Pr. Cleber Montes Moreira
“Não somos como muitos que fazem da palavra de Deus um artigo de comércio. Pregamos a palavra de Deus com sinceridade e com a autoridade de Cristo, sabendo que Deus nos observa.” (2 Coríntios 2:17 – NVT)
Certa ocasião, ao passar em frente de um desses templos da prosperidade, observei com atenção uma foto em tamanho real do bispo, líder máximo daquela denominação, colocada antes da porta principal de entrada. Ele estava de terno escuro, com as mãos nos bolsos, ar sereno e sorridente. O detalhe que despertou-me atenção é que alguém havia colado em seus bolsos algumas réplicas de notas de real, simulando que estavam transbordando de dinheiro. Sem julgar aqui a intenção de quem fez aquilo, a cena poderia valer como uma advertência aos mais ingênuos sobre a verdadeira intenção daquele “profeta” – o dinheiro, e não a pregação do evangelho! – Estes falsificadores da Palavra estão por todos os cantos, expandindo seus negócios, abrindo novas “igrejas” aqui e acolá, em alguns casos construindo verdadeiros impérios. Alguns conseguiram ocupar horários em rádios e TVs, criaram periódicos, tornaram-se donos de veículos de comunicação etc. Há “empresários da fé” de todo tipo, desde os que alugam pontos de comércio em bairros, até os que constroem catedrais e expandem seu “negócio” para além do Brasil.
Na época de Paulo também haviam, como há hoje, os “revendedores ambulantes”, ou seja, aqueles que faziam da Palavra de Deus um “artigo de comércio” (NVT), os “falsificadores da palavra” (ARCF), negociadores (NVI), cujo interesse não era expandir o Reino de Deus, mas lucrar com o “comércio da fé”. Eles não levam em conta a Palavra, não acreditam nela, são ateus inconfessos, dissimulados, enganadores, usurpadores e, como qualquer ateu, não temem o juízo divino.
A diferença entre os verdadeiros e os falsos profetas é simples: Os verdadeiros profetas, ao contrário dos falsos, não negociam a palavra de Deus visando lucro ou qualquer outra vantagem, mas falam com sinceridade e verdade, tendo a consciência de que, como enviados de Deus, estão à vista daquele diante do qual comparecerão para prestar contas de sua mordomia.
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