Olá.
Estou postando noutro endereço. Aguardo sua visita em https://www.apalavra.net.br/
Me ajudem a divulgar.
Grato.
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“Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? […]. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:25,32,33)
Pr. Cleber Montes Moreira
Imagine uma casa muito bonita. Você passa na rua, olha e admira sua arquitetura. Trata de uma obra bem-feita, bem-acabada, pintura nova, um belo jardim na frente… Um dia você é convidado a entrar naquela casa e observa que os móveis são velhos e feios, alguns arranhados, quebrados ou sendo comidos por cupins. Também os eletrodomésticos são antigos, com cores desbotadas. As vidraças estão sujas, e numa janela há um vidro quebrado. Pergunto: o imóvel perde seu valor porque os móveis, os eletrodomésticos e as vidraças estão nestas condições? Claro que não! Entretanto, muitos reclamam da vida porque não podem comprar móveis novos, eletrodomésticos de última geração, porque não têm um smartphone moderno, porque não podem trocar de carro, usar roupas de grife, ou mesmo porque não podem ter comida cara em suas mesas, se esquecendo que a vida é uma dádiva de valor inestimável. Imagino que seja isso que Jesus quis nos ensinar ao dizer: “Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” (Mateus 6:25).
A ansiedade pelas coisas temporais, ainda que muitas delas nos sejam necessárias, nos fazem desviar o olhar de Deus e ignorarmos os seus cuidados, bem como limita nossa visão a respeito de nós mesmos e nos impede de enxergar nossas mais urgentes necessidades. O foco no “pão material” nos desvia do Pão de Deus que “desce do céu e dá vida ao mundo” (João 6:33), de modo que ainda que o corpo esteja bem alimentado e bem-vestido, o espírito está nu e faminto; ainda que acumulemos riquezas neste mundo, se não tivermos o principal seremos miseráveis. É assim que as preocupações exageradas com esta vida nos fazem adoecer; enquanto somos acometidos de ansiedade, as aves do céu, “que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros” têm seu alimento diário, e os “lírios do campo” que “não trabalham nem fiam” se vestem esplendorosamente (vs. 26,28).
O segredo para uma vida equilibrada é ajustar o foco e reordenar nossos valores e prioridades. Consideremos que nosso Pai celestial sabe tudo quando realmente necessitamos, que Ele cuida de nós, que inútil nos “será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Salmos 127:2), e com esta confiança busquemos “primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” (v.33), sabendo que nada nos faltará. Isso é saúde para a mente, para o corpo e para o espírito.
Photo by Aaron Burden on Unsplash |
Pr. Cleber Montes Moreira
A realidade presente, em função da pandemia, nos obriga a buscar alternativas e soluções para que as coisas funcionem, e isso inclui as igrejas. Embora a presença virtual das igrejas já fosse uma realidade, em virtude da situação atual aumentou significativamente. Até mesmo igrejas que não tinham página no Facebook ou canal no YouTube, por exemplo, ingressaram nas redes com cultos, estudos bíblicos, PGMs, aconselhamentos etc. É certo que as redes sociais são excelentes ferramentas de comunicação, e a presença online pode contribuir para que a mensagem do evangelho tenha maior abrangência e alcance muito mais pessoas, sendo, assim, um recurso do qual as igrejas não devem se abdicar. Entretanto, o seu uso inadequado pode acarretar sérios prejuízos. Exemplifico: Durante este período algumas igrejas inovaram (se é que podemos chamar isso de inovação) e, além das transmissões onlines, passaram a celebrar a “Ceia Online”, “Batismos Online”, e até passaram a realizar “Celebração Online de Casamento”, coisas antes inimagináveis que agridem o bom-senso e ferem a sã doutrina.
Pelo que temos visto, parece que as “inovações” não terminaram. É o caso de certa igreja que resolveu reformar seu estatuto e incluir nele uma nova “modalidade de membros”, os chamados “membros onlines”. Certamente que esta igreja terá que implementar formas online para receber estes membros, seja por carta de transferência ou por batismo, bem como desenvolver métodos de interação online, e oferecer-lhes tudo que um membro presencial tem à disposição em sua igreja local. Esta igreja também terá de celebrar a ceia online, e criar condições para doutrinamento — se é que isso interessa, bem como tomar outras providências.
Um líder denominacional, numa live recente, admitiu a possibilidade de “igrejas onlines” — totalmente online, sem um templo com endereço físico, apenas com endereço virtual, que receba membros e que realize todas as suas celebrações, inclusive das ordenanças bíblicas, online. Chegou a discorrer sobre o “conforto” de ser um membro online, tendo, por exemplo, a liberdade para escolher seus horários: o membro poderia acordar tarde, almoçar, ver TV, jogar uma partida de futebol e, à tardinha ou mesmo à noite, participar da EBD — propôs. Apresentou ainda a possibilidade de alguém se tornar membro de uma igreja distante de sua casa, uma vez que no mundo virtual não teria que percorrer quilômetros para participar do culto, bastando, para isso, apenas alguns cliques.
É certo que as pessoas buscam facilidades. Já podemos ter na palma da mão, digo, no smartphone, o nosso Título de Eleitor, a nossa CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e outros documentos importantes. Não precisamos sair de casa para pedir comida e várias outras coisas, pois já há serviços de entrega para quase tudo. Até médicos há que estão realizando “consultas virtuais”, e planos de saúde que oferecem o serviço. Faz pouco tempo li um anúncio inusitado de uma profissional oferecendo “atendimento odontológico online” — fiquei surpreso e pensativo: como seria tal atendimento? Se as pessoas podem fazer transações bancárias online, consultar um advogado online, namorar (e trair) online e tantas outras coisas, por que não podem “cultuar”? Aliás, igrejas apenas online já são uma realidade. Por incrível que pareça há uma que afirma ser “uma igreja relacional” — estão confundindo ‘comunhão’ com ‘conexão’.
A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz que a igreja é “uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”1. Por este entendimento é que os batistas fundamentam sua eclesiologia no conceito de igreja local (não virtual), porque nela o salvo é recebido, desenvolve e realiza seus dons servindo a Deus, ao próximo e à sua comunidade; é na vida da igreja local que ele experimenta a comunhão e pratica a mutualidade. Este conceito de igreja como “ajuntamentos” locais está explícito no Novo Testamento. Apresento aqui apenas algumas referências: Paulo e Silas passaram pela “Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (Atos 15:41). Paulo saudou “às igrejas da Galácia” (Gálatas 1:2). Aquila e Priscila, em Roma e em Éfeso, cediam seu lar para as reuniões da igreja (Romanos 16:3-5; 1 Coríntios 16:19). O Senhor Jesus escreveu, por meio de João, cartas às sete igrejas da Ásia (Apocalipse 2 e 3). Paulo, corrigindo os desvios na celebração da Ceia do Senhor na igreja em Corinto, repreendeu aqueles irmãos dizendo: “De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor”; “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros” (1 Coríntios 11:20,33 — grifo do autor). O mesmo conceito é usado quando o apóstolo trata sobre a questão de “línguas”: “Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?” (1 Coríntios 14:23). Já o escritor Aos Hebreus faz a seguinte exortação: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. Na Bíblia King James Atualizada lemos: “Não abandonemos a tradição de nos reunirmos como igreja, segundo o procedimento de alguns, mas, pelo contrário, motivemo-nos uns aos outros, tanto mais quanto vedes que o Dia está se aproximando. O castigo do pecado renitente” (Hebreus 10:25 — grifo do autor). O autor usa o grego episunagógé, significando “um encontro, uma assembleia”2, e as ações mencionadas no texto somente são possíveis presencialmente.
O conceito de “igreja virtual” ou “igreja online” — diferente de presença online — fere a ideia de igreja corrente no Novo Testamento e, portanto, deve ser rejeitada.
Por fim, entendo que a realidade de “igrejas online” transforma o membro em mero consumidor de conteúdo religioso digital — ele deixa de ser membro “dos outros” (Romanos 12:5; Efésios 4:25), de ser um cooperador que serve com seus dons para a edificação do Corpo de Cristo e, sem a necessidade de compromisso e fidelidade com uma igreja local, sem a consciência de pertencimento, ele passa a navegar em busca dos melhores serviços e conteúdos, ou daquilo que lhe agrada. Assim fazendo ele acaba se transformando num nômade virtual, ou mesmo num desigrejado moderno.
1 http://www.convencaobatista.com.br/siteNovo/pagina.php?MEN_ID=22
2 Strong
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
Depois de um ano tão conturbado, o que esperar do Ano Novo? Nesta época mensagens são compartilhadas com desejos de saúde, paz e prosperidade. Se cada um fizesse uma lista de desejos, talvez entre as expectativas comuns estivesse uma vacina eficaz contra a Covid-19 e o retorno à normalidade. Uma sociedade mais justa, mais segurança, educação de qualidade, igualdade social e melhor gestão dos recursos públicos também seriam, dentre outros temas, lembrados. Não faltariam pedidos específicos como a cura para alguma enfermidade, emprego, restabelecimento de relacionamentos, viagens, a realização de algum sonho pessoal etc.
Vamos falar de você. Qual é a sua ‘lista de desejos’ para 2021? E se todas as suas expectativas para o Ano Novo forem frustradas? A questão, quando tratada de modo adequado, não é o que esperamos, mas em quem esperamos. O profeta Habacuque, por exemplo, fala de realidades muito adversas:“ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado”. E o salmista nos apresenta cenas de um possível caos: “ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (Salmos 46:2,3). Talvez, um bom exercício para a fé seja pensarmos em possíveis “ainda que”, já que nem tudo o que desejamos ou esperamos se concretiza. Talvez, apenas talvez, o Ano Novo não seja melhor que o que passou, e mesmo assim, ainda que não haja a cura definitiva para a Covid-19, ainda que não haja fartura na mesa, ainda que a economia não vá bem, ainda que os recursos sejam escassos, ainda que o mundo esteja em desordem… a questão determinante é onde ou em quem está sua confiança e contentamento. Se você é capaz de crer em Deus como o seu “refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmos 46:1) e, independentemente das circunstâncias, dizer “Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3:18) você terá paz e segurança. Pense nisso!
Imagem de José Manuel de Laá por Pixabay |
Pr. Cleber Montes Moreira
O amor verdadeiro não é um mero sentimento, algo estático, mas ativo. É altruísta. Quando Deus amou o mundo Ele não fez um discurso, escreveu um poema, compôs uma canção, mandou flores… embora encontremos na Bíblia declarações, poemas e canções sobre o amor divino, Paulo diz que Deus provou o seu amor para conosco ao entregar Cristo para morrer em nosso lugar, na cruz, estando nós em inimizade contra Ele por causa do pecado (Romanos 5:8).
Talvez uma mãe ou um pai ouse morrer em lugar de um filho, um irmão em lugar de outro, um cônjuge em lugar da pessoa amada, ou mesmo um amigo em lugar de alguém muito especial, mas quem morreria em lugar de um inimigo? Porém, a grandeza do amor divinal está “não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10) — João diz que Deus nos “deu o seu Filho unigênito” (João 3:16). Isso pode parecer loucura. De fato este amor transcende nosso entendimento. Paulo afirmou que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem” (1 Coríntios 1:18), entretanto, esta ‘loucura’ é a maior prova de amor já vista. Como este amor, em toda a sua dimensão, não pode ser traduzido em palavras humanas, pode ser este o motivo de João, inspirado pelo Espírito, ter escrito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…” E o que isso significa? Que não há em todo o universo algum outro amor, nem mesmo o amor de mãe, nada que o pensamento humano possa conceber, nada que possa ser descrito ou sonhado que possa, ainda que palidamente, ilustrar com fidelidade o amor do Pai — se não há como descrevê-lo, basta-nos saber que Ele nos “amou de tal maneira…”.
O amor de Deus é a suprema expressão de amor. Como escreveram nossos saudosos poetas, “se os mares todos fossem tinta e o céu sem fim fosse papel, se as hastes todas fossem penas e os homens todos escrivães, nem mesmo assim o amor seria descrito em seu fulgor”; de modo que “quem pode o seu amor contar? Quem pode o seu amor contar? O grande amor do Salvador quem poderá contar?”
Se o amor divino não pode ser sondado, nem descrito, ele pode ser experimentado. Quem conhece a Jesus, conhece o amor. Pense nisso.