Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Porque haverá homens
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos.” (2
Timóteo 3:2 – grifo do autor)
O termo φιλάργυροι
(philarguros), traduzido por avarentos, significa, literalmente,
“amantes da prata” ou “amantes do dinheiro”.
Este espírito cobiçoso chamado avareza é uma forma de
idolatria, pois o dinheiro é tratado como a prioridade da vida, em
razão de que a pessoa passa a desprezar valores importantes, pessoas
e o próprio Deus. O dinheiro torna-se o seu “sol”, em torno do
qual gira seus interesses.
A avareza é característica
presente nos “amantes de si mesmos”. Alguém impregnado do amor
próprio valorizará tudo aquilo que puder ser usado para satisfazer
sua cobiça, por isso terá obsessão pelo dinheiro. Não é sem
motivo que Paulo escreveu que “o amor ao dinheiro é raiz de todos
os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da
fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos” (1
Timóteo 6:10 – NVI). Sim, o amor ao dinheiro provoca muitos males:
O amor ao dinheiro leva a apostasia. Por amar ao dinheiro, pessoas
gastam tempo demasiado no trabalho, deixando a família, os amigos e
tantas coisas importantes para segundo plano. O amor ao dinheiro
sufoca os bons sentimentos e torna a pessoa insensível. Todos os que
se corrompem na política o fazem pelo amor ao dinheiro. Pelo amor ao
dinheiro, ou ao que o dinheiro pode comprar, pessoas brigam, traem
umas as outras, mentem, caluniam, roubam, matam… Plutarco disse que
“a avareza é um tirano bem cruel; manda ajuntar e proíbe o uso
daquilo que se junta; visita o desejo e interdiz o gozo”.
Considerando seu poder nefasto, não é sem motivo que seja uma das
marcas dos “tempos trabalhosos” aos quais Paulo se refere.
Se há um conselho oportuno que
possa ser considerado em relação ao exposto, é este: Seja senhor e
não servo do dinheiro. Considere o dinheiro como bênção, e não
como combustível da cobiça. Use-o de maneira inteligente, para
abençoar a si, a sua família e aos que dele necessitam; faça-o de
modo generoso. Administre-o de forma que Deus seja glorificado. Seja
fiel no sustento da Obra e colabore para a expansão do evangelho.
Fazendo assim seu coração estará no Céu, e não na Terra “onde
a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam” (Mateus 6:19).
Nenhum comentário:
Postar um comentário