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Pr. Cleber Montes Moreira
Há muita gente hipócrita
criticando a “hipocrisia” dos outros. É notório que há
hipocrisia no meio evangélico, assim como havia entre os religiosos
judeus denunciados por Jesus (Mateus 15:7; 22:18 etc.), bem como
sempre houve, há e haverá em todos os setores da sociedade. Porém,
os hipócritas de hoje, longe do exemplo e da autoridade de Jesus,
chamam hipócritas todos os que destoam de suas convicções,
principalmente no campo político-ideológico. O seu modus
operandi consiste em inverter a
realidade: distorcem fatos, e utilizam aquela velha tática de
acusarem
os outros daquilo que eles fazem, e chamá-los
do que são. É usando esta antiga estratégia que os
hipócritas modernos rotulam de hipócritas, intolerantes,
preconceituosos, racistas, fascistas, misóginos etc., seus
discordantes, enquanto encenam defender minorias, lutar por justiça,
liberdade, igualdade e militar pelo respeito a diversidade.
Desavergonhadamente, atribuem aos outros características de seu
próprio caráter, e comportamentos que lhes são peculiares,
enquanto afirmam militar por aquilo que na prática contraria sua
própria ideologia. Dizem defender a vida, mas querem a
descriminalização do aborto, e negam o direito do cidadão de
defender sua vida, sua família e propriedade, dentre outras coisas.
Discursam em defesa da mulher enquanto exaltam feministas de sovacos
peludos que exibem seus seios, defecam e urinam em público
reivindicando “liberdade” e “direitos”. Dizem defender o
pobre, o trabalhador, enquanto militam na política ao lado dos que
dilapidam o erário causando o caos nos serviços públicos por falta
de dinheiro; matando pessoas de fome, sucateando a saúde, a
segurança, a educação e a economia. Proferem discursos eloquentes
em favor das crianças, enquanto lutam para implantar nas escolas a
ideologia de gênero, defendem exposições de “arte” em que os
pequeninos são expostos à nudez ou mesmo incentivados a tocarem em
corpos de “artistas” nus, dentre outras coisas. Falam sobre
família, mas produzem textos, Projetos de Leis, fazem propagandas e
apoiam campanhas contrárias aos valores basilares da sociedade.
Falam contra a intolerância religiosa, mas exaltam um transexual
“pregado” numa cruz em plena parada LGBT, ofendendo milhares de
cristãos. Defendem o “Estado Democrático de Direito”, mas são
insurgentes, advogam em favor de invasores de terras rurais e
propriedades urbanas, e quando vão para as ruas se manifestarem por
sua “causa” vandalizam patrimônios privados e públicos.
Defendem o meio ambiente, falam contra o uso de agrotóxicos, mas
queimam pneus em suas manifestações, derrubam plantações nas
fazendas que invadem, lutam pela descriminalização da maconha e se
calam diante do uso escancarado de drogas dentro das universidades.
Adoram falar de democracia e direitos humanos, mas exaltam governos
totalitários. Reclamam liberdade de imprensa, mas lutam pelo
controle e cerceamento da mídia sob pretexto de “marco
regulatório” — um nome pomposo para um projeto maquiavélico.
Falam de paz, mas são truculentos. Para eles, alguns criminosos,
inclusive homicidas, são “perseguidos políticos”. São eles os
que apregoam a “descolonização” política, cultural e
religiosa, mas procuram aliciar novos “colonos” de sua ideologia.
Na verdade, eles que necessitam ser descolonizados (João 8:32,36).
Eles são os
que “chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e
da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo […]. São sábios
aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião”
(Isaías 5:20,21 — NVI); têm aparência de gente piedosa, mas,
na prática, são impiedosos (2 Timóteo 3:5).
Eles defendem
o amor — todas as formas de amor, mesmo aquelas que de amor nada
tem —, pregam a tolerância e o respeito a diversidade, gritam alto
que “o amor vence o ódio”, mas agridem todos os que ousam crer,
pensar, falar e ser diferente; querem impor aos outros o seu próprio
padrão. Estão entre eles aqueles que recente, nas redes sociais,
picharam o logo da Convenção Batista Brasileira com a palavra
“racista”, tentando colar na CBB a sua própria imagem. Foram
infelizes, não grudou. É sempre assim: a mentira pode até usar as
roupas da Verdade, mas no final é a Verdade que prevalece.
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