Conteúdo Cristão para sua edificação
O FRACASSO DO SUCESSO
Pr. Cleber
Montes Moreira
“E Arão,
vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse:
Amanhã será festa ao Senhor. E no dia seguinte madrugaram, e
ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo
assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” (Êxodo
32:5 e 6)
Como as pessoas geralmente reconhecem o sucesso de
um líder religioso? Normalmente pelos sermões que prega, pelo
carisma, pela projeção de sua imagem, pelo tamanho de sua igreja,
pelo salário que recebe, pelo carro que possui, pelas grifes que usa
etc. Certa ocasião, um amigo desabafou: “O valor de um pastor é
medido pela quantidade de membros de sua igreja”.
Arão, durante a ausência de Moisés, fez o maior
sucesso. Ao ceder ao clamor popular por um deus para adorar,
conquistou a simpatia de muitos. Diante do ídolo que construíra, um
bezerro de ouro, o povo se apresentou com grande entusiasmo, tanto
que resolveu erguer um altar e convocar a todos para uma grande
celebração no dia seguinte. O que muitos líderes de hoje querem é
ver o povo alegre e festejando. Este ‘panem et circenses’
(pão e circo) gospel rende aplausos e gera um ambiente favorável
para a liderança. Veja, por exemplo, o que ocorre nas chamadas
“igrejas da prosperidade”, onde os pastores, bispos e apóstolos
são bem quistos e até idolatrados. Dar ao povo o que ele quer é
garantia quase infalível de sucesso, por isso que muitos, movidos
pela ganância, se rendem aos caprichos de seus liderados.
Fico pensando até onde Arão e seu povo iria se
Moisés não descesse do monte e se não houvesse uma intervenção
divina. Podemos dizer que o sucesso sem Deus é mero fracasso. O
sucesso de Arão foi um fracasso. O sucesso dos líderes gananciosos
de nosso tempo é fracasso. Toda conquista fora dos desígnios de
Deus é fracasso. Todos os sonhos realizados, toda obra empreendida,
toda riqueza acumulada, toda fama alcançada, tudo que alguém possa
fazer ou conquistar sem antes considerar a vontade divina é
fracasso. No fim, o que se constatará é o fracasso do sucesso, pois
todo sucesso fora dos planos de Deus é fracasso.
Quer ser bem-sucedido? Quer
experimentar o verdadeiro sucesso? Siga o conselho dado a Josué pelo
próprio Deus: “Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para
teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés
te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a
esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que
andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita
nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo
quanto nele está escrito; porque
então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”
(Josué 1:7,8 – grifo do autor). Por fim, tenha em mente que,
independente do que pensam as pessoas, o sucesso sem Deus é
fracasso, mas o “fracasso” com Deus é sucesso!
EVANGELIZANDO PELO EXEMPLO
![]() |
Foto: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
“Recordo-me
da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em
sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.”
(2 Timóteo 1:5 - NVI)
Num domingo pela manhã, enquanto aguardava o
ônibus para ir à Escola Bíblica Dominical, presenciei uma cena da
qual jamais me esqueci: Uma mulher conduzia um dos filhos aos tapas,
dizendo: “Não te falei para não jogar bola domingo, que é dia de
ir à igreja?!” Os irmãozinhos estavam arrumadinhos, mas o menino
suado e com uniforme de clube de futebol. Seu prazer não estava na
igreja, mas no campo. O detalhe importante que percebi é que, pela
roupa que usava, a mãe também não iria ao culto. Ela agia como
quem exigia dos filhos o que não estava disposta a praticar.
Qual a estratégia de
evangelização que utilizamos dentro de nossas casas? Há uma muito
eficaz, a melhor, que Paulo diz ter sido usada pela avó e pela mãe
de Timóteo: O exemplo! Sim, o exemplo é um
recurso muito eficaz para a ganharmos nossos familiares para
Cristo, é o nosso melhor argumento, é prova inconteste de que
nossas vidas foram transformadas, de que amamos e obedecemos a Deus,
de que temos uma esperança que não morre.
Dizer é fácil, fazer é difícil. Quando damos
aos filhos ordens ou conselhos que nem nós mesmos praticamos, quando
lhes ordenamos para que façam aquilo que não estamos dispostos a
fazer, nossa palavra deixa de ter crédito e perdemos autoridade.
Paulo menciona uma virtude que alcançou três
gerações na família de Timóteo: a fé não fingida,
praticada por Lóide, por Eunice e, finalmente, pelo próprio
Timóteo. Avó e mãe não viveram uma encenação, mas desfurfuraram
de um relacionamento vivo com Deus, de forma que todos os
ensinamentos transmitidos foram acolhidos como verdadeiros e,
desencadearam no menino o temor do Senhor. Elas foram Bíblias vivas
lidas por Timóteo, e instrumentos para que o Espírito Santo
trabalhasse em seu coração e o alcançasse. Deus quer usar nosso
exemplo, ele tem mais poder que palavras!
Que tipo de fé tem habitado seu coração? Sua
vida com Cristo ajuda ou atrapalha a evangelização dos seus
familiares? Pense nisso!
FAMÍLIA VERSUS “NOVA MORALIDADE”
![]() |
Imagem: Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
Texto Bíblico: Gênesis
2:18-25
Introdução:
Estamos vivendo os “tempos
trabalhosos”, ou difíceis, profetizados por Paulo. A agenda
Global, como parte de um programa de reengenharia
social que visa estabelecer uma nova
ordem, tem avançado na
desconstrução dos valores tradicionais, propagando uma nova
moralidade onde o certo é errado e o errado é certo. Como parte
deste projeto, há programas de partidos, de governos, e Projetos de
Leis que tratam claramente da desconstrução da família tradicional
e até da desconstrução da heteronormatividade,
como tentativa de impor à toda sociedade novas configurações de
família, banalizar o casamento e erotizar
nossas crianças pequenas a
partir das escolas, bem como criminalizar opiniões. A narrativa
bíblica sobre a família e o casamento está sendo substituída por
uma narrativa ideológica e diabólica, que privilegia outras
configurações familiares e uniões civis.
É neste contexto, de grande luta e confusão,
que precisamos reafirmar nossa fé para vivermos segundo o padrão
divino, vencermos as influências do mundo e protegermos nossas
famílias. Para isso devemos voltar à Bíblia, recorrermos aos seus
ensinos, conservá-los e vivê-los.
A família é de autoria divina (vs. 18,21,22):
Esta afirmação é simplista e repetitiva, mas
necessária. Explico: imagine que um quadro de um pintor famoso seja
pirateado, e que a réplica, cheia de imperfeições, seja exibida em
alguma exposição artística. Pessoas leigas podem apreciá-la e
considerá-la como sendo a original. Se colocada à venda, pode ser
que alguém pague caro por ela, no entanto, se examinada por um
perito, sua autenticidade logo é contestada, pois quem conhece,
conhece.
Deus criou a família, como a vemos na Bíblia, a
partir do casamento entre um homem e uma mulher, porém, veio o
inimigo, ressignificou alguns textos, iludiu pessoas com um discurso
politicamente correto e regado de “amor” (segundo o entendimento
secular), e apresentou novos modelos com novas formações. A pessoa
sem discernimento espiritual olha e considera tudo perfeito, mas
aquele cuja mente é iluminada pelo Espírito Santo logo percebe a
farsa e não se deixa iludir: “Ora, o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o
que é espiritual discerne bem tudo”, e não se deixa enganar (1
Coríntios 2:14,15).
Disse o Criador, “far-lhe-ei”, e o relato
bíblico afirma, “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão”. Ao
criar Eva e uni-la como esposa a Adão, Deus criou a primeira família
como modelo para as demais. Por isso ela não é uma ideia humana, e
nem uma sociedade que possa tomar outras configurações conforme a
vontade das pessoas ou influência cultural. Reafirmo: O Senhor fez o
homem, depois fez a mulher, uniu-os, e assim foi criada a família,
monogâmica, e a partir de um homem e uma mulher visando sua
completude (Gênesis 2:24), e ordenou-lhes: “Frutificai e
multiplicai-vos” (Gênesis 1:28), coisa que só é possível numa
relação heterossexual.
A tentativa diabólica de ressignificar o casamento (vs. 22,23):
Neste
tempo de relativização de valores e de revisionismo das Escrituras
uma das investidas contra a família é a tentativa de
“ressignificar” o termo ‘casamento’, que antes aparecia nos
dicionários como “união
voluntária de um homem e uma mulher”,
e que agora passou a constar como
“união efetuada de modo voluntário e entre duas pessoas”,
o que pode ser, segundo esta nova concepção, união entre dois
homens ou entre duas mulheres. Porém, já há no Brasil alguns casos
em que foi reconhecida judicialmente a “União Estável” entre
três pessoas, o que configura poligamia1.
Em 2017, na Colômbia, três homens conseguiram registrar em cartório
sua “União Poliafetiva”.2
“Formou
uma mulher, e trouxe-a a Adão” indica com clareza a natureza e
constituição do casamento e da família segundo a Bíblia. Mais
adiante lemos: “Portanto deixará o homem
o seu pai
e a sua mãe,
e apegar-se-á à sua mulher,
e serão ambos uma carne” (v. 24 – grifo do autor). No texto as
palavras “homem” e “mulher”, “pai” e “mãe” confirmam
que o
casamento é entre um homem e uma mulher – para o homem Deus criou
a mulher, não outras mulheres, não outro homem, nem outro ser ou
outra coisa. É
ainda importante salientar que o casamento é antes do Estado e,
portanto, anterior a qualquer constituição de leis humanas e, por
isso, ressignificá-lo é desonesto, além de afronta ao próprio
Deus. O casamento civil é bem-vindo para a manutenção das
garantias legais para os cônjuges, porém ele não pode ser
“reconfigurado” na base da “caneta” dos legisladores. Nenhuma
outra “união civil” distinta daquela que o Criador instituiu
pode, honestamente, ser chamada “casamento”.
Papéis sexuais segundo a Bíblia versus “ressignificação” das Escrituras (Romanos 1:18-32)
A Bíblia nos indica o relacionamento sexual
padrão, normal e aceito por Deus no contexto do casamento monogâmico
e heterossexual, no qual o homem e a mulher tem papéis sexuais
definidos, conforme a natureza de cada um, segundo o propósito de
sua criação, para que um se complete no outro e encontre prazer e
satisfação. Quando estes papéis são pervertidos, há prejuízos
morais, emocionais, físicos e sociais. No casamento há completude,
em outros tipos de uniões não, pois a felicidade conjugal só é
possível dentro dos propósitos e limites estabelecidos pelo
Criador: o marido se completa na esposa, e a esposa no marido,
conforme Deus mesmo planejou.
A tentativa da Teologia Inclusiva de
ressignificar a Bíblia para legitimar uniões homoafetivas é
desonesta, e não tem qualquer sustentação exegética, teológica
ou hermenêutica. Aliás, tais tentativas são um atentado contra
Deus, Sua Palavra e o próprio ser humano. O conceito bíblico de
pecado não muda com o tempo, nem conforme as culturas, por isso não
deve ser “ressignificado”, mas acatado como qualquer outro ensino
divino. Assim, quando lemos sobre o relacionamento homossexual como
sendo pecaminoso, é dessa forma que devemos entendê-lo, e não de
outra maneira. A Bíblia diz o que ela diz, e não o que queremos.
Qualquer outro discurso poderá ser, para este tempo, “politicamente
correto”, mas será incorreto do ponto de vista bíblico.
Relativizar as Escrituras, ou reinterpretá-las à luz de uma “nova
hermenêutica” é prestar um serviço ao diabo.
O dever de Frutificar e Multiplicar (Gênesis 1:28):
Na primeira narrativa sobre
a criação do homem, lemos: “E Deus os abençoou, e Deus lhes
disse: Frutificai
e multiplicai-vos,
e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e
sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a
terra” (Gênesis 1:28 – grifo do autor). Nos
tipos de famílias inventados
por movimentos progressistas e ideológicos, o ideal de Deus de
completude do ser humano não se cumpre, bem como as uniões
homoafetivas não podem, jamais, desempenhar o dever da frutificação
e da multiplicação. Se as relações homoafetivas fossem normais,
segundo o entendimento bíblico, esta ordem dada por Deus não teria
sentido algum.
Conclusão:
Aceitar outras
configurações de família e de casamento é validar o que Deus
chama de pecado; é aceitar valores que contrariam a Bíblia e a
própria natureza humana, é submeter-se ao padrão desde mundo que,
sabemos, “jaz no maligno” (1 João 5:19), é rebelar-se contra o
Criador.
Quem é por Cristo
milita por Cristo. Quem é de Cristo tem a mente de Cristo. Quem
pertence ao Reino de Deus vive segundo os valores deste mesmo reino.
Se você é um Cristão, então viverá inconformado com este mundo e
rejeitará a “nova moralidade”, bem como lutará contra todo tipo
de ‘ressignificação’ ou ‘relativização’ da Palavra e dos
princípios cristãos. Sua família é seu maior patrimônio,
protegê-la é seu dever.
1
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/primeiro-ter-uniao-estavel-com-2-mulheres-no-rio-fala-sobre-relacao.html
(acessado em 05 de maio de 2018)
2
http://www.gazetadopovo.com.br/justica/casal-de-tres-homens-consegue-registrar-uniao-poliafetiva-7vkhjftrf2qbpd9sfv4inept2
(acessado em 14 de maio de 2018)
Assinar:
Postagens (Atom)