Pr. Cleber Montes Moreira
“E não comuniqueis com as obras
infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.” (Efésios 5:11)
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós
que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer
que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago
4:4)
O cristianismo deve ser uma censura ao mundo, e
não uma _mesa_ de debates. Os princípios cristãos nunca devem ser
relativizados a pretexto de uma postura de “tolerância” e
entendimento com os “diferentes”. Há, entretanto, um
movimento que se esforça neste sentido, por “novos diálogos”,
por um evangelho inclusivo, e por uma igreja sensível que se amolda
e se acultura ao contexto e valores sociais vigentes.
Este movimento é portador de um discurso
estético, politicamente correto, sobre a necessidade da igreja
dialogar com a sociedade sobre certos temas como, por exemplo,
aborto, ideologia de gênero, inclusão de LGBTQs, relações
homoafetivas, teologia queer, novas configurações familiares,
teologia negra, feminismo, “direitos
humanos” e outros, como se fosse possível luz e trevas
entrarem em acordo e firmarem consenso, como se os fundamentos
cristãos pudessem ser adequados ou ressignificados a partir do
entendimento comum entre as partes. O argumento utilizado é quase
sempre o “amor”. Para eles o “amor” é a única
doutrina, uma vez que tudo mais pode ser reinterpretado. Esta é uma
tentativa diabólica de fazer a igreja “relevante” perante
a sociedade, de produzir uma nova teologia a partir das ruas, de
criar uma hermenêutica com base no pensamento de certas minorias, e
reimaginar a igreja. Isso nada mais é que parte de um esforço bem
articulado para levar adiante um processo de desconstrução não só
da igreja, mas da própria sociedade, que passa pela quebra de
paradigmas e conduz para um novo código moral que se contrapõe ao
padrão divino ensinado nas Escrituras; é a criação de um novo
deus, um novo evangelho, uma nova sociedade e uma nova religião. É
pauta de uma agenda em andamento.
Este “diálogo” é falácia maligna, é
estratégia das trevas. Deus não deixou sua igreja na Terra para se
entender com o mundo, senão para fazer discípulos de Cristo que
venham a fazer jus ao nome cristão. A luz não comunga com as
trevas, antes revela e condena suas obras más e desnuda o pecado;
por isso os salvos são odiados (Mateus 24:9 – leia o contexto).
A verdadeira igreja é a noiva do Cordeiro que se
preserva santa e irrepreensível (Efésios 5:27; Apocalipse 19:7).
Ela não precisa ser reimaginada, deve ser igreja conforme o
modelo bíblico, e capacitar os santos para cumprir seu papel de Sal
e Luz. Igreja que busca consenso com o mundo não é igreja, é
amante do diabo.
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