A mentira pode ter “pernas curtas” ou longas, mas, ao contrário da verdade, o seu fim está decretado
Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
Há muita gente hipócrita criticando a “hipocrisia” dos outros. É notório que há hipocrisia no meio evangélico, assim como havia entre os religiosos judeus denunciados por Jesus (Mateus 15:7; 22:18 etc.), bem como sempre houve, há e haverá em todos os setores da sociedade. Porém, os hipócritas de hoje, longe do exemplo e da autoridade de Jesus, chamam hipócritas todos os que destoam de suas convicções, principalmente no campo político-ideológico. O seu modus operandi consiste em inverter a realidade: distorcem fatos, e utilizam aquela velha tática de acusarem os outros daquilo que eles fazem, e chamá-los do que são. É usando esta antiga estratégia que os hipócritas modernos rotulam de hipócritas, intolerantes, preconceituosos, racistas, fascistas, misóginos etc., seus discordantes, enquanto encenam defender minorias, lutar por justiça, liberdade, igualdade e militar pelo respeito a diversidade. Desavergonhadamente, atribuem aos outros características de seu próprio caráter e comportamentos que lhes são peculiares, enquanto afirmam militar por aquilo que na prática contraria sua própria ideologia. Dizem defender a vida, mas querem a descriminalização do aborto, e negam o direito do cidadão de defender sua vida, sua família e propriedade, dentre outras coisas. Discursam em defesa da mulher enquanto exaltam feministas de sovacos peludos que exibem seus seios, defecam e urinam em público reivindicando “liberdade” e “direitos”. Dizem defender o pobre, o trabalhador, enquanto militam na política ao lado dos que dilapidam o erário causando o caos nos serviços públicos por falta de dinheiro; matando pessoas de fome, sucateando a saúde, a segurança, a educação e a economia. Proferem discursos eloquentes em favor das crianças, enquanto lutam para implantar nas escolas a ideologia de gênero, defendem exposições de “arte” em que os pequeninos são expostos à nudez ou mesmo incentivados a tocarem em corpos de “artistas” nus, dentre outras coisas. Falam sobre família, mas produzem textos, Projetos de Leis, fazem propagandas e apoiam campanhas contrárias aos valores basilares da sociedade. Falam contra a intolerância religiosa, mas exaltam um transexual “pregado” numa cruz em plena parada LGBT, ofendendo milhares de cristãos. Defendem o “Estado Democrático de Direito”, mas são insurgentes, advogam em favor de invasores de terras rurais e propriedades urbanas, e quando vão para as ruas se manifestarem por sua “causa” vandalizam patrimônios privados e públicos. Defendem o meio ambiente, falam contra o uso de agrotóxicos, mas queimam pneus em suas manifestações, derrubam plantações nas fazendas que invadem, lutam pela descriminalização da maconha e se calam diante do uso escancarado de drogas dentro das universidades. Adoram falar de democracia e direitos humanos, mas exaltam governos totalitários (defendem ANTIFAS). Reclamam liberdade de imprensa, mas lutam pelo controle e cerceamento da mídia sob pretexto de “marco regulatório” — um nome pomposo para um projeto maquiavélico. Falam de paz, mas são truculentos. Para eles, alguns criminosos, inclusive homicidas, são “perseguidos políticos”. São eles os que apregoam a “descolonização” política, cultural e religiosa, mas procuram aliciar novos “colonos” de sua ideologia. Na verdade, eles que necessitam ser descolonizados (João 8:32,36).
Eles são os que “chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo […]. São sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” (Isaías 5:20,21 — NVI); têm aparência de gente piedosa, mas, na prática, são impiedosos (2 Timóteo 3:5).
Eles defendem o amor — todas as formas de amor, mesmo aquelas que de amor nada tem —, pregam a tolerância e o respeito a diversidade, gritam alto que “o amor vence o ódio”, mas agridem todos os que ousam crer, pensar, falar e ser diferente; querem impor aos outros o seu próprio padrão. Estão entre eles aqueles que em 2019, nas redes sociais, picharam o logo da Convenção Batista Brasileira com a palavra “racista”, tentando colar na CBB a sua própria imagem. Foram infelizes, não grudou. É sempre assim: a mentira pode até usar as roupas da Verdade, mas no final é a Verdade que prevalece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário