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Pr. Cleber Montes Moreira
“Mas o Espírito expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios.” (1 Timóteo 4:1)
Paulo não se referia a pessoas alheias à vida da
igreja, mas àqueles que em sua realidade se desviariam pelo caminho
do engano. Observem o que ele diz em 2
Timóteo 4:3,4: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os
ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” Não
é novidade que pessoas estejam buscando um evangelho que lhes traga
comodidade, benefícios e satisfação neste mundo.
Em nenhum outro tempo houve tantos falsos mestres,
constituídos nas igrejas, segundo a conveniência do povo, para
pregar aquilo que agrada a plateia. Essa gente levou para os templos
a filosofia, a palavra de autoajuda, o evangelho fácil e
conveniente, os sermões politicamente corretos, os louvores
antropocêntricos, o entretenimento, a arte… A sã doutrina foi
substituída pela ‘inteligência emocional’, a dependência
da ação de convencimento do Espírito Santo por recursos
‘neurolinguísticos’, o treinamento e a edificação dos
crentes na Palavra pela teologia do ‘coaching’.
As pessoas estão cheias de muita coisa, mas
vazias de Deus. Elas estão encontrando contentamento temporal num
evangelho desprovido da cruz, que não lhes exige nada: nenhuma
mudança, nenhum comprometimento com a missão, nenhum envolvimento
com o Senhor… podem até estar vivendo a experiência de um falso
avivamento. Em muitos casos esta espiritualidade enganosa é regada
por Campanhas, inclusive de oração, bem elaboradas, por uma
atmosfera emocional favorável, e pelo engajamento dos membros em
algum propósito alheio à missão da igreja.
Este é um tempo em que evangélicos sem o
evangelho elegem ídolos para si, que membros de igrejas são
atraídos por ‘malabaristas da palavra’, que
pessoas sem apetite pela verdade saem em busca de alguma novidade, e
que muitos se preocupam com o que Deus pode fazer por suas vidas, e
não em servir e ter contentamento no Senhor em toda e qualquer
circunstância. Querem o melhor de Deus, e não o próprio Deus. Fato
é que há igrejas – se é que tais instituições fazem jus ao
nome – que nunca precisaram tanto de arrependimento (Apocalipse
3:19). Pense nisso!
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