"Ética do amor" versus Ética Cristã | Pastor Cleber
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"Ética do amor" versus Ética Cristã



Pr. Cleber Montes Moreira

“Aqueles que são dominados pela natureza humana pensam em coisas da natureza humana, mas os que são controlados pelo Espírito pensam em coisas que agradam o Espírito.” (Romanos 8:5 ― NVT)


A Teologia Inclusiva proclama um falso evangelho, fundamentado e pautado no amor ou, pelo menos, no seu entendimento hodierno. O pastor Henrique Vieira, autor do livro “O amor como revolução”, em postagem no Facebook defendeu a necessidade de “uma teologia centrada no Amor, no acolhimento, no respeito e na integridade”. Ele propõe “abordar a sexualidade a partir da ética do amor, da responsabilidade afetiva, do consentimento e da reciprocidade”. Por fim, conclui que “é preciso pedir perdão às LGBTs e afirmar que do ponto de vista bíblico e existencial o pecado é não amar”. Ou seja, o amor é a única doutrina, e o único pecado é “não amar”. Tudo é lícito, menos não amar. Segundo ele, os textos que tratam sobre pecados sexuais precisam, ser revistos: “A Bíblia precisa ser contextualizada. Os textos não podem ser transportados automaticamente. Não havia no tempo bíblico a compreensão que temos hoje sobre orientação sexual e gênero. Os textos que interditam à homossexualidade tem muito mais referência cerimonial e litúrgica do que uma reflexão sobre a sexualidade humana. O filtro da leitura bíblica é a centralidade de Jesus e a ética do amor”, afirmou.1

A pastora Odja Barros, expoente deste pensamento, disse num encontro que os valores da sociedade “não caem do céu”, mas “são produzidos por diferentes grupos sociais”, inclusive os valores sexuais.2 O movimento que ela representa propõe uma “reimaginação” das Escrituras e da Igreja. A Igreja Batista do Pinheiro, pastoreada por Odja e seu esposo Wellington Santos, hoje desligada da CBB, quando decidiu em assembleia receber homossexuais em sua membresia, justificou-se publicamente com estas palavras: “O que a Igreja Batista do Pinheiro fez, revela que, mesmo não tendo todas as respostas para a questão da homossexualidade na Bíblia ou na doutrina histórica, decidimos seguir o caminho do amor.”3 É o “caminho” ou a “ética do amor”, e não a Verdade, o referencial para a tomada de decisões, embasamento doutrinário e reimaginação de toda estrutura considerada arcaica, injusta e opressora.


Ética e Moral:

A palavra “ética” vem do grego “ethos” e diz respeito ao modo de ser e de agir da pessoa, com base em seu caráter, comportamento e pensamentos em relação ao seu convívio social. Já a palavra “moral” tem origem no latin “morales” que significa “relativo aos costumes”. Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.4

Compreendemos por ética cristã o sistema de valores estabelecidos a partir da Palavra de Deus, e que servem como padrão normativo e norteador da conduta (moral) cristã. (Josué 1:7,8; Salmos 1; 119:9,11; Romanos 12:2, Colossenses 3:1-25; 1 Coríntios 10:23; Efésios 5:1-33)


“Amor libertário”, ou Verdade que liberta?

Para os teólogos inclusivos os assuntos relacionados ao comportamento humano devem ser abordados não a partir da interpretação histórica machista”, “opressora” e “interditiva” da Bíblia, mas da “ética do amor”. Eles pregam um “amor libertário” que autoriza uma vida sem princípios doutrinários normativos em que a única regra é o “amor”. Segundo eles, “no que é feito com amor, não há pecado”. Há até quem proclame: “Liberte-se! O pecado não existe!” É a partir deste raciocínio que as igrejas inclusivas afirmam sua vocação “acolhedora” universalista:5 “amamos, respeitamos e acolhemos a vida em toda sua diversidade e pluralidade. E não seria Deus assim, em sua multiforme graça?”6

Esta teologia desconsidera que “O coração humano é mais enganoso que qualquer coisa e é extremamente perverso; quem sabe, de fato, o quanto é mau? (Jeremias 17:9). Quem segue o “amor” é movido por paixões e cai em laços, pois o coração humano é enganoso. Quem é de Cristo segue a Verdade, e já crucificou suas paixões e os desejos de sua natureza humana (Gálatas 5:24). O ‘amor inclusivo’ é orientado pela carne, é libertino, é escravizador (João 8:34). Só a Verdade é libertária (João 8:32), e esta Verdade é Cristo, é Sua Palavra, é Sua doutrina! Paulo nos exorta: “Não deixem que o pecado reine sobre seu corpo, que está sujeito à morte, cedendo aos desejos pecaminosos” (Romanos 6:12). Leia Romanos 6:1-23; Colossenses 3:5 e Gálatas 5:16. Quem segue o “amor” anda na carne. O que é verdadeiramente livre anda no Espírito, e segue a Verdade em Amor (Efésios 4:15).


Uma teologia bibliocêntrica para uma fé cristocêntrica:

A “teologia do amor” — amor egoísta, hedonista, suscetível — fundamentada num falso “evangelho”, produz um tipo de “fé” que desencadeia nas sociedades inclusivas uma ética e uma moral relativista, uma vez que a Bíblia passa a ser reduzida e ressignificada para atender as demandas de uma clientela que procura satisfazer a carne.

A verdadeira Teologia busca compreender Deus como revelado na Escritura Sagrada. É partir deste conhecimento — ainda que limitado, uma vez que o Eterno não pode ser ‘dissecado’ — que se dá exclusivamente pela iluminação da mente pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2:14), que o cristão desenvolve uma fé cristocêntrica e por ela norteia seu viver: seu fundamento é a Palavra, seu andar é segundo a direção do Espírito, seu modelo e alvo é Cristo. (Gálatas 5:16,25; Efésios 4:13; 1 Coríntios 11:1; Efésios 5:1; 1 Tessalonicenses 1:6; Filipenses 3:17)

Enquanto a pregação inclusiva produz uma “fé” centrada no homem, que legitima seus anseios carnais, a exposição fiel das Escrituras gera filhos de Deus (1 Pedro 1:23). Por isso que precisamos cada vez mais de uma teologia centrada na Bíblia, que esteja presente nos seminários, nos púlpitos, nas classes de EBD, nos lares e onde mais que a Palavra seja examinada e ensinada. Não é o tal “amor”, mas a proclamação do evangelho que contrapõe o mundo, que faz brilhar a luz na escuridão, e revela ao perdido a Verdade que liberta.


Reflita:

Os salvos não se orientam pela lógica da “ética do amor”, não se curvam ao padrão vigente na sociedade. Eles são guiados pelo Espírito e têm a Bíblia como sua regra de fé e prática. Não se amoldam ao mundo, mas andam de modo digno do Senhor. (Leia Filipenses 1:27; 2:25; Efésios 5:15; Colossenses 2:6)
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2 https://www.youtube.com/watch?v=3bmDnYNhuCY a partir do minuto 5. (acessado em 23 de maio de 2019)
4 Fontes de Pesquisas:
Iwata, Claudete Cristina. O Papel Legal do Gestor Imobiliário, página 52, Maringá-PR, UniCesumar, 2016.
5 Universalismo é a doutrina teológica que afirma que “todos os seres humanos, anjos e o próprio Satanás acabarão sendo salvos e desfrutarão eternamente do amor e da presença de Deus para sempre” (HORTON, p. 803). http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/152/o-perigoso-universalismo-pregado-pelo-irmao-ed-rene-kivitz.html (acessado em 23 de maio de 2019)
6 Comunidade Batista SG. https://www.facebook.com/CBSG2/posts/601031470408765 (acessado em 23 de maio de 2019)

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