"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele." (Gênesis 2:18)
Pr. Cleber Montes Moreira
Certa vez um blogueiro criou uma campanha inusitada para troca de abraços virtuais. A propaganda era: “Receba aquele abraço gostoso sem sair do seu computador.” Mas, eu pergunto: você prefere um abraço virtual ou um abraço real? Qual é mais quentinho e gostoso? Você se satisfaria apenas com afetos virtuais? Isso satisfaria seu cônjuge? Satisfaria seus filhos? Satisfaria seus amigos? Já um outro site apresentou um projeto em que alguém, ao acessá-lo, pode conversar com uma pessoa virtual; o robô está programado para interagir e responder perguntas dos internautas. Fui conferir, e as respostas são inexatas e confusas, e mesmo que fossem exatas e inteligentes, jamais trocaria uma pessoa de verdade por um ‘robot’. A BBC Brasil publicou, em agosto de 2017, uma matéria intitulada: “Filho cria robô virtual com a personalidade do pai para conversar com ele após sua morte”[1] — Isso não é apenas incomum, é um quadro sintomático; a solidão pode consistir numa doença desencadeadora de outras enfermidades, inclusive depressão. Uma pesquisa americana, de 2015, concluiu que “viver sozinho e isolar-se socialmente pode ser tão perigosos para a saúde quanto ser obeso ou viciado em drogas”[2]. Há até sites que oferecem ao internauta a possibilidade de conversar com uma “namorada virtual” — Que coisa mais sem graça, não?!
Os relacionamentos virtuais, embora possam em algum sentido produzir certos benefícios, jamais compensarão os relacionamentos com base no contato, e as soluções humanas para a solidão nunca substituirão aquela dada por Deus: O Senhor viu que Adão estava só e criou para ele uma esposa. Ele não lhe deu um smartfone, ou um computador, não fez para ele um robô virtual, mas uma mulher de carne e osso. E o homem, vendo a mulher, jubiloso, disse: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada” (Gênesis 2:23).
No comentário Bíblico Moody [3] lemos: “Criado para a comunhão e o companheirismo, o homem só poderia desfrutar inteiramente da vida se pudesse partilhar do amor, da confiança e da devoção no íntimo círculo do relacionamento familiar.” Só uma pessoa próxima pode suprir eficazmente a carência afetiva do outro. Nada substitui o casamento, nada substitui a família, nada substitui a convivência com pessoas reais, que dialogam, que se importam umas com as outras e que trocam afetos. É por isso que Deus disse “Não é bom que o homem esteja só”, e tratou para que ele vivesse em família.
1 http://www.bbc.com/portuguese/geral-40792032 (acessado em 30 de abril de 2018)
2 https://www.revistaplaneta.com.br/a-doenca-da-solidao/ (acessado em 30 de abril de 2018)
3 PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody, Volume I, Editora Batista Regular
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