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Os “Theybies” e a Sociedade Decadente



Pr. Cleber Montes Moreira

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27 – grifo do autor)


Você sabe quem são os “theybies”? No dia 16 de fevereiro de 2019, aconteceu a festa do primeiro aniversário de Sparrow Dennis. A decoração foi toda em roxo e azul-petróleo, e a criança estava vestida com calça azul e blusa rosa. O detalhe é que pouca gente sabe se Sparrow é menino ou menina. É que a família, seguindo uma tendência crescente em várias partes do mundo, resolveu educar Sparrow como sendo de “gênero indefinido”. Segundo informações do jornal Wcnc.com, na certidão de nascimento de Sparrow o campo “sexo” está como “desconhecido”. O nome cunhado em inglês para crianças neutras é theyby”. O movimento denominado de “gender-neutral” propõe que bebês de zero a 4 anos não sejam chamados de meninos ou meninas. Segundo a “neutralização de gênero”, as crianças devem “escolher” o gênero sem “interferências externas”. Para se referirem aos filhos, os pais não usam as palavras baby ou babies (bebê ou bebês), mas os pronomes indefinidos “they” e “them”1 (ele ou ela, e eles ou elas em português).

Em 2011, um casal de Toronto, no Canadá, virou notícia ao revelar que decidiu criar seu filho, Storn, sem relevar seu gênero. Uma família americana também chamou a atenção da imprensa pelo modo como decidiu educar seus filhos. Para Callie e Caleb Glorioso-Mays as crianças devem ser livres de estereótipos, e nada deve ser determinado como sendo do universo masculino ou feminino. O menino de 5 anos gosta de usar arco no cabelo e roupas femininas, já a menina de 1 ano veste roupas masculinas. Só nos Estados Unidos, existem cerca de quase 400 famílias “Parenting Theybies” (como são chamadas as famílias que decidem por bebês “sem gênero”).

A Suprema Corte da Austrália decidiu em 2014 que, além dos sexos feminino e masculino, um neutro poderia constar nas certidões de nascimento. A categoria foi chamada de non-specific, ou seja, indefinido. Em Malta desde 2015 que a indicação do gênero de uma criança na certidão de nascimento pode ser adiada até que ela se defina. No Canadá, a partir de 2017, as certidões de nascimento e os passaportes passaram a conter a opção “X” além de “masculino” e “feminino”. Na Alemanha, em 14 de novembro de 2018, a Câmara dos Deputados decidiu que pessoas do chamado “terceiro gênero” podem ser registradas como “intersexuais” ou ter a definição de gênero omitida em suas certidões de nascimento. Em 2018 Nova York também aprovou a opção do “terceiro gênero” nas certidões de nascimento. Nova Zelândia é possível registrar uma criança como sendo de gênero “indeterminado”, “intersexual” ou “inespecífico”. Nepal, Paquistão, Bangladesh, Índia e outros países também já aprovaram leis sobre o “terceiro gênero”. No Brasil tramitam alguns Projetos de Leis semelhantes, dentre eles o PL 5255/2016 de autoria da ex-deputada Laura Carneiro, que “Acrescenta § 4º ao art. 54 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que ‘dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências’ a fim de disciplinar o registro civil do recém-nascido sob o estado de intersexo.”2

Uma matéria publicada no Portal IG em 20123, intitulada “Filosofia polêmica propõe educar crianças fora de padrões de gênero”, explica que “Pais adeptos da ‘criação de gênero neutro’ permitem aos filhos usar roupas de fada e às garotas experimentar vivências tidas como masculinas.” Na mesma matéria, lemos:
Um dos casos mais polêmicos foi o de Sasha Laxton. Por cinco anos, os pais se recusaram a revelar o sexo da criança. No início deste ano (2012), na iminência do ingresso na escola, o casal finalmente contou que Sasha é um menino. No cartão de Natal enviado pela família nas últimas festas, ele aparece vestido de fada.

Em 2010, Angelina Jolie declarou sobre sua filha Shiloh Jolie-Pitt, à revista Vanity Fair: “Ela quer ser um garoto, então tivemos que cortar o cabelo dela”. Em junho de 2017, um site sobre famosos informou: “Filha de Angelina Jolie e Brad Pitt, Shiloh inicia processo de mudança de sexo.”4

Os teóricos da Ideologia de Gênero, também chamada por alguns de “Ideologia da Ausência de Sexo”, afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, e que os gêneros, bem como os “papéis de gênero” que decorrem das diferenças de sexos, são construções culturais e sociais. Judith Butler, em seu livro Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity (Questão de gênero: o feminismo e a subversão da identidade), afirma que “o gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo”. Na mesma obra, Butler ainda defende que “homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino”.5 Os teóricos da Ideologia de Gênero defendem que além dos gêneros masculino e feminino existem “outros gêneros”, e que qualquer pessoa pode escolher um desses “outros gêneros”, ou mesmo alguns desses “outros gêneros” simultaneamente.6

Cisgênero, agênero, gênero fluido, transgênero, intersexual, pansexual… Quantos gêneros existem? Não se sabe ao certo, mas a confusão parece não ter limites. Algumas fontes falam em 52, 56, 70, e até mais de 100 gêneros. Em 2017 O Globo publicou matéria intitulada: “Com 37 opções de sexualidade, Tinder tem 250 mil novos encontros em 6 meses.”7 Basta uma simples busca pelo Google e logo aparecem sites “especializados” no assunto, alguns com listas imensas de “gêneros” que nunca ouvimos falar.

Os “Theybies” são fruto de uma geração em rebeldia contra o Criador, que se obscurece em sua falsa sabedoria, que muda a verdade de Deus em mentira, e por isso está entregue à concupiscência e à sua própria desonra (Romanos 1). Os “Theybies” refletem uma sociedade decadente e marcada por aquele que a governa: o próprio Satanás, o deus deste século que cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Coríntios 4:4). O pecado é uma ofensa ao Criador, mas também uma violência contra a criatura. Pense nisso!


1 Pronomes usados para se referir a uma pessoa quando você quer evitar dizer “ele” ou “ela”, ou quando você não sabe se a pessoa é do sexo masculino ou feminino.
5 Com informações de https://www.semprefamilia.com.br/o-que-e-ideologia-de-genero/ (acessado em 22 de fevereiro de 20019)
6 Com informações do site http://sofos.wikidot.com/ideologia-de-genero (acessado em 22 de fevereiro de 2012)

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