Pr. Cleber Montes Moreira
“Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.” (Marcos 12:42 - Leia de 41 a 44)
Numa época anterior ao Plano Real, de inflação muito alta, em certa igreja havia um membro em boa condição financeira. Ele era proprietário e produtor rural, tinha uma boa casa, carro, vida controlada. Por ocasião das campanhas missionárias, seu envelope era, geralmente, o mais “gordo”. Entretanto, ao ser aberto, sempre eram encontradas cédulas sem valor, que nem mesmo os bancos aceitavam. Infelizmente, suas doações eram uma afronta, um desdém, um descaso para com a Obra de Deus. Um “tristemunho”! Diferentemente, conta-se que um jovem norueguês chamado Peter Torjesen, quando com 17 anos de idade, sentiu-se tocado profundamente em seu coração por contribuir para missões; ele pôs no seu envelope de ofertas tudo o que tinha em sua carteira, e depois de pensar um pouco, escreveu também num pedaço de papel: “E minha vida.” Mais tarde foi cumprir o “Ide” de Jesus como missionário na China. Ele entregou tudo: seu dinheiro, seu tempo, seus talentos e sua vida por inteiro. Sua oferta foi integral.
Jesus conhece o real valor de nossas ofertas. Durante o culto, no templo, depois de observar os que depositavam na arca do tesouro, comentou: “Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver" (Marcos 12:43,44 – NVI). A mulher que tinha desculpas plausíveis para não ofertar, nos ensina uma grande lição: a oferta mais preciosa não é, necessariamente, a de maior valor, mas sim aquela que representa um esforço maior, um desafio de fé, uma atitude de amor. Aquilo que, na visão de Jesus, os ricos deram eram as sobras. A viúva deu tudo: portanto, deu a maior oferta! Penso que ela não deu apenas o seu dinheiro, ela deu o seu coração! Quando o nosso coração pertence a Cristo, tudo mais que está à nossa disposição, tudo o que temos e somos é Dele!
Que aprendamos com a viúva pobre: sua fé e seu amor alargaram sua visão. Só uma pessoa que tem fé e ama a Obra pode ter compromisso com seu sustento. Entreguemos, pois, a Deus nossa oferta integral; pela fé e amor ofereçamos nossos recursos e nossa própria vida.
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