Pr. Cleber Montes Moreira
“Louvando a Deus, e
caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o
Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:47)
Certa irmã sempre orava
assim: “Que nossa igreja cresça não em número, mas em Espírito
e em Verdade.” A cada vez que era convidada para orar repetia a
mesma frase, como por um ato automatizado e, certamente,
inconsciente. Sua oração feria meus ouvidos e, imagino, entristecia
a outros irmãos que sonhavam com o crescimento da Congregação.
Como imaginar que uma igreja que cresce “em Espírito e em Verdade”
não experimente, como consequência de seu crescimento qualitativo,
também o crescimento quantitativo? E como fica a visão do “Ide”,
conforme Mateus 28:18-20, que consiste em “fazer discípulos de
todas as nações”? E a compreensão de que fomos escolhidos e
designados para frutificarmos, conforme João 15:16? Orar como aquela
irmã seria o mesmo que pedir a Deus para que um filho crescesse
emocionalmente, intelectualmente, mas não em estatura física, o que
seria uma anomalia.
O crescimento numérico não
deve ser a obsessão da igreja, mas resultado natural do modo de vida
dos salvos e de sua obediência a Deus no cumprimento de sua missão.
É normal que um corpo saudável experimente crescimento natural e
equilibrado, que varia conforme seu contexto.
A oração da irmã era
fruto de sua ignorância, e não resultado de zelo e maturidade. É
bom lembrar que foi Jesus quem disse: “Eu sou a videira, vós as
varas; quem está em mim, e eu nele, ESSE DÁ MUITO FRUTO;
porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5 – grifo do autor).
Embora “muito fruto” nos remeta à natureza e qualidade da vida
cristã – Cristo vivendo em nós – espera-se da videira que
frutifique segundo a sua espécie, e a contento.
Mesmo diante de fatores
externos e internos que atrapalham o crescimento das igrejas, digo
considerando as igrejas sérias e fiéis à Bíblia, nossa oração,
modo de viver e trabalho deve ser no sentido de que a experiência
ocorrida no princípio seja também vivenciada pela igreja deste
tempo: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que
se haviam de salvar” (Atos 2:47). Observe que “todos os dias”
indica uma ocorrência corriqueira e não esporádica. Importa ainda
considerar que não se tratava de um crescimento por “inchaço”
ou “adesões”, mas pelo ingresso de vidas verdadeiramente salvas.
Oremos pela igreja. Oremos
por sua edificação. Oremos pelo seu crescimento. Oremos e
trabalhemos, para que nossa postura não seja apenas contemplativa,
mas de engajamento. Afinal, estamos ligados à Videira.
1. Você tem o hábito de
orar por sua igreja?
2. Quando você intercede
por sua igreja, o que você pede?
3. Para você o que é dar
“muito fruto”?
4. De que forma você tem
cooperado para o crescimento de sua igreja?
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