“Todos
estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as
de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na terra.” (Hebreus 11:13)
Pr.
Cleber Montes Moreira
Há
um comercial de TV que já está ficando repetitivo. Nele, pessoas
bem-sucedidas contam sua história de vida, declaram seu progresso,
vitórias e sucessos, e terminam seu testemunho sempre com a frase:
“Eu sou a Universal!” Esta é uma propaganda motivacional que
visa vincular a ideia de prosperidade, de conquistas, de sucesso e
felicidade àquela denominação religiosa. Certamente que muita
gente é estimulada por esse marketing, tornam-se simpatizantes e até
seguidoras deste tipo de “evangelho” cujo foco está no sucesso
temporal, e não na salvação eterna. Interessante que, ao contrário
destas pessoas, os heróis da fé não tiveram vida fácil. Na
verdade, o escritor bíblico diz que eles “morreram na fé, sem ver
o cumprimento das promessas…”. Simplesmente creram. Se guiaram
por fé e não por vistas. Viveram na Terra como estrangeiros e
peregrinos (Hebreus 11:13).
Dentre
os personagens mencionados no capítulo 11 de hebreus, a narrativa
sobre Moisés é realmente interessante e oportuna. Diz o texto:
“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da
filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus,
do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores
riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque
tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a
ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível” (Hebreus
11:24-27). Ele tomou o caminho contrário ao que prega hoje o
evangelho da prosperidade: “recusou ser chamado filho da filha de
Faraó”, o que significa que rejeitou todas as glórias e benesses
do reino, “escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus”,
considerando obedecer a Deus algo mais precioso que os “tesouros do
Egito”. No final, não entrou na Terra, apenas a viu de longe.
O
texto bíblico ainda diz: “E outros experimentaram escárnios e
açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados,
tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de
ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados… (Hebreus
11:36,37).
Certamente
que pessoas tipo os “heróis da fé” não podem ser
“garotos-propaganda” deste falso evangelho. O que teriam a dizer
se testemunhassem naquele comercial de TV? Contar suas humilhações
não seria “politicamente correto”.
O
que é mais importante, ser cristão, ser guiado pela fé, ainda que
em meio ao sofrimento, ou ser “A Universal”? Eu já fiz a minha
escolha, e você?
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