Pastor Cleber: outubro 2018
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POEMA DO ABORTADO


Pr. Cleber Montes Moreira


Seria lindo ver a luz do sol,
E todas as cores e formas no mundo,
Viver a vida em sua intensidade
E desfrutar de Deus a bondade.

Tua voz seria a mais linda das melodias,
Teu abraço me sentiria tão seguro,
Em teu seio encontraria todo conforto,
Em teus conselhos meu norte e futuro.

Você seria a pessoa mais sublime;
Eu te reverenciaria por toda vida,
O teu nome seria para mim o mais doce...
Eu te chamaria MÃE, mas agora te chamo ASSASSINA.


A PAZ OU A ESPADA?

espada
Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira

“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mateus 10:34 – Leia de 17 a 39)


Faz muito tempo que li este texto pela primeira vez. Era ainda um adolescente e, confesso, fiquei chocado. Como poderia aquele que veio movido por tão grande amor, para salvar, fazer tão grave confissão? Como poderia aquele que foi intitulado “Príncipe da Paz”, ao invés de paz, promover a discórdia entre pessoas? E mais, Jesus ainda disse: “Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares” (vs. 35,36). Percebam que Ele, ao invés de promotor da paz, se apresenta como causa de discórdia entre pessoas, a começar na própria família. Um dia, depois de certo tempo, compreendi tal ensino, e meu coração descansou.

A palavra traduzida por espada indica ‘confusão’ e ‘conflito’, e é exatamente o que Jesus provoca entre certas pessoas. Há muitos relatos de muçulmanos que, ao receberem a Cristo como Senhor e Salvador, foram expulsos de suas casas, perseguidos, presos e até mortos, muitas vezes sendo denunciados por gente da própria casa. Há casos de esposas convertidas que foram abandonadas por seus maridos. Há muitos relatos de contendas em famílias por causa de alguém que tenha experimentado a nova vida em Cristo. É como está escrito: “E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão” (v. 21). Estes conflitos, porém, transcendem as casas, ocorrendo também nas escolas, no trabalho, e onde quer que um novo crente é visto com um ‘olhar atravessado’. Há discórdias entre religiosos, guerras entre nações, perseguições coordenadas, tudo por causa do nome de Jesus. O que dizer da Inquisição Católica? E da Inquisição Protestante? Quanto mal já foi cometido pelo ódio ao Senhor, ou, equivocadamente, em nome dele? A doutrina que une é a mesma que separa. A causa não está em Cristo e seus ensinos, mas no coração do homem.

Eu vejo, na Bíblia, uma explicação para isso: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12:30). A doutrina do Mestre provocou repulsa nos escribas e fariseus. O evangelho ainda é objeto de ódio pelo mundo. Porém, a mesma doutrina que divide, une aqueles que, por conhecerem a Verdade, foram por ela libertos. Os salvos são aqueles que perseveram, unidos – em santa comunhão – na mesma dou-tri-na (Atos 2:42). Portanto, as opiniões sobre Cristo podem dividir, a teologia pode separar pessoas, o denominacionalismo religioso pode ser motivo de guerras, os “achismos” podem servir de discórdia, o evangelho pode despertar o ódio de opositores, mas a Verdade, e somente a Verdade, une aqueles que nela creem e por ela vivem. É assim que Cristo traz paz, mas também confusão. Por causa da fé somos amados por uns e odiados por outros. Está escrito: “E de todos sereis odiados por causa do meu nome” (Lucas 21:17).

Negar a Cristo, ou confessá-lo diante dos homens (vs. 32,33)? E se por causa do Salvador perdemos amigos, o amor da família e formos rejeitados e/ou perseguidos? Que fazer? Abandonar a fé, ou perseverar? Escolher a Cristo, ou àqueles que amamos? A resposta está no próprio texto: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” (v. 37). Portanto, se tivermos que escolher entre estar em paz com as pessoas ou com o Senhor, escolhamos o Senhor. Se nosso viver em Cristo soa como uma “declaração de guerra”, que não retrocedamos, jamais, da fé naquele que nos salvou.

O MELHOR ARGUMENTO


Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida. O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos...” (1 João 1:1, 3a)

O apóstolo João, ao dirigir-se a seus leitores, o faz com a autoridade de quem esteve e conviveu com Jesus Cristo. Ele foi testemunha ocular, ouvinte direto, e suas mãos tocaram a Palavra da Vida encarnada, o Verbo divino, o Filho de Deus. Uma testemunha fala do que presenciou, relata uma experiência testemunhal. Uma coisa é falar do que viu, outra é contar algo com base no “ouvi dizer”. Assim, nosso testemunho terá valor se for baseado numa experiência pessoal com Jesus, e não em informações transmitidas por terceiros. A fé é relacional, e não uma experiência terceirizada. Daí a afirmação de que “filho de crente não é crentinho”.

Provavelmente, os leitores de João eram crentes de segunda ou terceira geração, que receberam a Palavra do evangelho transmitida por seus pais, ou por outras pessoas sem, contudo, terem tido um relacionamento com o Salvador. Daí a importância da afirmação de João sobre sua experiência pessoal com Cristo, como argumento principal de sua autoridade espiritual.

Um dos maiores problemas da igreja de hoje é justamente este tipo de fé herdada dos pais, ou de outras pessoas, infrutífera, impotente para a obra da salvação. Daí tantos membros de igrejas confessando a Jesus, todavia perdidos, sem arrependimento, justamente porque falta vida relacional com o Senhor. Por isso, quem goza desta experiência precisa falar com vigor e autoridade, exortando e, especialmente, evangelizando os que sem salvação estão agregados à igreja local. O testemunho do verdadeiro crente é de valor incalculável, é seu melhor argumento, poderoso e persuasivo.

Você pode contar sobre sua experiência com Cristo? Então faça isso! Não pode? Então precisa, urgentemente, de um encontro transformador com o Salvador, para que experimente o novo nascimento, sem o qual não poderá entrar no Reino de Deus. Pense nisso!
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