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Pr. Cleber Montes Moreira
“Recordo-me
da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em
sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.”
(2 Timóteo 1:5 - NVI)
Num domingo pela manhã, enquanto aguardava o
ônibus para ir à Escola Bíblica Dominical, presenciei uma cena da
qual jamais me esqueci: Uma mulher conduzia um dos filhos aos tapas,
dizendo: “Não te falei para não jogar bola domingo, que é dia de
ir à igreja?!” Os irmãozinhos estavam arrumadinhos, mas o menino
suado e com uniforme de clube de futebol. Seu prazer não estava na
igreja, mas no campo. O detalhe importante que percebi é que, pela
roupa que usava, a mãe também não iria ao culto. Ela agia como
quem exigia dos filhos o que não estava disposta a praticar.
Qual a estratégia de
evangelização que utilizamos dentro de nossas casas? Há uma muito
eficaz, a melhor, que Paulo diz ter sido usada pela avó e pela mãe
de Timóteo: O exemplo! Sim, o exemplo é um
recurso muito eficaz para a ganharmos nossos familiares para
Cristo, é o nosso melhor argumento, é prova inconteste de que
nossas vidas foram transformadas, de que amamos e obedecemos a Deus,
de que temos uma esperança que não morre.
Dizer é fácil, fazer é difícil. Quando damos
aos filhos ordens ou conselhos que nem nós mesmos praticamos, quando
lhes ordenamos para que façam aquilo que não estamos dispostos a
fazer, nossa palavra deixa de ter crédito e perdemos autoridade.
Paulo menciona uma virtude que alcançou três
gerações na família de Timóteo: a fé não fingida,
praticada por Lóide, por Eunice e, finalmente, pelo próprio
Timóteo. Avó e mãe não viveram uma encenação, mas desfurfuraram
de um relacionamento vivo com Deus, de forma que todos os
ensinamentos transmitidos foram acolhidos como verdadeiros e,
desencadearam no menino o temor do Senhor. Elas foram Bíblias vivas
lidas por Timóteo, e instrumentos para que o Espírito Santo
trabalhasse em seu coração e o alcançasse. Deus quer usar nosso
exemplo, ele tem mais poder que palavras!
Que tipo de fé tem habitado seu coração? Sua
vida com Cristo ajuda ou atrapalha a evangelização dos seus
familiares? Pense nisso!
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