Pr. Cleber Montes Moreira
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e
serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém.” (Romanos 1:25 – ACF)
Embora se afirme que a Teologia Inclusiva seja “um
ramo da teologia tradicional”, ela é, na verdade, um rompimento
com os valores cristãos como ensinados na Bíblia. Uma vez que está
voltada para a “inclusão, prioritariamente, das categorias
socialmente estigmatizadas como os negros, as mulheres e os
homossexuais” (e outras) sem, todavia, anunciar-lhes o
arrependimento e o novo nascimento como condição para a inclusão
no Reino, contraria o ensino do próprio Cristo que iniciou seu
ministério terreno com estas palavras: “Arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus” (Mateus 4:17 - ACF).1
Ao considerarem a posição cristã conservadora
sobre o tema da sexualidade como “imposição de dogmas infundados
e opiniões particulares como regras universais”, e “imposição
de um pensamento ético puritano e castrador”, em decorrência do
que o tema homossexualidade seja supostamente relegado “aos porões
do fazer teológico”, e ao acusarem os teólogos e expositores
cristãos, em sua maioria, de fundamentarem suas interpretações em
duas ou três passagens das Escrituras, os teólogos inclusivos agem
de má fé e se arvoram detentores de uma hermenêutica acima de
qualquer suspeita.2
Não é novidade que todo herege se considere dono da verdade.
O “amor” como única doutrina:
Frases como “Deus abençoa todas as formas de
amor”, “Amor é amor e toda forma de amar é justa”, “Onde
estiver o amor, ali Deus está” etc., são apenas algumas das
afirmações que vemos circular pelas redes sociais e ambientes onde
há propaganda inclusiva.
A Teologia Inclusiva, ainda que negue, proclama o
“amor” como única doutrina. Foi exatamente o que ensinou um de
seus exponentes num sermão em que chega a afirmar que se alguém é
capaz de amar, mesmo que não tenha um relacionamento com Cristo,
mesmo que não creia em Deus, está salvo: “Quem ama vive a
realidade da fé, ainda que não confesse a fé.” Perceba que não
é o arrependimento, não é a conversão, não é a santidade, mas o
“amor” a doutrina elementar do “evangelho inclusivo”. A
base bíblica para isso é “Deus é amor” (1
João 4:8b) –
como sempre, o texto é pretexto!
Daí pegam uma frase de Agostinho, descolam de seu contexto, e com
ela propagam seu pilar: “Ama e faz o que quiseres.”3
O “amor” que ensina a Teologia Inclusiva não
vem de Deus, não é o amor ensinado nas Escrituras, mas é um amor
hedonista, que procura conciliar vida religiosa com prazeres,
interesses e pecados. Para suprir esta demanda é que surgem as
chamadas “Igrejas Inclusivas” onde todos são aceitos como são e
estão, sem convite ao arrependimento, onde se ensina que “pecado é
não amar”.
A ressignificação das Escrituras:
Para se impor como verdadeira, a Teologia
Inclusiva trata de ressignificar textos bíblicos que contrariam seus
(des)valores, principalmente os que condenam práticas
homoafetivas. É por isso que defende que as condenações
encontradas no Velho Testamento referem-se às relações sexuais
ligadas aos cultos pagãos, e que por se encontrarem ao lado de
outras proibições como comer sangue ou carne de porco, já perderam
a validade e não necessitam ser guardadas pelos cristãos.4
Pecado é pecado, a Verdade não pode ser relativizada:
John Stott afirmou: “A tolerância em relação
ao mal não é uma virtude. Deus continua dizendo a seu povo para se
santificar.” Sim, Deus continua dizendo ao seu povo que pecado é
pecado, e que todo salvo deve afastar-se do pecado e buscar crescer
em santidade. Deus não muda, sua Palavra também não, por isso que
os valores de seu reino são eternos.
Quando os teólogos da Teologia Inclusiva
relativizam a Bíblia e negam o ensino tradicional sobre o pecado,
eles desafiam o Eterno e Imutável Deus e, por suas heresias, mudam a
verdade em mentira, e criam um “evangelho” centrado na criatura e
não no Criador, que contempla a carne e seus prazeres ao invés do
“andar no espírito” (Gálatas 5:16). Os textos que seguem são
bem explicativos, e ressignificá-los ou relativizá-los é no mínimo
desonesto: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem
os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:10); “Com
homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é”
(Levítico 18:22); “Fujam da imoralidade sexual. Todos os
outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem
peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo” (1 Coríntios
6:18); “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados:
abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o
próprio corpo de maneira santa e honrosa, não com a paixão de
desejo desenfreado, como os pagãos que desconhecem a Deus” (1
Tessalonicenses 4:3-5); “Fora ficam os cães, os que praticam
feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os
assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira”
(Apocalipse 22:15). OBS.: Bíblia NVI, grifos do autor. Não apenas a
homossexualidade, não apenas os pecados sexuais, mas a pratica de
todo e qualquer pecado, se não houver arrependimento verdadeiro,
leva à condenação eterna: “Pois o salário do pecado é a
morte...” (Romanos 6:23) – ocultar este ensino é artimanha
maligna para encher o inferno. Cuidado, os operários do engano
trabalham sem descanso!
Reflita:
Deus não inclui em seu reino pecadores sem
arrependimento, sem novo nascimento e, portanto, sem natureza
transformada, seja ele branco, negro, índio, pardo, judeu, não
judeu, hétero ou homossexual. O quesito para a salvação ainda é o
mesmo, “necessário vos é nascer de novo” (João 3:7), e todo
aquele que passa pela experiência da salvação deve abster-se das
práticas pecaminosas e buscar a santificação: “Nós, que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:2 –
ACF). Não há mensagem mais inclusiva que a do verdadeiro evangelho,
que anuncia a todos os homens, em todos os lugares, que se
arrependam.
O discurso de amor da “Teologia Inclusiva” tem
feito surgir muitos “bons samaritanos”, porém não tem
colaborado no desenvolvimento de um caráter verdadeiramente cristão
naqueles que dizem crer. Esta teologia falha tentando imprimir nas
pessoas a imagem de um cristo preocupado com as demandas sociais,
porém frouxo quanto aos valores eternos da Palavra e do Reino; um
cristo universalista, incapaz de julgar o mundo por sua Palavra. Se
este fosse o Cristo da Bíblia, ele teria falhado naquilo que ele
mesmo ensinou. Mas, o Cristo jamais falha. Então, quem tem falhado?
Aqueles que criaram uma bíblia, uma teologia, um cristo e uma igreja
ao gosto do freguês.
Alguém poderá perguntar: “A Igreja do Senhor
não é inclusiva?” Uma igreja verdadeiramente inclusiva é aquela
que sai ao mundo em busca de pecadores, sem qualquer distinção,
independente de quem e como estão, levando-lhes a mensagem do
arrependimento, e não aquela que crê que eles podem vir a Cristo e
continuar como estão.
1http://teologiaeinclusao.blogspot.com/2011/01/o-que-e-teologia-inclusiva-definicao.html
(acessado em 04 de julho de 2018)
2http://teologiainclusiva.blogspot.com
(acessado em 04 de julho de 2018)
3https://www.youtube.com/watch?v=7e-Rm3Kq2C4
(acessado em 04 de julho de 2018)
4http://tempora-mores.blogspot.com/2013/06/um-engano-chamado-teologia-inclusiva-ou.html
(acessado em 04 de julho de 2018)
Sim, pr Cleber, precisamos reafirmar os absolutos divinos, ainda que os mesmos estejam tão claros nas escrituras bíblicas.
ResponderExcluirA questão é que não se aceita mais o ABSOLUTO,O DEUS ABSOLUTO.
Aliás, isso sempre foi assim. Todavia, os "contra" encontram formas diferenciadas de expressão, o que, por sua vez, agrada diretamente aos ímpios. E aí estão os amontoados de doutores.... Todos à favor da descontrucão da Bíblia, que, para eles nunca foi, é, e nem será a Palavra de Deusaber. Pra nós é. Ponto.
Ponto inicial. Ponto final.
Ronaldo Carneiro Nascimento
Um dos servos de Cristo em Iconha ES
Estamos em sintonia, meu querido. Deus te abençoe!
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