Pr. Cleber Montes Moreira
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras
estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.”
(João 15:7)
Muitas pessoas pensam na
oração como parte de um compromisso, de um programa ou de uma
campanha da igreja, como um esforço pontual para se conquistar
determinados objetivos etc. Assim, oramos por Missões durante as
campanhas missionárias, oramos pelo crescimento da igreja quando da
realização de eventos e esforços evangelísticos, oramos pela
nação quando surgem as crises, recorremos a Deus diante de certas
situações, clamamos quando em aflição,
na doença, e
colocamos a oração em nossa agenda
como se orar fosse – apenas – mais
um entre tantos outros compromissos. E
pior, oramos sem cultivar uma vida de oração, ou seja, sem cultivar
um relacionamento vivo e dinâmico com o
Pai celestial, nos esquecendo de que a oração deve ser parte de
nosso ‘jeito de ser’ e não uma tarefa a ser cumprida. Muitas
vezes ‘estamos’ orando, mas não ‘em oração’. Quase sempre
falamos sem ouvir o que Deus tem a nos dizer,
sustentando um monólogo egoísta sobre nossos desejos e
necessidades, buscando receber e esquecendo de que o Senhor é Deus e
não nós. Este comportamento cresce na mesma medida em que se
alastram a confissão positiva, a teologia da prosperidade, o
‘evangelho’ antropocêntrico e outras heresias, e as pessoas se
afastam da Bíblia dando ouvidos àquilo que lhes agrada.
Precisamos entender que a
oração não é um evento, mas um modo de vida, que consiste num
relacionamento saudável e íntimo com nosso Pai Eterno, que serve
não como meio para recebermos algo, mas como instrumento divino para
nossa transformação. É quando experimentamos a maturidade
espiritual que conhecemos a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus (Romanos 12:2) e passamos a desejá-la em detrimento da nossa. É
nesta intimidade com o Senhor que nos amoldamos ao Seu padrão e
deixamos de viver conforme o mundo. A oração nos transforma e faz
Cristo transbordar em nós. Quanto mais
oramos, mais nos tornamos parecidos com o Senhor Jesus. Quando
é Ele, e não nós, quem reina em nossos corações é a sua vontade
e não a nossa que tem proeminência, e nesta condição tudo o que
pedirmos será segundo o seu desejo e, portanto, realizável.
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