Pr. Cleber Montes Moreira
Estes foram dias
tumultuados e de troca de ofensas nas redes sociais em virtude do
desconvite, pela direção da CBB, de dois preletores do Congresso
Despertar 2019. De modo irresponsável, leviano e maldoso, a
Convenção Batista Brasileira foi atacada, rotulada de racista, e
crentes conservadores afrontados. Sobre o ocorrido faço alguns
destaques:
1) A Convenção
Batista Brasileira não é racista: não pratica, nem incita o
racismo. A prova disso é que vários negros ocuparam ao longo da
história, e ocupam ainda hoje, cargos na denominação. Inclusive o
atual Secretário Geral da CBB é negro. Portanto, esta acusação
nada mais é que discurso vitimista de discordantes que querem
denegrir a imagem da denominação.
2) O erro cometido
pela CBB foi o de não acompanhar de perto o planejamento do
Despertar 2019, principalmente no que diz respeito aos convidados, o
que teria evitado este transtorno. O desconvite foi um mal
necessário.
3) A Convenção
Batista Brasileira defende a liberdade religiosa, bem como todas as
liberdades, mas ela é confessional e não pode se curvar perante
discursos que contrariam suas convicções firmadas na Palavra de
Deus. Se outros grupos e/ou pessoas têm outros entendimentos sobre
certos temas, que tratem deles em ambiente próprio, e não no seio
da denominação.
4) O tema “racismo”
é pertinente e deve ser tratado, porém a denominação não deverá
fazê-lo motivada por forças alinhadas a movimentos políticos,
liberais e heréticos, mas à luz das Sagradas Escrituras.
5) A Convenção
Batista Brasileira não pode se render a grupos liberais e nem ceder
aos discursos que tentam impor “novos diálogos” sobre assuntos
para os quais os batistas já têm posição formada, tais como
feminismo, aborto, ideologia de gênero etc.
6) Os eventos da
denominação não podem ser palco de discursos
políticos/ideológicos. Eles são criados para edificar o povo
batista, e não para que se constituam em palanques.
7) Os desconvidados,
ainda que pese a deselegância do convite (coisa que poderia ser
evitada, como já dito acima), declaram posições que ferem as
convicções dos batistas da CBB e, por isso, a decisão foi, ainda
que deselegante, acertada.
8) O protesto que
desencadeou o desconvite partiu de muitos batistas brasileiros
inconformados, cujas vozes foram ouvidas pela direção da
denominação. Entre os que se manifestaram publicamente estão o Pr.
Eduardo Baldaci, cujo nome foi bombardeado nas redes sociais, o
pastor João Marcos Mury Aquino, e tantos outros que receberam
críticas impiedosas por manifestarem sua opinião. As acusações
contra eles pesam sobre todos os que zelam pela Sã Doutrina. Estes
protestos foram um movimento natural e em defesa da fé, não um
movimento político.
9) É ainda
importante notar que muitos que criticaram a postura da denominação
já se posicionaram contra a CBB no passado, por causa do
desligamento da Igreja Batista do Pinheiro que, em sua legítima
liberdade, resolveu seguir seu curso doutrinário distinto da CBB.
10) Muitos dentre os
críticos da CBB proclamam discursos que defendem uma nova
hermenêutica, a partir das pessoas e não da Bíblia, a
ressignificação da Palavra de Deus (por causa de textos que dizem
ser “interditivos”), a reimaginação da igreja e uma
“descolonização” que nada tem a ver com liberdade, dentre
outras heresias. Em sua liberdade já escolheram seu “evangelho”
e seu caminho. Que façam uso de sua liberdade, e que respeitem a
liberdade dos que pensam diferente. A CBB não caminha na onda do
liberalismo teológico, mas tem a Palavra de Deus como seu norte.
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