Pastor Cleber: novembro 2018
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NADA DE BOM?

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (Filipenses 1:6)


Durante o culto todos cantavam:

Se tu olhares, Senhor pra dentro de mim, 
Nada encontrarás de bom (…).

Fomos salvos e o Espírito Santo passou a habitar em nós. Não nos tornamos perfeitos, mas o Senhor está realizando uma “boa obra” em nossas vidas. Sim, uma “boa obra”, digo, uma excelente obra. É uma “boa obra” porque é obra do Espírito do Eterno, e tem por objetivo nos aperfeiçoar para que “cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13) – Esta é sua meta para nós! Ainda não somos como o Criador planejou, mas Ele continua trabalhando, e trabalhará “até ao dia de Jesus Cristo” quando, finalmente, “seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3:2).

A consciência de que Deus está agindo em nós, realizando a “boa obra”, pode nos levar a cantar e a orar dizendo “Dá-me um coração igual ao teu, meu Mestre”, uma vez que desejamos progredir na carreira da fé, mas, definitivamente, isso não combina com “Se tu olhares Senhor pra dentro de mim, nada encontrarás de bom”. O Espírito Santo que em nós habita é bom, e tudo o que Ele fez, está fazendo, e ainda fará é bom. Seu fruto em nós é bom. Seu alvo para nós é bom.  Cantar esta música é, ainda que inconscientemente, desqualificar toda “boa obra” – que não é humana, mas divina – que tem sido realizada em nossas vidas.

O que cantamos deve ser expressão da nossa fé, e deve servir para ensinar, e não para confundir (Colossenses 3:16). Pense nisso!

SEJAM PACIENTES NA TRIBULAÇÃO

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.” (Romanos 12:12 – NVI – grifo do autor)

Como tal recomendação pode ser observada por uma geração que busca soluções imediatas? Se não temos calma para esperar uma chuva passar, o ônibus chegar, a fila andar, nem paciência com as coisas mínimas, como esperamos suportar pressões que muitas vezes parecem desafiar os nossos limites? Não encontramos na Bíblia nenhum ensino de que a vida seria fácil; em nenhum momento esta promessa nos é feita. Jesus mesmo disse, pouco antes de suportar a cruz: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33 – grifo do autor). Sim, Aquele que em tudo foi tentado, atribulado, afrontado, humilhado, que carregou sobre si a vergonha de nossos pecados e foi crucificado, é quem deseja que nele tenhamos paz e bom ânimo (Hebreus 4:15). Ele foi exemplo perfeito de paciência, e ainda hoje tem boa vontade para conosco.

No texto bíblico a paciência vem depois da esperança, talvez como ensino de que a esperança produz a paciência: é o que vemos lá na frente, as promessas de Deus para nós, a linha de chegada, tudo o que nos está reservado na eternidade, convictos de que Ele nos ama, que nos motiva a continuar nossa jornada de fé sem desanimar. É como o lavrador que prepara a terra, semeia com esperança, e aguarda pacientemente a colheira – ele sabe que há um tempo próprio para cada espécie. A terra revolvida com violência pelo arado, o sol escaldante, as chuvas, o vento, o calor, o frio… todas as situações colaboram para que, no tempo apropriado, o fruto esteja maduro e pronto para ser colhido. Enquanto passamos por tribulações Deus está agindo, e o fruto do Espírito sendo produzido em nós. Precisamos esperar com paciência, sabendo que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28).

A paciência, como fruto do Espírito, é a capacidade para suportar todas as coisas com humildade, mansidão, fé e resiliência, confiando na fidelidade daquele que governa e dirige todas as coisas. Que possamos exercitá-la, com per-se-ve-ran-ça!

ALEGREM-SE NA ESPERANÇA


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Pr. Cleber Montes Moreira

Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.” (Romanos 12:12 – grifo do autor)


Há uma receita aqui que devemos seguir: ter alegria na esperança, ser paciente na tribulação, e perseverar na oração. Esta esperança não é uma esperança qualquer, não é aquela que é a “última que morre”, mas aquela que não pode sucumbir diante das situações mais adversas da vida, pois é a esperança que, pela fé, está firmada no Deus Eterno e inabalável, que ama o seu povo e sobre Ele derrama graça especial, diante de quem, por meio do Intercessor que é Cristo, temos entrada livre. É o Salvador, e não nós mesmos, quem nos conduz à este estado de graça, e nos mantém firmes, no gozo completo da presença e da bondade do Pai – Esta graça produz em nós tal esperança, na qual devemos nos alegrar (Leia Romanos 5:1,2).

Aqueles que são do mundo enquanto sofrem se desesperam, o salvos, porém, se alegram em meio ao sofrimento, pois compreendem que “a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:3-5). Se aqueles que não estão neste estado de graça buscam socorro em sua própria força, em seu dinheiro, em sua capacidade, na ciência, na justiça humana, na religião etc., os salvos ousam olhar para o alto, e confessam sua esperança naquele que tudo pode. Como o salmista eles podem declarar: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Salmos 121:2). Ainda que o mundo inteiro se abale, há confiança e viva esperança, pois “os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre” (Salmos 461-3; 125:1).

A esperança do mundo pode gerar decepções e tristezas, mas a esperança do cristão produz alegria. A esperança do mundo é incerta, pois aquilo que se espera pode se concretizar ou não, já a esperança em Deus é, como o próprio Deus, inabalável. Esta esperança é o segredo daqueles que são do Senhor, por isso eles devem ser pacientes e agradecidos nos dias difíceis, perseverantes na oração, e se gloriarem nas tribulações – eles se refugiam no Altíssimo, e sabem que estão sob os cuidados daquele que governa todas as coisas, e, pela fé, vislumbram o fim que lhes está reservado: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Romanos 8:18). Você tem esta esperança?

PRIMEIRO AMOR

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Pr. Cleber Montes Moreira

Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” (Apocalipse 2:4)


Embora a igreja em Éfeso receba elogios da parte do Senhor por causa de seu trabalho, de sua paciência em meio ao sofrimento, e de sua intolerância para com os falsos mestres, ela é repreendida por ter abandonado o seu primeiro amor. O verbo traduzido por ‘deixaste’ significa “deixar ir, mandar embora, desistir, abandonar, esquecer”1, e denota uma ação voluntária, o que agrava ainda mais a situação.

Mais importante que realizar boas obras em nome do Senhor, que combater os hereges, que cultivar a resiliência em meio às turbulências e forças opositoras – embora estas coisas sejam indispensáveis –, é AMAR a Deus sobre todas as coisas, com um amor relacional, incondicional, fervoroso e prazeroso, com a consciência de que a medida deste amor deve aumentar mais e mais, e nos esforçarmos para que isso realmente aconteça.

A vida cristã não pode ser um fardo, uma obrigação, uma representação, nem ativismo religioso; servir a Deus sem amá-lo é pecado. Servir ao próximo sem amor é hipocrisia. O zelo que nos faz insensíveis torna-se em legalismo. Por isso a advertência: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te” (v. 5).

Antes de todas as coisas, decidamos amar a Deus e aos outros com um amor sincero, altruísta, que motive nossas ações, que confirme nossa fé, para que em tudo o Pai Eterno seja glorificado. Pense nisso!

1BEACON, Comentário Bíblico, Volume 10, página 412, CPAD, 2005
Rienecker, Fritz - Rogers,Cleon, Chave linguística do Novo Testamento grego, Vida Nova, 1985

AMABILIDADE E GENTILEZA




Pr. Cleber Montes Moreira

Não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens.”
O amor deve ser sincero...”
(Tito 3:2; Romanos 12:9 – NVI)


Ser amável e gentil deveria ser um comportamento natural na vida de todos, principalmente para o cristão, mas não é. A amabilidade e gentileza não devem ser atitudes forçadas, praticadas por obrigação, ou mesmo por algum interesse. Se esconder alguma segunda intenção, se for oportunista, será dissimulada e desonesta.

Certa vez li num site:

Um supermercado fez a seguinte promoção: se, ao passar pelo caixa, o cliente não recebesse do atendente um cumprimento e um agradecimento ao final da compra, não precisaria pagar por ela. Certo dia, um homem passou as mercadorias pelo caixa, mas não recebeu nem o cumprimento nem o agradecimento do funcionário. O cliente, então, disse que não iria pagar pelas compras, como garantia a promoção. E o caixa explicou:
– Ah, meu senhor, a promoção foi só até ontem...

Este texto fez-me lembrar do modo como geralmente os visitantes são recepcionados em nossas igrejas: às vezes por uma equipe devidamente treinada, com sorrisos, abraços, apertos de mão… Outras vezes o dirigente pede aos membros para saudarem os visitantes mais próximos, ou para saírem de seus lugares e andarem pelo templo dizendo que sejam bem-vindos. O problema é quando a “promoção” acaba logo após o culto. Infelizmente isso se repete em outros ambientes e situações.

Ao lidarmos com as pessoas não podemos demonstrar sentimentos falsos, nem atitudes hipócritas. Se o amor não for sincero, já não é amor – é pecado! O cristianismo não é simulação, não é falso religiosismo, é um modo de vida firmado nos valores do evangelho; é vida que reproduz o caráter do Salvador – ser cristão é ser como Cristo, e isso inclui o modo como tratamos o próximo! Pense nisso.

VOCÊ TEM A UNÇÃO?

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Pr. Cleber Montes Moreira

E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas. E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.” (1 João 2:20,27)

O líder do louvor, entre uma música e outra, orava insistente e fervorosamente: “Senhor, derrama a tua unção sobre o teu povo!”

No texto em epígrafe, a palavra traduzida por unção “marca a conexão dos cristãos com Sua cabeça”1, e, portanto, distingue o crente daquele que não tem parte com o Senhor. O escritor bíblico afirma com clareza: o crente verdadeiro tem a unção do Santo, e esta unção nele permanece. É importante saber que é o próprio Deus quem nos unge, que esta unção é o derramamento do Espírito Santo sobre todo aquele que crê, e que ela é para sempre (2 Coríntios 1:21; João 14:16). Não há salvo sem o Espírito Santo, o que significa que todos os que são de Deus são ungidos. Paulo nos ensina: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Romanos 8:9) – ou você é ungido com o Espírito Santo, ou é um incrédulo; ou está possuído e selado pelo Espírito de Deus, ou não está conectado com Ele.

É a presença e ação do Espírito Santo em nós, trabalhando em nossas mentes, nos iluminando e guiando na verdade, que nos faz reconhecer os erros e as heresias propagadas pelos anticristos, e nos capacita a resisti-las (João 16:13). É Ele em nós – e esta é a verdadeira unção – que nos ensina e dá discernimento.

Quando alguém ora pedindo unção, está, ainda que inconscientemente, confessando incredulidade. Ou a pessoa ora porque ainda não é salva, ou por ignorar a Palavra, e quem não está devidamente preparado não pode estar à frente do povo para ensinar (1 Timóteo 3:6). Pense nisso!

1Rienecker, Fritz - Rogers,Cleon, Chave linguística do Novo Testamento grego, Vida Nova, 1985

FAÇAMOS UM DEUS...

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Pr. Cleber Montes Moreira


O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço… O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa.” (Isaías 44:12,13).


E disseram alguns homens: “façamos um deus à nossa imagem e semelhança, segundo nossos interesses e conveniências, que nos seja subserviente e nos dê prazer.” Então formaram um deus conforme à sua vontade, lhe abençoaram e lhe disseram que lhes fosse obediente, indulgente, amoral, indiferente a seus pecados, e de espírito mutável. Deram-lhe ordens para que dominasse sobre as enfermidades, espíritos e forças oponentes. Ordenaram-lhe inda que lhes fizesse promessas, que lhes desse prosperidade, que lhes realizasse toda sorte de desejos e que nunca lhes exigisse coisa alguma; que se sujeitasse à sua vontade e se agradasse de sua religiosidade antropocêntrica, que se alegrasse com suas celebrações festivas, com seus louvores triunfalistas, com seu egoismo e comportamento mundano, e que vivesse para a sua glória. Estes homens ergueram em seus corações um altar para este deus, criaram templos por toda parte, constituíram sacerdotes, estabeleceram rituais para cultuá-lo, e lhe escreveram um ‘evangelho’ que respalde seus princípios e valores. Foi assim que “escolheram os seus próprios caminhos, e se deleitaram nas suas abominações”, e “mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Isaías 66:3; Romanos 1:25).

APOSTASIA DOS ÚLTIMOS DIAS

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Pr. Cleber Montes Moreira


Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.” (1 Timóteo 4:1)


Paulo não se referia a pessoas alheias à vida da igreja, mas àqueles que em sua realidade se desviariam pelo caminho do engano. Observem o que ele diz em 2 Timóteo 4:3,4: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” Não é novidade que pessoas estejam buscando um evangelho que lhes traga comodidade, benefícios e satisfação neste mundo.

Em nenhum outro tempo houve tantos falsos mestres, constituídos nas igrejas, segundo a conveniência do povo, para pregar aquilo que agrada a plateia. Essa gente levou para os templos a filosofia, a palavra de autoajuda, o evangelho fácil e conveniente, os sermões politicamente corretos, os louvores antropocêntricos, o entretenimento, a arte… A sã doutrina foi substituída pela ‘inteligência emocional’, a dependência da ação de convencimento do Espírito Santo por recursos ‘neurolinguísticos’, o treinamento e a edificação dos crentes na Palavra pela teologia do ‘coaching’.

As pessoas estão cheias de muita coisa, mas vazias de Deus. Elas estão encontrando contentamento temporal num evangelho desprovido da cruz, que não lhes exige nada: nenhuma mudança, nenhum comprometimento com a missão, nenhum envolvimento com o Senhor… podem até estar vivendo a experiência de um falso avivamento. Em muitos casos esta espiritualidade enganosa é regada por Campanhas, inclusive de oração, bem elaboradas, por uma atmosfera emocional favorável, e pelo engajamento dos membros em algum propósito alheio à missão da igreja.

Este é um tempo em que evangélicos sem o evangelho elegem ídolos para si, que membros de igrejas são atraídos por malabaristas da palavra’, que pessoas sem apetite pela verdade saem em busca de alguma novidade, e que muitos se preocupam com o que Deus pode fazer por suas vidas, e não em servir e ter contentamento no Senhor em toda e qualquer circunstância. Querem o melhor de Deus, e não o próprio Deus. Fato é que há igrejas – se é que tais instituições fazem jus ao nome – que nunca precisaram tanto de arrependimento (Apocalipse 3:19). Pense nisso!

UMA PORTA FECHADA

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Pr. Cleber Montes Moreira


“Eis que estou à porta, e bato...” (Apocalipse 3:20)


Podia ser a porta de uma residência, de um prédio comercial, de uma escola, de uma instituição pública, de uma casa noturna, de um prostíbulo… Não era uma porta física, com ferrolhos, nem com sofisticado sistema de vigilância. Era uma porta da mente, do coração, da vontade, bem trancada e com a chave do lado de dentro. Estava fechada de propósito, e guardava em seu interior a indiferença, a soberba, a falsa riqueza de quem era pobre, miserável e desgraçado. Ocultava também a nudez de quem julgava estar bem vestido, e a cegueira de quem pensava enxergar. A porta trancada escondia uma segurança ilusória, o conforto de uma religiosidade hipócrita, um evangelho falso, uma espiritualidade carnal… Naquele lugar muitos se sentiam bem. É provável que ali egos fossem massageados, que sermões e palavras doces fossem ouvidas, que pecadores inveterados nunca fossem confrontados e “pecados de estimação” jamais tratados. Talvez o amor fosse tema recorrente nos estudos, sermões, cânticos e conversas, e que assuntos como pecado, arrependimento, disciplina, doutrina etc., não fossem abordados para não desagradar ninguém. Talvez a comunhão fosse tratada com muito empenho, estrategicamente, para manter a fraternidade entre pessoas com a mesma convicção e fé morna ao ponto de ser indigesta para Aquele que tudo vê.

Lamentavelmente não era uma porta de um lugar comum ou mesmo indesejável, onde o Cristo não fosse bem-vindo. Era a porta de um corpo local, a porta da Igreja de Laodiceia. Sim, a porta da igreja estava fechada para aquele que deveria ser seu Senhor e Cabeça. Mas, o que é um corpo sem cabeça, além de um amontoado de membros mortos? Assim é toda igreja que fecha sua porta para Cristo. E, infelizmente, há muitas Laodiceias em nosso tempo! Pense nisso.

NÃO HÁ MEIO TERMO

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Pr. Cleber Montes Moreira


“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mateus 12:30)


Uma posição de neutralidade em relação ao evangelho é impossível; no plano espiritual não existe um lugar chamado “em cima do muro” – ou você é por Cristo, ou contra Cristo, ou trabalha por Ele ou contra Ele, ou serve a Deus ou àquele que se lhe opõe, ou vive na luz ou nas trevas, ou se submete ao Senhor dos Senhores ou às hostes do mal, ou caminha para um futuro eterno de glória ou para o abismo de sofrimento sem fim.

O evangelho não é um sistema para quem busca vantagens, ele é uma senda que leva ao calvário. Ele não é uma fórmula para o sucesso neste mundo, mas um convite para servir, e não para ser visto; não exalta o homem, mas a Deus – é um chamado para a morte, para aniquilação do ego, para o despojar das velhas coisas e entrada numa vida nova, dominada e orientada pelo Espírito Santo. O evangelho não comporta a falsa humildade, mas exige quebrantamento sincero. Não é rasgar a roupa, mas o coração (Joel 2:13).

Ou você vive segundo a “loucura da cruz”, ou se conforma com o mundo e ofende a Deus. Não existe uma terceira via, ou o caminho estreito que leva à vida, ou o caminho largo que leva à perdição. Ou você é amigo de Deus, ou amigo do mundo, sendo que uma escolha, necessária e imprescindivelmente, exclui a outra (Tiago 4:4).


Cristianismo é isso: ou você toma a sua cruz, ou aceita as 30 moedas… Como disse Moody, “no conflito com Satanás, a neutralidade é impossível.” De qual lado você está? Neste caso, a dúvida é uma sentença de morte – livre-se dela, ur-gen-te-men-te!

AMAR ASSIM É POSSÍVEL?

“O menino do pijama listrado” - Imagem de Divulgação



Pr. Cleber Montes Moreira

“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:44)


Não é para amar apenas alguém com quem temos laços e afinidades, seja o pai, a mãe, o cônjuge, o filho, o irmão ou um outro parente ou amigo. Não é para amar quem pode retribuir nosso amor, ou amar quem tem algo a oferecer; não se trata de um amor interesseiro. Não é amar só quem nos ama. Não é amar apenas quem nos faz feliz; pois “O amor é sofredor, é benigno… Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4,7). Não é amar alguém por suas virtudes. Não é amar quem merece ser amado. “Se vocês amam apenas aqueles que os amam, que mérito têm? Até os pecadores amam quem os ama” (Lucas 6:32 – NVI).

Quem ousaria amar um ofensor, um roubador, um traficante, um estuprador, um sequestrador, um homicida ou outro criminoso? Talvez a mãe, o pai, o irmão, um amigo de infância… Normalmente ninguém amaria pessoas tão indesejáveis. Mas é exatamente isso que Jesus nos manda fazer! O evangelho quebra paradigmas, transforma e capacita para amar quem jamais amaria, e torna objeto do amor os mais rejeitados e repugnantes. Cristo mesmo nos deu exemplo quando nos amou e nos reconciliou com Deus, quando ainda éramos inimigos (Romanos 5:10) – na cruz Ele amou a todos, sem exceção!

Amar é possível porque fomos amados. Amar é possível porque o Espírito Santo nos capacita para amar. Amar é possível porque o amor do Pai está em nós. Amar é possível apesar de quem somos, e de quem são os que necessitam ser amados. Amar é possível porque Cristo vive em nós.

O amor não é um mero sentimento, é antes um dever; o amor é fruto de uma natureza transformada, e só quem tem a mente de Cristo pode entender isso!
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