“Novo Normal”: a serpente e a velha “Nova Ordem” | Pastor Cleber
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“Novo Normal”: a serpente e a velha “Nova Ordem”

O “Novo Normal” é a negação do normal estabelecido por Deus, dos ensinos e valores bíblicos, da liberdade e da vida; é a velha mentira contada pela antiga serpente com o nome pomposo de “Nova Ordem” e sob a propaganda de que “é para o seu bem”

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Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira


Você já deve ter escutado que “depois da pandemia o mundo não será o mesmo”. Esta afirmação nos remete a outra expressão em alta: O “Novo Normal”, que sugere uma nova realidade pós-pandemia.

A expressão “Novo Normal” teria sido cunhada por Mohamed El-Erian, empresário egípcio americano, conselheiro econômico principal da Allianz, a controladora corporativa da PIMCO, onde atuou como CEO e codiretor de investimentos. Segundo matéria de Octavio de Barros, colunista de O Valor Econômico, Mohamed El-Erian publicou em 2009 um artigo em que trata do conceito da economia operando em um modelo chamado de “novo normal” (“A new normal”, Mohamed A. El-Erian, “Secular Outlook”, maio 2009), referindo-se à situação da economia global após a crise de 2008.1 Com a pandemia do novo coronavírus, a expressão ganhou força e passou a ser tema constante nos debates, noticiários, blogs e redes sociais, inclusive nos meios religiosos. Segundo Maria Aparecida Rhein Schirato,2 o “Novo Normal” consiste na “proposta de um novo padrão que possa garantir nossa sobrevivência.”3

Em artigo intitulado “Um novo normal?”, Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), afirmou: “Agora é a hora de olhar mais de perto esse novo normal e começar a tarefa de torná-lo um normal melhor, não tanto para aqueles que já têm muito, mas para aqueles que obviamente têm muito pouco.”4 No site da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Brasil, lemos: “‘Um novo normal’: ONU estabelece roteiro para estimular economias e salvar empregos após COVID-19”. O artigo trata do lançamento de um documento com “novas diretrizes para apoiar os países na recuperação social e econômica, criando uma nova economia e mais empregos depois da pandemia da COVID-19”, e alerta que não haverá retorno ao “antigo normal”, ao mesmo tempo em que “pede apoio internacional e compromisso político para que todas as pessoas tenham acesso a serviços essenciais e proteção social”.5 O documento trata, com maior “atenção”, de grupos considerados vulneráveis, como mulheres negras, LGBTs e outras “minorias”; um documento com viés ideológico.

O “Novo Normal” está sendo implementado aos poucos, sem que a maioria perceba, e a pandemia é apenas uma oportunidade na construção de uma “Nova Ordem”. Os acontecimentos mais recentes comprovam isso. A ONU retomou seu discurso sobre um projeto de “governança global”. A proposta de criação de um governo mundial não surgiu agora, em função da pandemia, mas o coronavírus colocou o tema novamente em pauta. Faz tempo que líderes religiosos e políticos discorrem sobre a necessidade de um “governo mundial”. Em 2009 o papa Bento 16 já pedia uma “autoridade política mundial” para ordenar e regular as economias nacionais.6 Já o papa Francisco, tratando sobre “mudanças climáticas” em 2019, em carta dirigida aos bispos católicos, afirmou a necessidade de um novo sistema de governo global.7 O “Novo Normal” implica mudanças além do campo da política e da economia, afetando toda a estrutura social. Comportamentos e valores estão sendo revisados. Não se trata apenas de “fique em casa”, mas de cerceamento. Não se trata de usar ou não máscaras (e não trato aqui da eficácia ou não delas), mas de mordaça. Temo que depois das máscaras e da mordaça tentem nos impor uma ‘burca ideológica’. Na verdade caminhamos pra isso. O controle das mídias e a suspensão de contas nas redes sociais por ordem do STF, A CPMI das Fakes News e a conversa sobre “abuso de autoridade religiosa” indicam claramente para onde querem nos levar.

O “Novo Normal” ressignifica conceitos, impõe um padrão ao pensamento, e estabelece um novo código de valores que afeta drasticamente as estruturas conservadoras. Na era do “Novo Normal”, grupo que queima a bandeira nacional é considerado pela grande mídia como “manifestantes pró-democracia”, enquanto quem ostenta a mesma bandeira, com respeito e orgulho, é considerado fascista. A justiça manda soltar criminosos de alta periculosidade, por causa da Covid-19, e prende cidadãos de bem em casa, durante suas caminhadas, em bancos de praças etc., desrespeitando o direito constitucional de ir e vir. A PM é proibida de fazer operações nas “comunidades”, mas os traficantes podem transitar livremente, inclusive ostentando armas e promovendo festas. Ônibus e metrôs podem andar abarrotados, mas as reuniões religiosas ou estão proibidas ou com restrições. Lares e templos são invadidos, mesmo não havendo aglomerações, mas a PF não pode cumprir mandatos de busca e apreensão em residências ou escritórios de quem é protegido pelo ‘sistema’. Quem defende a vida é chamado de genocida, mas quem desvia recursos destinados ao combate da pandemia tem proteção do ‘Supremo’. Vacina chinesa é bem-vinda, enquanto, contrariando a classe médica e os resultados já comprovados, a Hidroxicloroquina e a Ivermectina agora só podem ser vendidas com receita médica, isso quando não são negadas aos doentes por políticas de prefeitos e governadores. Este “Novo Normal” estabelece que pai tem útero, que mulher tem pênis, que ciência só vale se for alinhada ao “pensamento”, que branco militante tem alma negra, e negro de direita é branco, que vidas negras/LGBTs/indígenas/femininas etc. importam, desde que sejam de esquerda e possam ser utilizadas como instrumentos de militância. No “Novo Normal” quem não rouba nem deixar roubar é punido. E não se esqueça da “profecia” que diz: “O crime de pensar não implica a morte. O crime de pensar é a própria morte” (George Orwell, 1984, Companhia das Letras, 2009) — penso que ela está se cumprindo.

O “Novo Normal” teve início no Éden com a promessa de que “certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:4,5). Os resultados afetaram toda a criação, e o “Novo Normal” constituiu-se na existência separada do Criador, fora do paraíso, cheia de aflições e condenada a morte. Hoje a velha serpente diz: “É para o seu bem”.

O “Novo Normal” é a negação do normal estabelecido por Deus, dos ensinos bíblicos, da liberdade e da vida; é a velha mentira contada por Satanás com o nome pomposo de “Nova Ordem”. Esteja atento, ainda hoje o pai da mentira continua oferecendo sua filha em casamento.


1 https://valor.globo.com/eu-e/coluna/o-novo-normal.ghtml (acessado em 20 de julho de 2020)

2 Maria Aparecida Rhein Schirato é Doutora e Mestra pela Universidade de São Paulo, docente do Insper desde 2008, com experiência em Consultoria e Gestão de Conflitos, Modelos de Gestão, Desenvolvimento de Liderança e Treinamentos Comportamentais. É diretora da Rhein-Schirato Consultores Associados há 30 anos. Possui formação em Filosofia, Psicologia e Psicanálise e é autora de livros e artigos ligados à sua área de especialização.

3 https://www.insper.edu.br/noticias/novo-normal-conceito/ (acessado em 20 de julho de 2020)

4 https://nacoesunidas.org/artigo-um-novo-normal/ (acessado em 20 de julho de 2020)

5 https://nacoesunidas.org/um-novo-normal-onu-estabelece-roteiro-para-estimular-economias-e-salvar-empregos-apos-covid-19/ (acessado em 20 de julho de 2020)

6 http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1221450-5602,00-EM+NOVA+ENCICLICA+PAPA+PROPOE+AUTORIDADE+MUNDIAL+NA+ECONOMIA.html

7 https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/papa-francisco-afirmou-que-a-humanidade-precisa-de-um-lider-global

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