Pr. Cleber Montes Moreira
“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal;
que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e
do doce amargo!” (Isaías 5:20 – ACF)
“A pedofilia é uma doença crônica que não
tem cura, mas tem tratamento.” Esta é a frase com a qual uma
apresentadora de TV inicia uma conversa com outra repórter, quando
também afirma que os “pedófilos sofrem de um transtorno”, e que
“há muito preconceito quanto a isso, pois é o tipo de crime que
nos enoja muito como sociedade, mas fato é que é uma doença, não
tem cura, mas tem tratamento”.1
No site do CONJUR, em artigo intitulado
“Pedofilia não é um crime, mas, sim, uma doença”2,
Denis Caramigo afirma que:
A pedofilia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma doença em que o indivíduo possui um transtorno psicológico e, assim sendo, apresenta um desejo, uma fantasia e/ou estímulo sexual por crianças pré-púberes (…)
A pedofilia é uma doença e, como tal, deve ser encarada e tratada (…)
Ninguém pode ser punido criminalmente por ter alguma doença, porém, quando o pedófilo (quem tem pedofilia) exterioriza a sua patologia e essa conduta se amolda em alguma tipicidade penal, estará caracterizado o crime (da tipicidade incorrida e não de pedofilia).
Importante ressaltar que não existe cura para a pedofilia e, por este motivo, o pedófilo (que é quem padece de pedofilia) deve ter acompanhamento clínico constante para que não exteriorize a sua patologia.
Há de se dizer que nem todo pedófilo é um “criminoso”. Só comete crime aquele que exterioriza a sua pedofilia.
No texto o autor faz distinção entre o “doente
psicológico sexual” e o “criminoso sexual” (no caso, aquele
que exterioriza a pedofilia).
Para a OMS (Organização Mundial da Saúde) a
pedofilia é caracterizada como doença e é classificada na CID
(Classificação Internacional de Doenças) com o código F65.4, que
a define como: “Preferência sexual por crianças, quer se tratem
de meninos, meninas ou de crianças de um ou de outro sexo,
geralmente pré-púberes”.
Ricardo Bordin, em seu artigo “‘Pedofilia –
Doença Ou Crime:’ A Estratégia De Aceitação Do Inaceitável”3,
comenta sobre a questão:
Conforme o artigo 121 do Código Penal, “matar alguém” é crime. Pensar em matar alguém não é. Desejar que beltrano morra também não. Imaginar que esse mundo ficaria um pouco melhor se fulano morresse também não dá cadeia.
Vale constatar: a lei penal define como crime determinadas ações ou omissões passíveis de serem praticadas pelos indivíduos e fixa a punição adequada. Nosso ordenamento jurídico não prevê o “crime de pensamento”, que consistia, no romance 1984, de George Orwell, em insurgir-se mentalmente contra o sistema totalitário, sem nem mesmo verbalizar esta insatisfação.
Quer dizer, se a pessoa limita-se a abstrair em sua consciência a respeito daquele ato vetado pela legislação penal, sem jamais empreender esforços para materializar sua fantasia, então não houve vítimas, nem tampouco há prejuízo para terceiros, e, portanto, não há que se falar em comportamento criminoso.
Pois este é o primeiro passo da estratégia que o movimento revolucionário vem adotando em sua empreitada pela normalização da pedofilia no imaginário popular: confundir fetiche com conduta. (grifo do autor)
Estamos testemunhando a celebração do
‘coitadismo’. Coitado do motorista bêbado que dirigia em alta
velocidade quando atropelou na faixa de pedestres o jovem estudante
que ia para a faculdade. Coitado do chefe da boca de fumo que morreu
em confronto com a polícia. Coitadinho do menor que deflorou e matou
a jovem cheia de sonhos. Coitado do jovem da comunidade, baleado por
policiais enquanto fugia após praticar um latrocínio. Coitados dos
adolescentes que invadiram a residência, amarraram o pai de família,
apontaram uma arma para o bebê e estupraram a mulher. Coitado do
político corrupto, preso injustamente. Coitado do pedófilo que
violentou a menininha de apenas seis anos, ele é doente e precisa de
ajuda. Coitadas das vítimas da sociedade opressora. Coitados… A
vitimização dos “coitados”, tendo a grande mídia como aliada,
visa atenuar certas práticas, antes inaceitáveis, e gerar comoção
social, abrindo terreno para a descriminalização e normatização
de certas condutas. O pedófilo da novela e a série de reportagens
sobre pedofilia fazem parte de um grande projeto de marketing de uma
nova moralidade que é imposta à sociedade, não com terror e
violência, mas com sutileza. Assim, o que era imoral passa a ser
moral, o que era ilegal passa a ser legal, o que era incorreto passa
a ser politicamente correto. O grande passo para a normatização da
pedofilia será dado quando, para proteger os pequeninos, o Estado
declarar que os “interesses das crianças” devem prevalecer sobre
os interesses e direitos dos pais em educá-las, e tornar este
pensamento em lei. Percebam que zelar pelos direitos e/ou interesses
das crianças é algo “bom” “natural” e “inquestionável”.
Você até pode pensar que estou delirando, mas no Canadá uma lei
com este teor já foi aprovada:
A província de Ontário, no Canadá, aprovou uma lei no início de junho que deixou os cristãos-evangélicos, que defendem os interesses da família, em pé de guerra com os políticos seculares, que defendem os interesses das crianças e adolescentes.
A Lei de Apoio a Crianças, Adolescentes e Famílias (Supporting Children, Youth and Families Act), de 2017, aprovada pela assembleia legislativa da província (de Ontário) por 63 votos a 23, proclama, em sua justificativa, que a legislação deve ser centrada na criança e nos interesses da criança — e não nos pais.
A nova lei também coloca os direitos da criança e do adolescente acima dos direitos dos pais (…).4
Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos
já existem associações civis, e até partidos políticos, que
lutam pelo direito de adultos e crianças se relacionarem afetiva e
sexualmente. No Brasil, o então presidente do Grupo Gay da Bahia,
Luiz Mott, que já afirmou que Jesus era um sodomita ativo e João
seu amante favorito, autor de “Meu Moleque Ideal”5,
declarou várias vezes sua preferência por garotos. E quando o “amor
entre homens e meninos” for considerado normal, e do interesse da
criança? A lei estará ao lado de quem?
Vivemos dias de inversão de valores, mas não
por acaso. A mudança de paradigmas não acontece abruptamente, mas
de forma sutil, embora neste tempo percebamos (para quem enxerga)
alguma celeridade. É que toda preparação para a desconstrução
social não é de agora: ideias e conceitos foram “semeados” ao
longo de muito tempo, e hoje “frutos” maduros desta semeadura
estão sendo colhidos. As escolas, principalmente as universidades, e
a grande mídia são instrumentos eficazes para estas transformações.
Movimentos pró LGBTs, pró aborto, inclusive de bandeira evangélica,
são apenas algumas forças dentre tantas engajadas nestas mudanças.
Agora, o tema da vez é a pedofilia: “Pedófilo é um doente, um
coitado que precisa de ajuda.” O caos foi instaurado, e uma Nova
Ordem está sendo estabelecida, acolhida por uma ‘nova consciência’
coletiva, devidamente ‘planejada’ para este momento. Pergunto:
como você reage a tudo isso?
________________
1 - http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/pedofilia-e-uma-doenca-que-nao-tem-cura-mas-tem-tratamento/6258247/
(acessado em 01 de agosto de 2018)
2 - https://www.conjur.com.br/2017-nov-10/denis-caramigo-pedofilia-nao-crime-sim-doenca
(acessado em agosto de 2018)
3 - https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/pedofilia-doenca-ou-crime-estrategia-de-aceitacao-inaceitavel/
(acessado em 01 de agosto de 2018)
4 - https://www.conjur.com.br/2017-jun-07/ontario-pais-podem-perder-filhos-negarem-identidade-genero
(acessado em 02 de agosto de 2018)
5 - http://blogdemirianmacedo.blogspot.com/2011/02/meu-moleque-ideal-luiz-mott.html
(acessado em 03 de agosto de 2018)
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