Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Porque haverá homens
amantes de si mesmos...” (2 Timóteo 3:2a)
Não podemos cultivar a esperança
ilusória de que este mundo melhorará, embora seja natural que assim
desejemos e para isso nos esforcemos, pois “todo o mundo está no
maligno” (1 João 5:19) e reservado para o juízo. Tanto o que está
fora dos templos quanto o que está dentro deles tem experimentado a
corrupção. Aliás, entre o mundo e as denominações religiosas,
incluindo as evangélicas, de modo quase generalizado, já não há
mais fronteiras. A globalização não está apenas na economia, na
política, mas também nas religiões. O ecumenismo tornou os
divergentes em parceiros de “fé comum”, gerou “comunidades”,
e com discursos de amor, tolerância e justiça contribuiu para o
surgimento de uma “onda inclusiva” abarcada por uma nova teologia
firmada numa “hermenêutica popular”. Daí, para justificarem
tais transformações, textos bíblicos foram ressignificados,
passaram a fazer a “leitura popular da Bíblia”, e mesmo versões
de “bíblias inclusivas” (prefiro com minúsculas!) foram
lançadas no mercado, bem como literaturas de apoio. Hoje cantor
gospel se apresenta e colabora com terreiro de candomblé, líderes
espirituais pregam o universalismo, desprezam o casamento e o modelo
bíblico de família, discursam em favor do aborto e outras “causas”,
igrejas evangélicas colocam bloco no carnaval, aceitam membros
LGBTs, e os pilares da fé cristã são substituídos por apenas uma
doutrina: a do “amor”. “Amor” sem compromisso com a Verdade,
que se presta para encher templos de pessoas que não suportam a sã
doutrina, mas têm prazer nos afagos dos falsos mestres. Porém, o
“amor” que alarga o caminho para o Céu é heresia; é estratégia
do diabo para encher o inferno. Este falso amor tem se consolidado
como o principal tema religioso destes “tempos trabalhosos”. Mas,
o que este “amor” esconde, a sua verdadeira motivação, é
denunciado aqui pelo apóstolo: “Porque haverá homens amantes
de si mesmos...” O que sucede é uma lista de atitudes
pecaminosas que derivam deste sentimento egoísta, e que culmina no
que alguns chamam de “eulatria”. Quando o ego
toma o lugar da divindade, todas as motivações e ações tornam-se
adequadas para elevar o “homem mau” ao status de deus e
satisfazer todos os seus interesses.
Você já pensou que o caos que
enfrentamos na sociedade tem origem no amor próprio? Pessoas sem o
temor de Deus, que cultuam a si mesmas, estão dispostas a qualquer
coisa para fazerem prosperar os seus intentos. Tudo o que fazem é em
função do seu prazer, da sua vaidade, da sua avareza, do seu
orgulho…. Quanto aos falsos mestres, até o “evangelho” que
pregam, ainda que regado de “amor”, é para a sua própria
glória: “amantes de si mesmos” não podem amar e honrar a Deus.
Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário