“Não são do mundo, como eu do mundo não
sou.” (João 17:16)
Pr. Cleber Montes Moreira
Certa feita, o irmão Luis Carlos de Moraes, da
Primeira Igreja Batista de Itaperuna, convidou-me para uma visita
evangelística a um senhor chamado Marciano. Quando lá chegamos,
logo iniciei a apresentação do plano de salvação. Depois de
algum tempo falando, o homem interrompeu-me e disse: “Sabe, eu não
acredito em nada disso. Não creio em Deus, na Bíblia, no céu e
nem no inferno. Para mim, morreu acabou.” Confesso que fiquei
surpreso, pois não havia sido avisado que Marciano era ateu. Depois
soube que não gostava de crentes e não permitia reuniões em sua
casa, mesmo sendo sua esposa uma cristã que orava há anos por sua
conversão. Não demorou muito, o Espírito Santo fez-me recordar de
algo que havia lido num livro, uma tática evangelística. Então,
perguntei: Sr. Marciano, o senhor é homem de aceitar desafios? Ele
respondeu positivamente. Então, propus que ele pensasse sobre a
seguinte questão, perguntando: Sr. Marciano, se o Deus em quem creio
não existe, se a Bíblia é fruto da mente humana, se o diabo é uma
ficção, se não existem o céu e o inferno, o que eu tenho a
perder? Ele respondeu prontamente: “Nada.” Pois bem, continuei:
Se o Deus em que creio é verdadeiro, se a Bíblia é a Sua Palavra,
se existe o diabo, o céu e o inferno, o que o senhor tem a perder.
Ele respondeu, literalmente, assim: “Estou ferrado”. Eu disse: É
sobre isso que quero que pense. Este é o desafio.
Não demorou muito para que o encontrasse,
durante uma corrida de ônibus na cidade. O avistei quando já estava
para descer, bati em seu ombro, e ele disse: “Precisa voltar lá em
casa para gente conversar.” Como fiquei contente! Não muitos dias
depois, durante uma reunião de evangelismo em minha casa, o irmão
Luis Carlos chegou com um recado: “O Sr. Marciano está internado e
pediu para falar com o pastor ‘magrinho’. Havia se esquecido de
meu nome. Fui, então, visitá-lo. E, qual foi minha surpresa?
Marciano queria fazer sua decisão por Cristo. Havia pensado na
questão proposta. Deus falou ao seu coração e o Espírito Santo
operou poderosamente. Ali, no hospital, o ajudei numa oração de
entrega ao Salvador. Ele foi sincero e seu testemunho impactante.
Dias depois, tive o privilégio de ser o primeiro a pregar num culto
em sua casa. Marciano não ficou muito tempo entre nós. Acometido
de um câncer, faleceu meses depois. Preguei em seu velório, quando
pude testemunhar de sua fé. Hoje, Marciano não é mais deste
mundo. Morreu para o mundo, morreu para sua incredulidade, morreu
fisicamente, mas está vivo para Deus. Agora pertence ao Reino dos
Céus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário