Amor inclusivo | Pastor Cleber
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Amor inclusivo

Amar é ensinar o povo a deitar fora os seus falsos deuses, a abandonar seus pecados, a buscar a face de Deus, a se humilhar, a orar e a se desviar de seus maus caminhos (2 Crônicas 7:14). O amor verdadeiro é um convite ao arrependimento

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Imagem: Pixabay


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

“Vai-te, e não peques mais.”

(João 3:16; 8:11)

 

Pr. Cleber Montes Moreira

 

“Deus abençoa toda forma de amor”, foi o que disse uma pessoa que é apresentada como pastor, mesmo sem ter passado por um concílio e ter sido consagrada ao ministério pastoral. O amor está cada vez mais em moda. Um outro pastor, inclusivo, publicou em seu perfil, no Facebook: “Onde estiver o amor, ali estarei eu.

A base bíblica para isso é Deus é amor — como sempre, o texto é pretexto —. Porém, pergunto: o amor, do ponto de vista comum das pessoas, se coaduna com o amor de Deus? O amor que ama o pecador, mas não lhe avisa do perigo, é amor? O amor que convida para a igreja, contudo não versa sobre arrependimento, é amor? O amor que alardeia a inclusão no reino, como se alguém pudesse entrar para ele por uma janela arrombada, sem, todavia, vestir os trajes de santidade, é amor (Mateus 22:12)? O amor que convida “venha como está”, mas não ensina a Palavra que desencadeia a transformação, o novo nascimento, é amor?

O amor que considera o evangelho não como o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, mas o reimagina a partir da cultura, das lutas, do sofrimento, da vontade de um povo e o adapta para que se torne aceitável não é amor. O amor que entende a exigência da santidade como legalismo dos intolerantes e inculca nas mentes uma concepção de vida cristã dissociada dos valores bíblicos não é amor.

Amor é perdoar a adúltera e dizer “vai-te e não peques mais” (João 8:11). É curar um paralítico e adverti-lo dizendo: “não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior” (João 5:14). Amor é entrar em casa de um homem pecador, anunciar-lhe as boas novas de perdão e depois concluir que “hoje veio salvação a esta casa” (Lucas 19:9). Amor é chorar pela Jerusalém que apedreja e mata os profetas, aqueles mesmos que denunciavam o adultério espiritual do povo, e lamentar que seus moradores não deram ouvidos à Palavra e, por isso, serão julgados.

Praticar o amor é dizer a Verdade, sem adorná-la, sem diminuí-la, sem torná-la outra coisa, sem dizer que ela é o que não é, mas apresentá-la como está nas Sagradas Escrituras, ainda que isso não seja politicamente correto em nossos dias. Amor é ensinar o povo a deitar fora os seus falsos deuses, a abandonar seus pecados, a buscar a face de Deus, a se humilhar, a orar e a se desviar de seus maus caminhos (2 Crônicas 7:14). O oposto disso jamais será amor, e sim artimanha maligna para enganar pessoas, enredá-las e levá-las pelo caminho da perdição. Amor não é tornar a vereda cristã uma estrada larga e asfaltada, adorná-la à vista das pessoas, mas ensinar que “larga é a porta que conduz à perdição, e apartado o caminho que conduz à vida” (Mateus 7:13). O verdadeiro amor, praticado e ensinado por Jesus, visa não à adesão das pessoas a uma instituição religiosa, mas à conversão, à salvação e à inclusão no reino de Deus, reino de vida, reino de valores eternos, reino odiado pelo mundo. O amor chama do pecado, das trevas para a maravilhosa luz (1 Pedro 2:9) e ensina que luz e trevas não se comunicam, que não há harmonia entre Cristo e Belial, que não há acordo entre o santo e o profano, que o salvo não imita a conduta dos ímpios, nem pratica a idolatria, pois é santuário de Deus (leia Coríntios 6:14-18; Salmos 1).

Ah, o amor… “O amor é inclusivo”, dizem. Sim, e por isso o verdadeiro amor caminha lado a lado com a Verdade. O amor convida ao arrependimento, e a Verdade liberta (João 8:32, 36). Sim, liberta de todo pecado, de tudo que é abominável, das paixões ilícitas, das práticas e comportamentos sexuais abomináveis, de tudo o que é falso e enganoso. Qualquer amor que não comunica esta mensagem é qualquer coisa, menos amor; e qualquer verdade que não liberta é qualquer coisa, menos Verdade.

A função precípua do amor não é enganar, mas salvar e transformar. Por isso, só o verdadeiro amor — amor de Deus, que nos constrange a amar como Ele amou — é inclusivo. Porque Deus amou, e Jesus morreu para salvar o que crê, e crer é conversão. Se fosse para a pessoa continuar no pecado, não teria sentido o Filho de Deus pagar tão alto preço. Pense nisso!

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