“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” (1 Timóteo 3:2 – grifo do autor)
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Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
Num site gospel de fofoca, uma matéria trata do divórcio e novo casamento de um pastor influente: após divorciar-se da companheira com quem esteve casado por 35 anos, apresentou ao público sua nova esposa, que também é pastora. Um outro pastor foi acusado de ter um caso amoroso com a secretária da igreja, coisa que negou veementemente. Algum tempo depois ele acusou a própria mulher de adultério, pediu o divórcio e contraiu núpcias com aquela mesma secretária. Outro, em pleno exercício do Ministério Pastoral, casou-se por três vezes. Um crente que, ao longo de sua “vida cristã” já está em seu quarto relacionamento conjugal, uma união estável e três casamentos, é consagrado ao Ministério da Palavra sem qualquer dificuldade. Relatos de escândalos sexuais, divórcios e (re)casamentos de pastores já não são incomuns. A banalização do casamento já não é exclusividade de uma sociedade sem o temor de Deus, mas prática tolerada em meio aos ditos evangélicos e, infelizmente, entre líderes espirituais, se é que assim podem ser chamados.
Marido de uma mulher é diferente de marido de duas, três, quatro. O texto bíblico é claro e não há que se desenhar. Embora alguns advoguem que a recomendação seja contra a poligamia, esta é uma interpretação errada (talvez conveniente), pois qualquer que quebra os votos matrimoniais já não pode cumprir a exigência bíblica para o episcopado, além de violar várias outras: o pastor que banaliza o casamento deixa de ser “o exemplo dos fiéis” (1 Timóteo 4:12), de ser “irrepreensível”, de ter vida e autoridade para ensinar e aconselhar, de estar em condições para proferir votos conjugais para noivos, de pregar em defesa da união conjugal, de apresentar-se perante Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar (2 Timóteo 2:15) e, em consequência disso, de estar apto para pastorear.
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