Pr. Cleber Montes Moreira
“Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista...” (Salmos 51:4)
Concordo com Jonathan Swift, quando disse: “Um homem nunca deveria ter vergonha de confessar que errou, pois na verdade é como dizer, por outras palavras, que hoje ele é mais sábio do que foi ontem.” Sim, é verdade que podemos aprender com nossos erros, mas também é verdade que há uma indisposição enorme em reconhecê-los, e mais ainda em admiti-los diante das pessoas e do próprio Deus. Dizer “eu errei” é um golpe para o ego, e a maioria não quer sofrê-lo, preferindo negligenciar a culpa, sofrer os prejuízos, e padecer internamente pelo que cometeu.
Davi pecou. Como um abismo chama outro abismo, não parou no adultério, mas praticou uma sucessão de outros erros na tentativa de ocultar o primeiro. O rei lidou com o erro em seu coração, como se ele não existisse, até que por meio do profeta Natã o Senhor o repreendeu (2 Samuel 12). Só depois disso é que ele, então, confessou: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista…” (Salmos 51:3,4). Também foi capaz de reconhecer a fraqueza da carne, ao dizer: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmos 51:5). Somente depois disso é que pôde fazer, com o coração quebrantado, sua oração de arrependimento sincero.
O filho pródigo, somente depois de experimentar a miséria é que pôde, em sofrimento, tomar uma atitude digna, capaz de mudar sua condição: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lucas 15:18).
Para os sábios, admitir os erros não é fraqueza, é virtude. Só quem é capaz de fazê-lo pode alcançar o perdão e ficar em paz com a própria consciência. Dizer “eu errei” certamente ferirá seu orgulho, mas é o único meio de voltar ao caminho certo. Sem confissão e arrependimento não há salvação.
Você é capaz de dizer “Eu errei”? Já o declarou alguma vez? Necessita fazê-lo agora? Ocultar um erro produz um peso imenso de sofrimento, mas confessá-lo alivia a alma e abre caminho para o novo. Pense nisso!
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