“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” (Romanos 1:21,22)
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Pr. Cleber Montes Moreira
Nestes dias tão conturbados querem nos proibir de pensar: autoridades constituídas, líderes religiosos e forças “ocultas” querem proibir qualquer pensamento e/ou expressão antagônica ao “novo moralismo” que tentam nos impor. Não é sem motivo que alguns se apresentam como “editores da sociedade”. Quem ousa desafiar tal proibição é “intolerante”, “hipócrita”, “fariseu”, “preconceituoso”, “racista”, “fascista”, “misógino”, “xenofóbico” etc. Palavras de ordem em defesa da desordem que querem instaurar.
Para ser aceito nesta nova sociedade você deve pensar fora da “caixinha”. Esta “caixinha” pode ser a Bíblia, uma tradição familiar, os bons costumes… Você precisa se libertar dessas “prisões”. Mas não saia por aí pensando por conta própria, isso é perigoso. Junte-se àqueles que te ajudarão neste novo processo de aprendizagem do “pensamento”. Por isso, ao sair da velha “caixa” você deverá entrar naquela que comporta outros valores — isso porque ninguém pensa fora da caixa, apenas escolhe a sua. Para ser livre você deverá vestir a camisa da ideologia e se juntar aos novos companheiros de militância. Nesta nova “caixinha” vigora uma cartilha onde você aprende que aqueles que pensam diferente são inimigos, e você deve enfrentá-los com suas novas armas. Se, por exemplo, aqueles que permanecem na velha “caixa”, sob os mesmos velhos argumentos, se manifestarem contra o aborto, diga que são “radicais” e “violentos”, e se for praticado por uma menina de apenas 10 anos (também vítima de violência), que é para proteger a vida dela (ainda que o aborto seja um risco maior). Explique que você não está defendendo o aborto, mas que neste caso ele é legal e necessário, que não se trata de feticídio pois o feto (mesmo com 22 semanas) ainda não tem consciência. Denuncie os médicos que se recusaram a aplicar a solução letal no pequeno corpo, diga que deveriam ser enquadrados por uma nova lei, a do “não exercício legal da profissão”, e exalte aqueles que cumpriram o seu dever em “defesa da vida” — mesmo que nenhuma vida precisasse ser sacrificada. Se disserem que “Deus é contra a matança de inocentes”, fundamente sua contra-argumentação no novo evangelho, fale sobre a “lei do amor”, cite os teólogos progressistas e discorra sobre os sagrados “direitos reprodutivos das mulheres”. Se insistirem, diga que servem a um “deus” intransigente, impiedoso, assassino… Se defenderem a família, acuse-os de “defensores da moral e dos bons costumes” — uma outra expressão para “caretas”, “antiquados”, “falsos moralistas” etc. Seu dever é sempre se opor a todo “discurso de ódio”. Mas fique tranquilo, o seu ódio não é ódio, só o deles.
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