Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Eis
que estou à porta, e bato...” (Apocalipse 3:20)
Podia ser a porta de
uma residência, de um prédio comercial, de uma escola, de uma
instituição pública, de uma casa noturna, de um prostíbulo… Não
era uma porta física, com ferrolhos, nem com sofisticado sistema de
vigilância. Era uma porta da mente, do coração, da vontade, bem
trancada e com a chave do lado de dentro. Estava fechada de
propósito, e guardava em seu interior a indiferença, a soberba, a
falsa riqueza de quem era pobre, miserável e desgraçado. Ocultava
também a nudez de quem julgava estar bem vestido, e a cegueira de
quem pensava enxergar. A porta trancada escondia uma segurança
ilusória, o conforto de uma religiosidade hipócrita, um evangelho
falso, uma espiritualidade carnal… Naquele lugar muitos se
sentiam bem. É provável que ali egos fossem massageados, que
sermões e palavras doces fossem ouvidas, que pecadores inveterados
nunca fossem confrontados e “pecados de estimação”
jamais tratados. Talvez o amor fosse tema recorrente nos estudos,
sermões, cânticos e conversas, e que assuntos como pecado,
arrependimento, disciplina, doutrina etc., não fossem abordados para
não desagradar ninguém.
Talvez a comunhão fosse tratada com muito empenho, estrategicamente,
para manter a fraternidade entre pessoas com a mesma convicção e fé
morna ao ponto de ser indigesta para Aquele que tudo vê.
Lamentavelmente não
era uma porta de um lugar comum ou mesmo indesejável, onde o Cristo
não fosse bem-vindo. Era a porta de um corpo local, a porta da
Igreja de Laodiceia. Sim, a porta da igreja estava fechada para
aquele que deveria ser seu Senhor e Cabeça. Mas, o que é um corpo
sem cabeça, além de um amontoado de membros mortos? Assim é toda
igreja que fecha sua porta para Cristo. E, infelizmente, há
muitas Laodiceias em nosso tempo! Pense nisso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário