimo com nosso Pai Eterno, que serve não como meio para recebermos algo, mas como instrumento divino para nossa transformação. É quando experimentamos a maturidade espiritual que conhecemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2) e passamos a desejá-la em detrimento da nossa. É nesta intimidade com o Senhor que nos amoldamos ao Seu padrão e deixamos de viver conforme o mundo. A oração nos transforma e faz Cristo transbordar em nós. Quanto mais oramos, mais nos tornamos parecidos com o Senhor Jesus. Quando é Ele, e não nós, quem reina em nossos corações é a sua vontade e não a nossa que tem proeminência, e nesta condição tudo o que pedirmos será segundo o seu desejo e, portanto, realizável.

HEREGE FAVORITO

Pr. Cleber Montes Moreira

“Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (Mateus 15:14)


Na minha juventude sempre debatia com uma pessoa da família por causa de sua paixão por um certo pregador da TV. Não importa o que dissesse o homem, ele tinha sempre a razão, era um “profeta de Deus”, e estava acima de qualquer suspeita. Esta fé cega me inquietava. Dizia comigo: Como pode alguém que é criado na igreja, que tem contato com a Bíblia, crer em tudo que esse sujeito prega? O cara era o seu ‘Herege Favorito’. Não demorou muito e aquele que era idolatrado caiu, teve um problema moral e se afastou do ministério pastoral, bem como encerrou seu programa de TV. Depois de muito tempo insiste em retomar seu lugar, mas com uma cabeça ainda confusa, com convicções estranhas, roupas exóticas e tom de crítica acentuada a seus ‘opositores’.

A lembrança do ocorrido me faz pensar que hoje, mais que nunca, há pessoas que elegem para si o seu ‘Herege Favorito’. Passam a confiar em certos pastores, bispos, apóstolos etc., e os transformam em gurus espirituais, aos quais devotam fé cega e apaixonada. Não importa se o que a pessoa prega tem ou não amparo bíblico, mais vale a palavra do “homem de Deus”. Às vezes a cegueira é tamanha que não levam em conta a condição moral da pessoa, os argumentos de quem tenta abrir os olhos, nem mesmo a Bíblia. Vejo hoje multidões como que hipnotizadas indo após deuses humanos, falhos, pecadores, oportunistas, tosquiadores… acima de tudo, HEREGES! Há quem discuta e até brigue por causa de seus ídolos de carne. Agora mesmo, enquanto escrevo, há uma batalha ferrenha entre dois pastores da mídia que se acusam mutuamente, em virtude do que há debates acalorados, disputa nas redes sociais, troca de ofensas etc., por parte daqueles que defendem o herege de sua predileção.

Quem elege para si um herege é também herege e, normalmente, dentro de sua visão de herege, considera como herege todos os que se opõem à sua heresia. Este estado de cegueira é um transtorno espiritual que impede a Obra do Espírito Santo, que “mata no ninho” a verdadeira fé que não encontra solo próprio para germinar, principalmente quando a heresia acolhida no coração vem disfarçada de evangelho e sufoca a verdade. Assim, o grande problema em se eleger um ‘Herege Favorito’ é que ambos, ídolo e idólatra, caminham para o precipício, pois “se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova” (Mateus 15:14). Pense nisso!

INTERESSADO, ATENCIOSO E ENSINÁVEL

Pr. Cleber Montes Moreira


“Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.” (João 1:40)

Uma pessoa ensinável é aquela que tem capacidade e boa vontade para aprender. Assim era André: interessado, atencioso e ensinável.

Ele era discípulo de João Batista (v. 35) e estava sempre atento aos ensinos de seu mestre. Ao ouvir que Jesus era o “Cordeiro de Deus” (v. 36) entendeu claramente o significado daquela afirmação como sendo indicativo claro de que o Senhor era o Messias prometido e aguardado. Diante de tão grande revelação, pela fé, decidiu seguir a Jesus (v. 37) e tornou-se seu discípulo. De João Batista havia aprendido que Jesus era maior: “Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca (v. 27). O mestre João não era Elias, nem qualquer outro profeta ressurgido, ele não era o Cristo, mas “a voz do que clama no deserto” (v. 23) preparando o caminho para o Mestre dos Mestres, “o Verbo” que “se fez carne, e habitou entre nós” (v. 14). Foi a seu respeito que João ensinou, dizendo: “Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu” (v. 15).

João desempenhou muito bem seu papel. André aprendeu sobre Jesus em sua escola; era um homem ‘ensinável’, de coração e mente aberta para a verdade. Por isso, ao ver o Mestre logo quis segui-lo. Mais tarde, conforme narrativa de Mateus, o Senhor encontra André e seu irmão Simão trabalhando (eram pescadores) e os chama, e “eles, deixando logo as redes, seguiram-no” sem hesitação (Mateus 4:20). Largaram tudo, deixaram sua profissão, sua casa, seu lugar e tudo mais. Uma atitude tão radical demonstra que eles entenderam a grandeza do que estavam fazendo. Não foi um “salto no escuro”, mas uma decisão sábia, tomada com base no entendimento inequívoco de quem era o que lhes chamava.

Como André devemos ser ouvintes atenciosos e ensináveis; devemos ter mente e coração abertos para a Verdade que é Cristo, bem como disposição para segui-lo e servi-lo independente das coisas que tenhamos que deixar para trás. Aprender aos pés do Mestre e vivenciar seus ensinos deve ser o nosso projeto de vida, servi-lo deve ser a nossa missão, e amá-lo deve ser a nossa vocação. Cristo deve ser tudo em nós, pois somos dele e para ele!

A SUPREMACIA DE CRISTO


Pr. Cleber Montes Moreira


“Não está aqui, mas ressuscitou...” (Lucas 24:6)


O túmulo está vazio,
Cristo ressuscitou,
Os ídolos estão mortos,
Mas vivo está o meu Senhor!


A manhã gloriosa da ressurreição evidencia a singularidade do cristianismo e sua supremacia sobre as religiões. Nós cristãos servimos ao Deus vivo, àquele que se fez carne, habitou entre nós, se entregou para ser morto em nosso lugar na cruz, mas ressurgiu e vivo está. O túmulo vazio é o maior argumento da fé cristã e, ao mesmo tempo, o maior problema para qualquer sistema religioso. Todos os deuses e ídolos dos povos foram vencidos pela morte e nada podem fazer por quem neles crê. Enquanto Cristo está à destra do Pai e intercede por nós (Romanos 8:34), os demais deuses ou existem apenas no imaginário humano, ou estão sepultados, ou enfeitando grutas e catedrais sem poder para ajudar àqueles que lhes dirigem suas preces. O Cristo se relaciona conosco, mas os outros deuses “são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta” (Salmos 115:4-7). Mesmo os servos do passado não podem interceder pelos vivos, “porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5), bem como “não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12 – NVI). Cristo está acima de tudo e de todos, de forma que o cristão pode, como Maria, dizer: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador” (Lucas 1:46,47).

Meu Deus está vivo, e o seu? Meu Deus está nos céus de onde virá para me buscar; e o seu, onde está? Meu Deus se relaciona comigo: me vê, me ouve, fala, orienta, expressa seu amor e demonstra seus cuidados por mim; e o seu, o que faz?

EM ESPÍRITO E EM VERDADE… TAMBÉM EM QUANTIDADE!


Pr. Cleber Montes Moreira


“Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:47)


Certa irmã sempre orava assim: “Que nossa igreja cresça não em número, mas em Espírito e em Verdade.” A cada vez que era convidada para orar repetia a mesma frase, como por um ato automatizado e, certamente, inconsciente. Sua oração feria meus ouvidos e, imagino, entristecia a outros irmãos que sonhavam com o crescimento da Congregação. Como imaginar que uma igreja que cresce “em Espírito e em Verdade” não experimente, como consequência de seu crescimento qualitativo, também o crescimento quantitativo? E como fica a visão do “Ide”, conforme Mateus 28:18-20, que consiste em “fazer discípulos de todas as nações”? E a compreensão de que fomos escolhidos e designados para frutificarmos, conforme João 15:16? Orar como aquela irmã seria o mesmo que pedir a Deus para que um filho crescesse emocionalmente, intelectualmente, mas não em estatura física, o que seria uma anomalia.

O crescimento numérico não deve ser a obsessão da igreja, mas resultado natural do modo de vida dos salvos e de sua obediência a Deus no cumprimento de sua missão. É normal que um corpo saudável experimente crescimento natural e equilibrado, que varia conforme seu contexto.

A oração da irmã era fruto de sua ignorância, e não resultado de zelo e maturidade. É bom lembrar que foi Jesus quem disse: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, ESSE DÁ MUITO FRUTO; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5 – grifo do autor). Embora “muito fruto” nos remeta à natureza e qualidade da vida cristã – Cristo vivendo em nós – espera-se da videira que frutifique segundo a sua espécie, e a contento.

Mesmo diante de fatores externos e internos que atrapalham o crescimento das igrejas, digo considerando as igrejas sérias e fiéis à Bíblia, nossa oração, modo de viver e trabalho deve ser no sentido de que a experiência ocorrida no princípio seja também vivenciada pela igreja deste tempo: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2:47). Observe que “todos os dias” indica uma ocorrência corriqueira e não esporádica. Importa ainda considerar que não se tratava de um crescimento por “inchaço” ou “adesões”, mas pelo ingresso de vidas verdadeiramente salvas.

Oremos pela igreja. Oremos por sua edificação. Oremos pelo seu crescimento. Oremos e trabalhemos, para que nossa postura não seja apenas contemplativa, mas de engajamento. Afinal, estamos ligados à Videira.

1. Você tem o hábito de orar por sua igreja?
2. Quando você intercede por sua igreja, o que você pede?
3. Para você o que é dar “muito fruto”?
4. De que forma você tem cooperado para o crescimento de sua igreja?

“E EU PROFETIZEI...”


Pr. Cleber Montes Moreira


E eu profetizei conforme a ordem recebida. E, enquanto profetizava, houve um barulho, um som de chocalho, e os ossos se juntaram, osso com osso.” (Ezequiel 37:7 – NVI)


Desperta-me atenção a palavra dita por Ezequiel “E eu profetizei conforme a ordem recebida”, e não segundo sua iniciativa e vontade. Ele o fez por obediência a Deus, e não porque entendeu que deveria fazê-lo. Ele não fez de seu “achismo” ou vontade “Palavra de Deus”, mas recebeu do alto a mensagem que deveria proferir e foi guiado pelo Santo Espírito: “A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos… Então ele me disse: "Profetize a esses ossos e diga-lhes...” (Ezequiel 37:1,4).

O problema de certos profetas de hoje é falar por conta própria, é confundir sua voz interior, seus desejos e até interesses com a voz de Deus e falar sem autorização aquilo que não lhes foi ordenado. Eles dizem “Eu profetizo” e não “profetizei conforme a ordem recebida”. Eles ignoram a palavra dada por intermédio de Pedro, que diz: “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, POIS JAMAIS A PROFECIA TEVE ORIGEM NA VONTADE HUMANA, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20,21– grifo do autor).

Aqueles que não falam impelidos pelo Espírito Santo, nem segundo as Escrituras, são falsos profetas e cometem abominação: “Então o Senhor me disse: ‘É mentira o que os profetas estão profetizando em meu nome. EU NÃO OS ENVIEI NEM LHES DEI ORDEM NENHUMA, NEM FALEI COM ELES. Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes’” (Jeremias 14:14 – grifo do autor). Estes ‘profeteiros’ não podem dizer “eu profetizo conforme a ordem recebida”, “eu falo em nome de Deus”, sem que mintam mais uma vez. Pense nisso!

A ‘GRAÇA’ QUE TOLERA O ERRO É DESGRAÇA


Pr. Cleber Montes Moreira


“Comenta-se por toda parte que há imoralidade sexual em seu meio, imoralidade que nem mesmo os pagãos praticam. Soube de um homem entre vocês que mantém relações sexuais com a própria madrasta. Como podem se orgulhar disso? Deveriam lamentar-se e excluir de sua comunhão o homem que cometeu tamanha ofensa.” (1 Coríntios 5:1,2 – NVT)


Por causa de sua visão distorcida sobre a graça a igreja em Corinto tolerava o pecado em seu seio. E isso fazia com certo orgulho. Da mesma forma hoje, algumas igrejas, sob o viés de uma nova interpretação das Escrituras e a pretexto de amor e misericórdia, deixaram de cumprir a disciplina bíblica e adotaram uma postura de ‘tolerância’ e ‘inclusão’ que dá aos membros a liberdade de conservarem certas práticas pecaminosas. Alguns chamam isso, equivocadamente, de ‘resiliência’. Na verdade trata-se de falsa espiritualidade que, com aparência de piedade, nada mais é que conformação com os padrões sociais vigentes, o que chamamos de ‘mundanismo’ ou ‘secularismo’. Muitas igrejas locais, levadas por essa visão errada de cristianismo, passaram a estabelecer “novos diálogos” sobre certos temas como o aborto, a aceitação de homossexuais na membresia, a relação da igreja com movimentos e ideologias político-sociais etc. Em decorrência disso cresce, cada vez mais, o liberalismo em meio aos ditos evangélicos.

Assim como em Corinto, já não há tristeza quando o pecado se estabelece em meio aos crentes mas, ao contrário, uma ostentação do que entendem ser um cristianismo cheio de “graça” e acolhedor. Não importando mais o arrependimento, todos são chamados como estão, sem necessidade de qualquer mudança ou transformação, para a comunhão com um deus tolerante e perfeitamente moldado para atender, sob medida, aos anseios dos que ‘sofrem’, principalmente das minorias. Assim, pecadores não transformados devassos, idólatras, maldizentes, alcoólatras, exploradores, corruptos etc. (v. 11) sentam-se à mesa da comunhão e comem para a sua própria condenação não discernindo o caráter do Corpo de Cristo.

Paulo encerra sua exortação dizendo: “Portanto, eliminem o mal do meio de vocês” (v. 13 – NVT), ou “Tirai pois dentre vós a esse iníquo” (ACRF). A ‘graça’ que tolera o erro é desgraça! Quando o assunto é pecado, não deve haver tolerância nem diálogo. A disciplina é ensino bíblico, e deve ser cumprida com amor e zelo, do contrário o fermento do mal contaminará toda a massa.
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