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Imagem: Pixabay |
“TODO AMOR É SAGRADO”?
Pr.
Cleber Montes Moreira
“Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor…”
(João 15:10 — ACF)
Em
seu perfil no Facebook uma igreja inclusiva divulgou uma imagem com a
seguinte frase: “Todo amor é sagrado”.
Certamente que do ponto de vista desta sociedade decadente, amoldada
ao “politicamente correto”, onde o principal valor é “seguir a
voz do coração”, esta é uma afirmação muito bonita e suave aos
ouvidos. Nada mais encantador que um discurso que versa sobre amor,
principalmente se este for um discurso religioso, proferido em nome
de Deus e tendo como base algum texto (por pretexto) das Escrituras.
Não é sem motivo que atualmente este seja o tema predileto dos
profetas do engano.
Será
mesmo verdadeira a afirmação de que “todo amor é sagrado”?
Esta pergunta deve ser respondida com base na Palavra de Deus, a
regra de fé e prática de qualquer cristão autêntico, fora da qual
não há nenhuma base confiável e normativa para a vida cristã. A
Bíblia é inerrante e suficiente; não há outra fonte de revelação
digna de total confiança, e por isso nenhuma outra palavra poderá
substituir ou ser colocada em igualdade com a Palavra da Verdade. É
nela que conhecemos o amor do Pai, bem como, por meio deste perfeito
amor, somos chamados e ensinados sobre o modo como devemos amar a
Deus e ao próximo.
Jesus
nos adverte: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis
no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de
meu Pai, e permaneço no seu amor” (João 15:10 — ACF). Por
meio de João, o Pai nos fala:“E nisto sabemos que o conhecemos:
se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e
não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a
verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está
nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos
nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele
andou” (1 João 2:3-6 — ACF). O texto sagrado afirma que quem
realmente conhece a Deus é aquele que guarda os seus mandamentos,
que naquele que guarda a Sua Palavra (ensinos/mandamentos) o amor de
Deus é aperfeiçoado, e que quem permanece verdadeiramente nele é
aquele que anda como Ele (Jesus) andou.
Está
claro que não existe amor puro,
verdadeiro, que exclua a necessidade de obediência aos mandamentos
de Deus explícitos na Bíblia. O
critério do amor é este: “Se
alguém me ama, guardará a minha palavra…”
De
outro modo, “Quem
não me ama não guarda as minhas palavras…”
(João
14:23,24 — ACF). Assim percebemos que
é impossível amar verdadeiramente sem antes amar a Deus, pois é o
amor de Deus em nós que nos faz obedecer à Sua Palavra, que rege
nossas vidas, incluindo, é claro, nossos relacionamentos. Qualquer
amor que despreze os ensinos bíblicos, que relativize princípios e
valores, ou que para se estabelecer necessite reinterpretar ou
ressignificar as Escrituras está
longe de ser amor verdadeiro.
O
“evangelho paz e amor” pode ser muito agradável, mas não se
engane, ele não é o poder de Deus para salvar, mas a mentira do
diabo para enredar pessoas. Este amor celebrado pela religião
inclusiva exalta a carne, autoriza o pecado e em nada opera para o
bem; trata de um amor corrompido, hedonista, reprovado por Deus, que
escraviza, que desonra corpos… nada mais é que um sentimento
egoísta travestido de amor. É o amor daqueles que se desviaram da
fé, conforme Paulo já nos adivertiu: “Porque haverá homens
amantes de si mesmos…” (2 Timóteo 3:2 — ACF).
Nada
que esteja fora do padrão estabelecido por Deus em Sua palavra pode
ser chamado de “sagrado”, nem mesmo aquilo que muita gente
insiste em chamar de “amor”. Pense nisso!