“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os
nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da
Palavra da vida. O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos...” (1
João 1:1, 3a)
O apóstolo João, ao dirigir-se a seus leitores, o faz com a
autoridade de quem esteve e conviveu com Jesus Cristo. Ele foi
testemunha ocular, ouvinte direto, e suas mãos tocaram a Palavra da
Vida encarnada, o Verbo divino, o Filho de Deus. Uma testemunha fala
do que presenciou, relata uma experiência testemunhal. Uma coisa é
falar do que viu, outra é contar algo com base no “ouvi dizer”.
Assim, nosso testemunho terá valor se for baseado numa experiência
pessoal com Jesus, e não em informações transmitidas por
terceiros. A fé é relacional, e não uma experiência terceirizada.
Daí a afirmação de que “filho de crente não é crentinho”.
Provavelmente, os leitores de João eram crentes de segunda ou
terceira geração, que receberam a Palavra do evangelho transmitida
por seus pais, ou por outras pessoas sem, contudo, terem tido um
relacionamento com o Salvador. Daí a importância da afirmação de
João sobre sua experiência pessoal com Cristo, como argumento
principal de sua autoridade espiritual.
Um dos maiores problemas da igreja de hoje é justamente este tipo
de fé herdada dos pais, ou de outras pessoas, infrutífera,
impotente para a obra da salvação. Daí tantos membros de igrejas
confessando a Jesus, todavia perdidos, sem arrependimento, justamente
porque falta vida relacional com o Senhor. Por isso, quem goza desta
experiência precisa falar com vigor e autoridade, exortando e,
especialmente, evangelizando os que sem salvação estão agregados à
igreja local. O testemunho do verdadeiro crente é de valor
incalculável, é seu melhor argumento, poderoso e persuasivo.
Você pode contar sobre sua experiência com Cristo? Então faça
isso! Não pode? Então precisa, urgentemente, de um encontro
transformador com o Salvador, para que experimente o novo nascimento,
sem o qual não poderá entrar no Reino de Deus. Pense nisso!
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