Pastor Cleber: junho 2018
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O FRACASSO DO SUCESSO


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Pr. Cleber Montes Moreira


“E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor. E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” (Êxodo 32:5 e 6)


Como as pessoas geralmente reconhecem o sucesso de um líder religioso? Normalmente pelos sermões que prega, pelo carisma, pela projeção de sua imagem, pelo tamanho de sua igreja, pelo salário que recebe, pelo carro que possui, pelas grifes que usa etc. Certa ocasião, um amigo desabafou: “O valor de um pastor é medido pela quantidade de membros de sua igreja”.

Arão, durante a ausência de Moisés, fez o maior sucesso. Ao ceder ao clamor popular por um deus para adorar, conquistou a simpatia de muitos. Diante do ídolo que construíra, um bezerro de ouro, o povo se apresentou com grande entusiasmo, tanto que resolveu erguer um altar e convocar a todos para uma grande celebração no dia seguinte. O que muitos líderes de hoje querem é ver o povo alegre e festejando. Este ‘panem et circenses’ (pão e circo) gospel rende aplausos e gera um ambiente favorável para a liderança. Veja, por exemplo, o que ocorre nas chamadas “igrejas da prosperidade”, onde os pastores, bispos e apóstolos são bem quistos e até idolatrados. Dar ao povo o que ele quer é garantia quase infalível de sucesso, por isso que muitos, movidos pela ganância, se rendem aos caprichos de seus liderados.

Fico pensando até onde Arão e seu povo iria se Moisés não descesse do monte e se não houvesse uma intervenção divina. Podemos dizer que o sucesso sem Deus é mero fracasso. O sucesso de Arão foi um fracasso. O sucesso dos líderes gananciosos de nosso tempo é fracasso. Toda conquista fora dos desígnios de Deus é fracasso. Todos os sonhos realizados, toda obra empreendida, toda riqueza acumulada, toda fama alcançada, tudo que alguém possa fazer ou conquistar sem antes considerar a vontade divina é fracasso. No fim, o que se constatará é o fracasso do sucesso, pois todo sucesso fora dos planos de Deus é fracasso.

Quer ser bem-sucedido? Quer experimentar o verdadeiro sucesso? Siga o conselho dado a Josué pelo próprio Deus: “Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.” (Josué 1:7,8 – grifo do autor). Por fim, tenha em mente que, independente do que pensam as pessoas, o sucesso sem Deus é fracasso, mas o “fracasso” com Deus é sucesso!

EVANGELIZANDO PELO EXEMPLO

Foto: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira

Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.” (2 Timóteo 1:5 - NVI)


Num domingo pela manhã, enquanto aguardava o ônibus para ir à Escola Bíblica Dominical, presenciei uma cena da qual jamais me esqueci: Uma mulher conduzia um dos filhos aos tapas, dizendo: “Não te falei para não jogar bola domingo, que é dia de ir à igreja?!” Os irmãozinhos estavam arrumadinhos, mas o menino suado e com uniforme de clube de futebol. Seu prazer não estava na igreja, mas no campo. O detalhe importante que percebi é que, pela roupa que usava, a mãe também não iria ao culto. Ela agia como quem exigia dos filhos o que não estava disposta a praticar.

Qual a estratégia de evangelização que utilizamos dentro de nossas casas? Há uma muito eficaz, a melhor, que Paulo diz ter sido usada pela avó e pela mãe de Timóteo: O exemplo! Sim, o exemplo é um recurso muito eficaz para a ganharmos nossos familiares para Cristo, é o nosso melhor argumento, é prova inconteste de que nossas vidas foram transformadas, de que amamos e obedecemos a Deus, de que temos uma esperança que não morre.

Dizer é fácil, fazer é difícil. Quando damos aos filhos ordens ou conselhos que nem nós mesmos praticamos, quando lhes ordenamos para que façam aquilo que não estamos dispostos a fazer, nossa palavra deixa de ter crédito e perdemos autoridade.

Paulo menciona uma virtude que alcançou três gerações na família de Timóteo: a fé não fingida, praticada por Lóide, por Eunice e, finalmente, pelo próprio Timóteo. Avó e mãe não viveram uma encenação, mas desfurfuraram de um relacionamento vivo com Deus, de forma que todos os ensinamentos transmitidos foram acolhidos como verdadeiros e, desencadearam no menino o temor do Senhor. Elas foram Bíblias vivas lidas por Timóteo, e instrumentos para que o Espírito Santo trabalhasse em seu coração e o alcançasse. Deus quer usar nosso exemplo, ele tem mais poder que palavras!

Que tipo de fé tem habitado seu coração? Sua vida com Cristo ajuda ou atrapalha a evangelização dos seus familiares? Pense nisso!

FAMÍLIA VERSUS “NOVA MORALIDADE”

Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira


Texto Bíblico: Gênesis 2:18-25

Introdução:

Estamos vivendo os “tempos trabalhosos”, ou difíceis, profetizados por Paulo. A agenda Global, como parte de um programa de reengenharia social que visa estabelecer uma nova ordem, tem avançado na desconstrução dos valores tradicionais, propagando uma nova moralidade onde o certo é errado e o errado é certo. Como parte deste projeto, há programas de partidos, de governos, e Projetos de Leis que tratam claramente da desconstrução da família tradicional e até da desconstrução da heteronormatividade, como tentativa de impor à toda sociedade novas configurações de família, banalizar o casamento e erotizar nossas crianças pequenas a partir das escolas, bem como criminalizar opiniões. A narrativa bíblica sobre a família e o casamento está sendo substituída por uma narrativa ideológica e diabólica, que privilegia outras configurações familiares e uniões civis.
É neste contexto, de grande luta e confusão, que precisamos reafirmar nossa fé para vivermos segundo o padrão divino, vencermos as influências do mundo e protegermos nossas famílias. Para isso devemos voltar à Bíblia, recorrermos aos seus ensinos, conservá-los e vivê-los.

A família é de autoria divina (vs. 18,21,22):

Esta afirmação é simplista e repetitiva, mas necessária. Explico: imagine que um quadro de um pintor famoso seja pirateado, e que a réplica, cheia de imperfeições, seja exibida em alguma exposição artística. Pessoas leigas podem apreciá-la e considerá-la como sendo a original. Se colocada à venda, pode ser que alguém pague caro por ela, no entanto, se examinada por um perito, sua autenticidade logo é contestada, pois quem conhece, conhece.
Deus criou a família, como a vemos na Bíblia, a partir do casamento entre um homem e uma mulher, porém, veio o inimigo, ressignificou alguns textos, iludiu pessoas com um discurso politicamente correto e regado de “amor” (segundo o entendimento secular), e apresentou novos modelos com novas formações. A pessoa sem discernimento espiritual olha e considera tudo perfeito, mas aquele cuja mente é iluminada pelo Espírito Santo logo percebe a farsa e não se deixa iludir: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo”, e não se deixa enganar (1 Coríntios 2:14,15).
Disse o Criador, “far-lhe-ei”, e o relato bíblico afirma, “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão”. Ao criar Eva e uni-la como esposa a Adão, Deus criou a primeira família como modelo para as demais. Por isso ela não é uma ideia humana, e nem uma sociedade que possa tomar outras configurações conforme a vontade das pessoas ou influência cultural. Reafirmo: O Senhor fez o homem, depois fez a mulher, uniu-os, e assim foi criada a família, monogâmica, e a partir de um homem e uma mulher visando sua completude (Gênesis 2:24), e ordenou-lhes: “Frutificai e multiplicai-vos” (Gênesis 1:28), coisa que só é possível numa relação heterossexual.

A tentativa diabólica de ressignificar o casamento (vs. 22,23):

Neste tempo de relativização de valores e de revisionismo das Escrituras uma das investidas contra a família é a tentativa de “ressignificar” o termo ‘casamento’, que antes aparecia nos dicionários como “união voluntária de um homem e uma mulher”, e que agora passou a constar como “união efetuada de modo voluntário e entre duas pessoas”, o que pode ser, segundo esta nova concepção, união entre dois homens ou entre duas mulheres. Porém, já há no Brasil alguns casos em que foi reconhecida judicialmente a “União Estável” entre três pessoas, o que configura poligamia1. Em 2017, na Colômbia, três homens conseguiram registrar em cartório sua “União Poliafetiva”.2
“Formou uma mulher, e trouxe-a a Adão” indica com clareza a natureza e constituição do casamento e da família segundo a Bíblia. Mais adiante lemos: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (v. 24 – grifo do autor). No texto as palavras “homem” e “mulher”, “pai” e “mãe” confirmam que o casamento é entre um homem e uma mulher – para o homem Deus criou a mulher, não outras mulheres, não outro homem, nem outro ser ou outra coisa. É ainda importante salientar que o casamento é antes do Estado e, portanto, anterior a qualquer constituição de leis humanas e, por isso, ressignificá-lo é desonesto, além de afronta ao próprio Deus. O casamento civil é bem-vindo para a manutenção das garantias legais para os cônjuges, porém ele não pode ser “reconfigurado” na base da “caneta” dos legisladores. Nenhuma outra “união civil” distinta daquela que o Criador instituiu pode, honestamente, ser chamada “casamento”.

Papéis sexuais segundo a Bíblia versus “ressignificação” das Escrituras (Romanos 1:18-32)

A Bíblia nos indica o relacionamento sexual padrão, normal e aceito por Deus no contexto do casamento monogâmico e heterossexual, no qual o homem e a mulher tem papéis sexuais definidos, conforme a natureza de cada um, segundo o propósito de sua criação, para que um se complete no outro e encontre prazer e satisfação. Quando estes papéis são pervertidos, há prejuízos morais, emocionais, físicos e sociais. No casamento há completude, em outros tipos de uniões não, pois a felicidade conjugal só é possível dentro dos propósitos e limites estabelecidos pelo Criador: o marido se completa na esposa, e a esposa no marido, conforme Deus mesmo planejou.
A tentativa da Teologia Inclusiva de ressignificar a Bíblia para legitimar uniões homoafetivas é desonesta, e não tem qualquer sustentação exegética, teológica ou hermenêutica. Aliás, tais tentativas são um atentado contra Deus, Sua Palavra e o próprio ser humano. O conceito bíblico de pecado não muda com o tempo, nem conforme as culturas, por isso não deve ser “ressignificado”, mas acatado como qualquer outro ensino divino. Assim, quando lemos sobre o relacionamento homossexual como sendo pecaminoso, é dessa forma que devemos entendê-lo, e não de outra maneira. A Bíblia diz o que ela diz, e não o que queremos. Qualquer outro discurso poderá ser, para este tempo, “politicamente correto”, mas será incorreto do ponto de vista bíblico. Relativizar as Escrituras, ou reinterpretá-las à luz de uma “nova hermenêutica” é prestar um serviço ao diabo.

O dever de Frutificar e Multiplicar (Gênesis 1:28):

Na primeira narrativa sobre a criação do homem, lemos: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1:28 – grifo do autor). Nos tipos de famílias inventados por movimentos progressistas e ideológicos, o ideal de Deus de completude do ser humano não se cumpre, bem como as uniões homoafetivas não podem, jamais, desempenhar o dever da frutificação e da multiplicação. Se as relações homoafetivas fossem normais, segundo o entendimento bíblico, esta ordem dada por Deus não teria sentido algum.

Conclusão:

Aceitar outras configurações de família e de casamento é validar o que Deus chama de pecado; é aceitar valores que contrariam a Bíblia e a própria natureza humana, é submeter-se ao padrão desde mundo que, sabemos, “jaz no maligno” (1 João 5:19), é rebelar-se contra o Criador.
Quem é por Cristo milita por Cristo. Quem é de Cristo tem a mente de Cristo. Quem pertence ao Reino de Deus vive segundo os valores deste mesmo reino. Se você é um Cristão, então viverá inconformado com este mundo e rejeitará a “nova moralidade”, bem como lutará contra todo tipo de ‘ressignificação’ ou ‘relativização’ da Palavra e dos princípios cristãos. Sua família é seu maior patrimônio, protegê-la é seu dever.



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